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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

POR DELEGACIAS DE DEFESA DA MULHER NAS PERIFERIAS DE GUARULHOS, JÁ!

Por Rosemar Silva, do MML Guarulhos
Todos os dias milhares de brasileiras são vítimas da violência machista. O Bra­sil é o 7º país que mais mata mulheres no mundo e mesmo sendo mulher, a presi­dente Dilma Rousseff (PT) não tomou medidas consequentes para assegurar a vida, principalmente daquelas que mais precisam – as mulheres trabalhadoras, ne­gras e LGBTs.

Enquanto as políticas públicas para as mulheres não saíram do discurso, o governo Dilma preferiu destinar 50% do orçamento do país para o pagamento de juros aos banqueiros. A Lei Maria da Pe­nha, não consegue sair do papel, princi­palmente por não contar com uma estrutura para sua aplicação. Outro projeto que também não foi efetivado foi a construção da Casa da Mulher Brasileira. Anunciado em março de 2013, até agora as 27 casas prometidas não foram entregues. Além disso, em seu governo foi vetado o kit anti-homofobia, contribuindo ainda mais com a violência contra as mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais.

O fato é que a pre­sidente não priorizou o combate à violência contra a mulher e seu segundo mandato segue da mesma forma. As primeiras medidas do governo após as eleições foram mais ataques e cortes nas áreas sociais e nos direitos históricos das mulheres tra­balhadoras. O ajuste fiscal proposto pelo governo vai no sentido de retirar direitos básicos que atingem diretamente as mu­lheres trabalhadoras como a pensão por morte, o seguro desemprego, a aposenta­doria, o abono e agora a possibilidade da diminuição da jornada de trabalho e sa­lário que torna o orçamento das famílias ainda mais apertado. Em tempos de crise econômica, com a piora das condições de vida e de desemprego as relações huma­nas tendem a se deteriorar. Não podemos aceitar que as trabalhadoras sejam o saco de pancadas pela crise econômica!

Pesquisas recentes sobre o índice da vio­lência contra a mulher no Brasil apontam uma crescente, conforme revelaram os dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, os quais apontam que 77% das mulheres em situação de violência sofrem agressões semanal ou diariamente. Uma mulher é assassinada a cada duas horas no Bra­sil. A cada dois minutos, cinco mulheres são violentamente agredidas. Uma en­tre cinco mulheres consideram já ter sofrido algum tipo de violência co­metida por algum homem, conhecido ou não.

Na cidade de Guaru­lhos não é diferente, o governo Almeida do PT também não tem ne­nhum compromisso de solucionar o problema das mulheres trabalha­doras que sofrem vio­lência. As moradoras da cidade têm vivido casos assombrosos de machis­mo, causando mortes, violência e a assustado­ra média de um caso de estupro por dia, sendo Pimentas, São João e Taboão os bairros com maior índi­ce de violência contra a mulher. Guarulhos conta com apenas uma Dele­gacia de Defesa da Mulher, localizada no Jardim Santa Mena, região cen­tral da cidade, a qual é insuficiente para o atendimen­to da demanda da cidade e deixa as mulheres morado­ras da periferia sem o atendimento adequado, é na periferia onde mo­ram as trabalhadoras que sofrem com ruas escuras e perigosas, com trans­porte precário e pontos de ônibus distantes de suas casas. A delegacia existente não funciona 24horas nem aos finais de semana, ou seja, não funciona nos momentos que existe mais necessi­dade de atendimento. Para piorar a situação, Guarulhos não possui nenhuma Casa Abrigo, ou seja, muitas mulheres são obrigadas a voltar para a casa do agressor pois o Estado não garante proteção.


As mulheres de Gua­rulhos exigem a imedia­ta implementação e fun­cionamento de DDMs nas áreas mais afastadas do centro da cidade e de difícil acesso, com aten­dimento 24 horas e aos finais de semana, para acolhimento adequado e agilidade no atendimen­to àquelas que sofrem agressões domésticas, sexuais e psicológicas.

Sabemos que esse é um pequeno passo que pode­mos dar frente a opres­são vivida por nós mu­lheres todos os dias. Nós do MML nos or­ganizamos pois sabemos que so­mente com luta e organização poderemos avan­çar no combate a todas as formas de opressão e exploração.

Junte-se ao MML nesta Campanha!
Assine o abaixo-assinado!! Vamos exigir do Poder Público providências imediatas para combater a violência contra a mulher!!

Entre em contato conosco:
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ENTRE NA CAMPANHA PELAS DDMs (Delegacias de Defesa das Mulheres) NA PERIFERIA!

ORGANIZE UM COMITÊ EM SEU BAIRRO OU LOCAL DE TRABALHO, REALIZANDO PALESTRAS, PANFLETAGENS E COLETANDO ASSINATURAS PARA O ABAIXO ASSINADO.


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