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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Moção de apoio aos trabalhadores da Mabe, multinacional fabricante de eletrodomésticos




Depois de vender milhões de fogões da marca Dako e Continental nos últimos 10 anos no Brasil, a multinacional Mabe, dona de 49 fábricas no exterior, resolveu fechar as portas e demitir 1.900 trabalhadores, deixando de pagar salários dos últimos três meses, 13º e direitos trabalhistas.
Essa empresa que se denominava como “A marca da multimulher” em suas campanhas publicitárias, ou seja, que se baseava na dupla e até tripla jornada de trabalho imposta as mulheres trabalhadoras para lucrar sobre o público feminino, agora deixa centenas delas sem salários e sem emprego.
Vale ressaltar que a multinacional teve isenção de impostos, patrocinada pelo governo federal aos fabricantes de eletrodomésticos.
Depois de ter lucros exorbitantes e de enviar para o exterior parte importante destes lucros, ao primeiro sinal de crise, ataca sem piedade seus trabalhadores, fechando as portas  de duas fábricas que tem na Região metropolitana de Campinas.



O sindicato dos metalúrgicos de Campinas e região, junto com os trabalhadores da Mabe ocuparam a empresa preventivamente, no dia 15 de fevereiro de 2016, para impedir que os empresários vendessem as máquinas e o patrimônio da empresa.
Os trabalhadores da Mabe estão precisando de todo apoio da população brasileira, especialmente da classe trabalhadora. Não podemos permitir que o poder econômico descarregue todo o peso da crise nas costas dos operários, dos humildes.
Os eletrodomésticos da linha branca tiveram isenção de IPI durante anos, que engordaram os bolsos de patrões que nem sequer pagavam seus trabalhadores. Além disso, a Mabe recebeu vários empréstimos a juros baixos do BNDES para ampliação e modernização de suas instalações, que nunca pagou. Várias máquinas estão penhoradas pelo BNDES.
Por isso exigimos que o governo Dilma exproprie as duas unidades da Mabe, sem indenização, para recolocá-las em produção sob o controle dos trabalhadores – que já demonstraram disposição para isso -  e garanta a estabilidade no emprego de todos, revogando as demissões feitas em janeiro, pois nenhum dos demitidos recebeu indenização. Além disso, deve confiscar os bens dos proprietários para garantir o pagamento dos salários atrasados, 13º e da PLR.
Por isso, O Movimento Mulheres em Luta se solidariza com a luta dos 1.900 trabalhadores da Mabe e se coloca à disposição para ajudar no que for necessário.

Todo apoio à ocupação da Mabe!
Estatização, sem indenização, sob o controle dos trabalhadores!
Pagamento de todos os salários e outros benefícios atrasados!

Estabilidade no emprego e readmissão dos demitidos! 

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