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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Materiais para o plebiscito da Campanha pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!


Materiais para o plebiscito da Campanha pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!
O plebiscito nacional da Campanha pelos 10% do PIB para Educação Pública ocorre de 6 novembro a 6 de dezembro. Agora é a hora da coleta de votos e sua ampla divulgação.

A pergunta: “Você concorda com o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na Educação Pública, já?” deve percorrer todos os cantos do Brasil. O objetivo é dialogar  com os trabalhadores e sensibilizá-los para a necessidade de aumentar imediatamente o os recursos destinados pelos governos à educação pública.

Os comitês estaduais realizaram o lançamento da Campanha e precisam continuar fortalecendo esse trabalho nos estados.

Os materiais da Campanha já estão disponíveis para reprodução.

Os arquivos também estão disponíveis em arquivo  aberto (Corel Draw)  para atender as demandas especificas de algum setor ou de alguma região. Como, por exemplo, uma segunda pergunta na cédula de votação. Além disso, serão enviados para a rede.

Materiais: Cartaz, cédula, ata de apuração e lista de votação







quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Site machista tem que sair do ar!

No dia 30 de setembro, Rômulo Lemos, 19 anos, agrediu Rhanna Diógenes, 21, porque esta se negou a lhe dar um beijo em uma “balada”. O caso ganhou repercussão porque os vídeos da câmera de segurança foram divulgados pela internet e também porque as conseqüências da agressão foram terríveis: Rhanna teve o braço quebrado e teve que colocar 2 placas de titânio e 14 pinos de sustentação.

Esta atrocidade machista foi criticada por todos os lados, pela casa, aonde ocorreu a agressão, pela Imprensa, pela OAB, pelos movimentos sociais, etc. No entanto, Rômulo encontrou aliados de um site “de búfalos viris”, coordenado por Silvio Koerich, auto intitulado de “rei dos búfalos viris".

O site possui a seguinte manchete em relação ao caso: “Rômulo Lemos X Rhanna Diógenes – ele tem o nosso apoio”. O site elogia a atitude de Rômulo, pois, segundo ele, “mulher tem mesmo que apanhar”, ou “arrumar algo mais útil a fazer”. A todos os momentos se refere à Rhanna como “vadia baladeira”. Além disso, este site incita outros tipos de violência discriminatória, como o racismo.

Repudiamos veementemente este site e exigimos que as investigações da OAB, assim como do Ministério Público Federal retirem automaticamente este site do ar. O próprio site apresenta argumentos em sua apresentação sobre a legitimidade de poder expressar suas idéias, apoiando-se na liberdade de expressão. Ocorre que o site incita comportamentos e ações proibidos por lei, como o racismo e a agressão à mulher. Portanto, esta atrocidade machista deve ser proibida e retirada do ar imediatamente.

A luta contra o racismo conquistou a definição desta prática como crime inafiançável. Ainda que saibamos as limitações disso, o fato de o racismo ser considerado crime dá respaldo de lei para a luta contra atitudes como a deste site de “búfalos viris”. Dessa forma, a prática do machismo também deveria ter esse respaldo de lei, para proibir manifestações como a de Silvio Koerich que incita uma prática que vem matando 10 mulheres por dia aqui no Brasil. 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Assediada do metrô pede retirada do quadro do Zorra Total




Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo (edição de domingo, 23/10), a jovem de 21 anos que foi assediada num vagão do metrô no último dia 14 atacou o quadro do Zorra Total em que ocorre uma cena de violência sexual e pediu a sua retirada do ar.


A reportagem, que também foi reproduzida no jornal Agora, no mesmo dia, conta com o depoimento de Marisa dos Santos Mendes, diretora do Sindicato. Marisa comenta a superlotação dos trens, a falta de investimento do Metrô em  segurança e também critica o Zorra Total.


A jovem que acusa um advogado de 46 anos de tê-la atacado sexualmente em um trem no metrô de São Paulo preferiu não se identificar e  diz que acha um desrespeito o quadro do humorístico Zorra Total, da TV Globo, que faz piada com o assédio sexual no metrô.


