terça-feira, 30 de julho de 2013

Campanha contra o assédio moral e racista à trabalhadora Telma Cristiana


A trabalhadora Telma Cristina de Souza Martimiano ingressou na Embraer S.A., em São José dos Campos – SP, no dia 13/04/2005 e foi demitida em 14/07/2009. Durante o período em que trabalhou nesta empresa sofreu assédio moral, através de ofensas machistas a racistas, acarretando o desenvolvimento de depressão. Após iniciar o tratamento e contestar a empresa pelos fatos ocorridos foi demitida sem justa causa, numa nítida perseguição.  
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos desenvolveu na época uma campanha pela sua reintegração e ingressou, também, com ação trabalhista pleiteando o seu retorno ao trabalho e o pagamento de indenização a título de danos morais e despesas médicas. A sentença de primeira instância reconheceu o assédio moral praticado, bem como que a depressão era fruto das ofensas praticadas e condenou a Embraer ao pagamento de pensão vitalícia (50% do salário), danos morais, fornecimento de convênio médico e custeio de todos os medicamentos necessários. A sentença, ainda que insuficiente, pois não concedeu a reintegração, significou uma vitória parcial na luta contra o machismo e racismo, na medida em que responsabilizou a Embraer pelo assédio praticado. Ainda mais se considerarmos o fato que muitas vezes as ações contra a empresa são julgadas improcedentes por “falta de provas”, decorrentes de laudos médicos poucos confiáveis e os limites do Judiciário.
A empresa recorreu para reformar totalmente a sentença, assim como o Sindicato para garantir a reintegração da trabalhadora ao emprego. Atualmente, o processo encontra-se aguardando julgamento pela 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região, já tendo havido uma primeira sessão de julgamento que foi suspensa. Corre-se o sério risco de uma reversão total da sentença em favor da empresa.Em vista disso, estamos pedindo para todos os Sindicatos, Associações, Movimentos de Combate à opressão e Entidades estudantis que assinem a moção abaixo e a enviem às autoridades mencionadas nos seguintes e-mails:
presidencia@tst.jus.br
presidencia@trt15.jus.br
carlosbosco@trt15.jus.br
lnunes@trt15.jus.br
imprensa@anamatra.org.br   
Queremos, com estas moções e campanha, não só discutir o problema individual da trabalhadora Telma, mas também a opressão por que passam os trabalhadores no local de trabalho, como parte da super-exploração de nossa classe, em especial as mulheres e negras. Uma ampla divulgação do caso, assim como a manutenção e ampliação da condenação reforçará a luta de todos e todas contra o machismo e o racismo.  
Modelo da moção  
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Colendo Tribunal Superior do Trabalho Carlos Alberto Reis de Paula.   
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 15.ª Região Flavio Allegretti de Campos Cooper.
Excelentíssimos Senhores Doutores Desembargadores da 4.ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região Carlos Alberto Bosco; Luiz Roberto Nunes e Manuel Soares Ferreira Carradita.   Excelentíssimo Senhor Doutor Presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho.  
Ref.: Processo nº 0000470-05.2010.5.15.0045  
O Movimento / Sindicato / Associação ………… vem manifestar seu apoio à mulher, negra e trabalhadora da Embraer S.A., Telma Cristina de Souza Martimiano, que durante anos sofreu assédio moral na referida empresa, sendo vítima de machismo e racismo, num ataque que culminou com sua demissão.
Nas palavras da Exma. Juíza da 2ª Vara do Trabalho de São José dos Campos o “fator determinante, segundo o Sr. Perito, para o desencadeamento da doença da Reclamante foi a discriminação que refere ter sofrido no ambiente de trabalho e que restou comprovada pela prova oral…… O fato da Reclamante ter adquirido doença ocupacional na Reclamada comprova que ela falhou na sua missão de adotar a diligência necessária para evitar doenças relacionadas com o trabalho. Especialmente no presente caso, a doença eclodiu por conta de discriminação da Reclamante por parte dos outros colegas, fato confirmado pela testemunha Adriana, que trouxe os seguintes esclarecimentos (depoimento à fl.818):  
“… quase que diariamente dirigiam comentários às mulheres da equipe, perguntando se não estavam suportando o peso da caixa de ferramentas, dizendo que deveriam ir para cozinha esquentar a barriga no fogão e esfriar no tanque; a depoente observava que, pelo fato da Reclamante ser a mais velha delas, a ela eram dirigidos mais comentários …. não há dúvida quanto ao fato de que os monitores, líderes e o supervisor tinham conhecimento da existência dos comentários …   A prova oral evidenciou que as brincadeiras discriminatórias, especialmente as dirigidas à Reclamante, eram comuns e feitas aos olhos dos superiores hierárquicos que não só não as coibiam, como também aceitavam a sua realização. … Caracterizada, pois, a culpa decorrente da violação do dever geral de cautela por parte da Reclamada, permitindo que sua empregada desenvolvesse doença ocupacional em decorrência do ambiente de trabalho…”  
Sendo assim, esperamos que este Egrégio Tribunal não só mantenha a decisão de primeira instância que condenou a empresa ao pagamento de pensão vitalícia, danos morais, fornecimento de convênio médico e custeio de todos os medicamentos necessários, como acolha o recurso que pleiteia a ampliação das referidas parcelas e a garantia a reintegração da trabalhadora ao trabalho.   Basta de racismo! Basta de machismo! A Justiça do Trabalho foi criada para fazer frente às injustiças do Capital. Esse abuso será denunciado em todos os organismos de defesa do trabalho, no sentido de combater todo e qualquer tipo de discriminação, evitando que os trabalhadores sejam humilhados e assediados no seu local de trabalho, fazendo valer, assim, o princípio da dignidade humana, consagrado no artigo primeiro da nossa Constituição Federal, bem como na Declaração Universal dos Direitos Humanos.  
São Paulo————— de 2013.  
Movimento / Associação/ Sindicato  


