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sábado, 26 de fevereiro de 2011

08 de março: Dia internacional da mulher

Em 1910, a socialista alemã Clara Zetkin propôs na 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a criação do Dia Internacional da Mulher, em homenagem às 129 operárias da fábrica Cotton (EUA) assassinadas por reivindicar direitos, em 1857. A data ganhou importância em todo o mundo principalmente após o dia 8 de março de 1917, quando as trabalhadoras russas saíram às ruas e precipitaram as ações da revolução socialista.

Somos mulheres em Luta :contra o machismo e a exploração;em defesa da mulher trabalhadora!

No mês de março nós mulheres trabalhadoras estamos nas ruas, nas escolas, nas fábricas lutando contra o machismo e a exploração capitalista que atinge de forma mais cruel ás mulheres trabalhadoras.
Nossa luta é todo dia.Em 2011, pela primeira vez na história do Brasil, uma mulher assumiu a presidência do país. Junto com ela, o maior número de ministras mulheres. Isso não é um fato menor no maior país católico do mundo, onde a cada duas horas a violência machista mata uma mulher. Um país em que elas são a maioria da população, estudam em média mais que os homens, mas ainda ocupam as profissões menos remuneradas e chegam a ganhar até 30% menos para fazer o mesmo trabalho.

Ao assumir o governo, Dilma garantiu aos seus pares um aumento significativo nos salários (62%), inclusive ao dela (132%). Enquanto isso, o salário mínimo teve aumento de apenas R$ 35. Um ataque direto às mulheres, que dentre os que recebem o mínimo representam 53%.

É preciso que sigamos, enquanto mulheres e trabalhadoras, reafirmando a necessidade de que nossas bandeiras feministas históricas seguem sendo nosso combustível para organização e luta das mulheres. Este novo governo nada de novo representa para as mulheres trabalhadoras.Já na campanha eleitoral representou um retrocesso em relação à uma reivindicação histórica das mulheres que é a legalização do aborto. Nossa luta pela libertação das mulheres segue e só poderá ser vitoriosa com o fim desse sistema de opressão e exploração em que vivemos.Não basta ser mulher para fazer avançar os direitos das trabalhadoras, é preciso ser classista e feminista.

Por isso, nossa luta precisa seguir e se fortalecer, nesse dia internacional das mulheres e em todos os dias de nossas vidas.

Construiremos atos unitários por todo país, em base á um programa antigovernista , que exija o reajuste imediato do salário mínimo para as mulheres e homens da classe trabalhadora, igual ao dos deputados,o direito às creches e licença maternidade ampliada, que exija a legalização do aborto já e o fim da violência.



Aumento de 62% do salário mínimo, o mesmo dos deputados!Pelo piso do Dieese;

Anticoncepcionais para não abortar. Aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!

Direito à maternidade: a) licença-maternidade de 6 meses para todas as trabalhadoras e estudantes, rumo a 1 ano; b) creche gratuitas e em período integral para todos os filhos da classe trabalhadora;

Pelo fim da violência contra a mulher! Aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha! Construção de Casas-abrigo! Punição aos agressores!

Pelo fim da ocupação militar no Haiti. Fora as tropas brasileiras!

Solidariedade e apoio às revoluções árabes.

Ato em São Paulo:
12 de março
Concentração:09h, em frente à Igreja da Consolação, altura do n 605
Centro São paulo

História do MML: II Encontro Nacional de Mulheres da Conlutas


Cartaz de divulgação
Construindo o Movimento Mulheres em Luta

03/06/2010

Clique aqui e baixe o documento do GT de Mulheres da Conlutas-SP para o encontro

Desde o vitorioso Encontro de Mulheres da Conlutas em 2008, que reuniu mais de mil mulheres trabalhadoras e da juventude de todo o país, foram realizados encontros, plenárias, reuniões em diversos estados no sentido de construir um movimento feminista e classista que seja um instrumento de organização para as mulheres da classe trabalhadora e da juventude.

Nestes anos, chamamos as organizações para construir atos do 8 de Março classista e feminista, participamos dos Fórum Social Mundial de Belém e Salvador promovendo oficinas com espaço para discussão sobre o machismo e a exploração e, neste ano, lançamos o “Manifesto Nacional de Luta por Creches e Pela Licença Maternidade de 6 meses para todas as trabalhadoras”.

A iniciativa das mulheres da Conlutas demonstrou que é possível construirmos um movimento feminista classista, independente dos governos e patrões. Agora, precisamos dar um passo a frente e organizar o Movimento Mulheres em Luta, para que ele se fortaleça. Esse é o objetivo do II Encontro de Mulheres da Conlutas.

Nossa atividade se dá no marco do processo de reorganização do movimento da classe trabalhadora no país. O Encontro, portanto, também está a serviço da construção de uma nova ferramenta para as trabalhadoras, trabalhadores e a juventude, através da unificação entre Conlutas e Intersindical. Desde já chamamos todas/os a discutirem nos estados, preparando as delegações para juntos construirmos um vitorioso Encontro!

Todas ao II Encontro de Mulheres da Conlutas!


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  • Baixe o panfleto
  • Clique aqui e baixe o documento do GT de Mulheres da Conlutas-SP para o encontro
  • História do MML: Trabalhadoras da construção civil em Belém participam do 1º Encontro de Mulheres da categoria

    Encontro foi realizado pelo Sindicato e Movimento Mulheres em Luta da Conlutas.

    11/8/2010



    Plenário do encontro de mulheres em Belém


    Quarenta pessoas, entre elas 27 operárias da construção civil, participaram do 1º Encontro de Mulheres da categoria nesse dia 7 de agosto na sede do Sindicato em Belém. Além das operárias, estiveram como convidados: CSP- Conlutas, ANEL, Movimento Mulheres em Luta, MTL, além da companheira Ana Rosa, dirigente nacional do Movimento Mulheres em Luta da Conlutas.

