Páginas

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mulheres ecetistas fortalecem a greve dos Correios!

O salário dos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios não cresceu com o mesmo ritmo do aumento do trabalho. Desde 2007, o número de trabalhadores contratados pela empresa vem diminuindo a cada ano, e da década passada para cá, a quantidade de objetos distribuídos por trabalhador da empresa também não parou de aumentar. 

Quanto mais precarizado o trabalho, mais mulheres fazem parte da categoria. O machismo e o preconceito fazem com que as mulheres tenham as piores condições de trabalho e os piores salários e as sujeita a situações de assédio moral e sexual nos locais de trabalho. Já foram dadas muitas batalhas e para que a ECT garanta punição dos autores desses casos, mas ainda são inúmeros os casos em que nada acontece e as trabalhadoras têm que levar para casa o desgosto da humilhação e do constrangimento.

Combinar esse trabalho duro com as responsabilidades domésticas que são impostas às mulheres é muito difícil. As mulheres realizam todos os dias uma dupla jornada de trabalho e não recebe nenhum direito que acabe com essa situação. Nesta greve, as ecetistas reivindicam o “auxílio creche” para todos os filhos e filhas até o 7° ano de vida e a transformação desse auxílio em “auxílio educação” após os 7 anos.

Essa batalha é muito importante, porque a dificuldade em garantir a matrícula dos filhos/as em creches ou escolas é um dos maiores motivos que fazem as mulheres largarem o emprego. Essa situação não pode continuar!

A primeira presidenta mulher do país está tratando as ecetistas com muito desrespeito, pois além de não garantir um reajuste digno e mais direitos para a categoria, está orquestrando a criação da Correios S.A., cuja conseqüência vai ser mais precarização, terceirização e menos direitos. Mesmo sendo mulher, Dilma virou inimiga das trabalhadoras dos Correios. 

A força da luta das mulheres tem condições que fazer a greve ficar cada vez mais forte. Neste dia 5 outubro, demos um demonstração de força junto com toda a categoria de que mesmo a direção querendo acabar com o movimento, nós vamos continuar resistindo.

Não podemos deixar o machismo e o preconceito dividir a luta, precisamos unir trabalhadores e trabalhadoras dos Correios contra o governo, verdadeiro inimigo que discrimina as mulheres e explora todos os trabalhadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário