21/04/2008
Terminou por volta das 14 horas desse dia 21 de abril, segunda-feira, o I Encontro Nacional de Mulheres da Conlutas. Com cerca de mil inscrições, o evento superou todas as expectativas, mostrando que existe um amplo espaço para a organização de luta das mulheres. Durante três dias, delegações de mulheres em todo o país se reuniram para discutir formas de luta contra a opressão, resgatando o seu caráter classista.
O último dia foi reservado para as votações das resoluções do encontro. As propostas de resoluções foram discutidas nos 11 grupos de debate realizados durante toda a tarde do dia 20. Já no plenário, elas puderam ser defendidas e votadas democraticamente.
Movimento classista
Entre as resoluções mais importantes está o lançamento de um movimento feminista da Conlutas, classista e socialista. Tal movimento será uma alternativa de organização das mulheres às organizações governistas e de conciliação com a burguesia. As mulheres presentes no Encontro aprovaram a construção do movimento pela base, organizando reuniões nos locais de trabalho e organizando pautas de reivindicações.
“Esse encontro reflete o trabalho que temos desde o Macapá até o sul do país. O movimento que propomos não vai vir de cima, cada uma que está aqui volte para as bases e discuta com suas com suas companheiras”, salientou Ana Rosa Minutti, da Secretaria de Mulheres do PSTU.
Como parte dessa preparação, será realizada uma plenária de mulheres no I Congresso da Conlutas, em julho. Após uma ampla discussão na base, um segundo encontro deve ser marcado pelo Grupo de Trabalho da Coordenação Nacional de Lutas a fim de encaminhar a construção do movimento.
A resolução foi aprovada por ampla maioria do plenário. “Eu sou mulher, eu sou de luta, construindo a Conlutas”, entoaram as delegadas após a aprovação.
Um exemplo de democracia
Não foi apenas o caráter classista do movimento feminista que o Encontro resgatou, como também a democracia operária. Todas as polêmicas foram exaustivamente defendidas e discutidas, antes de serem votadas na plenária final.
Uma das principais polêmicas foi sobre o lançamento ou não de um novo movimento feminista. Algumas companheiras defendiam que o próprio GT da Conlutas pudesse ser uma espaço de organização e luta das mulheres trabalhadoras. No entanto, foi aprovado o movimento, amplo e classista, de mulheres.
Vitória
O clima ao final do Encontro era de alegria e vitória. Cantando palavras de ordem feministas e a Internacional, os participantes voltaram para suas regiões com a perspectiva de oferecer uma alternativa que realmente sirva às necessidades das mulheres trabalhadoras.
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