quinta-feira, 30 de abril de 2015

Abaixo a repressão de Beto Richa! Todo apoio aos trabalhadores da educação do Paraná



Nesta quarta-feira, 29/04, o país inteiro assistiu atônito as cenas de violência protagonizadas pela polícia do Paraná, a mando do governador Beto Richa / PSDB, contra os professores da rede estadual e demais categorias em greve. O resultado foi 203 feridos, 08 em estado grave.

Os trabalhadores da educação, em sua maioria mulheres, decidiram voltar ao movimento grevista, depois que o governador não cumpriu o acordo firmado em fevereiro quando foi barrada a votação do projeto de ajuste fiscal que ataca diretamente o direito de aposentadoria dos trabalhadores do estado. 

Diante da queda de sua popularidade e da necessidade de comprometer direitos históricos dos trabalhadores, o Governador do Estado utilizou a mais covarde arma contra o movimento: a violência policial. Não levou em consideração o fato de as mulheres serem a maioria entre os manifestantes e que, portanto, o uso da força policial é a institucionalização da violência que as mulheres já sofrem nas variadas esferas da sociedade.   
     
Tal fato é inadmissível, porém não surpreende. Uma vez que é justamente sobre as mulheres trabalhadoras que esse ataque vai ter maior incidência. As mulheres já tem que dar conta da dupla jornada de trabalho, chegando a ter até 08 horas semanais de trabalho a mais que os homens devido às tarefas domésticas, e também recebem os menores salários, o que se reflete na hora da aposentadoria.

Para garantir a repressão ao ato dos professores, o governador retirou todo o policiamento da cidade para concentra-los ao redor da assembleia legislativa, deixando a população da capital e do interior em total situação de insegurança. Outra arbitrariedade foi a prisão de 17 policiais que se negaram a reprimir os manifestantes, deixando evidente que o objetivo era a violência física contra os trabalhadores.    

Por todos esses motivos, nós do Movimento Mulheres em Luta, repudiamos veementemente a repressão policial utilizada contra trabalhadores em luta; especialmente a institucionalização da violência contra as mulheres; também nos colocamos contrários a esse pacote de ajuste fiscal que visa retirar direitos trabalhistas. 

-    Pela imediata punição aos responsáveis pelas agressões aos trabalhadores!
-  Abaixo a violência contra as mulheres!
-   Pela revogação do projeto de lei que ataca a aposentadoria dos servidores públicos!
-   Toda a solidariedade aos trabalhadores em educação do Paraná, Lutar não é crime!
-  Pela imediata libertação dos 17 policiais! Desmilitarização da polícia já!



segunda-feira, 27 de abril de 2015

Sindicato metabase inconfidentes e MML conseguem primeira vitória na luta contra o assédio sexual


Após várias denúncias e pressão do Sindicato e MML, CSN-Namisa demite assediador.


Em 2014, a partir da denúncia de uma trabalhadora sobre um chefe da Namisa, que pressionava as trabalhadoras do Capacitar[1] a saírem com ele para terem garantia de aprovação nos testes, o MML e o Sindicato Metabase promoveram uma grande luta contra a prática de assédio na CSN/Namisa. Mantivemos as denúncias do assédio na CSN/Namisa e da atitude conivente da empresa, através de textos do MML nos boletins do sindicato e intervenções dos diretores do sindicato no programa de rádio e em assembléias nas empresas. Infelizmente, o RH da empresa fez pouco caso e acobertou o assediador.

Este ano no boletim especial do MML e Sindicato para o 8 de Março voltamos a lembrar a empresa que continuaremos na linha da frente da luta contra o assédio moral e sexual que as trabalhadoras sofrem na mina especialmente por parte dos chefes. Poucos dias depois mais uma trabalhadora da Namisa nos procurou com uma denúncia de assédio. A trabalhadora contou-nos que procurou várias vezes o apoio da empresa para resolver o problema. Ela foi até a assistência social, foi à medicina do trabalho e também buscou ajuda de sua gerência. Depois disso a Namisa demitiu a trabalhadora.

Em reunião com a empresa na Gerência Regional do Trabalho, no dia 12 de março, o sindicato denunciou os casos de assédio moral e sexual dentro da empresa, em especial, tratamos o caso dessa trabalhadora. A empresa alegou desconhecer o caso, afirmou combater os casos de assédio e se dispôs a atuar em conjunto com o Sindicato para combater esses casos. Na semana seguinte o chefe que tinha assediado essa trabalhadora foi demitido.