Fonte: Sindicato dos  Metalúrgicos de São José dos Campos e região.

terça-feira, 23 de julho de 2013

25 DE JULHO: DIA LATINO AMERICANO E CARIBENHO DE LUTA DA MULHER NEGRA!


Foi num 25 de julho (em 1992) que representantes de 70 países se reuniram no 1º Encontro das Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, na República Dominicana, para dizer basta às opressões racista e machista. Opressões em muito agravadas pela própria exploração capitalista.

Não às senzalas modernas da escravidão sexual!
Estamos nas ruas para que não sejamos mais vistas como “a carne mais barata do mercado”. Em defesa das mulheres que sofrem com a violência da prostituição; das que sofrem com estupros; das que são criminalizadas pelos abortos clandestinos; das que não encontram casas abrigo nem delegacias femininas 24h e das que, por serem lésbicas ou transexuais, sofrem uma terceira forma de opressão, além do racismo e do machismo.

E para defendê-las só há um caminho: o da luta por investimentos em políticas públicas para as mulheres e, também, para que as reparações raciais que possam dar às mulheres negras o direito a um outro futuro.
Reivindicamos que Dilma vete o estatuto do nascituro e o “bolsa estupro”. Estamos a favor da defesa das mulheres em situação de prostituição, mas somos contrárias à regulamentação da prostituição como profissão. Entendemos que nós, mulheres negras, temos o direito de decidir sobre nossos próprios corpos, mas rejeitamos o avanço do processo de mercantilização de nossas vidas e sexualidade.

Não às correntes do subemprego!
Na América Latina existem 14 milhões “empregados domésticos”, sendo que mais de sete milhões deles estão no Brasil, onde 93% são mulheres e mais de 60% delas são negras. Contudo, a “PEC das Domésticas” quer assegurar os “direitos” dos patrões, e não das trabalhadoras: legaliza às 44h semanais de trabalho, o banco de horas, a desoneração do empregador em 12% do recolhimento para o INSS e a isenção da multa a ser paga em casos de demissões injustificadas.

É preciso acabar com os grilhões da escravidão aos quais insistem em nos acorrentar e condenar por sermos mulheres e por sermos negras!

Em defesa da vida, da liberdade e de direitos
As mulheres negras e jovens estão constantemente expostas às violências sexual e policial, acobertadas e mantidas pelo governo de Alckmin e pelo silêncio cúmplice de Haddad. Num pais, onde um jovem negro tem 139% mais chances de ser assassinado que um branco, todos os dias, mulheres sofrem com a perda de seus filhos, irmãos e companheiros.   

