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sábado, 17 de outubro de 2015

Outubro rosa: o que é? Pra quem é?


Por Tawnne de Andrade, ativista do MML Zona Leste/SP

publicado originalmente em http://twdeandrade.wix.com/poesia#!Outubro-rosa-o-que-%C3%A9-Pra-quem-%C3%A9/cu6k/561299f50cf2f0ed7a31864c



Outubro rosa é o nome dado a uma campanha realizada todo ano no mês de outubro de prevenção ao câncer de mama. Essa é uma das doenças que mais matam mulheres, no Brasil e no mundo.

Já tive a oportunidade de ver bons exemplos dessa campanha de conscientização em escolas públicas (por iniciativa das coordenadoras e professoras, não do governo, obviamente), e reivindico a importância desse tipo de campanha.

No entanto, escrevo agora não para explicar a questão do câncer em si, mas comentar como esse tipo de coisa é transformado pela mídia em um exemplo muito simples, mas curioso.

Esses dias eu estava no metrô, e infelizmente acabo tendo minha atenção atraída e distraída por aquelas televisões do metrô. Eis que o tema da rápida chamada era o Outubro rosa e fiquei por um instante feliz da TVzinha do metrô se dedicar a conscientizar as mulheres sobre isso. Mas não era bem o que eu esperava.

A rápida notícia era: "Mulheres famosas e câncer", que tinha fotos com legenda de atrizes e artistas famosas e muito ricas que descobriram ter câncer de mama e que conseguiram 'lutar contra a doença' e se recuperar, e hoje estão lindas e ótimas com suas carreiras de sucesso.

Não vem ao caso o nome das artistas mostradas. Elas provavelmente nem sabem que foram citadas nessa propaganda, e é lógico que acho muito bom que elas tenham se recuperado e superado a doença. Não é esse o problema.

O problema é que nenhuma dessas mulheres famosas teve que superar o câncer de mama sendo atendida no SUS. O problema é que nenhuma dessas mulheres artistas teve que superar o câncer de mama ganhando um salário mínimo por uma jornada de 44 horas semanais.

O problema é que essa propaganda esconde o verdadeiro lado de quem é afetado por uma doença dessas e não têm os recursos financeiros.

Força de vontade é importante, mas ninguém cura um câncer sem tratamentos médicos caríssimos. E essa propaganda apresenta aquelas mulheres ricas como guerreiras que superaram o câncer simplesmente porque foram fortes o suficiente. Essa é a ideia que ela passa.

Enquanto isso faltam hospitais, faltam médicos, faltam remédios para o conjunto das mulheres da classe trabalhadora. O câncer é uma doença terrível e dura para todas, certamente não quero menosprezar o sofrimento de nenhuma mulher com câncer.

Mas é muito mais duro ter sua expectativa de vida reduzida porque o Estado não garante saúde pública de qualidade, nem o governo federal petista, nem o estadual psdbista. Os governos têm deixado a saúde pública um caos. Agora com a crise econômica, os cortes estão afetando principalmente as áreas sociais.

Os planos de saúde particular são verdadeiras máfias com objetivo de lucrar, extremamente caros, sem qualidade, o recente caso da falência da Unimed paulistana deixou milhares de pessoas completamente desamparadas. Mas a existência em si de uma rede privada de saúde é um completo absurdo, que só o capitalismo pode permitir, com sua lógica de transformar tudo em dinheiro, inclusive a doença, a vida e a morte das pessoas.

Eu quero sim um Outubro rosa. Mas não acho que todo mundo usar roupas cor-de-rosa ou colocar um lacinho na camiseta pra mostrar que apóia a causa vá resolver o problema.

É necessário divulgar e conscientizar sobre o que é o câncer de mama, é necessário cobrar efetivamente dos governos que invistam verbas na saúde. 