Acreditamos que esta demissão e a disposição recém mostrada pela CSN/Namisa (que por sinal tem como chefe nacional do RH uma mulher) em combater o machismo na mina nada tem a ver com boa-vontade mas sim com a luta conjunta do Sindicato e MML na defesa das trabalhadoras e trabalhadores que sofrem todo tipo de opressões dentro da empresa.

O MML exige da CSN/Namisa:

_ a eleição pela base de uma comissão de trabalhadoras com estabilidade para averiguar denúncias de casos de assédio

_ formação obrigatória dos membros da CIPA e ASS, feita pelo sindicato, sobre assédio moral e sexual

_ participação do sindicato nas reuniões da SIPATIMIM para exposição sobre assédio moral e sexual




[1] Sistema de estágio e treinamento da CSN/Namisa

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Nem Dilma, nem a direita: Mulheres em Luta construindo uma alternativa dos trabalhadores!


Manifesto do Movimento Mulheres em Luta

No mês de Março de 2015 presenciamos uma retrospectiva do período eleitoral do ano passado. No dia 13 os setores que apoiam o governo do PT (CUT, CTB, UNE, MST) chamaram manifestações afirmando que o objetivo era defender a Petrobrás, direitos e a reforma política, contudo ficou evidente que o ato era em defesa de Dilma, sob a argumentação de que o país encontra-se sob a ameaça de um golpe militar e, portanto, devemos defender a democracia e o governo. Já no dia 15 um número bem maior de pessoas ocuparam as ruas para demonstrar sua indignação contra a corrupção, o PT e a carestia. Embora essa manifestação se apresentasse como apartidária, em todos os Estados elas foram encabeçadas por partido e figuras da direita clássica brasileira como PSDB, Solidariedade, etc. 


Em nenhum desses dois espaços os setores massivos dos trabalhadores e a população pobre do país estiveram presentes. Em nossa opinião, porque nenhuma das duas manifestações refletiu as necessidades reais da classe trabalhadora.  


Os trabalhadores estão indignados com a política do governo federal de cortes nos orçamentos das pastas sociais e a retirada de diretos trabalhistas históricos como seguro desemprego, PIS, auxílio-doença e pensão por morte. Além disso, a subida dos preços trouxe ainda mais dificuldade e arrocho para a vida da população. Por isso não há como defender ou confiar no governo do PT já que a Dilma está fazendo exatamente aquilo que disse estar combatendo nas eleições: garantindo os lucros dos empresários e banqueiros, em detrimento das condições de vida dos trabalhadores. 


Por outro lado, PSDB e companhia que também se dizem descontentes com o governo federal não criticaram as medidas acima citadas, não vimos nenhuma bandeira dos trabalhadores levantadas nos atos do dia 15 seja por emprego, moradia, saúde, educação, contra a terceirização dos postos de trabalho ou a retirada de direitos. Ao contrário disso, os governos de direita estão aplicando os mesmos ataques aos trabalhadores e estão enfrentando as greves e a resistência das categorias como foi a da educação no Paraná e agora se estende a São Paulo e Pará, todos Estados governados pelo PSDB. 


Em toda essa situação as mulheres trabalhadoras e pobres são as mais prejudicadas porque são mais vulneráveis no mercado de trabalho, ocupando os postos rotativos, com maior índice de adoecimento, com os menores salários. Também somos nós as mais penalizadas com a falta de água, a falta de investimento em educação e déficit nas vagas de creches públicas, a falta de investimento no combate a violência machista, etc.


Como se não bastasse ainda estamos sendo atacadas pelo Congresso Nacional conservador e machista. Figuras como Eduardo Cunha, presidente da câmara de deputados, defende o fim da distribuição da pílula do dia seguinte, inclusive para mulheres vítimas de violência sexual; nega qualquer direito ou respeito aos LGBT’s e defende a aprovação do PL 4330 que oficializa a terceirização e abre espaço para se aprofundar ainda mais a exploração de mulheres, negros e LGBT’s. Apesar de querer aparentar ser o defensor da moral e dos bons costumes, Eduardo Cunha está na lista dos investigados por desvio de verbas públicas, na operação lava-jato. 