"Só quem já sentiu na pele a humilhação de ter um sujeito se esfregando contra o seu corpo sabe a tristeza que é. Tem gente que acha engraçado, mas eu, se eu pudesse, tirava o quadro do ar", disse, em depoimento à Folha.


No texto, a jovem conta que o assédio do advogado começou assim que ela entrou no vagão lotado e ele se encostou em seu corpo. Ao olhar para trás e ver o pênis do advogado para fora da calça, a jovem desmaiou. Ela diz que continua usando o metrô, mas com medo - olha para trás o tempo todo e se algum homem fica atrás, sai de onde está.


Marisa, diretora do Sindicato e do Movimento Mulheres em Luta da CSP Conlutas, também atacou o quadro do Zorra Total. Além de responsabilizar a superlotação e a falta de investimento em segurança pelos ataques, ela chama a atenção para a “banalização do assédio, propiciada por um tipo de humorismo que faz graça com dor das mulheres”, referindo-se ao quadro do Zorra Total.


fonte: www.metroviarios.org.br  



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Confira o Relatório da Reunião do Setorial de Mulheres da CSP Conlutas do último final de semana!

1)      A luta por creches e a campanha dos 10% do PIB

- Incorporar na campanha pelos 10% do PIB a luta por creches públicas e contra a privatização das creches.
- Considerando que a creche para nós não é um depósito de crianças. É educação infantil. A educação infantil é um direito dos filhos e filhas da classe trabalhadora, e é um período fundamental na socialização e educação.
- A creche é um direito da mulher trabalhadora. O machismo, sustentado pelos patrões e pelos governos, atribui às mulheres a responsabilidade do cuidado e educação dos filhos. A ausência de creches é hoje o principal obstáculo para que as mulheres consigam emprego, e se mantenham nos seus empregos. As poucas creches que existem não atendem às suas necessidades, inclusive de período de trabalho. As mulheres deixam o trabalho para cuidar dos filhos. A garantia das creches faz parte também da luta contra a violência à mulher, pois à mulher se torna, ou permanece mais vulnerável à violência.
- Defendemos a valorização dos profissionais de creche e de educação infantil
- Levar o debate da luta por creches para as categorias, buscando unificar a luta.
- Somos contra a vinculação do direito à creche apenas às mulheres que estão trabalhando.
- Que as entidades que fazem parte da CSP-CONLUTAS busquem tirar ações unificadas nas suas cidades e regiões para concretizar a campanha por creches, começando pela campanha dos 10% do pib.

2)      Campanhas salariais
- Continuar a luta por salário igual para trabalho igual para homens e mulheres.
- Inserir a luta por creches nas campanhas salariais.
- Foi falado sobre a decisão do tribunal em relação a greve dos correios, falou sobre o impacto que a reposição dos dias da greve vai ter nas vidas das trabalhadoras, que não tem onde e com quem deixar os filhos.
- garantir a aplicação da licença maternidade, sem isenção fiscal e sem a perda de benefícios, e que seja incorporado para fins de aposentadoria – extensão da licença paternidade.
- Que as entidades enviem para a central um informe do que estão inserindo de pauta das mulheres nas campanhas salariais
- Considerando que as direções governistas não garantem a pauta das mulheres. Reforçar a importância das oposições da CSP-CONLUTAS garantirem as pautas das mulheres nas lutas das categorias.
- Inserir nas campanhas salariais a luta para que o atestado de acompanhamento seja aceito para o abono de faltas ao trabalho.

3) Dia de luta contra a violência à mulher

- Que o boletim quinzenal da CSP-CONLUTAS da segunda quinzena de novembro paute com centralidade a luta contra as opressões em referência ao dia da Consciência Negra (20 de novembro) e o Dia de Luta contra a Violência à Mullher (25 de Novembro).
- Participação e organização de atos do 25 de Novembro.
- Ressaltar a importância das entidades terem o reflexo e dar resposta política para os casos de machismo na base das entidades. O Sindicato dos Metroviários de SP está desenvolvendo uma campanha contra o assédio sexual sofrido cotidianamente pelas mulheres no metrô, que se combina com a luta pela melhoria do transporte público e por melhores condições de trabalho para os metroviários.
- Apoio à campanha dos metroviários de são Paulo contra o assédio no metrô. 
- Publicar uma nota de balanço dos 5 anos da Lei Maria da Penha, denunciando o corte sistemático de verbas da secretaria de políticas públicas para as mulheres e a falência da Lei em reduzir a violência contra as mulheres.
- Defender a criação dos centros de referência contra a violência à mulher e que os relatórios produzidos neles sejam aceitos como denúncia dos casos de violência.


