segunda-feira, 14 de setembro de 2015

MULHERES TRABALHADORAS CONTRA DILMA, CUNHA, TEMER E AÉCIO DERROTAR O AJUSTE E LUTAR POR CRECHE, EMPREGO E COMBATE A VIOLÊNCIA!



  • Manifesto das organizações de mulheres convocando para a Marcha dos trabalhadores e trabalhadoras que acontecerá em São Paulo no dia 18.09


Nós, mulheres trabalhadoras, vamos às ruas no dia 18 de setembro contra o governo de Dilma/PT e contra a velha oposição de direita. No mandato da primeira mulher presidente nós estamos sendo massacradas pela inflação e a carestia de vida. O desemprego é um risco que se tornou realidade para muitos trabalhadores, e com maior peso para nós mulheres, que representamos, no primeiro trimestre de 2015, 9,6%, dos desempregados. Além disso, diversos direitos trabalhistas estão sendo atacados como o acesso ao PIS, seguro desemprego, licença saúde e o projeto de terceirização que ameaça a própria CLT.  


Dilma retirou o status de ministério da secretaria de políticas para as mulheres e investiu míseros 26 centavos para cada vítima de violência, nos últimos 10 anos, enquanto o Brasil segue ocupando a sétima posição no ranking de países que mais matam mulheres e amarga o índice de cerca de 50 mil casos de estupros ao ano. Já cortou cerca de R$11 Bilhões da educação, refletindo R$ 3,5 Bilhões das creches. Milhares de mulheres e crianças seguiram sem acesso a uma vaga. Esse corte também acaba com as já poucas políticas de permanência das mulheres jovens nas universidades, sem contar os cortes nas bolsas do Fies.


O governo Dilma já escolheu as mulheres que quer ao seu lado. Tem no ministério da agricultura Kátia Abreu, verdadeira representante dos latifundiários e do agronegócio, no momento em que a população indígena e quilombola vêm sendo assassinada e expulsa de suas terras, como é o caso dos Guarani-Kaiowá, no MS. Cortou R$ 17,23 Bilhões do orçamento do ministério das cidades, o que comprometeu a 3ª etapa do programa “Minha casa, minha vida” cujo título saia no nome das mulheres. E , por outro lado, se cala diante das violentas reintegrações de posse que ocorrem em todo o país, que colocam as mulheres e seus filhos no meio da rua, sem qualquer amparo. Por tudo isso, não nos representa.


Todavia, a direita tradicional, que tenta se apresentar como alternativa, também não nos serve. Cunha, Renan, Temer (PMDB) e Aécio(PSDB) são autores de projetos que atacam o povo pobre e os setores oprimidos, além de serem velhos conhecidos de processos de corrupção e desvio de verbas públicas. Políticas como a redução da maioridade penal que reduz o futuro dos nossos filhos, oficializa o extermínio da juventude negra e descrimina ainda mais o sofrimento da mulher negra e pobre. Assim como a retirada das questões de gênero dos currículos nas escolas, o que impõe um cotidiano de preconceito e violência entre os estudantes são medidas defendidas pela oposição burguesa que atacam os direitos democráticos de mulheres, negros e negras e LGBTs.
Dilma, ao fazer acordos com os setores conservadores do congresso, deixa centenas de mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais expostas e vulneráveis, o que faz com que o Brasil seja o país com maior índice de assassinatos de lgbt’s. Somente em 2013 foram 121 casos. Também expõe as mulheres lésbicas ao risco da pratica de estupros corretivos, originados como repulsa a orientação sexual.


Pela organização independente dos Trabalhadores e trabalhadoras


O nosso lugar é junto ao movimento geral dos trabalhadores, incorporando as demandas das mulheres por creche, equiparação salarial e salário igual para trabalho igual, combate a violência, legalização do aborto, etc. como parte das reivindicações gerais da classe trabalhadora. Engana-se quem acredita ser Dilma o mal menor, os trabalhadores com sua força podem derrotar o governo e suas medidas, sendo que nós mulheres temos um papel importante nesse processo.


Vamos às ruas, também, em solidariedade aos refugiados do Norte da África que enfrentam a crueldade dos governos europeus, assim como aos haitianos que também fogem de seu país, ocupado por uma força militar internacional tendo as tropas brasileiras à frente, e que enfrentam o racismo e a xenofobia no Brasil. Sendo ambos os processos fruto da exploração capitalista e mais diretamente, das guerras e da crise econômica mundial. É necessário que Dilma não só diga que o país está de braços abertos para os imigrantes, mas que garanta condições concretas para recebê-los, além de ser urgente a retirada das tropas brasileiras do Haiti.


Nesse sentido, nós, que fazemos parte de diversos movimentos de mulheres trabalhadoras estamos construindo a Marcha dos Trabalhadores e Trabalhadoras, que ocorrerá no dia 18 de setembro, às 17h, na Av. Paulista (concentração desde as 15h no vão do MASP) e o Encontro de lutadores que acontecerá no dia 19/09, no sindicato dos metroviários de São Paulo. Chamamos todas as trabalhadoras para vir protestar conosco. E em nome da unidade, chamamos as organizações feministas, como a Marcha Mundial de Mulheres, as secretarias de mulheres da CUT e CTB, a romperem com o governo e se somarem nessa luta.

Assinam: Movimento Mulheres em Luta (grupos organizadores de Brasilândia; Tabõao da Serra; Mogi das Cruzes; Zona Sul e Leste); ANEL; Luta popular; Juntas; Coletivo feminista classista Ana Montenegro; Aliança Anarquista; Grupo de mulheres Pão e Rosas; Secretaria de mulheres do Sindicato dos Metroviários de São Paulo; Secretaria de Mulheres do Sindicato dos trabalhadores da USP; Pra Além dos muros do Machismo-USP; Marias Baderna - Coletivo Feminista da Letras USP.

Um comentário:

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

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Chega da violência contra as mulheres!

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