Depois de
vender milhões de fogões da marca Dako e Continental nos últimos 10 anos no
Brasil, a multinacional Mabe, dona de 49 fábricas no exterior, resolveu fechar
as portas e demitir 1.900 trabalhadores, deixando de pagar salários dos últimos
três meses, 13º e direitos trabalhistas.
Essa
empresa que se denominava como “A marca da multimulher” em suas campanhas
publicitárias, ou seja, que se baseava na dupla e até tripla jornada de
trabalho imposta as mulheres trabalhadoras para lucrar sobre o público
feminino, agora deixa centenas delas sem salários e sem emprego.
Vale
ressaltar que a multinacional teve isenção de impostos, patrocinada pelo
governo federal aos fabricantes de eletrodomésticos.
Depois de ter lucros exorbitantes e de enviar para o exterior parte importante destes lucros, ao primeiro sinal de crise, ataca sem piedade seus trabalhadores, fechando as portas de duas fábricas que tem na Região metropolitana de Campinas.
O
sindicato dos metalúrgicos de Campinas e região, junto com os trabalhadores da
Mabe ocuparam a empresa preventivamente, no dia 15 de fevereiro de 2016, para
impedir que os empresários vendessem as máquinas e o patrimônio da empresa.
Os
trabalhadores da Mabe estão precisando de todo apoio da população brasileira,
especialmente da classe trabalhadora. Não podemos permitir que o poder
econômico descarregue todo o peso da crise nas costas dos operários, dos
humildes.
Os
eletrodomésticos da linha branca tiveram isenção de IPI durante anos, que
engordaram os bolsos de patrões que nem sequer pagavam seus trabalhadores. Além
disso, a Mabe recebeu vários empréstimos a juros baixos do BNDES para ampliação
e modernização de suas instalações, que nunca pagou. Várias máquinas estão
penhoradas pelo BNDES.
Por
isso exigimos que o governo Dilma exproprie as duas unidades da Mabe, sem
indenização, para recolocá-las em produção sob o controle dos trabalhadores –
que já demonstraram disposição para isso - e garanta a estabilidade no
emprego de todos, revogando as demissões feitas em janeiro, pois nenhum dos
demitidos recebeu indenização. Além disso, deve confiscar os bens dos
proprietários para garantir o pagamento dos salários atrasados, 13º e da PLR.
Por isso,
O Movimento Mulheres em Luta se solidariza com a luta dos 1.900 trabalhadores
da Mabe e se coloca à disposição para ajudar no que for necessário.
Todo
apoio à ocupação da Mabe!
Estatização,
sem indenização, sob o controle dos trabalhadores!
Pagamento
de todos os salários e outros benefícios atrasados!
Estabilidade
no emprego e readmissão dos demitidos!
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