quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Força de trabalho feminina cresceu 24% em uma década, diz IBGE


O desempenho foi sete vezes maior do que o masculino


O nível de ocupação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro apresentou um salto considerável na última década. Em 2000, 35,4% das mulheres tinham uma ocupação, número que aumentou para 43,9% em 2010, uma diferença de 24%. O desempenho foi sete vezes maior do que o masculino, que também cresceu no período, de 61,1% em 2000 para 63,3% em 2010: uma diferença de 3,5%.

Em 2010, o nível de ocupação no país [pessoas ocupadas na semana de referência, com 15 anos ou mais] registrou um índice de 58,9%, com ênfase nas regiões Centro-Oeste (64%), Sul (65,8%) e Sudeste (60,2%). As regiões com menores níveis de ocupação foram a Norte (55,9%) e a Nordeste (52,5%).

A expansão dos índices de ocupação, ao longo da última década, foi desigual entre as áreas urbanas e rurais, demonstrando que a criação de empregos está cada vez mais concentrada nas cidades, com pequeno crescimento no campo. Segundo o IBGE, de 2000 a 2010, o nível de ocupação urbana subiu de 47,6% para 53,8%, enquanto que no ambiente rural houve aumento bem menor, de 49,6% para 50,7%.

Na década, tomando-se a população ocupada a partir dos 10 anos de idade, as regiões que mais contribuíram com trabalhadores para o mercado foram a Sul, com 53,3% em 2000 para 60,1% em 2010, e a Centro-Oeste, de 51,3% para 57,9%. O Sudeste, que concentra a grande maioria da força de trabalho nacional, saiu de 48,7% de ocupação em 2000 para 54,8% em 2010, em um incremento de 6,1%.

A Região Norte teve crescimento mais modesto. Saiu de 45,3% em 2000 para 49,4% em 2010, uma diferença de 4,1 pontos percentuais. O pior desempenho coube ao Nordeste, que tinha 43,6% da população ocupada em 2000 e passou para 47,2% em 2010, em um crescimento de 3,6 pontos percentuais.

No tocante ao nível de ocupação na área rural, o Nordeste foi a única região que registrou decréscimo, saindo de 46,2% em 2000 para 45,2% em 2010. Os dados completos do Censo Demográfico 2010 podem ser acessados na página do IBGE na internet: www.ibge.gov.br.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Operários de Belo Monte completam 30 dias presos e comissão de sindicalistas retorna à Altamira

Operários presos e a advogada da CSP-Conlutas Anacely Rodrigues

Nesta quarta-feira (12), os cinco operários presos em decorrência de conflitos trabalhistas nos canteiros de obras de Belo Monte irão completar 30 dias em reclusão no município de Altamira, região sudoeste do Pará. Os trabalhadores são acusados pela Polícia Civil de praticar crimes de formação de quadrilha, incêndio e depredação do patrimônio.

Para a advogada da Central Sindical e Popular – Conlutas Anacely Rodrigues, os trabalhadores estão presos injustamente. “São acusados sem provas por crimes que não cometeram”, afirma. A situação processual dos presos de Belo Monte permanece quase inalterada, não fosse o pedido de habeas corpus impetrado no Tribunal de Justiça do Estado, para o qual o desfecho é aguardado para este dia 11. O inquérito policial, cujo início foi dia 12/11, esteve paralisado no Fórum de Altamira pro causa de problemas técnicos no sistema e seguiu para o Ministério Público apresentar denúncia em 07/12.

O recente vereador eleito pela categoria da construção civil Cléber Rebelo (PSTU) na capital paraense, Belém, integra a comissão e afirma ser injusta e totalmente desmedida a prisão dos trabalhadores. “Essas prisões são totalmente irregulares. Os problemas no interior dos canteiros são de cunho trabalhista. A verdade é que dentro dos canteiros de obras os operários são superexplorados e mal remunerados. Você já imaginou passar seis meses sem ver a família?”.