 Os trabalhadores já estão se mobilizando contra o PL 4330 e não tinha como ser diferente. Segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) de 2013, 70.6% das mulheres negras que trabalham nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal estão nos setores de serviços, na sua enorme maioria já como terceirizadas. Além dos menores salários, piores condições de trabalho e quase nenhum direito garantido, os trabalhadores terceirizados não conseguem se organizar em sindicatos, devido às divisões entre os trabalhadores que as empresas impõem com uniformes, refeitórios e horários diferenciados.


Diante dessa situação não existe alternativa as mulheres trabalhadoras e pobres que não seja organizar a luta e a resistência da nossa classe. Para isso, é necessário construir um campo em que se concentrem as entidades sindicais combativas, os movimentos sociais honestos, os partidos que de fato defendem os interesses dos trabalhadores, para enfrentar tanto os ataques do governo Dilma, quanto os ataques dos governos em que a oposição de direita está a frente. Da mesma forma que está colocada a tarefa de barrar os diversos projetos nefastos que tramitam no Congresso Nacional como o PL4330 que oficializa a terceirização, a reforma fiscal, etc. 


Nós, do Movimento Mulheres em Luta, estamos presentes nas greves, manifestações e iniciativas dos trabalhadores para construir esse setor que aglutine todos aqueles que estão indignados e querem lutar para defender os interesses dos trabalhadores. Construímos o Espaço de Unidade de ação que vem desenvolvendo experiências importantes como a campanha “Na copa vai ter luta” em 2014 e já coloca em curso um calendário de mobilizações agora em 2015. Somamo-nos ao chamado da construção de uma greve geral no país, ou seja, a paralisação em unidade de todos os trabalhadores, das diversas categorias para barrar esses ataques. Para essa luta se fortalecer, convidamos você que é professora, operária, servidora pública, dona de casa, estudante, etc. para se juntar a nós nesta tarefa.









sexta-feira, 10 de abril de 2015


Confira a nota do Sindicato dos Metroviários de São Paulo sobre o estupro ocorrido na Estação República!

Hoje as 17 horas ocorreu um ato contra a violência sexual e a segurança no metrô de São Paulo movido pela indignação pelo caso de estupro de uma trabalhadora terceirizada da estacão República. Sabemos que a tempos o metrô vem sendo palco de violência sexual, seja dentro ou fora dos vagões. Infelizmente, pela falta e ineficácia de política públicas mais uma mulher foi violentada. O Movimento Mulheres em Luta esteve presente junto com o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, confira abaixo a nota do Sindicato sobre o caso. 

NOTA DO SINDICATO SOBRE ESTUPRO OCORRIDO NA ESTAÇÃO REPÚBLICA
Na última quinta-feira, 2/4, às 23:27, foi notificada uma denúncia de estupro na estação República do Metrô de São Paulo, numa bilheteria terceirizada do acesso Arouche dessa estação.
É um fato gravíssimo, de extrema violência e inadmissível em qualquer lugar e em se tratando de ter acontecido no local de trabalho com uma funcionária que presta serviços ao Metrô de São Paulo revela uma situação inaceitável de falta de segurança.
A Secretaria de Mulheres do Sindicato dos Metroviários, a diretoria do Sindicato, os funcionários e funcionárias do Metrô se sentem violentados, indignados e se solidarizam com a mulher trabalhadora que sofreu as consequências da violência machista e da insegurança. Queremos dar todo apoio e solidariedade a ela nesse momento tão difícil.
Mas nesse caso não podemos deixar de apontar as responsabilidades pelas condições de trabalho que estamos expostos. Exigimos que o governo do Estado de São Paulo, a empresa na qual ela trabalha e o Metrô assumam as suas responsabilidades e deem todo apoio necessário a funcionária. Que forneçam a ela total apoio em suas necessidades, apoio psicológico, de saúde, jurídico etc. E que fechem imediatamente essa bilheteria que está em lugar inseguro e as trabalhadoras ficam sozinhas. Exigimos as filmagens e a total transparência na investigação e punição dos agressores.
O governo de Estado de São Paulo faz muita propaganda sobre a segurança no Metrô, afirmando inclusive que tem seguranças treinados para coibir o assédio e outras agressões, pois nós dizemos que faltam funcionários em todos os postos, principalmente na segurança à noite, onde o quadro é bastante reduzido, deixando usuários e funcionários expostos a fatos revoltantes como esse.
A terceirização e a precarização têm submetido trabalhadores e trabalhadoras a péssimas condições de trabalho, sem várias garantias trabalhistas, com baixos salários, precárias cabines de recarga sem nenhum conforto, muitas vezes sem ar condicionado, sem rendição para poder ir ao banheiro e sem segurança. O olho de segurança na cabine onde ocorreu o estupro, por exemplo, não funciona. Temos lutado contra a terceirização por causa desses fatores e inclusive estamos em campanha contra a votação do Projeto de Lei 4330 na Câmara Federal, pois ele aprofunda o projeto de terceirização, tirando ainda mais direitos trabalhistas.
Funcionários e funcionárias que trabalham dentro da área do Metrô, tanto do Metrô como terceirizados, estão sofrendo com constantes agressões que cada vez são mais graves. São temas recorrentes em nossas CIPAS, mas o Metrô não tem essa mesma compreensão. Para se tomar alguma medida é muito difícil.
Essa é a face do descaso do governo com as condições de transporte da população de São Paulo que sofre com a superlotação e a precariedade do transporte público e o descaso com as condições de trabalho de seus funcionários que sofrem junto, com as precárias condições de trabalho.
A população precisa de mais metrô, de um transporte público, estatal e de qualidade, onde funcionários e usuários possam decidir como gerir nossos recursos. Precisamos de mais funcionários, especialmente de mais mulheres na segurança para atender as mulheres vítimas de violência, mais funcionários à noite, de uma delegacia das mulheres dentro do metrô, uma ampla campanha contra o machismo e a violência contra as mulheres.
Reafirmamos nossa solidariedade e apoio à funcionária.

