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segunda-feira, 28 de outubro de 2013
sábado, 26 de outubro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Petroleiros entram em greve contra a privatização da Bacia de Libra; confira o quadro nacional de hoje
Os petroleiros estão seguindo a orientação de suas federações e estão rejeitando a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da companhia e aprovando por ampla maioria uma greve nacional e unificada da categoria, marcada para começar nesta quinta-feira, 17 de outubro.
A estimativa é que esta quinta-feira se transforme em um Dia Nacional de Luta Contra o Leilão de Libra, com a realização (além da greve) de atos e mobilizações nas principais capitais e cidades do país. Diversas entidades sindicais, como federações, sindicatos e centrais, além de representantes de movimentos sociais e estudantis, estão se incorporando na luta pela defesa do petróleo brasileiro.
A greve da categoria, que está sendo aprovada nacionalmente, tem três eixos: barrar o leilão de Libra, agendado pelo Governo Dilma para 21 de outubro; derrotar o PL 4330, que legaliza as terceirizações em atividades fins; e arrancar da Petrobrás uma proposta que contemple a reivindicação dos trabalhadores. Ou seja, 16,53% de aumento no salário base, sendo 10% de ganho real e 6,53 de reajuste pelo ICV-DIEESE.
A empresa propõe no salário base reajuste de 6,09% (IPCA), 7,68% na RMNR e um abono equivalente a uma remuneração ou R$ 4 mil, o que for maior. Esta gratificação é quase 50% inferior à de 2012, fechada em R$ 7.200. Fora isso, nas demais cláusulas praticamente tenta renovar o atual ACT, oferecendo como “avanços” pequenas concessões que visam apenas enganar e enrolar a categoria. Demandas como revisão do PCAC, fim da tabela congelada, AMS para os pais e 100% custeada pela companhia foram ignoradas.
Veja quadro nacional de hoje das paralisações e protestos em diversas cidades
Raixo-x da Greve nas bases da FNP
Em Alagoas e Sergipe, o Sindipetro começou as mobilizações antes mesmo do Dia Nacional de Luta Contra o Leilão. No dia 16, FAFEN e Tecarmo já eram alvo de mobilizações. As operações no campo terrestre de Carmópolis pararam com praticamente 100% de adesão. Na desparafinação, onde fica a Estação de Bom Sucesso, não houve rendição de turno e nenhum trabalhador entrou pra trabalhar. Na estação de Jericó também não houve a rendição de turno. A base administrativa de Carmópolis também parou e nas áreas isoladas, como no campo de produção em Jordão, quase todos os trabalhadores aderiram à greve.
Na FAFEN não teve rendição de turno e a paralisação iniciou por volta das 19h de ontem (16/10). Na Houve rendição de turno de 0 hora e pela manhã, às 7 horas. O quadro operacional que se mantém é uma parte que entrou dia 16 pela manhã e os que entraram às 15h. Todo o pessoal terceirizado e o pessoal próprio aderiram à greve.
Na Transpetro e complexo de Atalaia a greve teve inicio a partir das 4 horas da madrugada com paralisação parcial. Já na Sede da rua Acre a greve é de 80%, com a solidariedade e participação de diversas entidades como CSP-Conlutas e ANEL. O ato central da greve foi iniciado às 6h30 com a presença de entidades como CGTB, CUT, FUP, ASPENE, MST, MML, PSTU e PL.
Em São José dos Campos (SP) Na REVAP, base do Sindipetro-SJC, os trabalhadores também deflagraram greve de 24%. A paralisação foi aprovada por 84% da categoria e conta com adesão de 100% do efetivo da refinaria. Estima-se mais de 4 mil operários de braços cruzados em uma mobilização que conta com a solidariedade e apoio efetivo de outras entidades classistas da região do Vale, como os sindicatos dos Correios e dos Metalúrgicos.
Na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (SP), base do Sindipetro-LP, os trabalhadores de turno iniciaram pela manhã atrasos de 3h, com corte na emissão de PT (Permissão de Trabalho). A adesão é de 100% do turno e o movimento de atraso seguirá por tempo indeterminado até uma nova proposta da companhia.