Essa prisão é política. Não há nenhuma prova para mantê-los presos. O sindicato (SINTRAPAV), que deveria ser da categoria, age como um bom agente dos patrões e abandonou os trabalhadores presos, operários que pagam obrigatória e religiosamente esta entidade e que, depois, ficam à própria sorte.

Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Belém (filiado a CSP-Conlutas), Francisco, conhecido como ZÉ Gotinha, o Consórcio Belo Monte mostrou sua verdadeira face de inimigo dos trabalhadores. “Em nenhum momento esteve na Delegacia ou no Centro de Triagem da SUSIPE buscando ouvir seus funcionários presos que lhes serviram durante meses”, denuncia, dizendo que os trabalhadores não mereceram do patrão nem a presunção da inocência. “Pelo contrário, alguns foram demitidos e avisados através de telegrama, como foi o caso do Raimundo Nonato, um dos presos, que foi demitido em 21/11, apesar de encontrar-se encarcerado desde 12/11, o CCBM enviou correspondência para a residência dele comunicando que sua rescisão estava à sua disposição, sem “lembrar” que o funcionário ainda está preso”, lamenta.

Mais de dez trabalhadores prestaram declaração confirmando a inocência dos cinco presos, com exceção de dois depoimentos de dois encarregados ligados à administração que fazem parte da acusação.

A Comissão ainda vai ao Ministério Público conversar com o promotor responsável pelo caso sobre a denúncia que deverá ser apresentada até o dia 14/12. Se o habeas corpus for negado pelo desembargo, será reiterado o pedido de revogação de prisão preventiva junto ao Juiz que está respondendo pela 3ª Vara de Altamira.

Na última segunda-feira (10), uma manifestação exigiu a libertação dos presos em Altamira e o julgamento de mais de cinquenta ações contra a construção de Belo Monte que ainda não tiveram seu mérito apreciado. Em seguida, a comissão da CSP-Conlutas visitou os operários na delegacia de Altamira.

Participaram da manifestação: CSP – Conlutas – Central Sindical e Popular XVPS – Movimento Xingu Vivo Para Sempre SDDH – Sociedade em Defesa dos Direitos Humanos- SINTICMA – Sindicato dos Trabalhadores na industria da construção e madeira de Altamira -OTL – Oficina Território Livre – CIMI – Conselho Indigenista Missionário – SINTEPP – Sindicato dos trabalhadores em Educação Pública do Pará -SINTSEP – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal – Movimento Negro Altamira – PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado.

Emiliano de Oliveira, Altamira (PA)

Veja manifesto divulgado e distribuído durante o ato:

Lutar não é crime!

Não podemos aceitar que todas as vezes que os operários se mobilizam por melhores condições de trabalho e de salários, ao final, só sobre pra eles. Isso é criminalização do movimento. É prisão, é demissão, é tropa da Polícia Militar, da Força Nacional de Segurança, é câmera por tudo que é lado, é segurança privada, chega! Essa é uma questão trabalhista, estamos ao lado da luta desses companheiros e exigimos sua imediata libertação.

O que se vê é regime de semi-escravidão nos Canteiros de Belo Monte. A falta de segurança à qual os operários estão submetidos  já causou diversas mortes na obra modelo do PAC-Programa de Aceleração do Crescimento.

Os trabalhadores de Belo Monte não são vândalos, só estão lutando por seus direitos. São seres humanos corajosos, que mesmo com a traição e a falta de democracia de sua entidade sindical, foram capazes de se organizar para lutar, enfrentar as grandes empreiteiras e paralisar um monstro que está acabando com suas vidas.

O que se pode ver é a tentativa do CCBM de criminalizar as lutas sociais. Exigimos do governo Dilma que intervenha e assuma sua responsabilidade diante do caos que se impõe a vida dos trabalhadores nessas grandes obras. Não há provas contra eles, portanto trata-se de presos políticos e isso nãos não podemos aceitar!

Belo Monte: Para o CCBM é R$ 22,5 bilhões do dinheiro público; para os trabalhadores prisões e demissões. Basta!