Temos que exigir investimento público em saúde, em hospitais, em distribuição gratuita de remédios. Com campanhas garantidas pelos governos nas escolas públicas para conscientização da juventude. Com o dinheiro dos impostos sendo direcionado a garantir a saúde das mulheres da classe trabalhadora. 

Estatísticas:

"Segundo tipo de câncer mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. No ano de 2010 ocorreram 49.240 novos casos de câncer de mama no Brasil, sendo superado apenas pelo câncer de pele. No ano de 2008, 11.860 mulheres morreram por causa do câncer de mama e 125 homens também morreram por câncer de mama (www.inca.gov.br). O câncer de mama no homem é raro e representa menos de 1% dos casos, e o principal sintomas é um nódulo endurecido atrás do "bico" do peito, principalmente em pacientes acima de 50 anos de idade."
fonte: Estatísticas sobre câncer de mama no Brasil - 
http://www.sbmastologia.com.br/index/index.php/rastreamento-e-diagnostico/60-estatisticas-sobre-cancer-de-mama-no-brasil

"O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. O INCA (Instituto Nacional do Câncer) publicou uma estatística que prevê 57 mil novos casos para o próximo ano, com cerca de 15 mil óbitos, no Brasil. A doença acomete com maior frequência mulheres entre os 45 e 55 anos de idade."
fonte: Estatísticas apontam 57 mil novos casos de câncer de mama em 2015
http://www.segs.com.br/saude/12118-estatisticas-apontam-57-mil-novos-casos-de-cancer-de-mama-em-2015.html

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

NA ARGENTINA E NO BRASIL: NI UMA A MENOS!!

Por Sílvia Ferraro, da Executiva Nacional do MML



Chegavam mulheres de todas as partes da Argentina para a cidade de Mar Del Plata, uma cidade balneária da província de Buenos Aires. Eram em sua maioria, trabalhadoras, jovens, operárias, professoras, donas de casa, de comunidades de povos originários, de movimentos sociais dos mais diversos e também organizadas em grupos e partidos políticos. Pelos cálculos da comissão organizadora do Encontro, foram mais de 60 mil mulheres que se inscreveram. Este foi o maior Encontro até agora desde os 30 anos que ele existe e o motivo foi a manifestação multitudinária que ocorreu em Buenos Aires, mas também em outras províncias no dia 03 de junho que ficou conhecida como NI UMA A MENOS!

O 3J levou às ruas da Argentina, mais de 500 mil pessoas. Em um país em que a cada 30 horas ocorre um feminicídio, a gota d’água para a manifestação foi o assassinato de uma menina de 14 anos, Chiara Páez, que estava grávida de quatro meses do namorado, em cujo quintal foi encontrado o corpo de Chiara. A adolescente foi enterrada viva e os pais do namorado são suspeitos de terem ajudado. A partir daí, ”NI UMA A MENOS” virou um grito, um símbolo, uma causa comum a todas as organizações de mulheres da Argentina, e é o que explica que o Encontro deste ano tenha sido tão massivo.

Apesar de atrair tantas mulheres ávidas por discutir saídas para os seus problemas e encaminhar as lutas, o encontro é um espaço de discussão através das inúmeras oficinas que são montadas a partir de temas de interesse como violência, aborto, prostituição, feminismo, etc, porém o Encontro não tira ações comuns e nem encaminha o que fazer em relação às reivindicações, o que é  um limite importante, pois apesar de afirmar que haja a necessidade de “mais verbas e políticas públicas para combater a violência e aplicar as leis de proteção”, o Encontro não tirou nenhuma ação mais contundente para exigir que Cristina Kirchner cumpra isso. 

Este limite do Encontro é explicado por ter como direção, uma corrente que centraliza tudo e não conduz de forma democrática as decisões e encaminhamentos, porém o movimento é muito maior e mais amplo que sua direção e a energia das mulheres querendo lutar contra a violência e o machismo dá a tônica para o sucesso da enorme participação nas atividades.

MML e CSP-Conlutas presente no Encontro!


