segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Lugar de mulher é nas greves e manifestações: contra a criminalização de quem luta! Somos todas Sandra Fortes!



Lugar de mulher é nas greves e manifestações: contra a criminalização de quem luta!
Somos todas Sandra Fortes!
A companheira Sandra Fortes foi uma das dirigentes da greve do funcionalismo municipal de Taboão da Serra. A paralização durou cerca de 20 dias, no mês de junho passado e tinha como reivindicações o cumprimento da data base, o reajuste salarial e direito há anos ignorado pelos prefeitos da cidade. A maioria da vanguarda que conduziu a greve era composta por mulheres, que se enfrentou com o prefeito e seus secretários, com a Câmara de Vereadores subordinada ao executivo e com a legião de "livre nomeados" (diretores, supervisores, chefes, etc.) que oprime os servidores nos locais de trabalho. O prefeito se recusou a negociar, mas foi obrigado pela greve a conceder um abono salarial de R$100 a R$200 aos trabalhadores das faixas salariais menores.
 O prefeito da cidade, Fernando Fernandes, do PSDB, abriu um processo administrativo calunioso contra a professora Sandra Fortes, membro da Executiva da Sub-sede da Apeoesp Taboão e da diretoria da ATRASPACTS (Associação dos Trabalhadores da Prefeitura, Autarquias e Câmara de Taboão da Serra). Com o retorno ao trabalho, o governo passou a perseguir as lideranças da greve, transferindo arbitrariamente quatro profissionais de seus locais de trabalho e ameaçando muitos outros. Através de liminar na Justiça, o prefeito foi obrigado a pagar os dias da greve que havia descontado dos salários dos trabalhadores da Secretaria da Educação, mas os das secretarias da Assistência Social, Manutenção e Cultura ainda não receberam e aguardam uma decisão judicial.
Criminalização e perseguição política
O caso da companheira Sandra é parte do conjunto de ataques sofridos pelos trabalhadores que ousam lutar e reivindicar melhores condições de trabalho e remuneração. Foi assim na histórica greve dos metroviários de São Paulo a qual foi respondida com total autoritarismo pelo governo do Alckmin/ PSDB, através da demissão de 42 dos principais ativistas da greve. Esse ataque segue, após a reeleição desse governo, com a cassação da liminar que reintegrou parte dos trabalhadores.
Os ataques à Sandra Fortes iniciaram logo no começo da mobilização, quando o prefeito declarou aos jornais que ela era responsável pela greve devido a "interesses partidários". Em seguida, o líder do governo na Câmara, vereador Marco Porta (PRB), tentou criminalizá-la colocando em dúvida o diagnóstico de cisto na corda vocal que levou a Medicina do Trabalho da Prefeitura a readaptar a forma de trabalho de Sandra. O vereador acusou-a de não ter voz para trabalhar, mas ter voz para falar no carro de som dos grevistas, acusação que foi repetida integralmente pelo prefeito numa coletiva à imprensa.
Na portaria que informa a instauração do processo administrativo, o prefeito acusa falsamente Sandra Fortes de "suposto aliciamento de menores", devido ao fato de alunas e alunos da escola em que a professora trabalha terem escrito "cartinhas" ao prefeito solicitando melhorias para o funcionalismo e a Educação Pública.Estes fatos demonstram que há uma perseguição política promovida pelo governo do PSDB às lideranças do funcionalismo. À exemplo de seu chefe, o governador Alckmin, o prefeito de Taboão se vale de acusações falsificadas com o objetivo de difamar e criminalizar Sandra Fortes.
Todo apoio à professora Sandra Fortes! Pela retirada do processo!
Nós, do Movimento Mulheres em Luta, acompanhamos uma série de greves e manifestações dos trabalhadores pelo país inteiro. Em especial, estivemos presentes nas lutas que tinham as mulheres como base principal de mobilização como a educação, a saúde e o funcionalismo de um modo geral. Achamos fundamental a presença dessas mulheres na luta junto com sua classe, principalmente cumprindo papel de liderança. Isso porque sabemos das barreiras e dificuldades enfrentadas pelas trabalhadoras para se organizarem e tomarem a dianteira dos processos de luta.
Nesse sentido, nos solidarizamos com a companheira Sandra Fortes e denunciamos toda forma de criminalização dos que lutam pelos governos de plantão. È necessário, cada vez mais, fortalecer a unidade entre os trabalhadores e darmos um basta nesses ataques ao nosso direito de questionar e manifestar nosso descontentamento com as políticas de arrocho salarial e precarização dos serviços públicos.
·         LUTAR NÃO É CRIME!
·         NENHUMA PERSEGUIÇÃO E REPRESSÃO AOS QUE FAZEM GREVE E LUTAM!
·         PELO ARQUIVAMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO CONTRA A PROFESSORA SANDRA FORTES!
·         PAGAMENTO DOS SALÁRIOS DE TODAS AS TRABALHADORAS E TRABALHADORES PERSEGUIDOS POR LUTAR! 



  



Participe das manifestações em apoio à professora Sandra!

14/10 – Manifestação dos servidores públicos
Onde:Câmara Municipal de Taboão da Serra
Hora: 18h

16/10 – Vigília de solidariedade
Onde: Praça Miguel Ortega, 280, Parque Assunção




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