Em todos os noticiários deu-se destaque a “grande” notícia: “BNDES libera 22,5 bilhões em financiamento para construção de Belo Monte”; vejam isso é o equivalente a 132 anos de todo o orçamento da cidade de Altamira, um absurdo! O pior é ver a Dilma liberar toda essa farra com o dinheiro público exatamente depois do CCBM mandar prender e demitir operários.

Não há como não indignar-se. Estamos falando de dinheiro público liberado para a iniciativa privada, Enquanto, só em nossa região, existem 2,65 milhões de pessoas em situação de miséria. Trata-se de um total desprezo dos Governos de Dilma e de Jatene para com as causas dos mais pobres, dos ribeirinhos, dos pescadores, dos povos nativos e dos trabalhadores em geral.

Como se tudo isso não bastasse, a cidade está privatizada e militarizada. Pelas ruas do centro e entorno das obras, convivemos com a presença ostensiva de inúmeros veículos conduzindo homens armados, seja da segurança pública ou privada. Para reprimir os trabalhadores até o Exército tem sido usado em treinamentos em Belo Monte. Enquanto isso, o CCBM compra carros para bombeiros, auxilia a polícia e a Norte Energia patrocina um encontro nacional de magistrados em Belém. Lutemos contra tudo isso!

Liberdade imediata aos operários presos.

Não à criminalização dos movimentos social; justiça já!

Altamira, 10 de dezembro de 2012.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Número de mulheres assassinadas por mês no Brasil salta de 113 para 372


O número de mulheres assassinadas a cada mês no Brasil saltou de 113 para 372 em 30 anos. Os índices foram levantados pelo IAB (Instituto Avante Brasil) a partir de dados do Datasus, do Ministério da Saúde.

A CADA DUAS HORAS
No início da década de 1980, uma mulher era assassinada a cada 6h28m28s no país. A escalada da violência fez com que o intervalo diminuísse. Hoje, a cada 1h57m43s, há uma vítima de homicídio nesta parcela da população.

DELITÔMETRO
O IAB, criado pelo jurista Luiz Flávio Gomes, idealizou um "delitômetro" que apura em tempo real o número de homicídios de mulheres no país. O cronômetro está disponível no site da entidade, junto com outro índice que faz o cálculo de mortes no trânsito e assassinatos em geral.

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Movimento Mulheres em Luta - MML/PIAUÍ realiza o I Encontro de Mulheres em Luta


O I Encontro de Mulheres em Luta ocorreu no sábado 01 de dezembro no auditório do Sindicato dos Correios -  SINTECT/PI contou também com o apoio do SINDSERM- THE, ANEL, CSP CONLUTAS. 

Contando com a presença de 40 trabalhadoras e trabalhadores de várias categorias dentre elas: servidoras públicas municipais, trabalhadoras dos correios, autônomas, estudantes, desempregadas, servidoras públicas federais e servidoras públicas estaduais.  O encontro proporcionou debates sobre a Reforma do Código Civil, lei Maria da Penha, mulher jovem e o machismo e ainda debateu-se sobre a Crise econômica mundial, os desafios postos para a classe trabalhadora e organização de mulheres.

Estavam presentes  homens que atuam nos sindicatos, no movimento estudantil e movimento social pois acreditamos que a luta da emancipação da mulher é a luta da classe trabalhadora de conjunto portanto para ser vitoriosa é necessário organizar o combate ao machismo com homens e mulheres. Para realização do encontro foi instalada uma creche. 

No encontro foi reafirmado a necessidade de impulsionar a Campanha contra o Acordo Coletivo Especial - ACE, as mobilizações contra a Criminalização das lutas, a Campanha por Creches e pelo direito de decidir pelo próprio corpo: legalização e descriminalização do aborto.

Ao final dos debates foi eleita a nova executiva do MML/ Piauí que conta com representação dos municípios de Teresina e Parnaíba e tem por objetivo organizar o MML, garantir seu funcionamento e integração com as principais campanhas da classe trabalhadora bem como impulsionar que a pauta específica das mulheres seja incorporada nas lutas de forma em geral. 


