O
governo de São Paulo mais uma vez ataca os trabalhadores. Nessa quarta-feira
dia 20 de agosto a polícia militar a mando do governador Geraldo Alckmin do
PSDB e do Reitor da USP Marco Antonio Zago, reprimiu fortemente com um
desproporcional contingente policial, utilizando bombas de gás lacrimogêneo e
balas de borracha, um ato “trancaço” realizado no início da manhã no campus Butantã em São Paulo. Vários
trabalhadores e estudantes ficaram feridos.
Os
trabalhadores dessa Universidade estão numa forte greve que já dura mais de 80
dias. A greve teve início em resposta à proposta de 0% de aumento apresentado
pelo conselho dos reitores das três universidades estaduais paulistas (USP, UNESP
e UNICAMP). Uma proposta de reajuste que se quer cobre as perdas salariais
decorrentes da inflação do último período. A resposta dada por estudantes,
funcionários e professores das três estaduais paulistas veio através de uma
forte greve unificada, que atravessou o período de realização da Copa do Mundo
bem como das férias escolares.
A
resposta de 0% de reajuste apresentada pelos Reitores faz parte de todo um plano
de desmonte da Universidade Pública, precarizando e abrindo espaço para a
privatização. Para avançar esses ataques
a reitoria, que cortou os gastos da USP e congelou a contratação de
funcionários e professores, agora quer implementar um Plano de Demissão
Voluntária para 3 mil funcionários
técnico-administrativos, além de entregar o Hospital Universitário (HU) à
Secretaria Estadual de Saúde e de autarquizar o Hospital de Reabilitação de
Anomalias Craniofaciais de Bauru (HRAC ou “Centrinho).
Trata-se
se uma série de medidas que vão desmantelar por completo a Universidade. O seu
impacto na precarização de políticas de assistência estudantil, direitos
trabalhistas e serviços para a população vão atingir mais duramente os setores
oprimidos como as mulheres, negros e Lgbt*s.
Durante
todo esse tempo o Reitor e o Governador se negam a receber os grevistas para
negociação e estão intransigentes. As respostas que dão para uma greve justa
são a ausência de diálogo e a repressão.
Para
nós do Movimento Mulheres em Luta é um absurdo que isso esteja acontecendo.
Lutar não é crime! Estamos com os
trabalhadores em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade! Estamos
com os trabalhadores em defesa do direito de lutar e contra a criminalização
das greves, lutas e mobilizações!
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