segunda-feira, 30 de abril de 2012

1° Encontro de Mulheres da CSP-Conlutas reúne mais de 500 pessoas e elege sete delegadas para o Congresso

Ativista da Federação dos Sindicatos Independentes do
Egito saúda o Encontro
O 1º Encontro de Mulheres da CSP-Conlutas teve entre os objetivos principais debater a importância da organização de base para as mulheres trabalhadoras. Havia 487 delegadas vindas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Pará, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Sul entre outros estados de todo país.  O evento antecedeu o 1° Congresso da CSP-Conlutas cuja abertura começou às 18h30 desta sexta-feira na Estância Arvore da Vida, em Sumaré (SP).

A representante da  Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas , Ana Pagamunici, também integrante do Movimento Mulheres em Luta, fez uma saudação com a analise da  conjuntura internacional e nacional e abordou a superexploração dos setores oprimidos pelo capitalismo.

Ana lembrou que o Brasil governado por Dilma, primeira mulher eleita presidente em nossa história, está longe de defender políticas que atendam realmente as necessidades das mulheres. “Não basta ser mulher, é preciso ter um programa que defenda a classe”, reafirmou em sua fala e frisou que infelizmente, os 16 meses deste governo mostram que Dilma optou por governar para banqueiros e empresários.

Foi explanado ao plenário o debate sobre o que é a classe trabalhadora hoje, onde 56% das mulheres trabalhadoras estão no serviço público e 20% no privado. Nos últimos anos houve 120% de adesão das mulheres no mercado de trabalho, e, por isso, foi discutida importância de se ter políticas para que as mulheres conquistem sua autonomia.

No debate foi levantado que 33% das mulheres ganham a menos que os homens, mesmo cumprindo a mesma função. Além disso, são 35% nos serviços terceirizados. “Não é possível pensar na classe trabalhadora, sem pensar nas mulheres”, afirmou Ana.

A dirigente ressaltou aos presentes que Dilma vetou a lei que exigia a aplicação de multa as empresas que pagavam salários inferiores às mulheres que cumpriam a mesma função dos homens.  Para a dirigente, isso ocorre por conta do machismo ainda existente na sociedade e é preciso combatê-lo. Ana defende que essa é  uma  luta dos homens e das mulheres. “A violência contra as mulheres também precisa ser combatida, pois os índices de agressão tem sido alarmantes”, acrescentou.

 “Não basta reafirmar que a luta das mulheres é importante, é preciso que a CSP-Conlutas continue intensificando o encontro das mulheres nos sindicatos, na organização de trabalho, nas CIPAs, construção de creches entre outras reivindicações das mulheres”, avaliou.

Ana disse,  ainda,  que é preciso ocupar os espaços de discussão nos movimentos sociais de luta por moradia, onde a maioria são mulheres, como no caso do Pinheirinho. Todas estas políticas tem o sentido de garantir e fortalecer a organização das mulheres trabalhadoras.

“A atual conjuntura nos impõem dois desafios: organização nos espaços políticos e o nosso fortalecimento. Somente com a organização vamos construir uma proposta de luta para ser aprovada no 1º Encontro Nacional das Mulheres da CSP-Conlutas”, conclui.

A plenária contou com a participação da estudante Daniela, da Federação Nacional dos Estudantes da Costa Rica, que apresentou a experiência das mulheres do seu país e reafirmou que a unidade é fundamental para superar os ataques contra a classe trabalhadora e contra as mulheres. Também saudou o encontro a sindicalista egípcia Fatma Ramadan, ue esteve à frente da luta recente dos trabalhadores egípcios.

A pós essa apresentação ocorreram outras saudações de ativistas sindicais e de movimentos sociais e a divulgação de experiências de organização de base no setor privado, público, movimento sindical e movimento popular.

Metalúrgicas – A dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sâo José dos Campos, Rosangela Calzavara, parabenizou a CSP-Conlutas pelo debate sobre organização de base. A sindicalista abordou a experiência e do fortalecimento das CIPAS, as delegacias sindicais e as comissões de fábrica, composta por mulheres.

Segundo Rosângela, é fundamental o debate sobre organização sindical, “desde que existe o capitalismo, os trabalhadores precisam se organizar”, falou. Lembrou ainda que desde a traição da CUT e com a política de retirada de direitos imposta pelo governo Dilma, contra a classe trabalhadora, é preciso intensificar a organização dos trabalhadores e trabalhadoras. “Precisamos fortalecer a luta em defesa dos nossos direitos e, para isso, precisamos trazer as mulheres para essas discussões”, salientou.

Para a metalúrgica, vários são os desafios das mulheres entre os quais dupla jornada, machismo, precarização do serviço com a terceirização e conquistar espaço dentro dos sindicatos e na política.

“A sociedade nos divide pela opressão e o machismo, por isso, a vinda das mulheres ao congresso nacional da CSP-Conlutas é fundamental”, ressaltou.

Construção civil – A coordenadora geral do Sindicato da Construção Civil de Belém,  Deuzinha , trouxe as experiências de seu setor, retratando o crescimento da mão de obra feminina.  “Em 2006 eram 99 mil trabalhadoras nos canteiros de obras e em 2010 já são 180 mil”, contou. O próximo passo, segundo ela, foi ocupar os espaços do sindicato e construir a Secretaria de Mulheres. Com isso, a campanha salarial da categoria incorporou todas as reivindicações das operárias.

