O dia
Internacional de Luta das Mulheres é a principal data que celebra a luta das
mulheres trabalhadoras, momento importante em que temos de contrapor a forma
como a mídia e o mercado tratam essas datas e apresentar uma perspectiva de
luta, mostrando que precisamos seguir firmes em luta pelos nossos direitos e
pela igualdade entre homens e mulheres.
Dessa forma,
é muito importante que o Movimento Mulheres em Luta de cada estado participe
efetivamente dos atos e de toda sua preparação. As
reuniões de preparação dos atos do 8 de março começam a acontecer em alguns
estados.
Lutar pela unidade
É muito importante que o MML atue no
sentido de unificar todos os movimentos de mulheres para realização desses
atos, pois é necessário que juntemos forças pela reivindicação de nossos
direitos e pela demonstração de que a situação das mulheres trabalhadoras
brasileiras segue sendo uma situação difícil, com pouco amparo em relação à
violência, muitas crianças fora das creches, o que incide sobre a vida da
mulher trabalhadora, retirada de direitos trabalhistas, expressa na proposta de
Acordo Coletivo Especial e na Reforma da Previdência, etc.
Todos esses elementos apontam para uma
perspectiva extremamente critica em relação ao governo federal, mesmo sendo o
governo de uma mulher. Ainda que nossa atuação em favor da unidade envolva
setores que se apresentam como base de apoio do governo Dilma e também como
base de apoio de muitas prefeituras do PT, é necessário que atuemos pela
unidade em torno das exigências ao governo e em torno de reivindicações
históricas da luta das mulheres, como o fim da violência contra a mulher e a
luta pela legalização do aborto.
Nossos eixos
Também é importante que nos
apresentemos com eixos centrais nesse 8 de março, como forma de apresentar as
principais questões da atualidade que ameaçam ou atrasam a conquista da plena
igualdade entre homens e mulheres. Dessa forma, desde o final do ano passado, o
MML vem desenvolvendo duas lutas muito importantes que devem seguir sendo
nossos eixos nesse 8 de março. Uma diz respeito à luta contra a violência,
afinal a cada nova pesquisa, os dados se revelam mais alarmantes do que nunca,
muitas mulheres seguem morrendo, somado a isso, as conquistas presentes na Lei
Maria da Penha estão ameaçadas pela nova proposta de reforma do Código Penal.
Precisamos deixar isso em muita evidência neste 8 de março.
O outro eixo importante que queremos
dar destaque neste 8 de março é a luta contra o Acordo Coletivo Especial,
porque trata-se de um projeto que flexibiliza os direitos da classe
trabalhadora e que por isso incide diretamente na vida da mulher trabalhadora.
Queremos que o 8 de março seja um capítulo importante da luta contra o ACE e da
participação das mulheres trabalhadoras nessa luta.
Materiais
Está começando a ser preparado um
material nacional do MML, que será distribuído para todos os estados na reunião
da Coordenação Nacional da CSP Conlutas. Além disso, faremos adesivos, faixas,
cartazes. Os estados também podem produzir materiais que falem da realidade
local, das dificuldades específicas de cada estado ou cidade.
Para garantir toda essa intervenção,
estamos fazendo uma campanha financeira junto aos sindicatos filiados à CSP
Conlutas, para arrecadar dinheiro suficiente para podermos garantir uma
excelente intervenção do MML nas manifestações e atividades.
Plenárias do MML
Como parte do processo de construção do
8 de março, também é importante que o MML e os sindicatos que se relacionam com
o movimento organize plenárias antes e depois dos atos do 8 de março, para
seguir a continuidade das lutas após o 8 de março, para avançar na estruturação
do Movimento, formando Executivas estaduais do MML e seguindo o trabalho de
organização e luta das mulheres trabalhadoras. Os locais que tiverem condições
de fazer encontros maiores, com mais debate, é muito importante que o façam,
aonde isso não for possível, é muito importante que haja plenárias que garantam
a continuidade da luta e da organização do MML em cada estado/cidade/região.
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