Após várias denúncias e pressão do Sindicato e MML, CSN-Namisa demite assediador.
Em 2014, a
partir da denúncia de uma trabalhadora sobre um chefe da Namisa, que
pressionava as trabalhadoras do Capacitar[1] a saírem com ele para
terem garantia de aprovação nos testes, o MML e o Sindicato Metabase promoveram
uma grande luta contra a prática de assédio na CSN/Namisa. Mantivemos as
denúncias do assédio na CSN/Namisa e da atitude conivente da empresa, através
de textos do MML nos boletins do sindicato e intervenções dos diretores do
sindicato no programa de rádio e em assembléias nas empresas. Infelizmente, o
RH da empresa fez pouco caso e acobertou o assediador.
Este ano no
boletim especial do MML e Sindicato para o 8 de Março voltamos a lembrar a
empresa que continuaremos na linha da frente da luta contra o assédio moral e
sexual que as trabalhadoras sofrem na mina especialmente por parte dos chefes.
Poucos dias depois mais uma trabalhadora da Namisa nos procurou com uma
denúncia de assédio. A trabalhadora contou-nos que procurou várias vezes o
apoio da empresa para resolver o problema. Ela foi até a assistência social,
foi à medicina do trabalho e também buscou ajuda de sua gerência. Depois disso
a Namisa demitiu a trabalhadora.
Em reunião com
a empresa na Gerência Regional do Trabalho, no dia 12 de março, o sindicato
denunciou os casos de assédio moral e sexual dentro da empresa, em especial,
tratamos o caso dessa trabalhadora. A empresa alegou desconhecer o caso, afirmou
combater os casos de assédio e se dispôs a atuar em conjunto com o Sindicato
para combater esses casos. Na semana seguinte o chefe que tinha assediado essa
trabalhadora foi demitido.
Acreditamos
que esta demissão e a disposição recém mostrada pela CSN/Namisa (que por sinal
tem como chefe nacional do RH uma mulher) em combater o machismo na mina nada
tem a ver com boa-vontade mas sim com a luta conjunta do Sindicato e MML na
defesa das trabalhadoras e trabalhadores que sofrem todo tipo de opressões
dentro da empresa.
O MML exige da
CSN/Namisa:
_ a eleição
pela base de uma comissão de trabalhadoras com estabilidade para averiguar
denúncias de casos de assédio
_ formação
obrigatória dos membros da CIPA e ASS, feita pelo sindicato, sobre assédio
moral e sexual
_ participação
do sindicato nas reuniões da SIPATIMIM para exposição sobre assédio moral e
sexual
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