“As nossas dificuldades, como em todos os locais, é o assédio moral, sexual e o machismo. Lutamos também por escolas e hospitais. Mas é preciso combater acima de tudo, o machismo dentro dos canteiros de obras”, ponderou.

Segundo Deuzinha, as mulheres da construção civil tem atendido o chamado da CSP-Conlutas e do sindicato, “a grande vitória da nossa organização foi a participação de 46 operárias no debate de mulheres no 8 de março, e hoje estamos em sete operárias presentes no 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas”, concluiu Deuzinha.

Após as falas da mesa o debate foi aberto para o plenário  que enriqueceu o debate  com a troca de experiências das mulheres trabalhadoras.

 À tarde, uma companheira egípcia saudou o encontro e contou  as mulheres aqui do Brasil as dificuldades e lutas das mulheres de seu país.

Foi a provada uma carta  com as principais demandas e desafios das mulheres para o próximo período. Além disso, foi aprovada a realização de um próximo encontro para o primeiro semestre de 2013.

Em seguida foram apresentadas três teses que farão parte dos debates no 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas. São elas: “Por uma CSP-Conlutas de base e antigovernistas. Um sindicalismo para além do capital”, “Construir a unidade da classe trabalhadora da cidade e do campo para derrotar os ataques dos patrões e dos governos”  e “Fortalecer a CSP-Conlutas: avançar na unidade da luta e na organização de base”.

Ao final foram eleitas sete delegadas para representar o Movimento de Mulheres em Lutas no 1°  Congresso Nacional da CSP-Conlutas.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Confira a proposta de Carta a ser aprovada no 1º Encontro de Mulheres da CSP Conlutas!


I ENCONTRO DE MULHERES DA CSP-CONLUTAS

Lutar contra o machismo e a exploração,
unir a classe trabalhadora e fortalecer o trabalho de base

A crise econômica mundial hoje atinge com mais força o continente Europeu. O desemprego, corte de salários e flexibilização de direitos formam a receita do capitalismo para resolver suas crises: jogá-la nas costas dos trabalhadores. E, nesse processo, superexploram os setores oprimidos. Utilizam as ideologias machistas, racistas, homofóbicas e xenófobas para ampliar a divisão da classe. Por outro lado, os trabalhadores resistem, com grandes protestos europeus contra os planos de austeridades e contra os governos, e nos países do norte da África e Oriente Médio, milhares saem às ruas contra ditaduras e as péssimas condições de vida. As mulheres estão presentes nessas lutas com destaque.
No Brasil, a crise ainda não tem afetado o país, mas mesmo assim o governo Dilma retirou mais de R$ 100 bilhões do orçamento das áreas sociais, privatizou aeroportos e a previdência dos servidores públicos e promove isenção fiscal aos grandes empresários, enquanto os trabalhadores pagam altas taxas juros. Para concretizar a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o governo vem desenvolvendo políticas e leis que prevêem desocupações de áreas de moradia e aumenta a criminalização dos trabalhadores. As greves nas obras da copa demonstram a resistência dos trabalhadores às terríveis condições de trabalho. O episódio do Pinheirinho é um exemplo de como esses megaeventos produzem desastres à vida da população pobre.
Em relação às mulheres, a promessa de construção de 6427 novas creches não deverá ser cumprida, já que em 2011 nenhuma nova foi erguida. Os programas de combate à violência tiveram seu financiamento reduzido por conta dos cortes no orçamento. O projeto Rede Cegonha e a MP 557/2011, reduziu a preocupação com a saúde da mulher à maternidade, deixando de lado a sua integralidade, e a criação de um cadastro de grávida atua contra a bandeira histórica do movimento pela legalização ao aborto. Aliás, Dilma se comprometeu com os setores conservadores, na “Carta ao povo de Deus”, a não avançar na legalização do aborto em seu governo.
Muitas trabalhadoras e trabalhadores acreditam que com Dilma podem mudar sua situação, mas a experiência de 16 meses de governo demonstra que não basta ser mulher, é preciso ter um programa que defenda a classe. O PT optou por governar para os banqueiros e empresários, atendendo a interesses que não podem ser conciliados aos das trabalhadoras. Por isso, Dilma não representa as mulheres trabalhadoras.

As mulheres trabalhadoras - As mulheres são metade da classe trabalhadora brasileira (46%). Elas são a maioria dos trabalhadores da Administração Pública, tem presença significativa nas indústrias, e nos setores considerados masculinos, como metalurgia, mineração e construção civil, a contratação de mulheres vem crescendo sensivelmente nos últimos 10 anos.
Essa ocupação “feminina”, embora muito importante, é resultante dos processos de reestruturação produtiva e vem acompanhada de precarização das condições de trabalho que afeta toda a classe e as mulheres em particular. Elas estão localizadas nos setores menos remunerados e são a maioria entre os terceirizados. Ganham em média até 33% menos que um homem para uma mesma função. Essa diferença cresce quando falamos das mulheres negras.
O capitalismo se apoia no machismo para pagar menores salários e com isso regular o valor global da mão-de-obra, abrindo espaço para pagar menos também aos homens. O trabalho doméstico culturalmente reconhecido como tarefa da mulher, desobriga o estado e os patrões de garantirem creches, lavanderias, restaurantes públicos. A mulher trabalhadora acumula um dia a mais de trabalho por semana em virtude da dupla jornada.
A falta de creches é o principal motivo para que as mulheres não consigam emprego ou permaneçam nele. A violência mata 10 a cada dia, mas não se resume aos crimes bárbaros, está na sutileza da piada que por vezes se transforma em assédio moral e sexual.