15 de abril é Dia Nacional de Paralisações contra o projeto das terceirizações e as medidas provisórias que retiram direitos dos trabalhadores


Só os trabalhadores organizados na luta conseguirão barrar o Projeto de Lei 4330 que desregulamenta o trabalho e impõe as terceirizações. Assim, a reunião que aconteceu no final da tarde desta quinta-feira (9), em Brasília, entre a CSP-Conlutas, CUT, CTB, NCST e Intersindical/CCT aprovou a convocação de um Dia Nacional de Paralisações no próximo 15 de abril.

Além de defender os direitos contra a desregulamentação do trabalho imposto pelo Projeto de Lei 4330, a mobilização será contra as medidas provisórias 664 e 665 adotadas pelo governo Dilma que atacam o seguro desemprego, auxílio doença, pensões, PIS e outros direitos.

A CSP-Conlutas assumiu o compromisso de construir esse dia, mas propôs às demais Centrais que trabalhem para construir uma forte Greve Geral no país, organizada a partir de um plano de ação, comitês de mobilização e pauta única contra a política que vem sendo aplicada pelo governo, os setores de direta e o empresariado. Essa é a saída efetiva para barrar os ataques que vêm sendo promovidos contra os trabalhadores.

Após esse dia de paralisações haverá nova reunião das Centrais Sindicais para definir os próximos passos da mobilização unificada.

Denúncia - É preciso denunciar a Força Sindical que deveria defender os trabalhadores, mas está a favor desse projeto nefasto que acaba com os direitos trabalhistas.

Também é preciso denunciar que o governo petista tem responsabilidade pela aprovação desse projeto de lei tão ansiado pelos setores de direita e pelo grande empresariado. Nos últimos dias, a preocupação levada aos parlamentes pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante as negociações do PL 4330, eram em torno dos tributos das empresas ao Estado – quem deveria ficar responsável é a empresa mãe das terceirizadas-, para que o Estado não perca na tributação já que as empresas menores pagam menos impostos e poderão burlá-los. Quanto ao resto, havia acordo.

O PL 4330 e as consequências aos trabalhadores
A aprovação do texto base do PL 4330, da terceirização, que ocorreu ontem à noite na Câmara dos Deputados, é um ataque histórico aos direitos dos trabalhadores. Uma votação em conjunto dos partidos da oposição de direita e da base governista.
Essa votação ameaça gravemente os direitos trabalhistas no Brasil conquistados em séculos e que custaram greves, demissões, perseguições e mortes. A desregulamentação do trabalho interessa diretamente aos empresários para aumentar a lucratividade a partir da exploração no trabalho. Auxílio alimentação, auxílio creche, férias, décimo terceiro salário, FGTS, a jornada semanal. Todos esses são direitos que estão ameaçados. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) será coisa do passado.

Os salários serão menores. Atualmente, os trabalhadores de terceirizadas recebem pelo menos 24% a menos do que os das grandes empresas. Essa exploração vai aumentar.