sábado, 22 de outubro de 2011

CSP Conlutas de Santa Catarina realiza Seminário de combate às opressões

No último dia 15 de outubro, o Movimento Mulheres em Luta da CSP Conlutas e o Quilombo Raça e Classe, da mesma Central, estiveram presentes na atividade organizada pela Central de Santa Catarina e suas entidades, como o SINTE Regional Florianópolis e a seção sindical do SINASEFE.

A atividade localizou a importância do debate e da organização dos setores oprimidos no interior da Central, uma vez que estes setores são a maior parte da classe trabalhadora brasileira.

A atividade ocorreu no momento em que se realizava as manifestações do dia mundial de mobilização, o 15º e foi considerado a iniciativa da Central e da ANEL SC neste importante dia.

O Movimento Mulheres em Luta apresentou a campanha por creches, combinada com a luta pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já. O Quilombo Raça e Classe apresentou a luta pelas cotas raciais nas universidades brasileiras, também combinada à luta pela ampliação do patamar de investimento em Educação.

O debate foi bastante libertador, como em todas as discussões em que se compartilha os sofrimentos conseqüentes da opressão machista e racial, assim como as iniciativas e tarefas políticas de luta contra essas ideologias.

Um dos encaminhamentos deste Seminário foi aprofundar a discussão nos sindicatos filiados à CSP Conlutas e avançar na organização das campanhas. Neste final de semana, a luta contra a opressão ganhou mais força!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Basta de violência contra as Mulheres!

Há uma semana, fomos novamente surpreendidas com a notícia de um novo caso de assédio sexual dentro do metrô de São Paulo. Dessa vez, foi um advogado que assediou uma jovem de 21 anos no vagão que ia da estação República para a estação Belém. O advogado de 46 anos colocou seu pênis ereto para fora e passou a comprimir a garota por trás. A garota tentou fugir, mas ele a segurou e assim, a garota teve um leve desmaio, decorrente da tensa situação.

O advogado ficou preso por 3 dias, mas pagou uma fiança e foi liberado. A justiça perdoa e esquece o fato com o pagamento de uma quantia financeira. A jovem de 21 anos não vai esquecer o fato tão fácil assim. Este caso se somou aos outros 52 casos que ocorreram no metrô de São Paulo apenas neste ano de 2011.

Para a Rede Globo, isso é piada!

Nós do Movimento Mulheres em Luta assinamos em baixo da carta feita pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo à Rede Globo. A carta fala sobre o quadro do programa Zorra Total que faz piada com uma situação humilhante para as mulheres que pegam o metrô todos os dias, sob as condições de serem abusadas sexualmente.

A Rede Globo é um veículo de informação muito amplo e pode ser responsável pelo aumento dos casos de abuso sexual dentro do metrô, depois que este quadro passou a ser veiculado pelo programa. Nós iremos, junto com o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, até o final para exigir a retirada deste quadro do ar. Abuso sexual não é piada e as mulheres que sofrem com isso não acham nenhuma graça essa humilhação.

Essa batalha não tem nada a ver com censura, pois estamos nos colocando contra um quadro que incita o estupro e o assédio sexual, e que por isso, priva as mulheres de utilizar um serviço público sem que estejam sujeitas a este tipo de humilhação.

A Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo Federal se mostrou solidária a essa iniciativa do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. No entanto, questionamos este “empenho” em lutar contra a agressão das mulheres, uma vez que o governo Dilma e a Secretaria não destinam recursos necessários para que o atendimento às mulheres que sofrem violência seja integral. Da mesma forma que esta Secretaria e este governo (continuidade do governo Lula) não se empenharam em dar as mínimas condições para que a Lei Maria da Penha, mesmo com todas as suas limitações, fosse aplicada.