Unidade entre homens e mulheres trabalhadores - Essa realidade impõe desafios à organização do movimento sindical e popular em defesa dos direitos da classe trabalhadora.  É preciso incorporar as demandas das mulheres trabalhadoras como parte da luta e atuação cotidiana do movimento sindical e popular. Isso é preciso para unificar a classe e aproveitar o potencial de organização das mulheres. É preciso um combate cotidiano ao machismo para incorporar mais mulheres e fortalecer a luta dos trabalhadores.
As trabalhadoras presentes ao I Encontro de Mulheres, realizado no dia 27 de abril defendem que a luta das mulheres só pode ser vitoriosa em unidade com os homens trabalhadores, por isso, apresentam ao I Congresso da CSP Conlutas algumas propostas:

Principais bandeiras específicas:
- Aumento geral dos salários. Salário Igual para Trabalho Igual!
- Licença-maternidade de 6 meses sem isenção fiscal, para todas as trabalhadoras e estudantes, rumo a um ano!
 - Reconhecimento do atestado de acompanhamento dos filhos como abono de dias ao trabalho!
- Creches em tempo integral, gratuitas e de qualidade para todos os filhos da classe trabalhadora!
- Anticoncepcionais para não abortar, aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!
- Revogação imediata da MP 557/2011, que criminaliza as mulheres!
- Fim da Violência contra a mulher! Aplicação e Ampliação da Lei Maria da Penha! Punição dos Agressores, construção de casas-abrigo!
 - Cotas raciais nas universidades;
 - Criminalização da Homofobia;
 - Fim da terceirização que afeta principalmente as mulheres.

Campanhas Políticas:
Reafirmar a inclusão das datas históricas das lutas das mulheres no calendário de atividades da Central: o 8 de março – dia internacional de luta das mulheres trabalhadoras; 28 de setembro - dia latino americano de luta pela legalização e descriminalização do aborto; 25 de novembro - dia latino americano de luta contra a violência às mulheres.
Fortalecer as campanhas que a CSP Conlutas vem desenvolvendo, como a “Trabalho Igual, Salário Igual”, e a “Campanha Nacional por Creches”. Essas campanhas devem ser encaradas como o esforço para colocar as mulheres trabalhadoras em movimento e como uma forma de incorporar cotidianamente as respostas políticas em relação às consequências da exploração e da opressão.
- Construção de uma campanha nacional contra a Violência à Mulher;

Medidas Organizativas:
Qualquer organização que se pretende a fortalecer o movimento de massas na perspectiva de dar protagonismo às lutas e necessidades reais da classe trabalhadora precisa dar centralidade política e organizativa aos temas relacionados às lutas das mulheres, por isso defendemos:
Criação de Secretarias de Mulheres nos Sindicatos;
-Cotas para as mulheres nas diretorias, respeitando percentual de mulheres em cada categoria, como instrumento de promoção das mulheres, de formação de dirigentes sindicais, como o esforço para refletir as políticas das mulheres e para criar identificação das trabalhadoras da base com suas direções;
Desenvolvimento de organizações por local de trabalho e CIPAS, estimulando a participação das mulheres, sendo os olhos e ouvidos das direções sindicais sobre a realidade da mulher trabalhadora.
Realizar Campanhas de sindicalização voltada às mulheres;
- Realização de Encontros de Mulheres para deliberar sobre as pautas das mulheres a serem incorporadas na luta cotidiana;
- Garantia de creches em todas as atividades dos sindicatos e da Central, para que a responsabilidade com os filhos não seja o impeditivo para a participação das mulheres nas atividades.
- Cursos e palestras para a categoria e diretoria, como forma de educação política e vigilância constante às posturas machistas que ocorrem no interior do movimento sindical.
Avançar e discutir no movimento popular como desenvolver mecanismos para ampliação da participação das mulheres, com a criação de espaços específicos que possam debater a realidade dessas trabalhadoras, encontros de mulheres nas ocupações, reuniões periódicas para discutir a demanda por creche, o combate à violência doméstica, etc.
As políticas e ações aqui apresentadas atuam no sentido de fazer agitação política sobre as mulheres trabalhadoras para ganha-las para a luta classista, tarefa fundamental para unir a classe trabalhadora e impor uma derrota aos patrões e governos, fortalecendo a luta por uma sociedade mais justa e igualitária, uma sociedade socialista. 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sobre a Taxa e Informações do Encontro de Mulheres


O Encontro de Mulheres da CSP Conlutas será um espaço para iniciar o debate sobre a importância da organização de base do ponto de vista das mulheres trabalhadoras. É um momento de socializar essas experiências, mas suas discussões não se encerram no Encontro, pois o 1º Congresso da CSP Conlutas também deve ser encarado como um espaço fundamental de organização da luta das mulheres trabalhadoras.

