domingo, 4 de fevereiro de 2018

Boletim Eletrônico 1/2018

1. 08 de Março: Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora

2. 2º Encontro Nacional do MML

3. MML vai ao 3º Encontro da Rede Sindical Internacional 


08 de Março: Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora


   Depois do grandioso 08 de Março de 2017, as mulheres de todo o mundo já estão se preparando para ampliar as mobilizações para esse ano. No aniversário de 01 ano da posse do Donald Trump, nos Estados Unidos, mais 250 mil mulheres voltaram às ruas para protestar contra o presidente americano. 
   No Brasil, ocupamos as ruas contra a PEC 181, conhecida como cavalo de Tróia, que visava criminalizar o aborto mesmo nos casos já previstos em lei, contra a cultura do estupro e a “cura gay”. Também estamos na batalha para barrar a reforma da previdência prevista para ser votada pelo governo em 19 de Fevereiro.
   Na reunião Nacional, que aconteceu dia 21 de Janeiro, apontamos o seguinte eixo para iniciarmos a preparação de nossas atividades:

Basta de violência e retirada de direitos! É pela vida das mulheres, por emprego, creches, contra reforma da previdência e pela revogação da reforma trabalhista!

   Acreditamos que a luta das mulheres será novamente um importante momento para impulsionar as lutas gerais dos trabalhadores e seria bastante fortalecedor se as manifestações do 08 de Março se dessem de maneira unificada, entre os diversos movimentos feministas e também entre as centrais sindicais do país. Contudo, já tem setores do movimento como a Marcha Mundial de Mulheres e União Brasileira de Mulheres/PCdoB colocando o 8 de Março no calendário de defesa da candidatura de Lula e se escondendo atrás do discurso de defesa da democracia para iludir mais uma vez as mulheres pobres e trabalhadoras com um governo que traiu nossos interesses. Achamos muito importante que em todas as cidades o MML convoque e participe das reuniões preparatórias das ações do 08 de Março, fazendo esse diálogo de que é preciso fortalecer o que nos unifica e não priorizar o que nos divide. Para isso, estamos lançando um Manifesto que possa publicizar essa nossa posição. Caso isso não seja possível, que nós possamos impulsionar iniciativas independentes e que reflitam de fato as demandas de luta das mulheres. Se liga nas iniciativas que devemos ter: 

• Chamar reuniões com os diversos coletivos e entidades para apontar ações conjuntas do 08 de Março;
• Caso não seja possível atos unificados, impulsionar a organização de ações alternativas
• Discutir nas categorias a participação na Greve Internacional de Mulheres, que em nossa opinião, devem contar com o apoio irrestrito dos homens trabalhadores; 
• Que se aprove paralisações de, pelo menos, 2 horas. Onde seja possível, aprovar paralisação de 24 horas;
• Construir junto com as entidades sindicais e populares espaços de debate alusivos ao Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras

   Para contribuir com os espaços de debate e formação, tiramos uma serie de artigos que serão publicados no blog do MML a partir do dia 26 de fevereiro, os temas serão: 

    1. Políticas para a Educação e acesso às creches públicas
    2. Políticas para a saúde integral da mulher e a legalização do aborto
    3. Reforma da Previdência e as mudanças para as mulheres trabalhadoras
    4. Condições de vida das mulheres na 3ª idade
    5. Trabalho, Categorias e Sindicatos
    6. Políticas de combate à violência machista
    7. Mulheres LBT
    8. Mulheres Negras
    9. Origem do Dia Internacional das Mulheres e a defesa da democracia operária 


