Organizar a Luta para Combater a Violência contra as Mulheres
Nesta quinta-feira, 06, acontecerá uma plenária ampliada do Movimento Mulheres em Luta no Maranhão. Várias entidades sindicais e movimentos feministas locais foram convidados para participar da plenária, que tem como principais objetivos: dar continuidade à campanha Pelo fim da violência à mulher trabalhadora e iniciar a organização das atividades para o Dia Internacional da Mulher.
Nos últimos anos, os índices de violência contra a mulher só aumentam. Milhares de mulheres sofrem agressões físicas, psicológicas e sexuais e são assassinadas todos os dias todos neste país, sem que os governos apresentem soluções eficazes de combate à violência à mulher. Esse contexto demonstra a necessidade real da organização para o combate à violência. Essa é a finalidade da campanha lançada pelo MML em 25 de novembro de 2013, quem tem como eixos: a violência sexual, a violência doméstica, as condições de vida das mulheres nas cidades, o assédio moral e sexual no trabalho e a violência do Estado, que se expressa pela violência de classe e desigualdades sociais.
Não podemos esquecer que, além de conviver com a violência, a mulher também sofre com a falta de saúde, de transporte público seguro e de qualidade, de educação, de creche, com os postos de trabalho mais precarizados e com os menores salários. Em contrapartida, os governos, que não investem em políticas públicas para melhorar as condições de vida da população, gastam bilhões em obras da copa e implementam medidas cada vez mais repressivas para impedir o direito de livre manifestação e de greve dos trabalhadores e trabalhadoras. No cenário de Copa do Mundo, em que os holofotes do capital estarão voltados para o Brasil, a faxina étnica e social será executada de maneira mais efetiva, e o governo lançará mão de forte repressão para “manter o controle da situação”, sem explicar porque bilhões serão retirados dos investimentos sociais e transferidos para a iniciativa privada, logo é importante e necessário que os movimentos se organizem para lutar.
Tendo a compreensão de que a luta das mulheres não está separada da luta mais geral dos trabalhadores, mas que também tem demandas específicas e urgentes, como o direito de viver sem ser espancada e de ter creche para poder trabalhar, de ter um salário justo, o Movimento Mulheres em Luta chama atenção para a necessidade desta plenária e de outras, para discutir e nos organizar para a luta contra a violência e pela construção de uma sociedade sem machismo, sem racismo, sem homofobia e sem exploração, isto é, lutar pela construção de uma sociedade socialista.
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