terça-feira, 27 de setembro de 2011

28 de Setembro: Dia Latino Americano e Caribenho de Luta pela Legalização e Descriminalização do Aborto

Chega de trabalhadoras mortas!
Legalizar e descriminalizar o aborto  já!

No Brasil, por ano, mais de 200 mil mulheres morrem ou ficam com seqüelas por realizarem abortos clandestinos. 1 em cada 7 mulheres realiza aborto. Há uma realidade em nosso país, inquestionável, de que muitas mulheres abortam. O Estado deve direcionar essa realidade para uma situação digna, em que as mulheres não precisem morrer, ou carregar problemas de saúde para o resto da vida.
A maioria dos representantes do Estado brasileiro são responsáveis por essa cifra de morte de mulheres. As conseqüências dessa postura é a legalização do aborto para as mulheres ricas e a proibição para as mulheres pobres, ou seja, mais um motivo de mortes e de situações difíceis e humilhantes.
O governo do PT está em seu 3º mandato e o que vemos é um retrocesso das conquistas que existem neste aspecto. A prática segue sendo tipificada como crime no código penal, e os casos de exceção relacionados ao estupro e a risco de vida da mãe, sofre ameaças do Projeto de Lei nº 478/07 (deputados do PT e PHS) que quer criminalizar a prática também nesse caso.
O projeto Rede Cegonha ajuda na criminalização das mulheres que venham realizar a prática do aborto, pois propõe um cadastro nacional de mulheres grávidas. As conseqüências disso é o controle de quem está grávida e de quem concluiu a gravidez até o final.
Essas propostas conservadoras encontraram eco com a postura que Dilma Roussef, a primeira mulher a presidir o país, teve nas eleições do ano passado. Um direito tão caro à vida da mulher foi utilizado pela presidenta como moeda de troca para conseguir os votos e se eleger.

- Educação sexual e anticoncepcionais para não abortar e aborto legal, gratuito e seguro para não morrer!
- 6% do PIB para a Saúde Já!
- Não ao PL 478/07!

Neste dia 28, precisamos fazer essa ecoar essa luta em favor das mulheres que morrem ou ficam com seqüelas porque a prática do aborto é criminalizada. Em muitos países, como em Portugal, as mulheres tiveram essa importante conquista e “não saíram abortando por aí”, como se fosse um método contraceptivo. A conseqüência da legalização são mais vidas preservadas. O Estado deve garantir todas as orientações sobre os métodos contraceptivos e o aborto legal para que as mulheres que optem pelo aborto possam fazer de forma gratuita e segura. Para isso, é necessário ampliar o investimento em saúde pública, para que os hospitais públicos tenham condições de implementar as melhorias significativas no que tange à Educação Sexual e às condições necessárias para realização de abortos seguros.

Creches em período integral públicas, gratuitas e de qualidade!

Ao mesmo tempo em que os governos criminalizam a prática do aborto, as mulheres trabalhadoras não recebem condições para exercer o direito à maternidade. Esse drama é tão evidente em nosso país, que o recente Anuário das Mulheres Brasileiras revelou que a maior dificuldade para as mulheres conseguirem emprego, ou se manterem nele é a falta de creches.

Cerca de 84% das crianças de 0 a 6 anos estão fora das creches. Somado a isso, a situação de trabalho das professoras da Educação Infantil é cada vez pior, afinal este ofício não é encarado como profissão de professora. O compromisso de Dilma de construção de mais de 6000 novas creches até 2014 já está atrasado. Em 2010, o Projeto Proinfância do governo Lula também não cumpriu as metas previstas.  

Conheça o Movimento Mulheres em Luta  da CSP Conlutas

Somos um Movimento de Mulheres Classista e Feminista. Lutamos pelo fim da opressão às Mulheres e acreditamos que isso só é possível através da organização classista com o conjunto da classe trabalhadora. Acreditamos que a luta contra o machismo não pode estar separada da luta contra o capitalismo, sistema que explora e oprime as mulheres trabalhadoras. Por isso, construímos uma alternativa de organização independente dos governos e dos patrões.

Não temos ilusões de que todas as mulheres são aliadas. As mulheres burguesas defendem os seus interesses de classe, que na maioria das vezes está na contramão dos interesses das mulheres trabalhadoras. Acreditamos no caminho das lutas e não no caminho da subserviência aos governos em troca de migalhas que apresentam aos setores oprimidos. Queremos a libertação completa da classe trabalhadora, única forma de acabar com a exploração e opressão das mulheres.

O Movimento Mulheres em Luta é uma alternativa de organização classista e feminista para as mulheres trabalhadoras. Venha construir e fortalecer essa alternativa! Venha ser também uma Mulher em Luta!

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