A novela das 21h como desculpa...
Na novela mais assistida pela população brasileira, a emissora está retratando uma triste realidade da mulher brasileira, que é a violência doméstica. Segundo pesquisa do Anuário das Mulheres Brasileiras, o local em que as mulheres mais sofrem agressão no Brasil é dentro de sua própria casa. Não adianta mostrar essa situação na novela e se mostrar totalmente irresponsável com a exibição de um quadro que incita a violência e o abuso sexual contra as mulheres.

Casos e mais casos
Mais um caso circula pelas redes sociais, o caso Rannah, uma jovem que foi violentamente agredida pelo seu namorado, dentro de uma boate. As câmeras de segurança do local mostram todas as imagens, desde a agressão, que ocasionou na quebra do braço da jovem, até a fuga covarde do agressor.

O machismo é uma ideologia do capitalismo
O machismo é uma ideologia, ou seja, um sistema de falsas idéias, que cria uma falsa verdade, de que as mulheres são inferiores aos homens. Essa ideologia é muito bem aproveitada pelo capitalismo, pois este sistema a utiliza para explorar mais as mulheres, que são metade da classe trabalhadora brasileira.

A violência física, moral, psicológica e sexual é mais uma expressão desta ideologia, que faz com que muitas mulheres sejam assassinadas ou sofram traumas para o resto de suas vidas. E quem mais sofre com isso são as mulheres trabalhadoras, porque sofrem a combinação entre opressão e exploração.

Defendemos que haja mais recursos e investimento para as iniciativas de amparo às mulheres que sofrem com qualquer tipo de violência. Defendemos também que a Lei Maria da Penha seja aplicada na sua integralidade, o que não vimos ocorrer nesses 5 anos desde que ela foi aprovada.

Mas essas medidas não bastam. Precisamos organizar a luta com o conjunto da classe trabalhadora para destruir o capitalismo, sistema que impõe essa dura condição às mulheres trabalhadoras.



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Trabalhadoras da EVEREL de São José dos Campos em luta pelos seus direitos!

Em Junho deste ano, as trabalhadoras da Siber (EVEREL) de São José dos Campos organizaram uma importante luta de resistência. A empresa faliu e o dono da mesma tentou fugir sem dar nenhuma garantia dos direitos trabalhistas. As trabalhadoras, junto com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, organizaram, naquela ocasião, um acampamento de 4 dias na fábrica. Com essa pressão, conquistaram a decisão judicial de que ele teria que pagar tudo o que era de direito das trabalhadoras.

Uma das garantias foi colocar algumas máquinas da fábrica que estava fechando no nome das trabalhadoras. A primeira parte do acordo foi cumprida e as trabalhadoras receberam 600 reais como conseqüência da rescisão do contrato feita pelo empresário. O resto que deveria ser pago, dentro do prazo de 90 dias não foi cumprido.

Por isso, no dia 18 de outubro, as trabalhadoras se organizaram e foram, junto com o Sindicato dos Metalúrgicos e com o Movimento Mulheres em Luta, para a unidade da Siber (EVEREL) de Guararema, próximo de São José dos Campos. Fomos cobrar o que o dono da empresa deve e exigir respeito. Ao chegarmos lá, conversamos com as trabalhadoras da unidade e descobrimos que ele também estava deixando de pagar direitos para as trabalhadoras, como a cesta básica.

Dessa forma, fizemos uma manifestação em frente à unidade de Guararema, depois fomos à Prefeitura da cidade, para que esta também se obrigasse politicamente para não deixar que o dono da EVEREL deixe de arcar com os direitos trabalhistas das trabalhadoras de Guararema. Logo depois, fomos ao Fórum da cidade, local em que havia sido aprovada todas as responsabilidades do empresário em relação às trabalhadoras da EVEREL de São José.

Exigimos do juiz que ele bloqueasse os bens do empresário, como forma de exigir que ele pague imediatamente as trabalhadoras. Essa decisão ainda será tomada, está em meio à disputa judicial. A experiência que tivemos junto a todas as trabalhadoras foi de que apenas a luta organizada, a mobilização e a resistência podem garantir a vitória.