    O encontro durou o dia todo e contou com café da manhã para as operárias, creche para as crianças e almoço, além de uma sessão de vídeo e grupos de trabalho. O 1º Encontro teve como tema: “Operárias na luta, pela classificação profissional e contra a exploração capitalista”. Em Belém, as trabalhadoras da construção civil ainda não conseguiram sua classificação profissional, todas são serventes de pedreiro e mesmo aquelas que possuem cursos, não conseguem ascender profissionalmente. Além desta questão, há dentro dos canteiros de obras muitos casos de assédio moral e sexual a estas mulheres. Foi no sentido de tentar mudar esta situação que o encontro aconteceu.

    Os candidatos estaduais do PSTU nas eleições do Pará também estiveram no encontro saudando as trabalhadoras. Cleber Rabelo, candidato do PSTU a governador, falou da importância das mulheres operárias. Sobre as candidatas da burguesia, Dilma Roussef, Marina Silva e Ana Júlia, Cleber ressaltou que não basta ser mulher, é preciso defender um programa para as trabalhadoras. Ângela Azevedo, candidata a deputada federal, também falou das candidaturas de mulheres que representam a burguesia e enfatizou a importância de sua candidatura como uma mulher da classe trabalhadora. Após as saudações, o encontro teve sua mesa de abertura composta por Ana Rosa do Movimento Mulheres em Luta Nacional, Josy Quemel do Movimento Mulheres em Luta do Pará e Deusarina Soares, a Deusinha, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil.

    Ana Rosa falou da opressão histórica que sofre a mulher trabalhadora, sobretudo se for negra e lésbica. Com relação às trabalhadoras da construção civil disse: “As mulheres são invisíveis na construção civil” . Ela também falou sobre a organização das mulheres no sindicato: “O sindicato tem que ser um espaço político para as mulheres trabalhadoras” . Sobre o Encontro comentou: “O Encontro é fundamental, pois cada vez que um grupo de mulheres se reúne para se organizar, fortalece toda a categoria. Uma vitória das trabalhadoras, é uma vitória de toda a categoria” , falou Ana Rosa.

    “O Pará é o 2º maior estado do Brasil na economia da Construção Civil” , segundo Josy Quemel do MML do Pará. Também segundo ela, para cada 270 homens num canteiro de obras existem 10 mulheres e a maioria não trabalha com carteira assinada. Deusinha, única mulher na direção do sindicato, também falou da pequena participação das mulheres: “Ainda é um setor predominantemente masculino” , disse.

    Após a mesa, as trabalhadoras foram divididas em grupos de trabalho e formularam propostas para serem aprovadas na plenária final do encontro. Entre as propostas aprovadas, está a criação da Secretaria de Mulheres do Sindicato e o início de uma campanha pela classificação profissional para todas as trabalhadoras do setor. Ao final, as trabalhadoras e os convidados presentes comemoraram a realização do encontro em um coquetel animado

    História do MML: Movimento Mulheres em Luta realiza 1ª Plenária de Mulheres de BH e Região

    1/9/2010

    • A 1ª Plenária de Mulheres de BH e Região, realizada pelo Movimento Mulheres em Luta (MML), foi um sucesso que pretende se estender por outras regiões do estado e do país. No sábado, 28 de agosto de 2010, 42 trabalhadoras deram os primeiros passos para iniciar campanhas e organizar o MML na base, em Minas Gerais. As participantes representavam nove entidades sindicais das áreas de Educação, Saúde pública e privada e servidores públicos, duas ocupações urbanas e dois movimentos de oposição sindical da Região Metropolitana (RMBH), contando também com a presença de mulheres de Divinópolis e Juiz de Fora.

    Na parte da manhã, as mulheres ouviram palestra e realizaram grupos de discussão sobre os dois eixos nacionais de campanha do ML, ligados diretamente à vida da mulher trabalhadora: direito à maternidade e violência. Na parte da tarde, a representante Ana Pagamucini, da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), falou sobre a importância e a necessidade de organizar um movimento de mulheres classista e combativo, aliado das lutas de todos os trabalhadores brasileiros e se contrapondo ao governismo que se instalou em boa parte dos movimentos feministas.

    Ao final, a plenária votou as propostas de campanha e de organização elaboradas pelos grupos. As resoluções políticas foram baseadas em três eixos: aplicação imediata da licença-maternidade de seis meses para todas as mulheres, inclusive estudantes e trabalhadoras do setor informal, sem isenção fiscal e rumo a um ano; campanha unificada, em BH e cidades próximas, exigindo dos governos vagas nas creches públicas (educação infantil) para todos os filhos da classe trabalhadora, em tempo integral, gratuitas e de qualidade; pelo fim da violência contra a mulher, com destaque para a violência praticada pelas instituições e governos contra as mulheres que lutam. Ainda nesse ponto, as mulheres votaram denunciar a não aplicação da Lei Maria da Penha e exigir real investimento no combate à violência e assistência à mulher violentada.


    Direção provisória eleita pela plenária

    Entre as resoluções sobre a organização do MML em Minas, a Plenária da RMBH indicou a realização de plenárias no interior do Estado, como preparação para o Encontro Estadual de Mulheres, a se realizar no 1º semestre de 2011. Foi eleita uma direção estadual provisória, composta por dirigentes e ativistas, responsável por encaminhar as tarefas votadas na Plenária. Para garantir a independência financeira e política do MML, as mulheres mineiras definiram um formato de filiação individual e a realização periódica de campanhas financeiras.