Movimento Mulheres em  Luta - Piauí

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

CSP-Conlutas participa do Fórum Social Mundial Palestina Livre, em Porto Alegre


O Fórum Social Mundial Palestina  em Porto Alegre começou nesta quarta-feira (28),  e vai até sábado, 1°de dezembro.

Desde sua formação, a CSP-Conlutas é internacionalista e solidária com a luta por uma Palestina Livre em todo o seu território histórico.

Neste ano, sob o impacto das revoluções no mundo árabe, o movimento palestino se fortaleceu. Ao mesmo tempo, o governo brasileiro aprofundou as relações comerciais com Israel e se transformou em um dos cinco principais parceiros da indústria armamentista de Israel.

A CSP-Conlutas defende que o Brasil deve romper todas as relações comerciais, militares e diplomáticas com Israel, integrando ativamente o movimento internacional contra o estado de Israel, condenado por praticar limpeza étnica contra os palestinos e implantar um verdadeiro regime de apartheid.

Veja abaixo as atividades que a CSP-Conlutas estará envolvida em Porto Alegre:


Dia 29 quinta-feira

12h15 Sindicalismo e Palestina. Debate com sindicalistas de cinco países sobre o papel dos sindicatos na solidariedade com a Palestina. Local: Auditório dos Correios – Rua Siqueira Campos 1100 – 3 andar.

14h Plenária sobre o direito de retorno. Debate sobre as perspectivas do movimento nacional palestino e a necessidade de renovar a OLP para retomar a defesa do direito de todos palestinos de retornar à sua terra. Local: Afocefe Sindicato – Rua dos Andradas, 1234 21 andar.

17h Passeata com concentração no Largo Glênio Peres.

19h30 Debate sobre a revolução síria com a presença da ativista síria Sara al Suri e de convidadas palestinas Soraya Misleh e Najlaa Kaied. Local: CPERS sindicato – Avenida Alberto Bins, 480 9º andar

Dia 30 sexta-feira

9h Conferência sobre BDS com vários debatedores. Será seguida de plenária às 12h15 para debater propostas de boicote a serem realizadas no Brasil. Local: UFRGS Av. Paulo Gama 110

12h Gênero e Resistência. Crítica ao feminismo colonialista, e a necessidade de solidariedade ativa às mulheres palestinas dentro de uma perspectiva anti-imperialista. Painel com a professora da San Francisco State University Rabab Abdulhadi, com as americanas Rose Brewer e Angela Davis, a palestina Leila Khaled e Marisa Mendes (MML). Local: Assembléia Legislativa – Praça Mal Deodoro 101

14h A questão palestina e as revoluções no mundo árabe. Mulheres ativistas e revolucionárias da Síria, Palestina, Jordânia e Brasil  debatem a relação entre as revoluções no mundo árabe com a libertação da Palestina. Local: DRT – Av. Mauá 1013

14h Campanha global pelo embargo militar contra Israel. Debate sobre a ruptura de relações militares com Israel. Participam BNC, Stop The Wall, FEPAL, UDP, Frente em Defesa do Povo Palestino, CUT, CSP-Conlutas, Ciranda e MMM. Local: UFRGS – Av. Paulo Gama 110

16h30 Áreas de Livre Comércio com Israel: alimentando a colonização da Palestina. Debate com BNC, Stop The Wall, FEPAL, Frente em Defesa do Povo
Palestino, CUT, CSP-Conlutas e União Democrática das Entidades Palestinas. Local: UFRGS – Av. Paulo Gama 110

16h30 Movimentos Transnacionais de Juventude com o PYM – Movimento de Juventude Palestina. Local: Casa da Cultura Mário Quintana – Rua dos Andradas 736