2º Encontro Nacional do MML


   Nos dias 21 e 22 de Abril, em São Paulo, vai acontecer o 2º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta. Se tomássemos apenas a conjuntura de lutas que as mulheres vêm travando no último período, o Encontro já se apresentaria com uma grande importância. Contudo, há muitos motivos para que nos encontremos novamente e fortaleçamos o nosso movimento classista de mulheres. Exatamente em 21 de Abril de 2018, o MML completará 10 anos de existência e cada uma que se dedica à organização das mulheres trabalhadoras para lutar de maneira independente contra o machismo e compreende que essa luta se dá combinada com a luta pelo fim do capitalismo, sabe que esses 10 anos foram de muitos desafios e batalhas. Enfrentamos o governo do PT quando grande parte das mulheres trabalhadoras acreditava que esse era um governo seu, pacientemente dizíamos que não bastava ter uma mulher na presidência, pois Dilma não defendia os interesses das mulheres trabalhadoras; denunciamos os baixos investimentos nas políticas de combate ao machismo e a insuficiência da rede de assistência às vítimas; construímos uma forte campanha denunciando o turismo sexual, o assédio, as encoxadas no transporte público, etc.; construímos junto com diversas categorias os encontros de mulheres e as secretarias/departamento de mulheres nos sindicatos. 
   Podemos dizer que muito nos orgulha cada companheira que encontrou no MML o apoio e o fortalecimento para seguir na luta e se tornar dirigente de sua categoria ou movimento; que temos satisfação em disputar a consciência dos homens da nossa classe para uma atuação conjunta de combate ao machismo e ao capitalismo; que demos passos importantes para diminuir a dívida histórica que tem o movimento de mulheres com as mulheres negras e reconhecemos que ainda temos muito para caminhar nesse e em outros campos. Até aqui fomos guerreiras e construímos muita coisa, mas a realidade se mostra cada vez mais exigente e a necessidade de apresentar uma alternativa classista de enfrentamento ao machismo e as desigualdades impostas às mulheres no capitalismo segue sendo fundamental. 
   Por isso o nosso Encontro deve ser construído com o empenho e o entusiasmo de todas. Nos nossos locais de trabalho, estudo e moradia devemos fazer com cada mulher tenha conhecimento do Encontro e se convença a vir construí-lo conosco. Desde já, devemos planejar os espaços de preparação política para o encontro, mas também o planejamento financeiro para que não fique nenhuma lutadora para trás. Sabemos do grande desafio, pois onde tem mulheres reunidas também tem muitas crianças para serem cuidadas e isso não pode ser impeditivo para a participação das mulheres. 
   O tempo é curto, mas a necessidade de nos encontrarmos para trocar experiências e apontar o caminho ser seguido nos próximos 10 anos é enorme. Por isso, acompanhe os encaminhamentos e prazos tirados em nossa reunião: 

    • Confeccionar uma rifa nacional, com bons prêmios, que ajude as delegações na movimentação financeira para vir ao Encontro. 
    • Cada estado deve informar até o dia 25 de Fevereiro com quantas mulheres pretende participar do encontro e quantos talões de rifa vão querer. (cada talão vem com 50 rifas e cada rifa custará R$5,00)
    • Estão sendo definidos os prêmios e a data do sorteio. 
    • É importante que cada dirigente grave um vídeo curto, de no máximo 1 minuto, convidando as mulheres para o encontro. Da mesma forma que todas as iniciativas de preparação do Encontro devem ser registradas e enviadas a companheira Juliana para ampla divulgação e construção da nossa memória (contato: julianabtrevine@outlook.com/11971305165)


MML vai ao 3º Encontro da Rede Sindical Internacional 


   O MML esteve presente no 3º Encontro da Rede sindical Internacional, da qual a CSP Conlutas é uma das entidades coordenadoras. O encontro aconteceu na Espanha, entre os dias 25 e 28 de Janeiro, tendo um dia inteiro dedicado a discussão sobre a situação das mulheres na sociedade capitalista. A partir de 07 temas (a luta contra o machismo é tarefa da classe trabalhadora; precarização das condições de trabalho; cuidado e justiça social; legalização do aborto; combate a violência; mulheres LBT’s e machismo no mundo sindical) foram socializadas realidades dos diversos países presentes e foi possível constatar que, de alguma forma, as mulheres enfrentam problemas muitos semelhantes. Ao final, a rede lançou uma nota convocando suas entidades participantes a construir um forte 08 de março, sendo parte da organização da greve internacional de mulheres, com apoio incondicional dos homens trabalhadores. Além disso, foi aprovado um manifesto sobre a conjuntura política e o apontamento de um calendário unificado de lutas.

Saiba mais em: http://cspconlutas.org.br/2018/01/3o-encontro-internacional-da-rede-reforca-necessidade-de-unidade-e-enfrentamento-internacionalista/

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