     O Congresso é um momento de debate programático e organizativo de uma alternativa de organização que deve cada vez mais ser apropriado pela luta das mulheres trabalhadoras, afinal as mulheres são hoje metade da classe trabalhadora brasileira. Se as lutas e objetivos da CSP Conlutas e dos sindicatos e movimentos filiados é ganhar a maior parte da classe trabalhadora para a luta pelo socialismo, é necessário ganhar as mulheres trabalhadoras.

O Encontro terá um tempo pequeno, pois a abertura do Congresso da CSP Conlutas será no próprio dia 27 de abril, a partir das 17h. Dessa forma, o debate será limitado pelo tempo, mas achamos importante valorizar a sua realização, pois a auto-organização das mulheres também é um instrumento valoroso para o fortalecimento da luta contra o machismo e a exploração.

Além disso, as iniciativas de organização das mulheres trabalhadoras não deve se restringir ao Encontro Nacional, é necessário que os sindicatos e movimentos realizem iniciativas na base, como já realizou o Sindicato da Confecção Feminina de Fortaleza, Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu, Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, etc.

Ao final, queremos aprovar uma carta, que será previamente veiculada pelos instrumentos de comunicação da CSP Conlutas, e será entregue a todas as participantes do Encontro logo no seu início. A ideia é que seu conteúdo reflita a localização conjuntural da luta das mulheres trabalhadoras e que aponte medidas para fortalecer a organização de base das entidades e movimentos que fazem parte da CSP Conlutas, visando aproximar mais mulheres trabalhadoras e concretizando o objetivo estratégico de fazer da CSP Conlutas um instrumento cada vez mais forte da luta das mulheres.

Local do Encontro:
Centro de Convivência da Estância Árvore da Vida, na cidade de Sumaré/SP.

Sobre credenciamento do Encontro:
É necessário que as delegações enviem a lista de participantes do Encontro para o e-mail do Encontro: encontro.mulheres.cspconlutas@gmail.com

Ao chegar ao local é necessário dirigir-se ao Credenciamento, que funcionará a partir das 7h, em frente ao local do Encontro para efetuar o pagamento da taxa e adquirir o crachá do Encontro.

Sobre a taxa:
A taxa do Encontro será de 40 reais. Esse valor é referente ao Café da Manhã e Almoço. O local do Encontro é afastado da cidade, portanto não há alternativa de alimentação perto do local.

Sobre a programação e funcionamento do Encontro:
9h:
Pequena solenidade de abertura e saudação de uma ativista egípcia que virá ao Encontro de Mulheres, Congresso da CSP Conlutas e Encontro Internacional.
9h30:
Mesa: fala de conjuntura, abordando os principais acúmulos da CSP Conlutas sobre o tema e apresentando o conteúdo da Carta que busca-se aprovar no Encontro.
Falas de alguns sindicatos e movimentos que vão refletir experiências de organização de base no setor privado, público, movimento sindical e movimento popular. Logo após serão abertas falas para o plenário.

12h30:
Almoço

14h:
Leitura e aprovação da Carta do Encontro de Mulheres

14h30 às 16h30:
Plenária do Movimento Mulheres em Luta
- Breve apresentação das Teses ao Congresso da CSP Conlutas
- Apresentação da proposta de nomes das delegadas do MML ao Congresso
- Apontamento da realização do Encontro Nacional do MML

domingo, 22 de abril de 2012

Sobre a Creche do Encontro de Mulheres e do Congresso da CSP Conlutas


A garantia de creche para os filhos e filhas dos participantes dessas duas atividades é parte da batalha política para que a maior parte dos ativistas da base das categorias possa participar do Encontro e do Congresso.

Para as mulheres trabalhadoras, essa preocupação é decisiva. O machismo coloca sobre as mulheres toda a responsabilidade com o cuidado e educação dos filhos. Dessa forma, quando as atividades sindicais e políticas não garantem creche, a participação das mulheres é muito comprometida.

Desde a fundação da Conlutas e depois com a fundação da CSP Conlutas, a organização das mulheres no interior da Central tem batalhado para que a responsabilidade com os filhos e filhas não seja um impeditivo para a participação das trabalhadoras nas atividades da Central, nem para os trabalhadores, que também necessitem desse apoio.

Como resultado dessa batalha, hoje não realizamos nenhuma atividade nacional da CSP Conlutas sem que haja creche para que os filhos e filhas dos participantes possam ficar. Isso, com certeza, é uma grande vitória, mas acreditamos que é necessário avançar ainda mais.

Parte desses avanços corresponde à ideia de não tratarmos a organização da creche como um improviso. Para que as mães e pais possam participar das atividades de forma plena e tranquila, a creche deve ser mais do que alguém cuidando, mas um momento em que a criança se divirta, aprenda e não associe as atividades políticas e sindicais dos seus pais à ausência dos mesmos, ou a um momento chato que ela não vê a hora de terminar.

Por isso, para garantirmos uma creche de qualidade, particularmente para o Encontro de Mulheres e o Congresso, atividades que duram 5 dias, é necessário que haja organização em todos os âmbitos. Desde a Secretaria Executiva Nacional da CSP Conlutas e a Comissão Organizadora do Congresso, estamos nos empenhando para termos os melhores serviços neste terreno, dentro das possibilidades financeiras do Congresso.