As oficinas foram maiores do que a organização previa. Somente no tema do combate à violência foram mais de 10 oficinas que não couberam nas salas e tiveram que se organizar nos corredores da escola. Nós, do Movimento Mulheres em Luta e da CSP-Conlutas, participamos de cinco oficinas sobre o tema da violência. Levamos para as companheiras da Argentina as informações sobre a situação das mulheres no Brasil, que a cada 2 horas, uma mulher morre pela violência machista e pela negligência do Estado e que o governo Dilma, com o ajuste fiscal, reduziu os parcos recursos que existiam pela metade e ainda acabou com a Secretaria de Políticas para Mulheres. Além disso, levamos a discussão de que o combate à violência e ao machismo, deve unir a luta de gênero à luta de classes, pois não é possível ter políticas para as mulheres, sem romper com o pagamento das dívidas, sem romper com os conservadores, sem romper com os banqueiros, empresários e latifundiários, tanto na Argentina quanto no Brasil. Portanto, tanto o governo de Cristina, quanto o governo de Dilma, apesar de serem governos de duas mulheres, não governam para as mulheres trabalhadoras que são as mais afetadas pela violência, as que mais morrem pelo aborto ilegal, as que são assediadas nos locais de trabalho e as que não tem creches para que seus filhos sejam educados. Isso é assim, porque não basta ser mulher, porque a luta não é uma ta de mulheres contra homens, mas uma luta de classes! 

“Paremos el ajuste del gobierno, gritemos todos juntos: NI UMA A MENOS”!  


No domingo, depois de todas as oficinas e atividades, tivemos a grande Marcha que reuniu mais de 65 mil pessoas. Colunas de todos os tipos e de todas as cores estavam presentes. Cada grupo político se organizava com suas bandeiras e com suas reivindicações. Nós percorremos todas as colunas da Marcha para registrar a dimensão daquele acontecimento e a diversidade das organizações. Depois ficamos na coluna da FIT (Frente de Esquerda dos Trabalhadores), que organizou uma comissão de frente de candidatas que concorrem às eleições Argentinas nos próximos dias. O programa da FIT é o único que apresenta a proposta de romper com o pagamento da dívida externa na Argentina para destinar recursos às políticas de combate à violência contra as mulheres, assim como defende a legalização do aborto em suas propagandas na televisão.

Com uma animação formidável, percorremos as ruas de Mar Del Plata, cantando as músicas junto com as companheiras de “Lucha Mujer”(PSTU), uma das  organizações que compõe a Frente de Esquerda dos Trabahadores. Algumas músicas expressavam bem o espírito da coluna da FIT: “Hombres y mujeres salgamos a las calles nuevamente paremos el ajuste del gobierno gritemos todos juntos NI UNA MENOS NI UNA MENOS”, ou ainda em relação ao governo de Cristina, “A ver cristina a ver si nos entendemos pagando la deuda externa, vos vendes nuestros derechos. Derecho al aborto, seguro y legal luchando en la calles, vamo a conquistar. Contra la violencia vamos a luchar las redes de trata a desmantelar Deja ya mismo de pagar la deuda!!!!

Ao final da Marcha, algumas colunas, inclusive a da FIT, quiseram passar em frente à Catedral de Mar Del Plata para protestar contra o conservadorismo da Igreja que faz campanha contra a legalização do aborto e também porque, na Argentina, a Igreja Católica é responsável por encobrir os crimes da ditadura militar e pelo desaparecimento de mulheres e crianças. Dentro da igreja havia um grupo de orientação fascista, supostamente “defendendo” a igreja das “feministas”. A polícia foi acionada pela igreja, e reprimiu as manifestantes e prendeu 5 ativistas.

