*Moção aprovada na Coordenação Nacional da CSP Conlutas e Executiva Nacional do MML
Nos dias 18 a 21 de
outubro foi realizado o 27° Congresso do SINPEEM (Sindicato dos Profissionais
em Educação no Ensino Municipal /SP) do qual diversas mulheres, que são a
maioria na categoria, participaram.
No início do Congresso,
houve uma fala machista proferida pelo presidente do Sindicato, desrespeitando
e hostilizando uma mulher durante a Plenária. A partir disso, as mulheres de
diversos coletivos se organizaram de
maneira unificada, assim como mulheres ativistas das escolas, representantes e
conselheiras de base e diretoras da oposição e fizeram um ato de protesto
contra o machismo dentro do Sindicato.
O grupo conformado escreveu
uma Moção em repúdio ao machismo naturalizado no Sindicato para apresentar na
Plenária do dia seguinte. Ao final da
Plenária foi solicitada uma Questão de Ordem, prevista em regimento do
Congresso, para que o presidente do Sindicato, que fazia os encaminhamentos na mesa,
pudesse ler a Moção, a fim de conscientizar a categoria a respeito dessa luta,
denunciar os atos de machismo e explicar a manifestação.
Porém, o presidente do Sindicato ignorou a
reivindicação das congressistas, desrespeitando o próprio regimento aprovado na
Plenária, e negando o direito a voz das mulheres da categoria. Após todas as
tentativas de diálogo, as mulheres subiram e ocuparam o palco em forma de
protesto contra o que foi presenciado.
A resposta do
presidente do Sindicato foi colocar os seguranças contratados do Congresso para
expulsar violentamente as mulheres do palco, agredindo-as e hostilizando-as.
Além de utilizar-se de sua posição privilegiada ao microfone para proferir
ofensas e desqualificações as mesmas, menosprezando a luta contra o machismo.
Declaramos total
repúdio aos atos de machismo propagados nos espaços de manifestação política e deliberação
da categoria. Os sindicatos são uma ferramenta importante na luta dos
trabalhadores e configura-se como um espaço democrático. Contudo, para
representar o conjunto da classe deve refletir a luta e a defesa dos setores
oprimidos, principalmente em uma categoria majoritariamente feminina.
Além
disso, a ação da burocracia sindical que impede a discussão democrática e que
por muitas vezes silencia as mulheres que já são tão exploradas e oprimidas, é
nefasta para a organização da categoria. Tal realidade, em um momento em que os
trabalhadores estão sofrendo ataques centrais a direitos históricos, essa
situação só enfraquece a reação unificada de mulheres e homens trabalhadores.
#BastaDeMachismonosSindicatos
#ContraABurocraciaEoAutoritarismo
#ForaTodosQueOprimemeExploram
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