No entanto, é necessário também a atenção e apoio das organizações das delegações nos estados. Nesse sentido, esse é mais um dos avanços que precisamos concretizar. O desprezo neste aspecto compromete a qualidade da creche e por consequência compromete a participação das companheiras e companheiros que vão utilizar esse direito.

Com essa preocupação, desenvolvemos aqui algumas orientações, para que possamos chegar ao Encontro de Mulheres e ao Congresso com a creche mais bem preparada para receber as crianças e para permitir que as mulheres e homens trabalhadores participem e contribuam da melhor forma possível nas duas atividades.

O cadastro da necessidade de creches aos delegados e delegadas (observadores também) deve ser feito pela entidade responsável pelo delegado/a. No momento de registro das assembleias, há 3 fichas a disposição: ata para eleição de delegados, lista de presença para eleição de delegados e ficha para creche. Essa ficha deve ser impressa e ser passada para os delegados e observadores da entidade, para que eles preencham com nome, idade e necessidades específicas das crianças. Essa ficha deve ser entregue no momento do credenciamento, no Congresso.

Mas para melhor organização, isso não basta, pois precisamos de um mapa prévio da quantidade de crianças. Dessa forma, no momento em que o delegado ou delegada (observadores também) for cadastrado, há uma coluna que pergunta sobre a necessidade de creche, que deve ser preenchida positivamente no caso de o delegado/a necessitar da creche. Ao responder a essa questão, vai abrir uma tela, em que também será necessário preencher com os dados da criança. Esse preenchimento vai nos dar um mapa prévio sobre quantidade de crianças, idade, condições específicas, etc, portanto, é crucial que seja preenchido, o mais rápido possível.

Para o Encontro de Mulheres, é necessário que as responsáveis das delegações enviem um e-mail para encontro.mulheres.cspconlutas@gmail.com, respondendo às mesmas questões contidas na ficha para creche que está no site do Congresso.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Informações sobre o 1º Encontro de Mulheres da CSP Conlutas


O Encontro de Mulheres da CSP Conlutas será um espaço para iniciar o debate sobre a importância da organização de base do ponto de vista das mulheres trabalhadoras. É um momento de socializar essas experiências, mas suas discussões não se encerram no Encontro, pois o 1º Congresso da CSP Conlutas também deve ser encarado como um espaço fundamental de organização da luta das mulheres trabalhadoras.

     O Congresso é um momento de debate programático e organizativo de uma alternativa de organização que deve cada vez mais ser apropriado pela luta das mulheres trabalhadoras, afinal as mulheres são hoje metade da classe trabalhadora brasileira. Se as lutas e objetivos da CSP Conlutas e dos sindicatos e movimentos filiados é ganhar a maior parte da classe trabalhadora para a luta pelo socialismo, é necessário ganhar as mulheres trabalhadoras.

O Encontro terá um tempo pequeno, pois a abertura do Congresso da CSP Conlutas será no próprio dia 27 de abril, a partir das 17h. Dessa forma, o debate será limitado pelo tempo, mas achamos importante valorizar a sua realização, pois a auto-organização das mulheres também é um instrumento valoroso para o fortalecimento da luta contra o machismo e a exploração.

Além disso, as iniciativas de organização das mulheres trabalhadoras não deve se restringir ao Encontro Nacional, é necessário que os sindicatos e movimentos realizem iniciativas na base, como já realizou o Sindicato da Confecção Feminina de Fortaleza, Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu, Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, etc.

Ao final, queremos aprovar uma carta, que será previamente veiculada pelos instrumentos de comunicação da CSP Conlutas, e será entregue a todas as participantes do Encontro logo no seu início. A ideia é que seu conteúdo reflita a localização conjuntural da luta das mulheres trabalhadoras e que aponte medidas para fortalecer a organização de base das entidades e movimentos que fazem parte da CSP Conlutas, visando aproximar mais mulheres trabalhadoras e concretizando o objetivo estratégico de fazer da CSP Conlutas um instrumento cada vez mais forte da luta das mulheres.

Local do Encontro:
Centro de Convivência da Estância Árvore da Vida, na cidade de Sumaré/SP.

Sobre credenciamento do Encontro:
É necessário que as delegações enviem a lista de participantes do Encontro para o e-mail do Encontro: encontro.mulheres.cspconlutas@gmail.com

Ao chegar ao local é necessário dirigir-se ao Credenciamento, que funcionará a partir das 7h, em frente ao local do Encontro para efetuar o pagamento da taxa e adquirir o crachá do Encontro.

Sobre a taxa:
A taxa do Encontro será de 40 reais. Esse valor é referente ao Café da Manhã e Almoço. O local do Encontro é afastado da cidade, portanto não há alternativa de alimentação perto do local.

Sobre a programação e funcionamento do Encontro:
9h:
Pequena solenidade de abertura e saudação de uma ativista egípcia que virá ao Encontro de Mulheres, Congresso da CSP Conlutas e Encontro Internacional.
9h30:
Mesa: fala de conjuntura, abordando os principais acúmulos da CSP Conlutas sobre o tema e apresentando o conteúdo da Carta que busca-se aprovar no Encontro.
Falas de alguns sindicatos e movimentos que vão refletir experiências de organização de base no setor privado, público, movimento sindical e movimento popular. Logo após serão abertas falas para o plenário.