O mesmo acontece na UTGCA, em Caraguatatuba (SP), onde o atraso envolveu 100% do turno e 90% do ADM. Os trabalhadores terceirizados também integraram a paralisação, que começou às 7h, por aproximadamente duas horas. No terminal Pilões, em Cubatão, houve atraso de aproximadamente uma hora na entrada do ADM. Na plataforma de Mexilhão, na Bacia de Santos, durante 24h não haverá emissão, planejamento e requisição de PT. A partir de amanhã, 18 de outubro, serão iniciados atrasos de 3h na emissão das PTs.
No Norte e Maranhão também está de braços cruzados durante todo o dia os trabalhadores da base do Sindipetro PA/AM/MA/AP. Lá, estão em greve, em Manaus (AM), os trabalhadores de Urucu e da Sede Manaus. Na Transpetro Belém (PA) e no prédio Alcindo Cacela a categoria também entrou em greve. Ao longo do dia, será avaliado o cenário nacional para definir se haverá a continuidade do movimento. Às 16h, um ato será realizado pelos diversos movimentos sociais e sindicais na Praça Operário, que depois seguirá até o prédio administrativo da Petrobrás.
No Rio de Janeiro, os trabalhadores do TABG também estão em greve. O corte de rendição foi iniciado às 7h, mas o ADM também integrou a paralisação. Nos prédios administrativos estão sendo realizadas concentrações e, em algumas unidades, trancaços e atrasos. No Edise, os movimentos sociais acampados em frente ao edifício fizeram um protesto, que será repetido ao meio-dia por pescadores afetados pela atividade petrolífera na Bacia de Guanabara.
Às 17h, na Cinelândia, será realizado um grande ato articulado em conjunto por diversas organizações que constroem a campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso. A passeata no centro do Rio de Janeiro partirá em direção à Cinelândia.
Nas bases da Federação única dos Petroleiros (FUP), ligada à CUT – Na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, o Sindicato informa que a greve teve adesão de pelo menos 39 plataformas, que foram entregues pelos trabalhadores às equipes de contingência que a Petrobras embarcou. Destas, 15 unidades foram entregues com a produção de petróleo parada. Durante a manhã, foi realizado trancaço no Terminal de Cabiúnas e na sede da UO-Rio, em Macaé.
Ninguém entrou na Reduc, em Duque de Caxias, Terminal de Campos Elíseos e na Termorio. Agora pela manhã, o sindicato realiza uma grande mobilização na Rodovia Washignton Luiz, que está fechada no sentido Petrópolis. Nos campos de produção terrestre da Bahia, os petroleiros anteciparam a paralisação para as 20 horas nas estações de Candeias, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passe, Socorro, Marapé e Dom João. Nas refinarias Mataripe (Rlam/BA) e (fábrica de fertilizantes/BA). Em Manaus (AM) a refinaria Reman/AM parou.
Em Minas Gerais, a refinaria Gabriel Passos a Regap/MG também aderiu à paralisação. Também nesta quarta-feira, o Sindipetro-MG intensifica a luta contra o leilão durante todo o dia, através da realização de panfletagens nas estações do metro de Eldorado, Lagoinha, Central, São Gabriel e Vilarinho. No fim do dia, também será realizado um debate na sede da CUT-MG, com a participação dos petroleiros e integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Hoje, o ato que teve a concentração às 7h, em frente à Regap, prosseguirá até à Praça Sete, no centro de Belo Horizonte.
Em Araucária (PR) a refinaria a Repar, além da SIX (unidade de Xisto/PR), da FAFEN aderiram ao movimento. Em Canoas (RS), a refinaria Alberto Pasqualine a Refap/RS. A refinaria de Abreu e Lima (PE).