    História do MML: Movimento Mulheres em Luta faz ato por creche na Zona Sul de São José dos Campos

    18/12/2009


    Trabalhadoras protocolaram na Assecre um pedido de reunião para discutir o assunto
    Um grupo com cerca de 50 mulheres, que integram o Movimento “Mulheres em Luta”, da Conlutas, fizeram um ato ontem, dia 16, em frente à sede da Assecre (Associação dos Empresários das Chácaras Reunidas).

    Com faixas e cartazes, a manifestação reivindicou creches para as trabalhadoras da zona sul, região que concentra centenas de empresas metalúrgicas e empregam muitas mulheres. O ato contou com metalúrgicas, aposentadas, trabalhadoras dos Correios e mulheres da ocupação Pinheirinho.

    O ato terminou após as manifestantes protocolarem na Assecre um pedido de reunião com os empresários, para discutir uma pauta de reivindicações do movimento, que inclui a garantia de creches nos locais de trabalho; ampliação do pagamento do auxílio-creche de 18 meses para seis anos; estabilidade às trabalhadoras após a gravidez por dois anos e licença-maternidade de seis meses, rumo a um ano e obrigatória para todas as empresas sem necessidade de isenção fiscal.

    “A concessão deste direito, apesar de ser uma da importante necessidade e ser previsto em lei, não é cumprida por grande parte da empresas. Ao contrário, muitas fábricas não cumprem sequer o pagamento do auxílio-creche, que ainda é mínimo”, disse a diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região Rosângela Calzavara.

    Claudio Capucho

    “O ato foi vitorioso e um primeiro passo de uma ampla campanha por creches que vamos iniciar em toda a região”, afirmou.

    Em janeiro, para conhecer melhor a realidade das trabalhadoras, o Movimento Mulheres em Luta iniciará um cadastro com todas as trabalhadoras da zona sul para levantar o número exato de mulheres que precisam de creche, além do número de vagas necessárias para atender à demanda.

    O início da campanha foi uma decisão tomada por trabalhadoras de várias categorias do Vale do Paraíba, como metalúrgicas, de empresas do setor químico, de alimentação, entre outras, no 1º Encontro de Mulheres Trabalhadoras. Realizado no dia 28 de novembro, o encontro lançou o Movimento Mulheres em Luta, para encaminhar as mobilizações em defesa das trabalhadoras.

    História do MML: Trabalhadoras da saúde fazem encontro de mulheres em Minas

    Setenta trabalhadoras da saúde estiveram presentes, nos dias 16 e 17 de janeiro, no I Encontro de Mulheres da Saúde, em Betim

    7hs da manhã. Mulheres chegam, com os olhos cansados, filhos no colo, malas nas mãos e muita disposição. Sim, elas são exploradas pelos patrões. Muitas passaram a noite inteira trabalhando. E não, elas não se rendem: juntam suas coisas, pegam os seus filhos e vão para a Praça da Estação, em Belo Horizonte, esperar um lugar entre os três ônibus que vão ao I Encontro de Mulheres da Saúde.

    São 70 mulheres que trocaram de plantão, abriram mão do dia de folga ou passaram o turno da noite trabalhando para se organizarem contra a exploração dos patrões e a opressão machista. A maioria não trabalha em menos do que dois hospitais e não tem menos que dois filhos. No total, 105 crianças.

    Auxiliares e técnicas de enfermagem, higienizadoras e profissionais da limpeza, em grande parte, e recepcionistas e telefonistas em menor número, participaram das atividades da manhã. Esta primeira parte foi toda construída à base de dinâmica, visando a conceituação e formação política trabalhando temas como opressão, exploração, sexo, gênero, capitalismo e socialismo.

    Em seguida, a mesa de conjuntura composta por Iani, do Movimento Quilombo Raça e Classe, Rosângela, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) e Ana Pagamunici, da direção nacional da Conlutas expôs a realidade da mulher trabalhadora no Brasil e no mundo.

    A mulher trabalhadora da saúde
    No geral, 50% da classe trabalhadora são mulheres. Na área da saúde, elas compõem 80% da mão-de-obra. Portanto, as marcas da opressão e da superexploração são muito mais gritantes.

    Nos hospitais, acontece um fenômeno esclarecedor: o dono da empresa, na maioria dos casos, é homem. No entanto, as chefias de setor distribuídas por todo hospital são mulheres.

    O fato de estas chefias serem mulheres não diminui a opressão, inclusive o próprio assédio moral contra as trabalhadoras da saúde. Muito pelo contrário, o fato das superiores serem mulheres acentua ainda mais o preconceito. “Minha chefe sempre diz ‘não quero mulher gorda e velha’, se ficar assim, vai ser mandada embora”, relata uma trabalhadora da limpeza. “As chefes mandam as ‘puxa-sacos’ saber tudo da vida da outra trabalhadora para desmoralizar na frente das outras”, denuncia a técnica de enfermagem.

    Em relação à creche, a maioria dos hospitais ou não tem, ou oferece o auxílio-creche em quantia irrisória. E o pouco hospital que tem, vejam o que acontece: “Na Santa Casa [de Belo Horizonte] tem creche. Mas é só até 4 anos e para os filhos das chefes. Basta ficar na porta: é só carrão desfilando. A gente mesmo tem que deixar os filhos com a mãe, com o vizinho e se virar porque nunca tem vaga”, denuncia uma profissional da higienização.

    Isto escancara um fenômeno que o Movimento Mulheres em Luta sempre ressalta: o corte classista do movimento feminista. Não basta ser mulher para avançar no combate à raiz da opressão. É preciso ser trabalhadora. Pois só ela e os homens trabalhadores serão capazes de destruir este sistema que oprime e explora.

    Depoimento:
    “A gente começa a perder o pensamento


    “No [hospital] Felício Rocho, é proibido trocar plantão. Se acontecer qualquer catástrofe, não tem jeito, você tem que ir lá bater o cartão”, desabafa a auxiliar de enfermagem.

    Helena* trabalhou em três hospitais durante cinco anos. “A gente começa a perder o pensamento. Era muito comum eu entrar no ônibus e não saber para onde eu estava indo. Tinha que ser tudo anotado em um papelzinho na bolsa. Se por acaso, eu o perdesse, ia parar no hospital errado”, conta a higienizadora.

    Helena também contou a história de uma amiga que foi demitida por perder vários dias indo ao hospital errado: “Era dia dela ir em um, ela ia em outro. E assim sucessivamente. Até que ela foi faltando muito e não conseguia compensar os dias porque acumulava dos três hospitais. Eu a via entrar em desespero várias vezes. Hoje, ela faz tratamento sério para depressão”.

    Quanto à Helena, ela afirma “agora só trabalho em dois, mas dobrado”, esclarece.

    *nome fictício

    Saúde que não é para todos, quem dirá para todas

    “No hospital é assim: se você, paciente, tem convênio, entra pela porta da frente. Se você não tem, entra pela porta lateral. O cobertor para o convênio é o melhor; para o público é o pior; e por aí vai com alimentação, atendimento etc”, explicam as trabalhadoras.

    Um fato alarmante é que a maioria das mulheres do setor da saúde privada não possui plano médico. “Se quisermos usar os serviços médicos da clínica ou hospital onde trabalhamos, temos que pagar. É descontado no nosso contracheque”, conta a trabalhadora.


    Resoluções
    A vitória do encontro expressou-se na disposição de muitas mulheres em construir o movimento Mulheres em Luta em seus hospitais. Uma comissão organizadora foi formada para tocar as campanhas do próximo período e construir um 8 de março feminista, classista e anti-governista.

    Campanhas:
    - Pela implantação de creches nos locais de trabalho e que elas atendam a todas as trabalhadoras (es). Contra a prioridade dos filhos de chefes e superiores nas creches!
    - Inclusão da reivindicação da licença-maternidade de 6 meses, sem isenção fiscal, nas pautas de negociação com os hospitais, com mobilizações e campanhas específicas para isso.
    - Pela redução da jornada para 30h, como medida que gera empregos e beneficia todos os trabalhadores, mas especialmente as trabalhadoras, esgotadas pela tripla jornada de trabalho.
    - Combater e mobilizar contra o assédio moral e sexual freqüente no setor
    - Organizar o 8 de março nas ruas.

    História do MML: 08 de março 2010


    Licença-maternidade ampliada e sem isenção de impostos, creches e legalização do aborto foram algumas das reivindicações. A manifestação também foi marcada pela solidariedade aos trabalhadores do Haiti e pela necessidade de organizar todos os trabalhadores para lutar contra o capitalismo

    O centenário da transformação do 8 de março em Dia Internacional da Mulher foi lembrado em São Paulo com um ato classista, antigovernista e socialista. Cerca de de 400 pessoas participaram, mesmo com a pesada chuva que caiu na manhã do dia 6 de março, no vão do Masp, na Avenida Paulista.

    Na abertura do ato, a representante da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), Janaína Rodrigues, destacou a importância, neste momento, de um ato classista, organizado e composto por mulheres e companheiros que continuam fiéis às ideias defendidas pela militante revolucionária Clara Zetkin na Segunda Conferência Internacional de Mulheres Trabalhadoras, realizada na Dinamarca em 1910: “Somente um ato claramente anticapitalista, construído em aliança com aqueles e aquelas que não se curvaram ao governo Lula e enfrentam cotidianamente os planos neoliberais pode apontar o caminho, ainda hoje, para a verdadeira libertação e emancipação da mulheres”.

    Janaína exemplificou esta necessidade lembrando o lamentável exemplo do brutal assassinato de Maria Islaine, morta pelo ex-marido depois de denunciar oito vezes, inclusive através da Lei Maria da Penha, a violência e as ameaças que vinha sofrendo: “Apesar de apoiada pela maioria das feministas, a Lei Maria da Penha não tem significado uma redução da violência contra as mulheres. Só a mobilização direta é capaz de garantir nossos direitos e impor medidas que realmente protejam as mulheres contra a violência machista”.

    Por fim, a professora e militante da Oposição Alternativa e do PSTU, lembrou que, ainda este ano, as mulheres lutadoras poderão homenagear e dar continuidade às mulheres que deram suas vidas na luta contra a exploração capitalista e a opressão machista: “Neste ano, ao realizarmos, aqui no Masp, este ato classista e antigovernista estamos dando mais um passo na construção de dois congressos que terão uma enorme importância para todos nós, trabalhadoras e trabalhadores, negras e negros, homossexuais e todos que lutam contra a opressão e a exploração: estou falando dos congresso da Conlutas e de Unificação por uma nova central sindical, uma central que seja o instrumento para a libertação de todos nós, homens e mulheres”.

    “Por esta crise, não pago não! Somos mulheres contra a opressão”

    Durante as três horas seguintes, companheiras de várias entidades e movimentos revezaram-se no carro de som. Uma delas foi Rosângela Calzavara, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que destacou algumas atividades realizadas por iniciativa do sindicato, filiado à Conlutas, na região do Vale do Paraíba: “É fantástico estar neste 8 de março sabendo da aprovação, pelos trabalhadores e trabalhadoras de GM de São José, da doação de 1% dos salários para o povo haitiano. Esse é um exemplo do caráter internacionalista de nossa luta”.

    Rosângela também destacou o trabalho que vem sendo feito para atacar um dos maiores problemas que afeta o dia a dia das mulheres trabalhadoras: “Pesquisas demonstram que 84% das crianças não tem acesso às creches. Lá em São José, já cadastramos 37 mil mulheres nesta situação e não descansaremos enquanto não conseguirmos reverter esta situação”.

    Outra sindicalista a tomar a palavra, foi Sandra, da Oposição ao Sindicato dos Municipários de Guarulhos. Ela defendeu a legalização do aborto: “Queremos, sim, a legalização do aborto. Mas, diferente da maioria das organizações feministas,capitaneadas pelas políticas do governo, não queremos somente o direito ao aborto. Queremos mais. Queremos que ele seja bancado pelo SUS. E mais ainda. Queremos aborto como parte de uma política de saúde para a mulher, que também garanta o direito à maternidade digna. Não queremos mais que as mulheres continuem sendo penalizadas nas filas intermináveis dos postos ou pela total ausência de serviços. Não queremos mais mortes sem atendimento. E pra isso, precisamos de saúde gratuita e de qualidade, com a devida atenção para a saúde da mulher e, também, creches 100% gratuitas e com tempo integral para os filhos das mulheres trabalhadoras”.

    “Mulheres de Chicago continuam vivas no Pinheirinho”

    Foi também do Vale do Paraíba que veio o recado das mulheres dos movimentos populares e de luta pela moradia. Falando em nome do Movimento Urbano dos Sem-Teto (MUST) e da coordenação da Ocupação Pinheirinho – o projeto de moradia popular que há sete anos resiste em São José dos Campos –, a companheira Valdirene ressaltou o orgulho e alegria que sentia em estar comemorando o centenário do Dia Internacional da Mulher entre lutadoras “como as que também temos lá no Pinheirinho e têm sido parte da linha de frente da resistência, organização e direção do nosso movimento. É essa disposição de luta que prova que a morte de nossas companheiras que foram assassinada pelo patrões no 8 de março de 1857 não foi em vão. Elas continuam vivas, aqui e no Pinheirinho”.

    Vindo também de São José, Raquel (delegada de base do Sindicato dos Correios, na região), destacou a necessidade das mulheres lutarem por postos na direção dos sindicatos, como é o caso da categoria em que ela milita, onde, pela primeira vez, uma chapa apresenta três companheiras na chapa.

    “A nossa luta é todo dia, sou mulher negra e não mercadoria”

    Já próximo ao final do ato, a companheira Jaqueline, ativista da Oposição Alternativa, da Apeoesp, na Zona Sul, tomou a palavra em nome do Movimento Mulheres em Luta – Conlutas. Ela lembrou que “apesar do blá-blá-blá do governo Lula e seus aliados, inclusive no movimento feminista, a opressão da mulher não tem diminuído. Nos últimos 100 anos, a opressão e a exploração, infelizmente, somente aumentaram, apesar de nossas muitas lutas e vitórias. O problema não é a falta de disposição das mulheres para lutar, mas o fato de que, no sistema capitalista, toda e qualquer conquista que não se volte diretamente contra o Capital, os patrões e seus comparsas, acaba se perdendo, como é o caso da Lei Maria da Penha e da Licença Maternidade”.

    Jaqueline, assim como outras companheiras, lembrou que a proposta de licença-maternidade do governo, assim como o combate da violência através da Lei Maria da Penha, é uma ilusão, que acabam beneficiando os patrões e machistas: “a licença, por exemplo, além de ser uma decisão exclusiva dos patrões, os presenteia com isenção fiscal. O que precisamos são direitos reais”. Para que isto aconteça, Jaqueline defendeu a necessidade das mulheres criarem, no movimento, no interior dos sindicatos e suas organizações, secretarias e fóruns próprios, para discutir e lutar pelos seus direitos: “A exemplo do Mulheres em Luta, criado a partir do Grupo de Trabalho de Mulheres da Conlutas, nós precisamos organizações que reergam as bandeiras históricas do feminismo, há muito abandonadas pelas petistas, cutistas e militantes do PCdoB. Entidades que levantem bem alto, junto com a defesa do aborto, de salário igual para trabalho igual, a defesa da unidade com a classe trabalhadora. A bandeira do classismo”.

    Lúcia, do Sindsef, falou sobre o racismo nada cordial nem sutil, que as empresas lançam contra as mulheres negras, utilizando critérios como o da “boa aparência” e submetendo as mulheres ao assédio, nos locais de trabalho. Lúcia também destacou a importância de mulheres comporem as direções sindicais, como no caso de sua entidade, que se orgulha de ter uma maioria de mulheres.

    Já Débora, estudante de Pedagogia, na USP, falou em nome da Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre, a ANEL, denunciando a política cada vez mais conservadora e opressora em relação às mulheres em gera e ás mais jovens, em particular.

    A Intersindical foi representada pela companheira Nilza, do Sindicato dos Químicos, que defendeu que as mulheres ali presentes não devem medir esforços para continuar se organizando na Nova Central que deve surgir do congresso de unificação que irá ocorrer em meados do ano. Um passo fundamental não só para a luta de todos os trabalhadores, pois sabemos que somente com a total emancipação da mulher poderemos criar um mundo realmente livre e justo para todos os trabalhadores, homens e mulheres.

    “Brasil, Haiti, América Central, a luta da mulher é internacional”

    Coerente com o caráter internacionalista defendido pelas organizadoras do ato, a manifestação contou com a companheira Sasha, ativista norte-americana dos movimentos antiguerra e GLBT, em São Francisco, na Califórnia, que saldou as companheiras, lembrando que “a luta contra o machismo, o racismo e a homofobia, dentro de uma perspectiva classista, é uma luta necessária em todos os cantos do mundo. Também nos EUA. Lá, no país de onde venho, a eleição de Obama, nem vai mudar, nada. Só a unidade, na luta e na ação direta, dos trabalhadores, da juventude e de todos os oprimidos pode garantir os direitos para nós, explorados e discriminados”.

    O tom internacionalista do ato foi marcado pelas citações ao Haiti, presente na grande maioria das falas. Companheira Mara, do coletivo Pão e Rosas, por exemplo, lembrou o porquê, hoje, todas as mulheres lutadoras de todo o mundo devem dizer em alto e bom som “Somos negras do Haiti!”: “Não só porque estamos presentes na solidariedade ativa que nossas entidades, sindicatos e organizações políticas estão demonstrando em relação ao sofrido povo do país onde se realizou a primeira Revolução Negra! Somos negras do Haiti porque aqui, também como elas, temos visto, nos morros do Rio, na periferia de São Paulo, mulheres negras sendo violentadas, crianças sendo mortas; seja por tropas da polícia militar, por justiceiros ou por tropas de ocupação”.

    “Mulheres na luta contra a opressão e viva o socialismo e a revolução!”

    O Partido Socialista dos Trabalhadores, o PSTU, foi representado pela companheira Ana Pagamunici que abriu sua fala citando um companheiro que é exemplo da unidade e solidariedade antimachista e revolucionária que pode e deve entre lutadores de ambos sexos, Leon Trotsky, o revolucionário russo que sempre destacou que “o dia internacional da mulher é um dia ímpar na história dos revolucionários, foi o dia que acendeu o estopim para a Revolução Socialista”.

    Ana lembrou, ainda, que a mesma disposição classista demonstrada pelo ato deveria ser levada para o campo das eleições que se aproximam: “O PT, a CUT e as feministas governistas estão vindo pra cima da mulherada chamando o voto em Dilma porque ‘mulher vota em mulher’. E nós, as mesmas que estão aqui hoje, devemos ser as primeiras a discutir com as trabalhadoras que isto não basta. Dilma e Marina, assim como Merkel, na Alemanha, ou Bachellet, no Chile, assim como a lamentável Condelezza Rice, não são mulheres que nos representam e nem merecem nosso voto. Não temos que votar só em mulheres. Temos votar nas companheiras e, também, companheiros que defendam um programa socialista, o único capaz de levar, também as mulheres, às conquistas que o sistema capitalista nos rouba e nos nega”.

    Uma luta classista e socialista

    Na dispersão do ato, acompanhado com ânimo e disposição, apesar da chuva incessante e do razoável frio, os cerca de 400 participantes, discutiam a importância da realização do ato, num momento em que somente o resgate do classismo e de uma perspectiva revolucionária pode levar homens e mulheres à conquista dos muitos e necessários direitos que o sistema capitalista nega.

    Mulheres metalúrgicas de São José dos Campos realizam seminário neste fim-de-semana

    18/09/2009

    “A mulher trabalhadora, seus direitos e lutas” é o nome do primeiro seminário de trabalhadoras metalúrgicas de São José dos Campos e região. O evento é organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e acontece nos dias 19 e 20 de setembro.


    O seminário vai debater a situação da mulher dentro das fábricas e na sociedade. A superexploração e a opressão a que estão submetidas serão temas do encontro, junto com os problemas específicos, como salário igual para trabalho igual, licença-maternidade, entre outros.

    Até esta sexta-feira, mais de 70 mulheres já estavam inscritas. Rosângela Calzavara, da Secretaria de Mulheres do sindicato e uma das organizadoras, disse que o objetivo do seminário é “discutir os problemas específicos, mas também discutir a necessidade de as mulheres se organizarem dentro do sindicato e também num movimento maior, como o Movimento Mulheres em Luta, da Conlutas”.

    Rosângela contou que as trabalhadoras estão bastante empolgadas para participar. A situação das mulheres na categoria é precária. A maioria está localizada em postos de trabalho em que os salários são bem mais baixos que o dos homens.

    Ela citou como exemplo a luta pelo enquadramento da Bluetech, empresa de componentes eletrônicos, na categoria metalúrgica. A empresa atua como prestadora de serviços para poder pagar salários e direitos rebaixados. São cerca de 500 funcionárias que recebem salário mínimo. Elas fizeram uma greve que forçou a empresa a abrir negociação com o sindicato dos metalúrgicos.

    O seminário acontece na colônia de férias do Sindicato, em Caraguatatuba. As trabalhadoras poderão levar as crianças, pois haverá creche e recreação no local.


    PROGRAMAÇÃO:
    Sábado
    20h – Abertura
    21h – Churrasco e festa

    Domingo
    8h30 às 12h30 – Discussão sobre opressão e exploração das mulheres
    14h às 17h – Painel de conjuntura e Movimento de Mulheres em Luta

    História do MML: 08 de março 2008

    Boletim informativo do ainda GT de opressões da Conlutas para o 08 de março de 2008.

    História do MML

    Movimento Mulheres Em Luta lança manifesto no FSM de Salvador

    11/02/2010

    O Brasil tem 84,5% de crianças fora da creche. Quem precisa trabalhar e não tem com quem deixar os filhos, simplesmente não tem opção. Até o ano de 2006, segundo o Plano Nacional de Educação (PNE), o país deveria ter 30% das crianças de 0 a 3 anos em creches, mas contava com apenas 15,5%. Eram 1,7 milhão de alunos de um universo de cerca de 11 milhões de crianças.

    O PNE prevê também que, até 2011, pelo menos metade das crianças de 0 a 3 anos estejam em creche. Só que para isso, o Brasil precisaria criar 4,2 milhões de vagas. Em junho de 2008, o último balanço da Secretaria da Educação da cidade de São Paulo fazia um balanço de que ao menos 110 mil cidadãos estavam na fila de espera para matricular crianças de 0 a 3 anos na rede de ensino. Aqui se demonstra a parceria política entre o governo federal (PT) e os governos estaduais e municipais (DEM, PSDB) em torno do sucateamento da educação e da retirada de direitos das mulheres.

    Esta situação se deve à política implementada pelo governo Lula junto ao seu ministro da Educação, que apesar das promessas em relação à abertura de novas vagas, nada fizeram e pior ainda, retiraram verbas da educação e da Secretaria de Políticas Especiais para as Mulheres para encher os bolsos dos banqueiros e empresários para salvá-los da crise econômica. Por isso se faz necessária uma ampla luta das mulheres e da classe trabalhadora pela garantia de creches em período integral para todas e todos, que se enfrente com os patrões e governos.

    Vamos construir uma campanha nacional por esse direito que é de todas nós!

    Em defesa dos direitos das mulheres! Em defesa do direito à maternidade!

    Basta de demagogia!

    Por creches em período integral, gratuita e de qualidade

    Pela imediata aplicação da licença maternidade de 6 meses obrigatória, sem isenção fiscal e para todas as trabalhadoras


    A luta pela garantia e ampliação da licença maternidade é uma bandeira histórica das mulheres trabalhadoras, pois sabemos que o direito à maternidade, na realidade, é negado às mulheres pobres, pois o estado não nos garante o mínimo necessário como assistência médica, licença maternidade e creches em período integral. A garantia de licença maternidade de no mínimo seis meses deve ser assegurada a todas as trabalhadoras, sem nenhum benefício à patronal, garantida pelo Estado e estendida aos pais, que devem fazer parte da educação dos filhos. É necessário ainda ampliar o número de creches e garantir de fato o direito a maternidade à mulher trabalhadora, com ampliação de empregos, salário igual para trabalho igual, garantia de saúde e educação de qualidade, congelamento dos preços dos alimentos e aumento dos salários. Hoje, mais de 60% das mulheres que trabalham estão localizadas nas pequenas e médias empresas e ou empregos precarizados e não têm o direito a licença maternidade. E no mercado de trabalho formal, grande parte das mulheres têm somente 4 meses de licença maternidade, sendo que de acordo com a Organização Mundial de Saúde o tempo mínimo necessário é de seis meses. Foi sancionada pelo governo Lula no dia 10 de setembro de 2008, a extensão da licença maternidade de quatro para seis meses.

    Que propõe que a extensão da licença maternidade seja facultativa às empresas, ou seja, sujeita a negociação entre patrões e trabalhadoras, e garante a isenção fiscal no imposto de renda. E a previsão é de que o governo gastará de 500 a 800 milhões de reais por ano com o pagamento dessas isenções fiscais. Mas a lei não vale para as pequenas e médias empresas ligadas ao super simples, pois o governo vetou a isenção fiscal somente para as mesmas. E, é aí onde estão localizadas 60% das mulheres que trabalham.É necessário que exijamos do governo Lula a imediata aplicação da licença maternidade de 6 meses, obrigatória, sem isenção fiscal e garantida pelo estado a todas as trabalhadoras. O projeto aprovado na câmara é na verdade uma ilusão jogada para as mulheres trabalhadoras, pois não garante a obrigatoriedade da licença maternidade de seis meses para as mulheres e traz embutido em si a isenção fiscal, ou seja, benefícios à patronal.

    Precisamos também exigir que a licença paternidade Precisamos unificar todas as mulheres trabalhadoras e suas seja ampliada para um mês, pois é necessário incluir organizações para fazermos valer esse direito que tanta os pais na responsabilidade pela educação dos filhos e não luta tem custado, e exigir do governo Lula, dos governos permitir que o Estado se isente de suas obrigações. estaduais e municipais, a imediata aplicação da licença.

    É necessário ainda ampliar o número de creches e garantir maternidade de seis meses, obrigatória, sem isenção fiscal de fato o direito a maternidade à mulher trabalhadora, com e garantida pelo estado para todas as trabalhadoras. Assim ampliação de empregos, salário igual para trabalho igual, como é necessário exigir de todas as empresas que apligarantia de saúde e educação de qualidade, congelamento quem a ampliação da licença imediatamente. dos preços dos alimentos e aumento dos salários.

    Por creches em período integral para todas e todos!

    Pela imediata aplicação da licença maternidade de seis meses obrigatória e garantida pelo Estado.

    Garantia de emprego para as mulheres

    Salário igual para trabalho igual

    Rumo a ampliação da licença maternidade de 1 ano para as mulheres e 1 mês para os pais.

    Movimento “Mulheres em Luta” da Conlutas de São José dos Campos/SP mostrou o caminho para lutar por creches e pela garantia da licença maternidade

    No dia 16 de dezembro de 2009, com faixas e cartazes, as mulheres reivindicaram creches para as trabalhadoras da zona sul de São José dos Campos/SP, região que concentra centenas de empresas metalúrgicas e empregam muitas mulheres.


    O ato terminou após as manifestantes protocolarem na Assecre (Associação das Empresas das Chácaras Reunidas) um pedido de reunião com os empresários, para discutir uma pauta de reivindicações do movimento, que inclui a garantia de creches nos locais de trabalho, ampliação do pagamento do auxílio-creche de 18 meses para seis anos, estabilidade às trabalhadoras após a gravidez por dois anos e licença maternidade de seis meses rumo a um ano e obrigatória para todas as empresas sem necessidade de isenção fiscal. “A concessão deste direito, apesar de ser uma importante necessidade e ser previsto em lei, não é cumprida por grande parte da empresas. Ao contrário, muitas fábricas não cumprem sequer o pagamento do auxílio-creche, que ainda é mínimo”, disse a diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, Rosângela Calzavara. “O ato foi vitorioso e um primeiro passo de uma ampla campanha por creches que vamos iniciar em toda a região”, afirmou.

    O Movimento Mulheres em Luta iniciará um cadastro com todas as trabalhadoras da zona sul de São José dos Campos para levantar o número exato de mulheres que precisam de creche, além do número de vagas necessárias para atender a demanda.

    O início da campanha foi uma decisão tomada por trabalhadoras de várias categorias do Vale do Paraíba, como metalúrgicas, de empresas do setor químico, de alimentação, entre outras, no 1º Encontro de Mulheres Trabalhadoras.

    Manifesto Movimento Mulheres em Luta

    História do MML: 08 de março 2009


    08 de março 2009

    Ato convocado pelo Movimento Mulheres em Luta da Conlutas, em São Paulo, reúne 700 pessoas.

    História do MML: fundação


    21/04/2008

    Terminou por volta das 14 horas desse dia 21 de abril, segunda-feira, o I Encontro Nacional de Mulheres da Conlutas. Com cerca de mil inscrições, o evento superou todas as expectativas, mostrando que existe um amplo espaço para a organização de luta das mulheres. Durante três dias, delegações de mulheres em todo o país se reuniram para discutir formas de luta contra a opressão, resgatando o seu caráter classista.

    O último dia foi reservado para as votações das resoluções do encontro. As propostas de resoluções foram discutidas nos 11 grupos de debate realizados durante toda a tarde do dia 20. Já no plenário, elas puderam ser defendidas e votadas democraticamente.

    Movimento classista
    Entre as resoluções mais importantes está o lançamento de um movimento feminista da Conlutas, classista e socialista. Tal movimento será uma alternativa de organização das mulheres às organizações governistas e de conciliação com a burguesia. As mulheres presentes no Encontro aprovaram a construção do movimento pela base, organizando reuniões nos locais de trabalho e organizando pautas de reivindicações.

    “Esse encontro reflete o trabalho que temos desde o Macapá até o sul do país. O movimento que propomos não vai vir de cima, cada uma que está aqui volte para as bases e discuta com suas com suas companheiras”, salientou Ana Rosa Minutti, da Secretaria de Mulheres do PSTU.

    Como parte dessa preparação, será realizada uma plenária de mulheres no I Congresso da Conlutas, em julho. Após uma ampla discussão na base, um segundo encontro deve ser marcado pelo Grupo de Trabalho da Coordenação Nacional de Lutas a fim de encaminhar a construção do movimento.

    A resolução foi aprovada por ampla maioria do plenário. “Eu sou mulher, eu sou de luta, construindo a Conlutas”, entoaram as delegadas após a aprovação.

    Um exemplo de democracia
    Não foi apenas o caráter classista do movimento feminista que o Encontro resgatou, como também a democracia operária. Todas as polêmicas foram exaustivamente defendidas e discutidas, antes de serem votadas na plenária final.

    Uma das principais polêmicas foi sobre o lançamento ou não de um novo movimento feminista. Algumas companheiras defendiam que o próprio GT da Conlutas pudesse ser uma espaço de organização e luta das mulheres trabalhadoras. No entanto, foi aprovado o movimento, amplo e classista, de mulheres.

    Vitória
    O clima ao final do Encontro era de alegria e vitória. Cantando palavras de ordem feministas e a Internacional, os participantes voltaram para suas regiões com a perspectiva de oferecer uma alternativa que realmente sirva às necessidades das mulheres trabalhadoras.


    domingo, 20 de fevereiro de 2011

    Faltam vagas nas creches de Belo Horizonte

    Vídeo do SindRede/BH sobre a falta de creches na capital mineira. Esta é uma realidade que mulheres do país inteiro passam todo ano. Vale a pena conferir.

    sábado, 12 de fevereiro de 2011

    Pelo Fim da Violência Contra a Mulher

    Em 25 de novembro de 1960, Mirabal, Minerva e Maria Teresa, também conhecidas como irmãs “Mariposas”, foram violentamente assassinadas pelo ditador da República Dominicana, Rafael Leônidas Trujillo. O assassinato chocou o país e ajudou a acelerar a queda deste governante do poder. A partir de 1981, em referência a essas lutadoras, em toda América Latina, o 25 de novembro é lembrado como o “Dia Latino-Americano pelo fim da violência à mulher”.

    Basta de machismo! O machismo tem crescido em nossa sociedade. Com o avanço da flexibilização e retirada de direitos, do desemprego, da fome e da miséria, aprofunda-se na sociedade toda sorte de preconceitos e falsas ideologias que justifiquem a inferiorizarão e a submissão de determinados setores que na nossa sociedade são tratados como inferiores, servindo assim a interesses de dominação e exploração da classe dominante e do estado burguês.
    Isso acontece com negras e negros, homossexuais, imigrantes e com as mulheres. Que são submetidos à uma situação de violência física, psicológica e econômica cotidianamente.

    O machismo têm crescido de forma brutal e visível nos dias atuais, junto com o machismo a degeneração moral e a perda de referenciais. Algo que têm se expressado nas letras de música que fazem uma verdadeira campanha de mercantilização do corpo da mulher e de apologia a violência. Com refrões de que “um tapinha não dói”..., “olhas as cachorras”, funks e bregas são grandes expressões de machismo. Assim com telenovelas, programas de humor, propagandas de cerveja, enfim, a grande mídia de forma geral.

    O caráter de classe na violência contra a mulher

    A violência atinge todas as mulheres, no entanto, as trabalhadoras são as que estão mais vulneráveis às suas consequências. Estão sujeitas ao desemprego e por vezes dependem financeiramente do homem que as agride. Estão impossibilitadas de mudar de cidade e/ou Estado porque não podem abandonar seus empregos. Ou ainda, O não têm creche para deixar os filhos e por isso não podem trabalhar, o Estado não garante casas-abrigo e atendimento psicológico a estas mulheres.
    Por isso, a lei não é suficiente para colocar fim à violência contra a mulher. É necessário que o Estado garanta as condições necessárias para a libertação da mulher de toda situação que a oprima.