12h30:
Almoço

14h:
Leitura e aprovação da Carta do Encontro de Mulheres

14h30 às 16h30:
Plenária do Movimento Mulheres em Luta
- Breve apresentação das Teses ao Congresso da CSP Conlutas
- Apresentação da proposta de nomes das delegadas do MML ao Congresso
- Apontamento da realização do Encontro Nacional do MML

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Confira a programação do 1º Encontro Nacional de Mulheres da CSP Conlutas

7h: Início do Credenciamento

8h: Café da manhã

9h às 12h: Abertura
Mesa: Conjuntura e Organização de base

12h às 14h: Almoço

14h às 16h: Plenária do Movimento Mulheres em Luta

A partir das 17h, inicia-se a abertura do 1º Congresso da CSP Conlutas.

Mais informações:
encontro.mulheres.cspconlutas@gmail.com

sábado, 14 de abril de 2012

Movimento Mulheres em Luta participa do 10º Congresso dos Metroviários de São Paulo

Entre os dias 13, 14 e 15 de abril, ocorre o 10º Congresso dos Metroviários de São Paulo. O Movimento Mulheres em Luta está participando Congresso e vai contribuir na mesa de debates sobre a luta contra a opressão.

O Sindicatos dos Metroviários de SP realizou no início de março seu 8º Encontro de Mulheres que definiu uma série de resoluções de luta contra o machismo, a exploração e os direitos da categoria. Uma das campanhas fundamentais foi a luta contra a violência e o assédio dentro do metrô, campanha da qual o MML se orgulha de construir em conjunto com o Sindicato.

O Congresso está avançando em vários debates sobre a luta e organização da categoria, como a organização da Campanha Salarial, assim com as lutas contra os projetos que privatizam os transportes públicos e atacam os trabalhadores.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Educação Infantil de qualidade: só com professora valorizada!

Nota de apoio à greve da Educação Infantil em BH

Declaramos todo o apoio à luta das(os) educadoras(es) infantis de Belo Horizonte, que se encontram em greve há mais de 20 dias devido ao desrespeito com que são tratadas(os) por parte da PBH e sua Secretaria de Educação. A Prefeitura se nega a considerá-las como professoras e a igualar suas carreiras e salários com os professores municipais – uma luta antiga das educadoras, que possuem a mesma formação profissional (ensino superior) e ganham cerca de 40% menos que os professores do ensino fundamental.

O prefeito Márcio Lacerda se recusa a negociar, ataca o direito de organização e luta das professoras com medidas de repressão interna e mente para a imprensa e para a população dizendo que já apresentou sua proposta – um projeto que apenas muda a nomenclatura do cargo de educadora, mas não unifica as carreiras e não iguala os salários com os demais professores.

O fato de essa ser uma categoria essencialmente feminina, e a concepção machista de que “cuidar” de criança é função de mulheres e, portanto, uma função menos qualificada, contribuem para fortalecer a política de desvalorização dessas profissionais implementada pela PBH. Muitos consideram a Educação Infantil como extensão do trabalho feito pela mulher em casa ou, simplesmente, vêem as UMEIs como local para deixar seus filhos enquanto vão trabalhar.

Nós, do Movimento Mulheres em Luta/CSP-Conlutas, nos solidarizamos com a indignação das educadoras e chamamos todas as mulheres a apoiar essa greve, que é parte da luta pelo direito à Educação Infantil para seus filhos, com vagas para todos e com a qualidade que essa etapa do ensino merece. E não há escola infantil de qualidade sem profissionais valorizados! A luta das educadoras infantis também é parte da luta de todas as mulheres por salários melhores e por terem suas profissões valorizadas – pois as profissões ditas “femininas” ainda continuam sendo as mais desvalorizadas e mal pagas no mercado!

Todo o apoio à greve! Viva a luta das Educadoras Infantis!
Pelo direito de luta e organização sindical! 
Contra a repressão e as mentiras da PBH!

Movimento Mulheres em Luta

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Decisão do STF sobre anencéfalos deve fortalecer a luta pela legalização do aborto no Brasil

Hoje, 12 de abril, o Supremo Tribunal Federal caminha para definir como legal a realização de abortos de crianças anencéfalas, terminologia científica da criança que nasce sem cérebro. Neste momento, o placar da votação dos juizes está em 7 a 1, faltando a votação de apenas 2 juizes.

Segundo o Código Penal atual, o aborto é legalizado apenas em casos de estupro ou em casos de risco de vida da mãe. Como o texto não trata dos casos de anencefalia, os tribunais brasileiros vinham julgando caso a caso, o que fez alguns juizes realizarem uma ação para que o STF julgasse essa possibilidade e ordenasse uma legislação comum.

A possibilidade de uma criança anencéfala sobreviver é muito remota, portanto, obrigar a gestante a viver uma gravidez que não resultará no nascimento normal da criança é uma tortura física e psicológica muito grande. Por mais que pareça um assunto unânime, a votação do STF já teve um voto contrário à liberação e os setores conservadores se organizaram para protestar contra a possível decisão favorável.

O foco dos conservadores é outro
Várias organizações religiosas de católicos e protestantes fizeram uma ato em frente ao STF no dia 11, dia em que iniciou a votação, exigindo que isso não fosse debatido, visando a não aprovação deste caso de aborto.