É uma falácia que mais empregos serão gerados. Serão abertos novos postos de trabalho, o que teremos serão demissões em “empresas mãe” para que o serviço seja prestado pelas terceirizadas. Para abrir mais vagas necessitaríamos sim de redução de jornada, mas com a desregulamentação do trabalho, ao contrário, a jornada aumentará.

Todos os setores serão atingidos: privado, estatal e serviço público. Nas empresas privadas teremos a regulamentação do desrespeito às leis trabalhistas que já acontece em muitas empresas, mas eles terão respaldo para tal desrespeito. Nas estatais sofreremos milhares de demissões para a contratação pelas empresas terceirizadas. Os concursos públicos que garantem emprego com direitos serão desnecessários, não acontecerão mais a partir do momento que o serviço poderá ser prestado por empresas terceirizadas.

Se esse PL 4330, das terceirizações, for aprovado, entraremos numa nova fase do mundo do trabalho. Ou melhor, retrocederemos décadas, muitas décadas. Mas, após essa votação do texto base na Câmara, o projeto precisa ser aprovado na Câmara, para posteriormente ir para votação no Senado. Isso permite com que organizemos as lutas para barrá-lo.

Assim, neste dia 15 vamos parar nossos locais de trabalho. Vamos às ruas!

Fonte: www.cspconlutas.org.br

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Greves e protestos contra PL 4330 marcam Jornada de Lutas



As atividades contra a PL 4330 da terceirização continuam nesta quarta-feira (8). Ontem foi um dia movimentado em Brasília. Centrais sindicais, entre elas a CSP-Conlutas, servidores públicos federais e outras categorias participaram durante praticamente por todo o dia de protestos contra a votação do Projeto de Lei 4330, das terceirizações.

Durante a tarde, os trabalhadores que tentaram entrar na Câmara Federal, foram recebidos com repressão da força policial. Há relatos de manifestantes feridos, um foi levado para o Hospital de Brasília em estado grave. Também houve uma prisão.

No início da noite, a manifestação continuava em frente ao Anexo 2 da Câmara, aguardando a votação do PL das terceirizações, já que foram distribuídas senhas limitando o número de trabalhadores na galeria. Como se a Câmara não fosse um espaço público e uma de suas características é promover votações abertas para acompanhamento do público.

Segundo o dirigente da CSP-Conlutas, Paulo Barela, que está no local, há possibilidade de adiamento da votação. “Mas nada está garantido, por isso precisamos permanecer aqui”, afirma Barela que também integra o Fórum dos Servidores Públicos Federais, que está em Brasília realizando um dia de lutas contra o ajuste fiscal que retira verbas principalmente da educação e da saúde, além de ser contra o projeto das terceirizações.

Abaixo, as atividades da Jornada de Lutas

Dia 8 de abril

Em São José dos Campos (SP), os metalúrgicos da Parker Filtros iniciaram o dia com assembleia em que repudiaram o projeto de lei que libera a terceirização em todos os setores de empresas públicas e privadas e representará perda de direitos para milhões de trabalhadores.

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Nesta manhã, em Salvador (BA), Estudantes e servidores da Universidade Estadual da Bahia realizam um debate na instituição  contra a privatização  da Educação.

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No segundo dia de manifestações, em Fortaleza (CE)  foi o dia dos vigilantes, servidores do INSS e Servidores da Universidade Federal do Ceará protestarem contra as medidas do Governo Dilma e da Direita.

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Dia 7 de abril

Nesta terça-feira (7), a CSP-Conlutas e diversas entidades e movimentos que compõem o Espaço de Unidade de Ação deram início à Jornada Nacional de Lutas, que seguirá com atividades em todo o país até quinta-feira.

O primeiro dia de protestos tem tido como eixo a luta contra o Projeto de Lei 4330/2004 que amplia as terceirizações e precariza ainda mais o trabalho no Brasil, ameaçando a garantia de direitos trabalhistas importantes como férias, 13º salário, descanso remunerado, horas extras e outros.

 Confira galeria de imagens no facebook da CSP-Conlutas Nacional: https://www.facebook.com/CSPConlutas

No entanto, as bandeiras de luta da Jornada não se reduzem à mobilização contra o PL 4330. Soma-se a essa pauta, protestos, paralisações de categorias e manifestações de rua contra as medidas promovidas pelo governo Dilma Rousseff (PT), os governos estaduais e municipais, assim como pela patronal, que tentam jogar nas costas dos trabalhadores e da população a conta da crise. Seja através das MPs 664 e 665, que atacam e reduzem direitos como seguro-desemprego, pensão por morte e auxílio-doença, seja por das demissões na indústria.