Apesar da repressão policial em frente à Catedral, a Marcha foi muito vitoriosa, e as mulheres ao final diziam que era necessário fazer uma nova manifestação no dia 25 de novembro, que é o dia Internacional de combate à violência contra a mulher. Esta disposição só comprova que mais do que encontros é necessário organizar as mulheres trabalhadoras para lutarem concretamente contra o governo que aplica o ajuste fiscal e que não aplica recursos para proteger as mulheres. Os feminicídios continuam ocorrendo e inclusive no próprio dia da Marcha, dois assassinatos de mulheres haviam ocorrido na própria cidade de Mar Del Plata.

Unificar as lutas das mulheres trabalhadoras na América Latina


A realidade das mulheres da classe trabalhadora é semelhante em todos os países da América Latina. Os governos aplicam políticas de ajuste fiscal que está cortando gastos da educação, da saúde, das creches e também são comprometidos com os setores conservadores que impedem a legalização do aborto e fazem retroceder os poucos direitos das mulheres que foram conquistados. A política de beneficiar o agronegócio causa verdadeiro genocídio e miséria, entre todos os povos originários dos diversos países. O aumento da exploração e da precarização atinge sobretudo as mulheres e todos os setores oprimidos, que são obrigados as aceitarem condições cada vez piores de trabalho, ou são os primeiros a sofrerem com o desemprego e com o efeito da política econômica. As mulheres continuarão morrendo todos os dias, todas as horas, seja pela violência, pelo aborto ilegal, pela falta de atendimento de saúde, e pelo aumento crescente da miséria. 

Por isso, para termos NI UMA A MENOS é necessário parar de pagar as dívidas aos banqueiros, impedir o desemprego com leis que garantam a estabilidade, aumentar os salários, garantir educação e saúde públicas de qualidade e especialmente a educação infantil para todos os filhos dos trabalhadores, realizar reforma agrária e urbana e garantir o direito à terra a todos os povos originários. Isto seria o mínimo a fazer, e que nenhum governo faz, pois estão comprometidos com os grandes capitalistas e imperialistas. Organizar as mulheres trabalhadoras, junto com os homens trabalhadores, para que saiamos às ruas por NI UMA A MENOS! POR NENHUMA A MENOS! é lutarmos sobretudo contra os governos e o sistema que nos oprime e nos explora e que é cada vez mais necessário unificarmos os trabalhadores de todos os continentes para isso! 









segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Movimento Mulheres em Luta: uma ferramenta a disposição das trabalhadoras para enfrentar o machismo e a exploração capitalista

Por Marcela Azevedo, da Executiva Nacional do MML

Há dois anos acontecia o 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em luta. Um espaço que reuniu cerca de 2.500 mulheres, teve entre os grupos de debate o sobre mulher negra como o maior, contou com um beijaço contra a LGBTfobia em sua programação e aglutinou mulheres de todas as partes do Brasil e representações de diversos países do mundo.

Foi um encontro construído por operárias, professoras, funcionárias públicas, metroviárias, estudantes, donas de casa e aposentadas. Refletiu, sobretudo, que diante da mudança da situação política do país, aberta com as jornadas de junho, as mulheres estavam dispostas a ocupar seu lugar nas lutas e mobilizações da classe trabalhadora. Esse foi o espírito que permeou todo o encontro e se traduziu no conjunto de políticas que aprovamos, em especial na campanha nacional contra a violência à mulher que foi levada a cabo com muita garra e determinação.  

Dois anos depois, nos fortalecemos e avançamos!