Mulheres e jovens negras também são a maioria nos estágios temporários, telemarketings e empresas terceirizadas, mas são as que menos estão presentes dentro das salas de aula das universidades públicas. 

Também a imensa maioria nos serviços públicos, no setor de serviços e na educação pública, principalmente nos anos iniciais. E não é por acaso que os salários desta categoria são os mais baixos dentre os que exigem uma formação superior, como também seja a que menos tem direitos.

No estado de São Paulo, hoje, cerca de 50 mil professores(as) têm um contrato altamente precarizado, a chamada “categoria O”, sem direito sequer à licença maternidade de seis meses. Por isso, também estamos na luta contra a precarização das condições de vida e trabalho.

Por isso, para nós, o 25 de julho tem que ser um dia de muita luta, que esteja a serviço de organizar negras e negros, trabalhadores e jovens. Inclusive para que, no dia 30 de agosto, construamos juntos um novo dia nacional de paralisações.

A nossa luta é de raça e classe!
Lutamos ao lado daqueles que são contra a opressão e a exploração. O capitalismo tenta transformar negras e negros em seres humanos de segunda classe, empobrecidos, excluídos e marginalizados. Suas ideologias, que dizem que isto é “natural”, legitimam o racismo e o machismo para explorar ainda mais milhões de mulheres. Destruir essa ideologia é tarefa dos homens e mulheres da classe trabalhadora, independente de governos e patrões e ao lado dos demais setores oprimidos.

Nossa luta é a luta das Dandaras, Anastácias, Rosas Parks e Luizas Mahins. Mas também de Zumbi, de João Cândido e Luis Gama. Nossa luta tem a resistência e a rebeldia das Haitianas que enfrentam, por mais de nove anos, a truculenta ocupação militar do Brasil no Haiti!

Viva a luta das mulheres negras latino americanas e caribenhas!

  • Por um modelo econômico que atenda à necessidade das trabalhadoras e jovens negras; que deixe de priorizar os bancos, a Copa e a dívida externa e que invista nos serviços públicos de saúde, moradia, transporte, educação e nas políticas públicas de reparação ao povo negro.
  • Contra a violência e a exploração sexual! Dilma vete o estatuto do nascituro e a bolsa estupro! Pelo direito de decidir: anticoncepcionais para não engravidar, educação sexual para decidir, aborto legal e seguro para não morrer! Creches públicas, já! Em defesa das prostitutas, contra legalização da prostituição!
  • Pela revisão da PEC das empregadas domésticas. Garantia dos direitos trabalhistas e proteção social às empregadas domésticas como os garantidos pela CLT!
  • Contra as políticas dos governos estaduais e municipais de extermínio e violência policial aos negros. Punição imediata dos assassinos. Desmilitarização imediata das políticas. Contra a redução da maioridade penal.
  • Por um verdadeiro estatuto da igualdade racial! Cotas raciais nas universidades e concursos públicos, com reserva de vagas proporcionais à população negra de cada estado. Pelas titulações das terras quilombolas e indígenas!
  • Contra o machismo, o racismo, a homofobia, a lesbofobia e a transfobia! Por um Estado Laico! Fora Feliciano!

Movimento Mulheres em Luta (MML); Quilombo Raça e Classe e ANEL

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Seminário Nacional debate desafios da classe trabalhadora e o papel das organizações no próximo período

Intensas mobilizações varrem o país. Impulsionadas pelos estudantes, levaram milhares para as ruas contra o aumento das tarifas de transporte público e conquistaram a revogação do reajuste. A  classe trabalhadora se organiza e  com seus métodos de luta  toma as ruas, exemplo do dia 11 de julho, Dia Nacional de Greves, Paralisações e atos. 
Um  novo dia de mobilização foi marcado  para 30 de agosto. 

Nesse cenário, como os trabalhadores farão frente a estes novos desafios e lutarão por seus direitos e interesses? Qual o papel das organizações dos trabalhadores e perspectivas para o próximo período? Esses e outros temas serão debatidos no Encontro Nacional que ocorre nos dias 17 e 18 de julho, nesta quarta e quinta-feira, no Rio Grande do Sul.  

O encontro é organizado pela CSP-Conlutas, A CUT Pode Mais do Rio Grande do Sul, A Feraesp (Federação dos Empregados rurais Assalariados do Estado de São Paulo), pelo setor majoritário da Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal) e pela CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins).   

