O dia 20 de Novembro é comemorado como dia da Consciência Negra porque é a data de morte de Zumbi dos Palmares, um lutador que enfrentou o racismo e a exploração das elites e lutou contra a escravidão organizando o maior quilombo da história do nosso país. Dandara e outras mulheres também foram lideranças dessa resistência e registraram na história a força das mulheres negras na luta contra a opressão e a exploração.
O capitalismo, mesmo sistema social que escravizava, explorava e humilhava o povo negro continua existindo, explorando e oprimindo os trabalhadores e trabalhadoras negros e negras. Hoje, uma mulher negra recebe até 70% menos do que um homem branco. Também são as mulheres negras que mais sofrem com a violência machista. No dia 20, estamos nas ruas, na Marcha da Periferia, realizada em alguns estados, organizada com homens e mulheres trabalhadores do Quilombo Raça e Classe da CSP Conlutas.
Confira notícia do site da CSP Conlutas, com os informes do que vai ocorrer em alguns estados:
Para celebrar o dia da Consciência Negra, 20 de novembro, diversos atos e manifestações serão realizaram pelo País.
Para o membro do Quilombo Raça e Classe, Julio Condaque, nesse dia, todos devem se manifestar em defesa dos negros e contra a discriminação.”Vamos ocupar as ruas nesse 20 de Novembro e expressar a resistência do povo negro e denunciar os ataques aos direitos da população negra trabalhadora, as falsas políticas dos governos e a violência e criminalização da pobreza e dos movimentos”, ressaltou.
Condaque acredita a população deve travar um combate contra o racismo em defesa da construção de uma sociedade realmente socialista e com democracia operária.
Atos ocorrerão em diversas regiões.
Em São Paulo, no dia da Consciência Negra, a CSP-Conlutas em conjunto com organizações do movimento social participará da 1° Marcha da Periferia. A manifestação se iniciará às 10 horas da manhã do domingo, na Praça da Sé. No dia 25, o Sindsef-SP realizará uma atividade sobre os Quilombos e a sua relação com INCRA, na sede do sindicato.
Em São José dos Campos (SP) os moradores da Ocupação do Pinheirinho realizam neste sábado (19), às 18h, o tradicional ato pelo Dia Nacional da Consciência Negra. A manifestação também será um protesto contra a tentativa de desocupação dos moradores do local. Além disso, como parte do calendário para marcar essa data, o Sindicato dos Metalúrgicos sedia, nos dias 19 e 20 de novembro, o 1º Encontro da Região Sul e Sudeste do Quilombo Raça e Classe. O evento é organizado pelo Setorial de Negros e Negras da CSP-Conlutas.
No Rio de Janeiro o Sindicato dos Comerciários da Baixada Fluminense, filiado à CSP conlutas, tem realizado diversas atividades no Mês da Consciência Negra. Toda a quinta-feira têm sido realizado debates sobre o tema. Neste sábado (19) haverá debate sobre o dia 20 com a participação das entidades negras e sindicais da região. Operários da oposição ao sindicato de metalúrgicos e o oposição ao Sub-Regional SEPE de Volta Redonda realizam no sábado o “Samba do Buraco do Galo em Madureira”, na associação dos Correios em Madureira, com debate sobre o tema e com uma urna do Plebiscito dos 10% do PIB para a Educação . No dia 22, haverá um ato na central do Brasil ao Busto do Zumbi com a presença de diversas entidades do movimento negro, popular e sindical. Também acontecerão atividades nos dias 23 e 24 no Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro, com filmes e samba de roda.
Na Bahia no dia 28 haverá um Seminário sobre a questão racial na UFBA – Anel Bahia.
Homenagem a Zumbi dos Palmares – A Celebração do 20 de novembro surgiu na segunda metade dos anos 1970, no contexto das lutas dos movimentos negro e dos trabalhadores e dos movimentos populares contra o racismo. O dia homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra no Brasil, morto em uma emboscada em 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares, em Alagoas. E desde 1997, Zumbi faz parte do Livro dos heróis brasileiros.
O que é a Marcha da Periferia – A Marcha da Periferia é um grande ato durante a Semana da Consciência Negra, realizado há seisanos no Maranhão, tendo à frente o Movimento Hip Hop Organizado Quilombo Urbano. Neste ato com o lema “Contra a Violência e a Criminalização da Pobreza” se juntam moradores da periferia, operários, estudantes, professores, movimentos negros e quilombolas, grupos de Hip Hop, sem tetos, sem terra, partidos de esquerda e todos aqueles que desejam construir um Brasil sem desigualdade social, sem violência, sem discriminação de qualquer espécie, em fim, sem capitalismo.
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