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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Metroviários de São Paulo terminam a greve após arrancar nova proposta

Os metroviários de São Paulo deram a resposta ao governo Alckmin e demonstraram a disposição de luta da categoria, com uma forte greve nessa quarta-feira (23).

Foi a primeira grande greve da categoria desde 2007. E sob a nova direção, que derrotou a CTB/CUT nas eleições do Sindicato em 2011.

O fim da greve foi possível a partir do recuo da direção do Metrô e do governo Alckmin, que aceitaram ampliar vários itens negados até a última negociação.

O fim da paralisação foi definido em assembleia realizada no começo da tarde, que contou com a presença de mais de mil pessoas. Foi apresentada aos metroviários a proposta feita durante a audiência de conciliação realizada no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Cerca de 80% dos trabalhadores aprovaram os itens da pauta e votaram pelo fim da greve.

A proposta trouxe alguns importantes avanços, dentre eles o reajuste de 6,17%, o que equivale a 1,94% de aumento real, vale-refeição de R$ 23,00, vale alimentação de R$ 218,00, pagamento de um adicional de risco de vida de 15%, esse último considerado um avanço significativo, pois o adicional era de 10%. Além disso, não será descontado o dia de greve dos metroviários.

O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino Prazeres, enfatizou que houve progresso, mas não o ideal, ainda assim, representa uma conquista para a categoria, que mostrou a força de sua mobilização.

Essa paralisação também impulsionou o avanço na organização da categoria. Fica marcada na história do movimento como uma das maiores mobilizações realizadas pelo setor.

A greve desmascara Geraldo Alckmin (PSDB) – Em  nenhum momento o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) se preocupou com  a população. Os metroviários propuseram o desafio de liberar as catracas para  que  os paulistanos não fossem prejudicados, entretanto, a proposta não foi aceita. Ao invés disso, Alckmin colocou em funcionamento o sistema do Paese (Plano de Atendimento de Empresas em Transporte de Atendimento de Emergência), com ônibus rodando de graça, mas isso não resolveu o problema e só aumentou o caos nas ruas de São Paulo.

O metrô poderia ter rodado sem cobrar, evitando o congestionamentos e o transtorno. Mas Alckmin preferiu enfrentar a categoria e tentou jogar a população contra os metroviários.

Se realmente houvesse a preocupação com a população, o governo teria aceitado o desafio dos metroviários, mas preferiu manter a sua postura autoritária.

O verdadeiro culpado por São Paulo parar é o governador - Mesmo diante da ofensiva do governo de tentar jogar a população contra os metroviários, esses trabalhadores mostraram com a proposta de catraca livre, que o verdadeiro culpado é o governador, que além de recusar o desafio, não apresentou nenhuma proposta de melhorias no transporte e muito menos melhorias nas condições de trabalho desses trabalhadores.

Todos os dias a população enfrenta as péssimas condições no transporte público, a superlotação, os acidentes nas linhas de metrô de trem, a lentidão nos serviços, o sucateamento do transporte, a falta de funcionários, etc. São esses problemas cotidianos que causam transtornos para os paulistanos e foi para acabar com esses problemas que a Campanha “Chega de Sufoco” foi lançada pelo Sindicato, para trazer melhorias efetivas para o transporte sobre os trilhos. Entretanto, o governador e a empresa permaneceram inertes.

Os metroviários de São Paulo, unidos e mobilizados, deram a resposta ao governador Alckmin. A CSP-Conlutas parabeniza os trabalhadores e a direção do Sindicato pela retomada das lutas e a importante conquista em suas reivindicações.

Fonte: cspconlutas.org.br

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