Este caso demonstra como o capitalismo é perverso com o conjunto da classe trabalhadora e particularmente com as mulheres trabalhadoras. As condições de trabalho nesta fábrica são terríveis. Na hora em que chegamos à unidade de Guararema, iniciamos nosso ato com 1 minuto de silêncio em homenagem a uma das trabalhadoras, companheira Lilian, que faleceu em função de um câncer. Os médicos desconfiam que ela tenha adquirido a doença como conseqüência do trabalho com a solda, que é um trabalho que todas as mulheres realizam nesta fábrica.

Essas mulheres estão hoje na busca por um novo emprego e na batalha pelos direitos roubados do senhor Anselmo, proprietário da SIBER/EVEREL. Além disso, essas mulheres lutam pelo direito de creche, que não é garantido para todas. Nós do Movimento Mulheres em Luta estivemos nesta manifestação e estaremos em quantas mais tiver para defender o direito dessas trabalhadoras. No dia 12 de novembro, haverá um Seminário de Creches na sede do Sindicato dos Metalúrgicos que irá organizar a luta por mais este direito.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Saúde do Trabalhador, I Congresso da CSP-Conlutas e campanha dos 10% do PIB serão temas da Coordenação Nacional


A reunião da Coordenação Nacional ocorre neste final de semana, de 21 a 23 de outubro, no Rio de Janeiro. Dando sequência ao ciclo de debates promovidos nas reuniões da coordenação, na sexta-feira, primeiro dia de coordenação, será a vez de ser discutido a Saúde e Segurança do Trabalhador. Acidentes no local de trabalho por falta de equipamentos de segurança; o Assédio Moral e jornadas extenuantes de trabalho podem desencadear a problemas graves de saúde. Esses e outros temas serão discutidos nesse debate.

O plebiscito da campanha pelos 10% do PIB para a Educação Pública, que ocorre em novembro, será um dos principais temas dessa coordenação. Sua organização e divulgação nos estados será o centro dos debates, no sábado.  A Campanha cresce e ganha força em todo país, materiais de divulgação já estão circulando nacionalmente, como jornal, cartaz, adesivos e panfletos. Agora é a hora de lançar o plebiscito e fortalecer ainda mais a campanha.

A organização das atividades para o próximo ano também entrará na pauta. O I Congresso da CSP-Conlutas, que ocorre em 2012, será o debatido neste dia. A proposta de regimento interno a ser discutida na reunião pode ser conferida aqui.

No domingo, último dia da coordenação, haverá a discussão sobre as finanças da Central. Os relatórios dos setoriais bem como moções e resoluções discutidas na reunião serão votadas nesta data.

Alertamos a todos que participarão dessa reunião, se programem, pois a previsão é de que os trabalhos se estendam até o final da tarde.

A reunião da Coordenação Nacional será ACM ( Associação Cristã dos Moços) localizada  na Rua da Lapa, 86, 6° andar, região central do Rio de Janeiro.

Proposta de Pauta

Sexta-feira – 21 de outubro
- Conjuntura e Atividades
- Debate sobre Saúde e Segurança do Trabalhador

Sábado – 22 de outubro
- Campanha dos 10% do PIB para a educação pública
- I Congresso da CSP Conlutas
- Reuniões setoriais

Domingo – 23 de outubro
- Finanças
- Relatórios dos Setoriais, Resoluções e Moções


Fonte: www.cspconlutas.org.br

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Minustah: sinônimo de machismo, estupro e violência

No dia 15 de outubro, expira o mandato da Minustah, a chamada “missão de paz” no Haiti. No último dia 5, centenas de organizações e três prêmios Nobel apresentaram uma carta exigindo a retirada das tropas do país.

Esta ocupação é mais um capítulo da história do país que há séculos amarga os saques e pilhagem imperialistas. Presente no país desde 2004, a ocupação é liderada por tropas brasileiras e de lá para cá já provocou milhares de mortes de trabalhadores e jovens haitianos que se revoltam contra a intervenção militar.

No início do mês de setembro, foi divulgado um vídeo em que 4 soldados uruguaios estupravam um garoto haitiano de 18 anos. O ato ocorreu no final do mês de julho, mas ganhou repercussão com a divulgação de um vídeo que revelava o ato.