Em São Paulo, as refinarias de Paulínia (Replan/SP), Mauá (Recap/SP) pararam. Os atos contra o leilão estão marcados para o dia 17, com a concentração na Praça Oswaldo Cruz. Em Campinas, o Comitê Regional contra o Leilão de Libra e em Defesa do Pré-sal fará uma campanha contra o leilão, no centro da cidade, durante toda a semana.
Em Recife (PE) , a manifestação será em frente à sede administrativa da Petrobrás, de 7h às 12h. Em Natal (RN), os petroleiros e movimentos sociais vão se mobilizar no calçadão da Rua João Pessoa, às 16h30.
A greve também segue forte, segundo nota dos sindicatos da outra federação, nos campos terrestres de produção de petróleo na Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. Na Transpetro, a greve atinge os terminais de Solimões (AM), Suape (PE), Madre de Deus (BA), Campos Elíseos (Duque de Caxias/RJ), Cabiúnas (Macaé/RJ), Guararema (SP), São Caetano (SP), Barueri (SP), Brasília, São Francisco do Sul (SC), Itajaí (SC), Guaramirim (SC), Biguaçu (SC), Paranaguá (PR), Osório (RS), Canoas (RS) e Rio Grande (RS).
Em Santa Catarina, em Itajaí, parou o campo de Exploração e Produção do Sul (UO-Sul). Haverá também um ato em conjunto com o Sindipetro-PR/SC, movimentos sociais e demais categorias, acontece hoje, às 16h, em frente à Unidade de Operações de Exploração e Produção do Sul (UO-Sul). Em Curitiba, os sindicalistas também vão protestar em frente à Assembléia Legislativa.
Assim que houver novas informações sobre as mobilizações nas bases, atualizaremos esta matéria ao longo do dia.
Fonte: cspconlutas.org.br
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Educação: Da Candelária à Cinelândia, o apoio aos professores do Rio em greve; forte repressão em São Paulo; greve no Pará
A avenida Rio Branco e ruas do centro do Rio, entre a Candelária e a Cinelândia, foram novamente palco de manifestações no Rio de janeiro. Tomadas por cerca de 10 mil profissionais de educação das redes municipal e estadual, em greve há mais de dois meses, e por trabalhadores de outras categorias e estudantes que foram prestar solidariedade a essa luta.
Em ritmo de “Coisinha do Pai”, os educadores entoavam em referência à secretária municipal da Educação, Claudia Costin:
“Ô Claudinha tão mentirosa do Paes
Você vale pouco mentindo na Globo
Sem noção mentiu na Band News
Tô na rua, tô lutando
Digo mais uma vez
Olha o estrago que “tu” fez!
Após a manifestação, os professores obtiveram uma importante vitória. Os governos de Sérgio Cabral e de Eduardo Paes, que vinham assediando a categoria com o corte de ponto, viram sua iniciativa ser anulada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que suspendeu o corte de ponto.
A passeata ocorreu após assembleia dos profissionais de educação da rede municipal com cerca de cinco mil presentes onde foi aprovada a continuidade da greve por maioria da categoria.
Os professores da rede municipal não concordam com o plano de cargos e salários aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito Eduardo Paes. Na sexta-feira (11), a Justiça do Rio já havia suspendido a sessão da Câmara que aprovou a proposta do plano. A liminar foi concedida pela juíza Roseli Nalin, de acordo com o Tribunal de Justiça (TJ), após pedido de nove vereadores, que contestaram a forma como a votação foi realizada, sem a presença de professores na plenária.
Na segunda-feira (14), a Procuradoria da Câmara Municipal do Rio recorreu da liminar. O Tribunal de Justiça deve julgar o recurso no próximo dia 21.
Cerca de 400 professores de ambas as redes também estão estão sendo alvo de processos administrativos.
Repressão – Após o encerramento da manifestação dos professores, novamente houve enfrentamento e forte repressão policial nas ruas do centro do Rio.
Hoje pela tarde, um ônibus que levava profissionais de educação que tinham acabado de participar da assembleia da rede municipal foi interceptado pela PM. Após entrar no veículo, policiais militares agrediram o motorista.
Manifestação realizada pelos estudantes nesta terça-feira em São Paulo foi duramente reprimida pela policia
A passeata organizada pelos estudantes da USP e da Unicamp, que contou com a participação de cerca de 2 mil pessoas, exigia a democratização das universidades e eleição direta para reitor, além de apoiar a greve dos professores do Rio de Janeiro.
Saiu do largo da Batata com o objetivo de ir até o Palácio do Governo, mas a violência policial não permitiu.
Durante todo o percurso uma parte minoritária do grupo composta por Black Blocs tentava descaracterizar o movimento que seguia pacifico. Os manifestantes seguiram pela avenida Faria Lima, avenida Rebouças e já ali parte desse grupo tentou arrancar a faixa que abria a manifestação. Mesmo assim os estudantes continuaram seu percurso.
O ato chegou avenida Eusébio Matoso e tomou marginal Pinheiros.
Entretanto, o grupo de Black Blocs que estava à frente da manifestação começou a atirar objetos nos policiais. A partir daí o que se viu foi uma polícia despreparada e partindo para cima de todos os manifestantes com bombas e gás de pimenta.
Muitos foram encurralados num posto de gasolina que beirava a marginal. Mesmo os que estavam com as mãos para cima começaram a apanhar dos policiais. Cassetetes, bombas e gás de pimenta.
Outro grupo de manifestantes tentou se refugiar na loja Tok Stock ao lado do posto, mas a polícia entrou e também lá, com clientes dentro, jogaram bombas.
Muitas pessoas ficaram feridas e um grupo de apoio que prestava ajuda médica não foi poupado. A polícia os emparedou junto com outra dezenas de estudantes e levou preso ao menos dez naquele local. Outros foram abordados na rua detrás da marginal e também foram levados presos.
Os policiais seguraram os pertences dos estudantes, já acuados, e gritavam, os tratando como criminosos.
A manifestação dispersou e deixou a marca mais uma vez da repressão policial.
Dia do professor é marcado por fechamento de BR no Pará
Após 23 dias de greve os profissionais da educação da rede publica do Pará deram uma grande demonstração de luta e fecharam a BR 316 próximo a cidade de Santa Maria a 120 km de Belém.
A manifestação foi uma resposta ao governo de Simão Jatene que se nega a negociar com os trabalhadores a pauta de reivindicação da categoria que inclui principalmente a aplicação da jornada de trabalho para 2014 que consta no PCCR e a inclusão das aulas suplementares no pagamento dos salários.
A greve segue forte e no dia 17 de outubro a categoria tem ato marcado para as 17h no centro da cidade e deve reunir milhares de trabalhadores em apoio a greve. O ato também contará com o apoio do Comitê Estadual contra o Leilão dos poços de petróleo de Libra.
(Abel Ribeiro, de Belém)
Foto: Manchete (Midia Ninja)
Fotos internas (Bianca Pedrina)
Fonte: cspconlutas.org.br
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Encontro do MML: Mulheres denunciam violência na greve do Rio, no morro da Rocinha e nas ruas da Índia
“Nós, mulheres, temos que ser fortes como eu fui e estou sendo. Os policiais da UPP [Unidade de Policia Pacificadora] do Rio sumiram com meu marido [Amarildo], minha família foi machucada, minha sobrinha sofreu tortura, fizeram ela comer vidro, queimaram ela (…). As pessoas ficam quietas, não tem disposição para fazer o que eu estou fazendo [denunciar]. O que acontecer, com qualquer pessoa da sua família, não se cale, grite”, Elisabeth Gomes da Silva, moradora da Rocinha (RJ) companheira do pedreiro desaparecido Amarildo.
“As mulheres são maioria nessa greve dos profissionais em Educação no Rio. A força policial foi solicitada para retirar 140 mulheres da Câmara dos Vereadores ocupada contra a aprovação do Plano de Cargos e Salários. [Na ação] não foi só gás de pimenta [que utilizaram], mas taser [choque] no lado esquerdo do nosso peito”. Susana Gutierrez diretora do Sepe RJ à frente da greve dos profissionais do Rio.