O Encontro Nacional foi uma experiência muito importante para o conjunto de ativistas que se fez presente naquele espaço, avaliávamos que tínhamos conseguido um grande feito. Contudo, o desafio que viria depois era ainda maior. Seguir organizando as mulheres trabalhadoras no marco de uma concepção classista, onde há uma forte pressão pela conciliação de classe; e socialista, onde todas as estruturas capitalistas nos limitam no marco do horizonte do sistema, não é tarefa fácil.
Mas é possível perceber o quanto crescemos e nos consolidamos enquanto referência de organização e resistência para um conjunto de mulheres que sabem que sua luta não se dá no marco individual. Ainda temos muito a fazer, ainda tem muito espaço a ocupar, mas é possível afirmar que demos passos fundamentais para nossa consolidação, ao longo desse último período.
O lançamento da revista da campanha de combate a violência machista, a construção independente dos atos de 08 de Março, a presença na manifestação "Na copa vai ter luta" e a campanha "Cartão vermelho para o turismo sexual", a campanha "Não me encoxa que eu não te furo" contra o assédio no metrô, o lançamento e a coleta de assinaturas do abaixo assinado que exige a aplicação de 1% do PIB par as políticas de combate a violência contra a mulher, a participação expressiva no Congresso da CSP-Conlutas e, mais recentemente, na Marcha Nacional dos trabalhadores e trabalhadoras e no Encontro de lutadores, são todos exemplos de que estamos no caminho certo e cada vez mais determinadas para construir a luta das mulheres trabalhadoras.

A realidade exige mais firmeza e mais dedicação


Também acompanhamos, nos dois anos que seguiram o encontro, um aprofundamento de uma crise econômica e política em nosso país. O governo da primeira mulher presidente e as medidas que ela tomou para ganhar o conjunto das mulheres trabalhadoras estão ruindo diante de nossos olhos. Tanto os ataques aos direitos trabalhistas que acabam com conquistas históricas dos trabalhadoras, aos quais muitas mulheres sequer tiveram acesso ainda, bem como as medidas de ajuste fiscal que retiram investimento das principais pastas sociais, afetam diretamente as nossas condições de vida. A retirada de status de ministério da Secretaria de políticas para as mulheres e também da Secretaria de políticas de igualdade racial, colocando-as como parte do ministério de direitos humanos, deixa evidente que são os nossos direitos e nossas pautas que estão sendo rifadas pelo governo, para garantir os lucros de banqueiros e empresários.
Diante de tudo isso, vemos muitas organizações de mulheres, como a Marcha Mundial de Mulheres e as secretarias de mulheres da CUT e CTB, ainda argumentarem a necessidade de defender a permanência de Dilma em nome da democracia e construírem atos como o do último dia 03/10 que fazia críticas às medidas de Dilma, mas seguiu dando suporte ao governo.  Isso quando grande parte da população já não aguenta mais tanto o governo quanto seus ataques e quando acontecem manifestações importantes dos trabalhadores que não poupam nem o governo do PT e nem os setores de oposição como PSDB/PMDB, como a Marcha do dia 18 de Setembro, em São Paulo, das quais essas organizações não participaram. Nós acreditamos que a tarefa colocada para o conjunto dos setores organizados é a unidade para defender os trabalhadores e seus direitos e para isso é preciso romper com esse governo que é o responsável pelo conjunto dos ataques dos quais temos que nos defender. 
A nossa responsabilidade só cresce nesse cenário, temos que ter cada vez mais disposição e firmeza em nossa concepção para apresentar as mulheres trabalhadoras uma ferramenta que esteja a serviço do enfrentamento do machismo e da exploração capitalista. O nosso movimento tem todas as condições para isso, pois está colado nas principais lutas de categorias que acontecem no país, está ao lado do movimento popular na luta por moradia, está junto com as mulheres jovens enfrentando os estupros e assédio nas universidades, está construindo os atos de luta contra a violência machista em diversos estados, está junto com as usuárias do transporte coletivo combatendo o assédio e a encoxada, enfim, o Movimento Mulheres em Luta está se forjando cotidianamente nas principais demandas das mulheres trabalhadoras e é nesse espaço que temos que cumprir o papel de construir junto dessas mulheres uma alternativa independente para responder a crise e fazer com que não sejamos nós a pagar essa conta.
Vamos lá mulherada, colocar toda nossa força de guerreiras a serviço da organização da classe trabalhadora e junto com isso preparar as bases para um 2º Encontro Nacional do MML ainda mais vitorioso que o primeiro.