Alguns manifestantes diziam que é possível a criança sobreviver, a campanha contou inclusive com uma foto divulgada pela internet de uma criança que não possuia cérebro, mas que “podia sorrir”. Além de a foto parecer ser claramente uma montagem, a campanha não dizia quanto tempo de sobrevivência a criança teria, nem tampouco falava sobre o sofrimento da mãe.

Mas o principal argumento dos manifestantes contra a aprovação era de que isso significaria um passo no sentido da legalização do aborto, como é permitido em quase todos os países da Europa, EUA, México, Canadá, Uruguai, Austrália, Nova Zelândia, etc. Na maior parte desses países, o aborto é permitido até 12 semanas, ou seja, 3 meses de gestação, porque é o período em que sua realização corresponde a menos risco de vida para a mãe.

A depender dos argumentos dos juizes do STF, os setores conservadores podem ficar tranquilos, pois mesmo os que votaram a favor fizeram questão de frisar que são a favor “somente nesses casos” (de fetos anencéfalos), demarcando uma posição contrária a legalização da prática de forma mais geral. Mas a depender do ânimo das lutas das mulheres trabalhadoras, os setores conservadores podem ficar bastante preocupados mesmo, pois essa decisão com certeza anima a luta pela legalização do aborto no Brasil.

O Brasil está na contramão de quase todos os países do mundo, inclusive países mais frágeis economicamente. Essa condição é resultado da forte ofensiva dos setores conservadores e religiosos que impõe concepções religiosas sobre as políticas de Estado e ignoram uma realidade dada e inquestionável em nosso país: o aborto acontece e por ser em sua maioria feito de forma clandestina mata milhares de mulheres todos os anos.

O que fazer diante dessa realidade?
A maior parte das mulheres que fazem aborto no Brasil são católicas e a segunda maior parte são mulheres evangélicas, em terceiro lugar está todas as outras religiões, ou nenhuma delas. Esse dado demonstra que o que motiva a realização do aborto não é a crença religiosa, mas sobretudo as condições para as mulheres terem filhos.

É extremamente irresponsável que o Estado brasileiro siga negligenciando essa realidade, afinal a quantidade de mortes por aborto clandestino – 200 mil por ano – aponta um problema de saúde pública, que deve ser resolvido nesses marcos, ou seja, investimento em saúde para que a prática possa ser realizada com segurança nos hospitais públicos.

Não podemos aceitar que o mesmo Estado que corta verbas da saúde, comprometendo qualquer programa de Educação Sexual ou de distribuição de anticoncepcionais gratuitos, puna as mulheres que por não terem esse tipo de assistência ficam grávidas várias vezes ou ficam grávidas muito novas. E as mulheres trabalhadoras são as que mais sofrem com essa realidade, pois as mulheres ricas podem pagar abortos em clínicas caríssimas e seguras.

Em um país governado por uma mulher, nenhuma delas pode morrer por aborto clandestino!
O aborto é a terceira maior causa de morte das mulheres, além disso, milhares de mulheres sofrem com sequelas de abortos mal feitos, ou feitos nas piores condições. O governo brasileiro já constou que os gastos com o atendimento das mulheres que ficam com essas sequelas é maior do que os investimentos necessários para realizar o aborto nos hospitais públicos brasileiros.

No entanto, o governo do PT (primeiro Lula e agora Dilma) está comprometido com a bancada conservadora do Congresso que condiciona seu apoio ao governo à não realização desse debate no Congresso Nacional e na sociedade brasileira como um todo. Em 2009, o governo Lula assinou o Acordo Brasil Vaticano, que assegura à “santidade católica” que o Brasil não irá mexer na legislação relativa ao aborto. Da mesma forma, a submissão à bancada conservadora fez com que Dilma Roussef, que defendia a legalização do aborto, fizesse uma campanha eleitoral reacionária em relação ao tema e fez com que a nova ministra da Secretaria de Políticas para mulheres, Eleonora Menecucci, antiga árdua defensora da legalização do aborto, recuasse de sua posição.

Essas posturas criaram um cenário favorável ao pólo conservador nesse debate, expressão disso é a existência de um Projeto de Lei em tramitação no Congresso Nacional, que cria o Estatuto do Nascituro e concebe direitos civis ao feto. Com isso, a mãe não poderia ter direito de tirar a vida do mesmo em qualquer circunstância, mesmo aquelas já previstas pelo Código Penal (estupro e risco de vida da mãe).

Avançar a luta: legalizar o Aborto Já!
Diante dessa polarização, a aprovação do STF, ainda que óbvia, abre um cenário importante para que os movimentos sociais brasileiros entrem ainda mais a fundo nessa disputa e nessa luta. Não podemos aceitar que as ideias reacionárias propagadas contra o aborto tomem conta da consciência da nossa classe, que é a classe que mais sofre com a proibição do aborto, sobretudo as mulheres da classe.

Não é verdade que se o aborto for aprovado, as mulheres “vão sair abortando por aí”, porque fazer o aborto não é uma coisa simples, que pode ser feita a cada relação sexual desprotegida. Além disso, em muitos países, como Portugal, a quantidade de abortos diminuiu com a sua legalização e acreditamos que isso deve acontecer porque a legalização deve vir acompanhada de investimento público em saúde que permita atendimento integral à saúde da mulher, com orientações e educação sexual, com distribuição gratuita de anticoncepcionais, e sem burocracia, além do aborto legal e seguro, para não morrer.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

IMPORTANTE: Informativo sobre a creche no Encontro de Mulheres e no Congresso da CSP Conlutas

A garantia de creche para os filhos e filhas dos participantes dessas duas atividades é parte da batalha política para que a maior parte dos ativistas da base das categorias possa participar do Encontro e do Congresso.