“Uma mulher [indiana] foi presa e, na prisão, foram introduzidos cassetes e pedras dentro de sua vagina. O policial que a prendeu recebeu uma medalha (…). O estupro coletivo dentro de um ônibus que levou à morte uma indiana, em dezembro de 2012, foi ponto da virada e ponto de mudança para o movimento de mulheres, LGBT e juventude, se unirem e começarem uma grande mobilização (…). Nós não vamos aceitar que a violência se volte contra o nosso corpo como se isso fosse uma coisa normal”. Soma Marik, ativista contra os estupros de mulheres na Índia.
Esses foram alguns dos relatos feitos pelas palestrantes convidadas à mesa de debate sobre a violência contra a mulher neste domingo (6), último dia do 1° Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta.
Elisabeth trazia em sua voz a força de quem teve coragem de denunciar a ação nefasta de policiais da UPP que desapareceram com seu companheiro Amarildo.
A profissional em Educação do Rio, Susana, levou ao debate a determinação de sua categoria composta 90% por mulheres, em greve há mais de dois meses, que enfrentam o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes e não se intimidam com a violência impetrada por eles.
A indiana Soma Marik trouxe a perseverança de alguém que quer mudar as leis de seu país, a Índia, onde os crimes de estupro acontecem a revelia. A ativista está com uma campanha para que se mude a lei na Índia, onde só é considerada prática de estupro quando há penetração vaginal.
Essas mulheres, que viveram na pele ou viram pessoas próximas serem submetidas à violência, fizeram relatos impactantes e reafirmaram a necessidade de combater e lutar contra esse ataque e violação.
Mesa sobre a violência – Logo após as falas das convidadas, a mesa cedeu espaço para a trabalhadora de Saúde do Pará, Marcela Azevedo e para a representante da executiva do MML de Curitiba, Caren Capelesso, que expuseram ao plenário, estatísticas e pesquisas alarmantes sobre a violência vivida pelas mulheres. Denunciaram o estatuto no nascituro, que, de acordo com elas, ignora os direitos da mulher vitimas da violência do estupro.
Ainda de acordo com a fala das companheiras é preciso combater a violência contra a mulher em várias frentes. Essa violência ocorre quando o estado não disponibiliza casas abrigos em números suficientes para as mulheres que sofrem agressão; quando as mulheres são submetidas ao abuso sexual nos transportes públicos lotados, além da violência nas relações de trabalho, quando mulheres ainda continuam ganhando menos do que os homens.
Ambas reafirmaram a necessidade de uma forte campanha nacional contra a violência às mulheres trabalhadoras.
“As mulheres são maioria nessa greve dos profissionais em Educação no Rio. A força policial foi solicitada para retirar 140 mulheres da Câmara dos Vereadores ocupada contra a aprovação do Plano de Cargos e Salários. [Na ação] não foi só gás de pimenta [que utilizaram], mas taser [choque] no lado esquerdo do nosso peito”. Susana Gutierrez diretora do Sepe RJ à frente da greve dos profissionais do Rio.
“Uma mulher [indiana] foi presa e, na prisão, foram introduzidos cassetes e pedras dentro de sua vagina. O policial que a prendeu recebeu uma medalha (…). O estupro coletivo dentro de um ônibus que levou à morte uma indiana, em dezembro de 2012, foi ponto da virada e ponto de mudança para o movimento de mulheres, LGBT e juventude, se unirem e começarem uma grande mobilização (…). Nós não vamos aceitar que a violência se volte contra o nosso corpo como se isso fosse uma coisa normal”. Soma Marik, ativista contra os estupros de mulheres na Índia.
Esses foram alguns dos relatos feitos pelas palestrantes convidadas à mesa de debate sobre a violência contra a mulher neste domingo (6), último dia do 1° Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta.
Elisabeth trazia em sua voz a força de quem teve coragem de denunciar a ação nefasta de policiais da UPP que desapareceram com seu companheiro Amarildo.
