Nesta
quarta-feira, 29/04, o país inteiro assistiu atônito as cenas de violência
protagonizadas pela polícia do Paraná, a mando do governador Beto Richa / PSDB,
contra os professores da rede estadual e demais categorias em greve. O
resultado foi 203 feridos, 08 em estado grave.
Os
trabalhadores da educação, em sua maioria mulheres, decidiram voltar ao
movimento grevista, depois que o governador não cumpriu o acordo firmado em
fevereiro quando foi barrada a votação do projeto de ajuste fiscal que ataca
diretamente o direito de aposentadoria dos trabalhadores do estado.
Diante da
queda de sua popularidade e da necessidade de comprometer direitos históricos dos
trabalhadores, o Governador do Estado utilizou a mais covarde arma contra o
movimento: a violência policial. Não levou em consideração o fato de as
mulheres serem a maioria entre os manifestantes e que, portanto, o uso da força
policial é a institucionalização da violência que as mulheres já sofrem nas
variadas esferas da sociedade.
Tal fato
é inadmissível, porém não surpreende. Uma vez que é justamente sobre as
mulheres trabalhadoras que esse ataque vai ter maior incidência. As mulheres já
tem que dar conta da dupla jornada de trabalho, chegando a ter até 08 horas
semanais de trabalho a mais que os homens devido às tarefas domésticas, e
também recebem os menores salários, o que se reflete na hora da aposentadoria.
Para
garantir a repressão ao ato dos professores, o governador retirou todo o
policiamento da cidade para concentra-los ao redor da assembleia legislativa,
deixando a população da capital e do interior em total situação de insegurança.
Outra arbitrariedade foi a prisão de 17 policiais que se negaram a reprimir os
manifestantes, deixando evidente que o objetivo era a violência física contra
os trabalhadores.
Por todos
esses motivos, nós do Movimento Mulheres em Luta, repudiamos veementemente a
repressão policial utilizada contra trabalhadores em luta; especialmente a
institucionalização da violência contra as mulheres; também nos colocamos
contrários a esse pacote de ajuste fiscal que visa retirar direitos
trabalhistas.
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Pela
imediata punição aos responsáveis pelas agressões aos trabalhadores!
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Abaixo a
violência contra as mulheres!
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Pela
revogação do projeto de lei que ataca a aposentadoria dos servidores públicos!
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Toda a
solidariedade aos trabalhadores em educação do Paraná, Lutar não é crime!
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Pela
imediata libertação dos 17 policiais! Desmilitarização da polícia já!
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