Mas este não foi o primeiro caso. Em 2005, 3 soldados paquistaneses estupraram uma jovem garota. 6 anos após o caso, com toda a repercussão que houve, ainda não há nenhum punido e o processo está arquivado.

O Haiti é um país arrasado pela exploração imperialista. Muitas empresas multinacionais se instalam na região para aproveitar a mão de obra barata e assim garantir seus lucros. A presença da Minustah assegura para os grandes empresários que as revoltas decorrentes da super exploração não vão interferir em seus ganhos.

O terremoto do início de 2010 colocou o país em piores condições e desde então, apesar das propagandas e da divulgação da idéia de que a Minustah precisa estar lá para “salvar” os haitianos, nada foi feito e o país não foi reconstruído.

Se abrirmos o livro obscuro da ocupação, encontraremos inúmeros casos de estupro e violência machista contra as mulheres do país. Os soldados lá presentes estão acima das leis do Haiti, pois estão em nome das Nações Unidas. Assim, usufruem o poder “legal” e econômico, pois os soldados ganham muito mais do que os trabalhadores haitianos e estão instalados nos melhores hotéis, usufruem as melhores praias e paisagens naturais do país.

Este ambiente promove a prostituição de muitas meninas que não possuem nenhuma outra perspectiva de ganhar a vida. São seduzidas pelos soldados a viverem para seus prazeres. As mulheres não optam por essa condição. As condições sociais e econômicas do país não lhes dão outra alternativa.

A maior parte dos alvos dos soldados da Minustah são jovens, homens e mulheres, dos bairros mais pobres do país. Todos os casos que são escancarados recebem uma interpretação da Minustah que colocam a culpa nos jovens. Quando um jovem de 16 anos foi encontrado enforcado em uma base militar de soldados nepaleses, a interpretação que tentaram dar foi de que ele havia se matado. Assim como disseram que o menino estuprado pelos soldados uruguaios consentia as violações em troca de comida.

A Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos do país divulgou, em 4 de setembro de 2011, uma série de atos de abuso, violações e violência que demonstram quais as reais conseqüências da ocupação militar para a população do país.

Apresentamos um extrato desse informe:

1. Em 18 de fevereiro de 2005, três soldados paquistaneses do contingente da Minustah instalados em Ganïves violaram Nadeige Nicolas;

2. Em 20 de março de 2005, Robenson Laraque, jornalista da Rádio Tele Contacto, foi mortalmente ferido por projéteis disparados por soldados da Minustah que expulsaram os antigos militares da polícia de Petit-Goave;

3. Em 26 de novembro de 2005, em Carrefour Trois Mains, sobre a estrada do Aeroporto, Marie Rose Précéus foi sodomizada e violada por um soldado jordaniano;

4. Em 20 de dezembro de 2006, Stephane Durogéne, estudante do terceiro ano do Centro de Formação Clássico e Econômico (CFCE) recebeu dois disparos no olho esquerdo por dois soldados da Minustah enquanto passava perto da Delegacia de Delmas 62;

5. Em 3 de novembro de 2007, cento e onze ‘capacetes azuis’ do Sri Lanka se envolveram em um caso de abuso e exploração cujas vítimas são menores;

6. Em 29 de maio de 2008, o policial Lucknis Jacques, da Delegacia de Cite-soleil, foi perseguido por soldados da Minustah;

7. Em 6 de agosto de 2008, soldados da Minustah maltrataram dois policiais, Donson Bien-Aimé e Ronald Denis, da Delegacia de Cite-Soleil. Esses fatos foram perpetrados contra as vítimas apesar do fato de terem se identificado claramente;

8. Em 18 de agosto de 2010, um menor órfão de 16 anos que respondia pelo nome de Gérald Jean Gilles foi encontrado pendurado em uma amendoeira na base dos soldados nepaleses da Minustah, situada em Carénage, Cap-Haitien. Esse menor freqüentava a base e prestava serviços aos soldados;

9. Na metade de outubro de 2010, capacetes azuis nepaleses da Minustah baseados em Mirebalais, são acusados de provocar e propagar o cólera no Haiti pelo derramamento de resíduos humanos nos rios Boukan Kanni e Jenba, o que causou consideráveis perdas humanas.