A profissional em Educação do Rio, Susana, levou ao debate a determinação de sua categoria composta 90% por mulheres, em greve há mais de dois meses, que enfrentam o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes e não se intimidam com a violência impetrada por eles.
A indiana Soma Marik trouxe a perseverança de alguém que quer mudar as leis de seu país, a Índia, onde os crimes de estupro acontecem a revelia. A ativista está com uma campanha para que se mude a lei na Índia, onde só é considerada prática de estupro quando há penetração vaginal.
Essas mulheres, que viveram na pele ou viram pessoas próximas serem submetidas à violência, fizeram relatos impactantes e reafirmaram a necessidade de combater e lutar contra esse ataque e violação.
Mesa sobre a violência – Logo após as falas das convidadas, a mesa cedeu espaço para a trabalhadora de Saúde do Pará, Marcela Azevedo e para a representante da executiva do MML de Curitiba, Caren Capelesso, que expuseram ao plenário, estatísticas e pesquisas alarmantes sobre a violência vivida pelas mulheres. Denunciaram o estatuto no nascituro, que, de acordo com elas, ignora os direitos da mulher vitimas da violência do estupro.
Ainda de acordo com a fala das companheiras é preciso combater a violência contra a mulher em várias frentes. Essa violência ocorre quando o estado não disponibiliza casas abrigos em números suficientes para as mulheres que sofrem agressão; quando as mulheres são submetidas ao abuso sexual nos transportes públicos lotados, além da violência nas relações de trabalho, quando mulheres ainda continuam ganhando menos do que os homens.
Ambas reafirmaram a necessidade de uma forte campanha nacional contra a violência às mulheres trabalhadoras.
Encontro do MML é considerado o maior realizado por mulheres classistas nos últimos tempos
O 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta foi considerado o maior evento de feministas classistas dos últimos 20 anos, de acordo com a organização do evento. Com a participação de 2.300 mulheres, a atividade, marcada pela diversidade, contou com a presença de trabalhadoras dos Correios, bancárias, metalúrgicas, operárias das construção civil, estudantes, profissionais da Educação, servidoras públicas, mulheres organizadas nos setores contra a opressão, mulheres do campo do movimento popular, vindas de todos os cantos do país.
No sábado (5), segundo dia do evento, em plenários simultâneos, ambos com sua capacidade lotada, foram debatidas a conjuntura nacional e internacional. Os informes e analises feitas em ambos os painéis versaram sobre os desafios das mulheres e as próximas campanhas e lutas, no contexto nacional e mundial. Os informes foram ricos e, como em todo o encontro, regados de muita emoção.
Logo em seguida, a mesa foi recomposta para a apresentação das contribuições ao encontro sobre a organização e estruturação do movimento.
Após o almoço, as mulheres se reuniram em grupo de trabalho com painéis temáticos sobre aborto e sexualidade; a mulher no sindicato; saúde da Mulher; mulher negra; violência; mulher Lésbica; mulher Jovem; creches e o direito à maternidade; as mulheres e a luta internacional, trabalho Doméstico; prostituição; mulher operária; mulheres e Educação; mulher e movimento popular; mulheres Aposentadas; mulher trans*; mulheres e Transporte.
Os debates sobre esses temas foram amplamente discutidos nos grupos e foram a voto para já serem apresentados na plenária final. O clima de todos os grupos foi permeado de intensas discussões, troca de experiências, com declarações de mulheres e suas vivencias.
O grupo internacional, que se tornou uma mesa internacional, foi ponto alto da atividade. A emoção tomou conta do plenário com as declarações das representações internacionais que expuseram suas experiências da luta das mulheres em seu país.
Todas essas discussões forma levadas para o ultimo dia do encontro para ser votada em plenário no domingo.
No sábado (5), segundo dia do evento, em plenários simultâneos, ambos com sua capacidade lotada, foram debatidas a conjuntura nacional e internacional. Os informes e analises feitas em ambos os painéis versaram sobre os desafios das mulheres e as próximas campanhas e lutas, no contexto nacional e mundial. Os informes foram ricos e, como em todo o encontro, regados de muita emoção.
