No início do mês de dezembro uma companheira nossa, integrante da ANEL e do MML de São Carlos, foi exposta nas redes sociais, tendo fotos suas sendo compartilhadas por várias pessoas em seus perfis e também em grupos do Facebook, dedicados principalmente a ridicularizar os movimentos sociais de esquerda. Uma agressão absurda e criminosa com o objetivo de atacar uma mulher de esquerda e de luta.
Pessoas desconhecidas entraram em sua página, a qual ela faz uso para várias denúncias, e de maneira absurda e violenta começaram a desqualifica-la nas redes sociais. Chegaram em um nível tal de machismo e preconceito a ponto de nossa companeira se sentir profundamente abalada em nível pessoal, moral e agredida em sua militância. Além disso, outra companheira nossa do MML, que estava junto com ela em uma das fotos, também foi atingida e agredida em sua moral e dignidade.
Palavras de extremo baixo calão foram usadas para ofendê-la física e psicologicamente. Ela recebeu dezenas de mensagens de pessoas desconhecidas, em sua maioria homens, que incluíam, além de um discurso machista, também lesbofóbico e ofensas pessoais quanto a sua aparência física, estilo de vida e escolhas políticas. Em diversos compartilhamentos de suas fotos essas pessoas tentaram fazer de seu ativismo uma piada. Agravando a situação, seu número de telefone foi descoberto (através de hackers) e divulgado de maneira ilegal e ela começou a receber diversas ligações e mensagens ofensivas.
Tanto nos comentários nas postagens como nas mensagens recebidas pela companheira ficou claro o discurso de ódio presente em uma sociedade machista, homofóbico e conservadora. Um discurso que quer desqualificar a militância política e feminista de esquerda, ridicularizando opiniões que denunciam e combatem as opressões.
Infelizmente, essas manifestações de ódio ainda são recorrentes no nosso cotidiano e são corroboradas e incentivadas por pessoas como o deputado Jair Bolsonaro, que em uma seção afirmou que só não estupraria uma deputada porque ela não merecia. Opiniões como a de Bolsonaro, Feliciano e Levy Fidelix só fortalecem a opressão na nossa sociedade que todos os dias atinge mulheres, negros e negras e pessoas Lgbts. Por isso é tão necessário seguirmos na luta para combater cada um desses machistas e também para mudar o mundo acabando com esse sistema capitalista que lucra com a opressão.
Nós do Movimento Mulheres em Luta queremos manifestar nosso total apoio às nossas companheiras, assim como a todas as mulheres que sofrem qualquer tipo de agressão ou exposição, e também repudiar essas atitudes opressoras. Essa agressão contra nossa companheira é uma agressão a todas nós. Tentam nos atacar e desmoralizar achando que desistiremos, mas seguimos firmes e fortes na luta contra toda forma de opressão e exploração.
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