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domingo, 2 de março de 2014

Mais uma mulher trabalhadora assassinada! Até Quando?

Na tarde do dia 26 de fevereiro, em São Bernardo do Campo, mais uma mulher morta, vítima de um crime machista. Natália Martins, 28, foi assassinada com quatro tiros pelo noivo que invadiu o estacionamento da fábrica Volkswagen, onde Natália trabalhava e a baleou antes de se suicidar. Semana passada perdemos também, Sandra Fernandes, professora e militante do PSTU e do MML, e seu filho, assassinados pelo namorado dela.

Infelizmente, a tragédia de Sandra e Natália é a tragédia de muitas mulheres. No Brasil uma mulher é assassinada a cada duas horas e a grande maioria é assassinada pelos companheiros, e dentre essas a maioria assassinada em sua própria casa. Esses dados são do próprio governo, levando em conta que os próprios juízes afirmam que muitos casos não são investigados, podendo esse número ser ainda maior.
O machismo se torna uma epidemia entre as mulheres. As agressões superam a marca de uma em cada cinco minutos, pois são levadas em conta somente as agressões denunciadas. Os estupros não param de crescer, em 2012 foram 139 por dia, denunciados.

Para a Copa milhões! E para a proteção das mulheres?
Mesmo com a Lei Maria da Penha e diante do governo de uma mulher, assistimos a essa situação. Isso porque apesar de ter uma lei que classifica o crime de machismo, os investimentos para combater a violência só diminuem, fazendo com que a lei não saia do papel. Enquanto isso o governo gastou 28 bilhões com a Copa da FIFA no Brasil.

Até quando assistiremos a morte de mulheres por conta do machismo? É preciso mais que uma carta de boas intenções. O governo precisa, de fato, ficar do lado das mulheres. Em especial das mulheres trabalhadoras que por sua condição de vida acabam sendo a maioria das vítimas desses crimes, sem proteção do Estado, sem condições de se desvencilhar dessa situação de opressão.

8 de Março: transformar a indignação em ação!
Vamos para as ruas homenagear Sandra, Natália e todas as mulheres vítimas de assassinato. Mas precisamos transformar nossa indignação em ação para mostrar a nossa força e para exigir do governo mais investimentos para o combate a violência a mulher.

Dilma, chega de tragédias como as de Sandra e Natália! Amplie e aplique a Lei Maria da Penha! Chega de dinheiro para a FIFA, precisamos de proteção!

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