No Seminário, as entidades irão debater a conjuntura nacional e internacional, como o objetivo de buscar estabelecer uma compreensão comum acerca da situação política atual, com as tarefas, desafios e perspectivas para o próximo período.   Além disso, esta atividade discutirá o papel das organizações que se referenciam na esquerda socialista brasileira no momento atual. As entidades debaterão as formas de fortalecer a luta cotidiana em defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores.   O evento contará com um público formado por representações das organizações e agrupamentos que estão promovendo o Seminário.   

Confira a programação:     
17 de junho 
14h – Abertura e organização dos trabalhos 
14h30 – Mesa de debate de conjuntura e perspectivas da luta de classes Intervenções do plenário 
19h Jantar e confraternização   

18 de julho   
9h – Mesa de debate sobre o papel das organizações dos trabalhadores e perspectivas 
Intervenções do plenário 
13h – Almoço 
14h – Encaminhamentos ( conjuntura, organização e proposta de luta) 
16h30 – Encerramento 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Mulheres e Homens da Revolução devem se unir contra a violência às mulheres no Egito

O mundo volta seus olhos para as manifestações multitudinárias no Egito. Veículos de comunicação chegaram a afirmar que a última grande manifestação, no dia 30 de junho, que derrubou o presidente Mohammed Mursi, chegou a levar às ruas 17 milhões de pessoas. A maior manifestação já registrada na história da humanidade.

As mulheres têm participado ativamente desta mobilização. No entanto, após a primeira revolução de janeiro de 2011, cresceram os casos de estupros e violência sexual contra as mulheres. Segundo a Anistia Internacional, foram entre 180 a 200 casos, fato que tem suscitado muitos debates se as mulheres devem ou não ir às ruas.

Ao contrário do que muitos imaginavam, os constantes casos de estupros ao invés de inibir a presença de mulheres nas mobilizações provocou a auto organização das mulheres e de homens voluntários. O “Tahrir bodyguard”, que teria uma tradução como “corpo de guarda da Praça Tahrir”, forma uma corrente humana que protege as ativistas que estão nas ruas. Além disto, as mulheres formaram grupos para aprender a auto defesa. A solidariedade de homens nesta luta contra a opressão à mulher é fundamental para fortalecer a Revolução. O machismo que tenta tirar as mulheres das ruas e da Praça serve aos militares e governantes, enfraquecendo a luta do povo egípcio.

Em entrevista à imprensa, ativistas declararam que, graças às manifestações, as mulheres que usam véus puderam se unir às que não usam para lutar por melhorias em suas vida. Isso teria mudado a visão que as muçulmanas tinham das demais egípcias.

A cultura da violência sexual é bastante disseminada no Egito. Durante os últimos anos, gangues que praticam estes ataques não sofreram nenhum tipo de punição pelas autoridades egípcias. O silêncio dos governantes sobre os ataques nada mais é do que o apoio à forma de tratamento dado às mulheres. Além disso, policiais e militares têm sido acusados de participarem dos estupros. Algumas ativistas quando presas em manifestações têm sido obrigadas a fazerem testes de virgindade.

Outra prática de violência muito comum são as mutilações genitais. Segundo a matéria publicada no Estado de S. Paulo e baseada em dados da OMS, 50% das mulheres egípcias tiveram seu clitóris cortado, o que além de provocar dor durante o ato sexual,provoca inúmeras mortes por hemorragias e outras complicações.

A presença das ativistas nas manifestações e a solidariedade dos mais diversos grupos, independentes da religião, fortalece a luta das mulheres a nível internacional.  É importante que o Movimento mulheres em Luta apoie a luta das mulheres egípcias, sua organização e reivindicações que muito se aproximam das bandeiras que levantamos aqui no Brasil, como melhores condições de vida.

Muitas destas ativistas afirmam que após estas mobilizações o nível de organização das mulheres egípcias não será mais o mesmo, assim também esperamos que seja no Brasil. Que as mulheres da classe trabalhadora possam levantar juntas as bandeiras por mais saúde, educação e direitos paras as mulheres.         

domingo, 14 de julho de 2013

Após vitória do dia 11, Centrais convocam o dia 30 de agosto como novo dia de lutas e paralisações e incorporam a luta por Salário Igual para Trabalho Igual!