Lutar contra o machismo e a exploração econômica e sexual das mulheres é nossa obrigação. Por isso, dizemos em alto e bom som:

  • Fora as tropas da ONU do Haiti!
  • Punição a todos os soldados que exploram sexualmente jovens, mulheres e homens, do país!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Creche para todos e com qualidade, só com investimento de verdade: 10% para a Educação Pública Já!

Creches em período integral, públicas, gratuitas e de qualidade!

Em Julho deste ano, o Anuário das Mulheres Brasileiras revelou que a maior dificuldade das mulheres para conseguir emprego, ou para se manter nele, é a falta de creches. Apenas 18% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas em creches. Quase metade delas está em instituições privadas. Assim, não é difícil concluir que a maior parte das crianças fora das creches são filhos e filhas da classe trabalhadora.

A campanha eleitoral de Dilma Roussef prometeu a construção de 6000 novas creches até 2014. No entanto, essa meta já está comprometida, pois o tempo de espera previsto entre a liberação dos recursos e o início da construção das creches é de 18 meses. Em 2010, a mesma demora no projeto Proinfância, fez com que das 2003 creches para as quais foram liberados recursos para construção, apenas 39 foram de fato construídas.

Não é possível que em um país governado por uma mulher, as mulheres trabalhadoras tenham que sofrer com isso. Mas infelizmente, isso é conseqüência de uma opção política do governo Dilma, de encher os bolsos dos patrões e banqueiros, com o Plano Brasil Maior, por exemplo, e de cortar recursos das áreas sociais.

O Movimento Mulheres em Luta está encampando uma luta nacional pela construção de mais creches públicas, porque a Educação Infantil é uma responsabilidade do Estado e um direito da criança e da mulher trabalhadora. Realizamos um Seminário Nacional e agora é hora de organizar essa luta nos estados e regiões. Entre em contato a Diretoria de Mulheres do seu Sindicato, ou procure alguma ativista do Movimento Mulheres em Luta e faça parte dessa campanha!

Trabalhadoras da Educação Infantil também são professoras. Salário Igual para Trabalho Igual!

Acreditamos que na luta por mais creches públicas e de qualidade precisamos unir usuárias e trabalhadoras dessas instituições. Por ser associado a uma tarefa feminina, o trabalho nas creches sofre um grande desprestígio e não é reconhecido como trabalho de professor. A Constituição Federal de 1988 reconhece a Educação Infantil como uma etapa da Educação Básica da criança, por isso, as trabalhadoras das creches devem ser reconhecidas como professoras e por isso, receber salário igual ao dos professores.

Em várias cidades do país, a luta pelo reenquadramento das assistentes das creches está crescendp, como em Taboão da Serra e Jacareí! O Movimento Mulheres em Luta é parte desta batalha!

10% do PIB para a Educação Pública Já!
Não ao novo PNE!

A Educação Pública brasileira sofre um déficit histórico. O baixo acesso à Educação Infantil, assim como a outros níveis de ensino, combinado às péssimas condições de trabalho dos professores e servidores públicos da área educacional e à conseqüente má qualidade do ensino revelam que esse déficit histórico está relacionado ao financiamento da Educação.

O Plano Nacional de Educação de 2001 previa colocar 50% das crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creches. Isso não se efetivou, porque para atingir este objetivo, seria necessário revolucionar o investimento, algo que não chegou nem perto de acontecer sob os 8 anos de governo Lula, que seguiu investindo apenas 3,5% do PIB, sendo estes recursos distribuídos para as esferas públicas e privadas. O novo PNE de 2010 prevê a mesma meta de matrículas em creche, sem fazer um balanço do porque não atingiu a meta anterior e com o “novo” governo mantendo a mesma política econômica, que significou um corte de mais de 3 bilhões na Educação neste ano. O Movimento Mulheres se soma na campanha nacional pelos 10% do PIB para a Educação Pública!

Em Novembro, vote no Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!

O Movimento Mulheres em Luta estará em todo o país, com a CSP Conlutas, os sindicatos da Educação Básica, do Ensino Superior, os Sindicatos do setor privado (metalúrgicos, mineração, construção civil), com a ANEL, colhendo votos e conversando com a população sobre a necessidade de termos mais investimento em Educação.

Participe você também!