terça-feira, 16 de agosto de 2016

Nas olimpíadas e nas ruas, nossa luta segue contra a opressão e a exploração capitalista!

Por Marcela Azevedo, da executiva Nacional do MML

Mesmo antes de começar, as olimpíadas no Rio de Janeiro já foram marcadas pelo caso de estupro acontecido na vila olímpica. Esse caso foi só uma demonstração do que as mulheres, e demais setores oprimidos, teriam que enfrentar para provarem seu talento e garantir respeito no evento.

A seleção feminina de futebol brasileiro bateu um bolão, mesmo assim Marta, uma das craques do time, teve que se pronunciar ao ser diversas vezes comparada ao Neymar. Da mesma forma que a ginasta norte-americana Simone Biles teve que disparar “Não sou o próximo Bolt ou Phelps, sou a primeira Simone Biles” ao ser comparada com atletas masculinos.

Ainda tiveram outros episódios bizarros como o coro chamando “bicha” durante partida de futebol, os gritos também homofóbicos de uma torcedora contra a goleira da seleção brasileira de handebol, a proibição de manifestação de uma mulher iraniana que carregava uma faixa escrita “deixem as mulheres iranianas frequentarem seus estádios” para chamar a atenção ao tratamento opressor que as mulheres recebem naquele país.

Mas se é verdade que são muitos os casos de machismo, racismo e lgbtfobia ocorridos nos jogos olímpicos, também é verdade que a reação dos setores oprimidos tem sido a altura. Rafaela silva que nos deu o primeiro ouro contra o racismo; o fato dessa olimpíada ser considerada a

mais gay da história, com 48 atletas lgbt’s; Joana Maranhão foi eliminada das piscinas, mas subiu ao pódio ao denunciar ameaças machistas e racistas que sofreu. Teve ainda o judoca egípcio que recusou a cumprimentar o atleta israelense, numa manifestação de apoio ao povo palestino.

O que se evidencia nessas olimpíadas é que ainda temos muita luta para travar contra a opressão, sobretudo quando ela é colocada a serviço da exploração e do lucro dos ricos. Porém, também está evidente que existe muita disposição para enfrentar essa batalha, seja na arena das competições esportivas, seja nas ruas, junto da classe trabalhadora, até porque é só com essa unidade que podemos ser verdadeiramente vitoriosos na derrota do machismo, do racismo, da lgbtfobia, da xenofobia e da exploração capitalista.  




sábado, 13 de agosto de 2016

16 de Agosto: Dia das mulheres irem á luta por emprego, contra a retirada de direitos e a violência!




Os trabalhadores seguem sendo os principais afetados pela crise econômica. Os ataques iniciados no governo Dilma só se aprofundam com Temer, no intuito de garantir os interesses de empresários e banqueiros.

O país já acumula 12 mil pessoas desempregadas, entre estas a maioria são mulheres. A taxa de desemprego para as trabalhadoras (de 12,7%) supera até o índice nacional que foi de 10,9% no primeiro trimestre do ano. Os jovens também amargam os maiores índices de desocupação.

Falta emprego e sobram tentativas de retirar os direitos conquistados com muita luta. A reforma da previdência, que visa igualar a idade para aposentadoria de homens e mulheres, e pretende aumentar o tempo de contribuição de todo mundo, é um deles. Também avança a terceirização, a privatização das estatais e a aprovação de projetos como a PLP 257 e a PEC 241 que sucateiam e diminuem os investimentos nos serviços públicos.

Fica evidente, pelo conteúdo das propostas, que serão as mulheres trabalhadoras as mais penalizadas por todas essas reformas, visto que já somos nós as que ocupam os postos de trabalho mais precarizados, que recebemos os menores salários e que acumulamos a dupla jornada, devido o trabalho doméstico.


Contudo, para nós os prejuízos não param por aí. Outro efeito sentido nessa conjuntura de crise é o aumento do machismo e da violência contra as mulheres. Casos como o estupro coletivo no RJ; o aumento no número de assassinato de mulheres, sobretudo as negras e transexuais; e de outras violências institucionais como PL5069/13 de Eduardo Cunha, são exemplos do aprofundamento da opressão. Recentemente, denunciamos o caso de estupro cometido pelo deputado Marco Feliciano, um dos políticos que mais tem atacado os direitos democráticos de mulheres, negros e negras e lgbt’s.

 

Por isso, nós do Movimento Mulheres em Luta, estaremos nas ruas construindo um grande Dia Nacional de Mobilização, na próxima terça-feira 16 de agosto. Junto com a CSP-Conlutas e diversas centrais sindicais, vamos denunciar os ataques desse governo e defender nossos direitos. Nesse sentido, é importante dizer que nossa manifestação não é pelo volta Dilma, já que foi ela que começou a aplicar essas medidas aprofundadas por Temer. Nossa luta é para por pra fora o Temer e todos aqueles que oprimem e exploram as mulheres. Avançar numa greve geral para derrotar o ajuste fiscal.

Fazemos um chamado aos demais movimento de mulheres do país para se somarem nesse importante dia de mobilização na defesa dos interesses das mulheres trabalhadoras.



#Em defesa do emprego e direitos!

#Contra a PLP 257 e a PEC 241!

#Não a terceirização e a privatização!

#Contra a reforma da previdência e a trabalhista!

# Basta de violência machista! Por mais investimentos nas políticas para mulheres!

#Fora Temer! Fora todos que oprime e exploram as trabalhadoras!


 


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Basta de Cultura do estupro. Fora Feliciano! Fora todos que oprimem e exploram as mulheres!


Feliciano está sendo acusado de estupro pela jovem Patricia Lelis. A vítima apresentou gravações e mensagens do deputado que comprovam a violência psicológica, física e sexual. 


Na esperança de ter algum suporte, Patricia procurou o alto escalão do PSC, partido de Feliciano e também da vítima, porém o que encontrou foi mais ameça e represália. Desde o assessor do deputado até o presidente nacional do partido, Pastor Everaldo, buscaram impedir as denuncias e coagir a jovem. 


É importante lembrar que outros partidos e políticos já se calaram frente as atrocidades de Feliciano. Foi o que fez o PT quando permitiu a presença do deputado à frente da comissão de direitos humanos mesmo quando ele defendia a "cura gay", a inferioridade da raça negra e a opressão das mulheres. 


Também é importante dizer que como Feliciano, vários outros reacionários estão atacando nossos direitos enquanto setores oprimidos e enquanto classe. 

Cunha, Bolsonaro e Malafaia representam o mesmo projeto político de Feliciano e se valem da fé e religiosidade das pessoas para lhes garantir apoio. Temer, assim como seu governo antecessor, mantem os mesmos acordos e se alia a esses setores contra a população. 

Por isso, devemos nos mobilizar para por fim a cultura do estupro, mas também para denunciar a negligência dos governos. 


Temos que por para fora o Feliciano, mas também Temer e todos os reacionários e corruptos do congresso, construir uma grande greve geral contra a cultura do estupro, o machismo e os ataques aos nossos direitos. 


Vamos unificar mulheres e homens da classe trabalhadora nesta luta!

‪#‎Cassação‬ e cadeia para Feliciano!
‪#‎Punição‬ a todos os envolvidos!
‪#‎Basta‬ de cultura do estupro! Basta de violência contra as mulheres!

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

Chega da violência contra as mulheres!

Chega da violência contra as mulheres!