Dia 1 de dezembro, sábado

9h Organizando em escala global contra o papel de Israel na repressão em todo o mundo e no comércio de armas. Organizado pela delegação americana e canadense contará com depoimentos de vários países entre os quais o Brasil. Local: Câmara Municipal – Av. Loureiro da Silva 255

10h Boicote Acadêmico contra Israel com a participação de vários países incluindo a Frente Palestina da USP e a ANEL. Local: Casa da Cultura Mário Quintana – Rua dos Andradas 736

16h Assembleia de movimentos sociais para decidir campanhas contra Israel e seu regime de apartheid. Local: UFRGS – Av. Paulo Gama 110


Fonte: cspconlutas.org.br


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

CSP-Conlutas: dia 28 está aí. Todos a Brasília com faixas, bandeiras e camisas contra o ACE!


Já estamos na semana do Seminário Nacional contra o ACE que acontece nesta quarta-feira (28), em Brasília. Diversas entidades e organizações que estão na campanha estarão presentes. Vamos unir as nossas forças e dizer em alto e bom som que o ACE (Acordo Coletivo Especial) não é unanimidade entre os trabalhadores. Nós somos contra. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC não falará em nosso nome. 

O seminário será realizado no gramado do Congresso, onde será armada uma tenda com cadeiras, para o evento. Esperamos contar com cerca de mil ativistas e trabalhadores, pelo menos. A atividade está marcada para às 10h e seguirá até às 13h.

Após o almoço as delegações se dividirão. Uma parte fará panfletagens no Congresso Nacional e, a outra, no centro de Brasília e na rodoviária.

Caravanas – Isto significa que todas as estaduais da CSP-Conlutas já devem ter organizadas neste final de semana suas caravanas com o número de pessoas que vai participar da atividade. Chegaram poucos informes das caravanas na nacional. Minas Gerais já se comprometeu com 8 ônibus, mas há estados de onde não temos informações. Os estados mais longínquos enviarão somente representações, como é o caso do Ceará, que enviará 14 trabalhadores, representando diversas entidades daquele estado. Portanto, é necessário incrementar a iniciativa e convocar os trabalhadores a Brasília, em defesa dos direitos trabalhistas.

É importante que todas as delegações levem bandeiras, camisas e faixas contra o ACE. Vamos marcar presença em Brasília! 

Vinte e oito também é dia de defender a aposentadoria
Não vamos somente denunciar o ACE em Brasília. Outra luta importante é em defesa da aposentadoria. E nesta quarta-feira (28) também é dia de lutar pelo fim do fator previdenciário e pela não aprovação do fator 85/95.

O projeto que extingue o fator previdenciário deve entrar na pauta da Câmara dos Deputados nos próximos dias. Esse fator alterou o cálculo para a aposentadoria dos trabalhadores, podendo reduzir em até 40% o benefício a ser recebido. Por isso, somos contra o fator previdenciário. Mas, pior do que isso, é o que o governo pretende implementar: o Fator 85/95, em que a soma de tempo de contribuição e idade terá de chegar a 85 anos no caso das mulheres e a 95 anos no caso dos homens.

Algumas centrais sindicais dizem que o 85/95 é melhor, mas isso é mentira. Os trabalhadores estão sendo assaltados em seus direitos. Não podemos aceitar!

Anulação da reforma da previdência – Parte da defesa da aposentadoria é exigir a anulação reforma da previdência, aprovada em 2003, que contou com a compra de parlamentares com o dinheiro do “mensalão”. Agora, a batalha é pela anulação dessa reforma, já que o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou a existência do “mensalão” e a votação da reforma com essa verba.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Vozes palestinas ecoam em diversas cidades do mundo contra o horror do massacre que Israel comete em Gaza


Desde de quarta-feira (14) vem acontecendo protestos em diversas cidades. Todas as manifestações pedem o fim dos ataques assassinos de Israel na Faixa de Gaza. Todos bradam por uma Palestina livre e soberana. Em Londres (Inglaterra), Cairo (Egito), Paris (França), Amsterdan (Holanda), São Paulo (Brasil), Edimburgo (Escócia), Nova York, São Francisco, Boston e Clevelend (EUA), Santiago (Chile), Madri (Espanha), Istambul (Turquia), Genebra (Suiça) e ainda as cidades de Tel-Aviv e Jerusalém – onde parte importante do povo é contra essa ação criminosa do governo israelense. Em todas essas cidades e outras manifestantes vão às ruas para denunciar mais este ataque assassino, que promete derramar ainda mais sangue palestino nos próximos dias.