O dia 11 de Julho marcou a história das lutas dos trabalhadores e trabalhadoras no Brasil. As manifestações de Junho contra o aumento das passagens colocaram em evidência outras demandas muito importantes da classe trabalhadora brasileira, como a luta pelo aumento dos salários, pela redução da Jornada de trabalho, por mais dinheiro para Saúde e Educação, etc.

A CSP Conlutas, corretamente, fez um chamado para as demais Centrais Sindicais para realizar um grande dia nacional de lutas, greves e paralisações, com a preocupação de colocar a classe trabalhadora em cena e com isso, dar mais peso para as reivindicações que as manifestações de Junho colocaram em evidência.

Dessa forma, o dia 11 viu milhares de trabalhadores e trabalhadoras cruzarem os braços e pararem a produção no Brasil. As mulheres trabalhadoras foram protagonistas especiais, compondo as manifestações e colocando sua força a serviço da luta por direitos.

Logo após o dia 11, as Centrais se reuniram novamente e definiram um novo dia de lutas, greves e paralisações. Para a CSP Conlutas, a perspectiva é de que as lutas se fortaleçam no sentido de realizarmos uma grande greve geral, porque é a principal força que temos para impor as reivindicações dos trabalhadores.

Essa reunião incorporou outro ponto de pauta que está essencialmente ligado à luta das mulheres que é a luta por trabalho para salário igual. No ano passado, o projeto que discorria sobre esse tema foi arquivado. Um grande erro do governo porque a diferença salarial é um problema muito forte no Brasil que o acaba localizando entre um dos países mais desiguais no que diz respeito à igualdade de gênero.

A presença deste ponto na pauta unificada de reivindicações permite que mais mulheres sejam atraídas para as mobilizações e além disso, coloca uma demanda das mulheres trabalhadoras como parte central do conjunto das organizações da classe.

No dia 30 de agosto, vamos parar as fábricas, escolas, obras, demais locais de trabalho e encher as ruas de vermelho e lilás, as cores da mulher trabalhadora!




quinta-feira, 4 de julho de 2013

Um passo estratégico na construção do Movimento Mulheres em Luta: 1º Encontro Nacional

Cartaz do 1º Encontro
Objetivos e temas do Encontro:

1) Discutir e atualizar o debate sobre conjuntura nacional e internacional, considerando as fortes lutas que se desenvolvem no Brasil e no resto do mundo.

2) Compartilhar com o conjunto de ativistas mulheres que lá estarão o debate sobre concepção de organização das mulheres trabalhadoras, atualizando a caracterização do processo de reorganização do movimento de mulheres no Brasil.

3) Atualização Programática do MML, considerando as mudanças conjunturais importantes que ocorreram de 2008 para cá, entre elas a eleição da 1ª mulher à presidência do Brasil.

4) Definir campanhas políticas no marco da virada em nossa intervenção sobre a organização de lutas concretas

5) Avançar na estrutura e organização do MML, definindo um estatuto, elegendo uma direção, de modo que isso também ajude na confecção de um CNPJ do MML.

Data do Encontro

04, 05 e 06 de outubro de 2013

Local do Encontro

Pousada do Rei – Sarzedo (região metropolitana de Belo Horizonte)

Base social do Encontro

Priorizar as bases da CSP Conlutas, movimento sindical e movimento popular. Mas precisamos ser ousados também no movimento estudantil. Podemos e devemos avançar para bases que ainda não se organizam na CSP Conlutas e utilizar o Encontro do MML e o debate de mulheres para aproximar novas entidades para a Central e para o MML.

Programação do Encontro

Sexta feira (04/10):

8h – Credenciamento

10h – Mesa de abertura
Conjuntura Nacional e Internacional e a reorganização do movimento de mulheres trabalhadoras no Brasil

13h – Almoço

14h30 – Grupos de trabalho temáticos

Principal momento de elaboração e atualização programática do Encontro

Aborto e sexualidade; A mulher no sindicato; Saúde da Mulher; Mulher negra; Violência; Mulher Lésbica; Mulher Jovem; Creches e o direito à maternidade; Trabalho Doméstico; Prostituição; A mulher operária; Mulheres e Educação; Mulher e movimento popular

Sábado (05/10):

7h – Café da Manhã

8h30 – Mesa sobre as campanhas políticas do MML
- Apresentação das propostas de principais campanhas do MML
- As propostas serão apresentadas por entidades ou grupos que enviarão propostas de resolução ao Encontro.