Logo em seguida, a mesa foi recomposta para a apresentação das contribuições ao encontro sobre a organização e estruturação do movimento.
Após o almoço, as mulheres se reuniram em grupo de trabalho com painéis temáticos sobre aborto e sexualidade; a mulher no sindicato; saúde da Mulher; mulher negra; violência; mulher Lésbica; mulher Jovem; creches e o direito à maternidade; as mulheres e a luta internacional, trabalho Doméstico; prostituição; mulher operária; mulheres e Educação; mulher e movimento popular; mulheres Aposentadas; mulher trans*; mulheres e Transporte.
Os debates sobre esses temas foram amplamente discutidos nos grupos e foram a voto para já serem apresentados na plenária final. O clima de todos os grupos foi permeado de intensas discussões, troca de experiências, com declarações de mulheres e suas vivencias.
O grupo internacional, que se tornou uma mesa internacional, foi ponto alto da atividade. A emoção tomou conta do plenário com as declarações das representações internacionais que expuseram suas experiências da luta das mulheres em seu país.
Todas essas discussões forma levadas para o ultimo dia do encontro para ser votada em plenário no domingo.
Abertura do 1º Encontro Nacional do MML emociona e mostra força de feminismo classista
Emocionante! Essa foi a definição feita pelas centenas de mulheres vindas de diversos estados do país sobre o 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta (MML) que teve sua abertura nesta sexta-feira (4), em Belo Horizonte (MG). O plenário, literalmente, ficou pequeno para tantas mulheres em luta que mostraram a força que tem o feminismo classista.
A participação de trabalhadoras de ao menos oito países confirmou o caráter também internacionalista do MML. Mulheres atuantes no movimento popular, urbano, do campo e de luta contra as opressões mostraram a diversidade do que representa o movimento e as várias frentes em que atua.
Essas trabalhadoras esquentaram o início da plenária de abertura dançando ao som do Maracatu e espantaram o cansaço da longa viagem de seus estados de origem, feita pela maioria de ônibus.
Logo em seguida, o plenário se recompôs para a mesa de saudação composta pela integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Joaninha Oliveira; pela dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Rosângela Calzavara; pela integrante do Movimento Luta Popular, Helena Silvestre; pela representante da Frente pela Legalização do Aborto, Laura Symbalista; pela integrante do MTST Ana Paula Perles; por uma representante da Marcha das Vadias de BH; pela representante do PSTU Vanessa Portugal; e pela representante do Psol Jane Almeida – PSOL.A participação de trabalhadoras de ao menos oito países confirmou o caráter também internacionalista do MML. Mulheres atuantes no movimento popular, urbano, do campo e de luta contra as opressões mostraram a diversidade do que representa o movimento e as várias frentes em que atua.
Essas trabalhadoras esquentaram o início da plenária de abertura dançando ao som do Maracatu e espantaram o cansaço da longa viagem de seus estados de origem, feita pela maioria de ônibus.
As representações presentes à mesa fizeram coro em suas falas sobre a emoção do que representava o encontro, com a massiva participação das mulheres, os importantes debates e o acúmulo de experiências.
Palestra de Lola Arononovich- Ao final das saudações, o plenário deu espaço para a palestra que teve como convidada a escritora do Blog “Escreva Lola, escreva”.
A palestrante parabenizou o encontro e falou sobre o seu blog que aborda temas do cotidiano das mulheres.
Lola fez o que chamou “de provocações” ao plenário sobre os rótulos que a sociedade impõe às mulheres.
Ao final o plenário abriu para perguntas. As mulheres puderam tirar dúvidas acerca dos temas abordados por Lola e conhecer um pouco mais da escritora.
Debates no sábado e domingo enriquem encontro – No sábado e domingo os debates serão dedicados à conjuntura, nacional e internacional, palestras e grupos de trabalhos sobre vários temas que envolvem as mulheres.
cspconlutas.org.br