Para as mulheres trabalhadoras, essa preocupação é decisiva. O machismo coloca sobre as mulheres toda a responsabilidade com o cuidado e educação dos filhos. Dessa forma, quando as atividades sindicais e políticas não garantem creche, a participação das mulheres é muito comprometida.

Desde a fundação da Conlutas e depois com a fundação da CSP Conlutas, a organização das mulheres no interior da Central tem batalhado para que a responsabilidade com os filhos e filhas não seja um impeditivo para a participação das trabalhadoras nas atividades da Central, nem para os trabalhadores, que também necessitem desse apoio.

Como resultado dessa batalha, hoje não realizamos nenhuma atividade nacional da CSP Conlutas sem que haja creche para que os filhos e filhas dos participantes possam ficar. Isso, com certeza, é uma grande vitória, mas acreditamos que é necessário avançar ainda mais.

Parte desses avanços corresponde à ideia de não tratarmos a organização da creche como um improviso. Para que as mães e pais possam participar das atividades de forma plena e tranquila, a creche deve ser mais do que alguém cuidando, mas um momento em que a criança se divirta, aprenda e não associe as atividades políticas e sindicais dos seus pais à ausência dos mesmos, ou a um momento chato que ela não vê a hora de terminar.

Por isso, para garantirmos uma creche de qualidade, particularmente para o Encontro de Mulheres e o Congresso, atividades que duram 5 dias, é necessário que haja organização em todos os âmbitos. Desde a Secretaria Executiva Nacional da CSP Conlutas e a Comissão Organizadora do Congresso, estamos nos empenhando para termos os melhores serviços neste terreno, dentro das possibilidades financeiras do Congresso.

No entanto, é necessário também a atenção e apoio das organizações das delegações nos estados. Nesse sentido, esse é mais um dos avanços que precisamos concretizar. O desprezo neste aspecto compromete a qualidade da creche e por consequência compromete a participação das companheiras e companheiros que vão utilizar esse direito.

Com essa preocupação, desenvolvemos aqui algumas orientações, para que possamos chegar ao Encontro de Mulheres e ao Congresso com a creche mais bem preparada para receber as crianças e para permitir que as mulheres e homens trabalhadores participem e contribuam da melhor forma possível nas duas atividades.

O cadastro da necessidade de creches aos delegados e delegadas (observadores também) deve ser feito pela entidade responsável pelo delegado/a. No momento de registro das assembleias, há 3 fichas a disposição: ata para eleição de delegados, lista de presença para eleição de delegados e ficha para creche. Essa ficha deve ser impressa e ser passada para os delegados e observadores da entidade, para que eles preencham com nome, idade e necessidades específicas das crianças. Essa ficha deve ser entregue no momento do credenciamento, no Congresso.

Mas para melhor organização, isso não basta, pois precisamos de um mapa prévio da quantidade de crianças. Dessa forma, no momento em que o delegado ou delegada (observadores também) for cadastrado, há uma coluna que pergunta sobre a necessidade de creche, que deve ser preenchida positivamente no caso de o delegado/a necessitar da creche. Ao responder a essa questão, vai abrir uma tela, em que também será necessário preencher com os dados da criança. Esse preenchimento vai nos dar um mapa prévio sobre quantidade de crianças, idade, condições específicas, etc, portanto, é crucial que seja preenchido, o mais rápido possível.

Para o Encontro de Mulheres, é necessário que as responsáveis das delegações enviem um e-mail para encontro.mulheres.cspconlutas@gmail.com, respondendo às mesmas questões contidas na ficha para creche que está no site do Congresso.


Participe do 1º Encontro Nacional de Mulheres da CSP Conlutas!

Para maiores informações, escreva para: encontro.mulheres.cspconlutas@gmail.com


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Participe do 1º Encontro de Mulheres a CSP Conlutas

1º ENCONTRO DE MULHERES DA CSP CONLUTAS
27 DE ABRIL - SUMARÉ/SP
No dia 27 de abril, um dia antes do Congresso da CSP Conlutas, vai acontecer o 1º Encontro de Mulheres da CSP Conlutas, uma alternativa de organização e luta para a classe trabalhadora brasileira. Por essa responsabilidade, é de fundamental importância a organização das mulheres trabalhadoras, com espaços específicos de discussão e organização de suas lutas, mas com a constante batalha para que as demandas das mulheres sejam permanentemente incorporadas pelo conjunto das organizações da classe trabalhadora, como os sindicatos e a CSP Conlutas.

Para participar do Encontro, não precisa ser eleita delegada, por será um Encontro, que vai discutir a conjuntura e a importância da organização de base para as mulheres trabalhadoras. O Encontro terá uma taxa (35 reais) que vai garantir o café da manhã e o almoço do dia 27 (sexta feira). Para maiores informações, entre em contato com a organização do Encontro através do e-mail encontro.mulheres.cspconlutas@gmail.com e não deixe de participar!

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

Chega da violência contra as mulheres!

Chega da violência contra as mulheres!