12h – Almoço

13h30 – Mesa com apresentação de algumas propostas de organização do MML

15h30 - Grupos de trabalho sobre a organização do MML, com base nas propostas de organização apresentadas no Caderno de Proposta de Resoluções e Contribuições e na exposição anterior.

18h30 – Jantar

21h – Festa do Encontro

Domingo (06/10):

9h - Plenária Final

Calendário do Encontro

- 27 DE ABRIL: REUNIÃO DA EXECUTIVA DO MML. Convocação oficial do 1º Encontro Nacional do MML

- MÊS DE MAIO: Realização de plenárias do MML e Reuniões das Executivas Estaduais/regionais ou seus grupos de trabalho.

- 30, 31/05 E 1º E 02/06: CONGRESSO DA ANEL. APRESENTAÇÃO DO ENCONTRO À JUVENTUDE

- MÊS DE JUNHO: Intervenção nas lutas e apresentação do Encontro nas bases

- 28, 29 e 30/06: 1º Encontro LGBT da CSP Conlutas: Convite para as mulheres LGBT construírem e participarem do Encontro.

- 05, 06, 07/07: REUNIÃO DA COORDENAÇÃO NACIONAL DA CSP CONLUTAS: Lançamento do 1º Encontro Nacional do MML.

- Mês de Julho: Realização de Plenárias do MML centradas na preparação e organização dos estados para participação no Encontro. Iniciar as campanhas financeiras para pagamento das taxas ao Encontro e viabilizar transporte deslocamento das participantes.

- Mês de Agosto: Avançar nas plenárias com debates sobre as propostas ao Encontro.

- 05 DE SETEMBRO: Prazo para envio de propostas de resolução e contribuições ao Encontro.

- Mês de Setembro: avançar nas plenárias de preparação política e fechamento das delegações e ônibus.

Funcionamento dos debates no Encontro

- Qualquer entidade, oposição, movimentos ou grupos que participarem do Encontro terão direito a enviar propostas de resolução ao Encontro. 

- As propostas de resolução deverão discorrer sobre os temas e objetivos do Encontro. Também será permitido o envio de contribuições sobre temas diversas.

- As propostas de resolução terão limite de 5000 (cinco mil) caracteres. As propostas de contribuição terão limite de 12000 (doze mil) caracteres.

- As propostas serão apresentadas ao longo do Encontro, nas mesas de conjuntura e reorganização, sobre as campanhas políticas do MML e sobre a organização e estruturação do Movimento.

Critérios de participação no Encontro

- Podem participar do Encontro mulheres do movimento sindical, popular, estudantil e movimentos de luta contra a opressão. Não haverá eleição de delegadas ao Encontro, todas as mulheres presentes que pagarem a taxa, terão direito a voz e voto no Encontro.

- Homens poderão participar do Encontro sem direito a voz e voto.

- A Executiva Nacional do MML definiu por não ter eleição de delegadas por ainda não haver estruturação suficiente do movimento que demarque as bases do MML. O Encontro debaterá Estatuto e funcionamento, o que permitirá que futuramente esse critério seja utilizado nos próximos Encontros e/ou Congressos do MML.

Taxas do Encontro

- Sindicatos, minorias e oposições: 250,00

- Movimento Popular e estudantil: 150,00

- As taxas pagam estadia, café da manhã, almoço e janta por 3 dias e ainda contribuem para a confecção dos materiais do encontro. A proposta é que o Encontro se pague totalmente através dessas taxas.

EXECUTIVA NACIONAL DO MOVIMENTO MULHERES EM LUTA

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Lugar de mulher é na luta e no 1º Encontro Nacional do MML


Esta Carta é o principal instrumento de apresentação do 1º Encontro Nacional do MML para as entidades do movimento sindical, popular e estudantil. Pode e deve ser reproduzida para ser base do debate sobre a participação das entidades e movimentos no Encontro do MML. No próximo final de semana, durante a reunião da Coordenação Nacional da CSP Conlutas, serão distribuídos cartazes para ajudar na divulgação do Encontro.




Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

Chega da violência contra as mulheres!

Chega da violência contra as mulheres!