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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

59% das mulheres vítimas de violência são agredidas diariamente

Dados divulgados nesta terça-feira pela Secretaria de Políticas para as Mulheres apontam que mais da metade (59,57%) das mulheres que sofrem violência são agredidas todos os dias. Os números fazem parte de um balanço da Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180.

Conforme o levantamento, em 70% dos casos de violência doméstica o agressor é o marido ou companheiro da vítima. O estudo aponta que se forem considerados demais vínculos afetivos --como ex-marido, namorado e ex-namorado-- o percentual sobre para 89%.

Ainda de acordo com os números, em 66% dos casos de agressão os filhos e filhas presenciam a cena da mulher sendo agredida. Conforme a secretaria, dos mais de 2 milhões de atendimentos registrados pela Central de Atendimento desde 2006 (data de início do funcionamento), 329.256 casos foram enquadrados na Lei Maria da Penha.

"O número ainda é muito alarmante, no entanto, quero reforçar que a Lei Maria da Penha possibilitou uma visibilidade maior dos crimes, que até 6 anos atrás eles não eram tão visíveis, apareciam só nas páginas policias e agora estão bastante divulgados. Então há os dois lados", afirmou a ministra Eleonora Menicucci.

Os dados foram apresentados durante a abertura do encontro "O Papel das Delegacias no Enfrentamento à Violência contra às Mulheres".

CENTRAL DE ATENDIMENTO
Criada em 2005 pela Secretaria de Política para as Mulheres, a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 é um serviço que presta "escuta" e "acolhida" às mulheres em situação de violência.

De acordo com a Secretaria, somente em 2012, o serviço registrou 388.953 atendimentos. A média diária é de 2.150 registros por dia. Em seis anos de vigência da Lei Maria da Penha, a central registrou 2.714.877 atendimentos. A violência física esteve presente em 196.610 casos relatados.

Dos atendimentos registrados neste ano, 25.232 mulheres registraram qual foi o "risco sofrido". Do total, 52% apresentaram risco de morte e 45,6% risco de espancamento.

Fonte: uol.com.br (KELLY MATOS DE BRASÍLIA)

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