Em Brasília, os servidores públicos federais, a CSP-Conlutas, e diversas entidades, como metroviários de São Paulo, articulam uma séria de atividades para barrar o PL 4330.

Dia 7 de abril - Brasília - Servidores se concentram em frente à Esplanada dos Ministérios

Os metalúrgicos de São José dos Campos (SP), já nas primeiras horas do dia, realizaram protestos nas maiores empresas da região, entre as quais, General Motors e Embraer. Na Chery, em Jacareí, os trabalhadores – em greve há dois dias – também reafirmaram a rejeição à terceirização irregular praticada na fábrica.

Dia 7 de abril - metalúrgicos de São José dos Campos

A CSP-Conlutas do Vale do Paraíba (SP) também realizou um ato contra as medidas de ajuste fiscal promovidas pelo governo e a retirada de direitos trabalhistas. A manifestação aconteceu em frente à Caixa Econômica Federal, no centro de São José dos Campos. “A cada dia, somos mais penalizados pelo desemprego, inflação, retirada de direitos e precarização dos serviços públicos. A saída dos trabalhadores para esta situação não está no atual governo nem na oposição de direita. Precisamos construir uma greve geral que pare o país contra esses ataques”, afirmou Renato Bento Luiz, o Renatão, membro da CSP-Conlutas do Vale. O ato reuniu sindicatos como o dos Metalúrgicos, Alimentação, Trabalhadores dos Correios, da Saúde, Professores Estaduais, Associação dos Aposentados (Admap), além do Movimento Mulheres em Luta (MML) e do PSTU.

7 de abril - vale do paraíba

Os rodoviários de Fortaleza (CE) pararam das 4h às 6h contra as medidas do governo federal. A paralisação ocorreu em todas as garagens de ônibus de Fortaleza, além de duas intermunicipais, em Caucaia (Vitória) e Maracanaú (Via Metro). Também como parte da jornada,  os servidores públicos federais e municipais realizaram um ato praça do  Ferreira, região central.


7 de abril - paralisação dos rodoviários de Fortaleza (CE)

Em Natal (RN), os servidores da saúde realizaram um ato com passeata pelas ruas da capital contra a privatização do setor.

7 de abril - passeata dos servidores da saúde de Natal (RN)

No Rio de Janeiro, os petroleiros iniciaram as atividades logo de manhã com atraso e assembleia na Usina Termelétrica Barbosa Lima Sobrinho. Durante a atividade, foram discutidas propostas de mobilização contra as demissões no setor e a venda de ativos da Petrobras, por meio do plano de desinvestimento. Um Comitê de Luta está impulsionado pelo Sindipetro Rio de Janeiro e outras entidades, para traçar ações contra essas medidas.

7 de abril - atraso na entrada de turno petroleiros do Rio de Janeiro

Em Belém (PA), estudantes da ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre) fizeram um trancaço na porta da Universidade Federal do Pará contra os cortes no orçamento da Educação.

Em Aracajú (SE), técnicos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizam paralisação. As mobilizações começaram a ocorrer hoje em Sergipe com os técnicos da UFS à frente. Foi realizada uma paralisação na universidade e, em mês de páscoa, dois bonecos de Judas, representando o reitor e o vice reitor da universidade foram queimados em protesto. A paralisação continuará até o dia 9.

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Os técnicos protestam pelo cortes de verbas do orçamento federal que atinge com mais força os serviços públicos, em especial a educação. Além de exigir que a reitoria da Universidade Federal de Sergipe implemente a carga horária de 30 horas semanais conquistadas na greve de 2014 e o fim da EBSERH que privatiza o Hospital universitário.

Fique atento à atualização do site. Ao longo do dia postaremos outras atividades. Envie informe da mobilização no seu estado.

Em Curituba (PR), no primeiro dia da jornada de luta, que acontece de 7 a 9 de abril, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest-PR) realizou assembleia que  debateu de maneira aprofundada a regulamentação da jornada de 30 horas sem redução salarial para os servidores técnico-administrativos federais. (saiba mais aqui).

mauricio


Fonte; Site CSP - Conlutas

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

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Chega da violência contra as mulheres!

Chega da violência contra as mulheres!