Para os cerca de 50 palestinos mortos e mais de 200 feridos morreram três israelenses. Ainda assim, conforme publicou a BBC Brasil, o primeiro-ministro de Israel, Biniyamin Netanyahu, afirmou neste domingo que o Exército israelense está pronto para “expandir significativamente” suas operações em Gaza, elevando os rumores sobre uma possível invasão terrestre iminente do território palestino. Ou seja, serão mais mortes. 

Por isso, é necessário a ampliação urgente da campanha em defesa do povo palestino. A CSP-Conlutas convoca todas suas entidades filiadas e as estaduais a realizarem manifestações de apoio ao povo palestino e a denunciarem os ataques assassinos de Israel contra este povo. Queremos a Palestina para os palestinos.  

São Paulo – Havia um pouco mais de cem pessoas, mas pareciam conter a voz de milhares. Força, garra e solidariedade exalavam na avenida Paulista com os brados que denunciavam o horror israelense sobre o povo palestino.

Ali todos eram palestinos, árabes, mesmo que fosse somente de coração, para defender e mostrar ao mundo que aqueles incansáveis lutadores não estão sozinhos. “O povo palestino é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”. Com esse grito de guerra conhecido do movimento, começava a caminhada que sairia do Masp até a esquina da Paulista com a Augusta, em frente ao banco Safra.

A iniciativa organizada por entidades de apoio às lutas do povo árabe, entre elas, o Comitê de Apoio ao Povo Palestino e o Mopat (Movimento Palestina para Todos), reuniu também diversos sindicatos, como a Apeoesp, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, assim como o MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária), além de representações de estudantes da USP, o Quilombo Raça e Classe, o Setorial LGBT da CSP-Conlutas.

Segundo o diretor do Sindicato dos Metroviários Alexandre Leme, também da Executiva da CSP-Conlutas/SP, essa ofensiva de Israel está relacionada à ofensiva do povo árabe na região. “É uma tentativa de intimidar a luta do povo palestino para que a onda de mobilizações do mundo árabe não estimule lutas na Palestina contra Israel”, frisa Alexandre.

Em nome do Quilombo Raça e Classe, Wilson Silva solidarizou-se com a luta “dos irmãos palestinos” e comparou o massacre ao massacre cotidiano dos negros, “que também não desistem de lutar”, disse.

Em todas as falas, a exigência ao governo Dilma Rousseff para que rompa relações militares e comerciais com o Estado de Israel. “O dinheiro desse comércio serve para financiar a morte do povo palestino”, lembrou o também palestino Mohamed Al Kadri.

A banalização da violência e dos massacres também foram denunciados. “Parece que o sangue palestino é de graça, não tem valor, que só tem valor o sangue dos israelenses ou dos americanos; nós temos o mesmo sangue vermelho que corre nas veias de cada um de vocês”, emocionou os presentes o representante do Movimento de Solidariedade ao Povo Sírio, Aner.

A representante do Mopat Soraya Misleh lembrou que estão ocorrendo manifestações de solidariedade em diversas cidades do mundo. “O mundo está saindo às ruas para dizer vocês não estão sozinhos, nós vamos ser os olhos e as vozes de vocês”, garantiu Soraya.

Por fim, pelo Comitê de Apoio ao Povo Palestino, Fábio Bosco convocou a todos os presentes para novas mobilizações. “Essa de hoje tem de ser o início de outras mobilizações, não só em São Paulo como em todas as capitais brasileiras”, afirmou, encerrando o protesto que foi seguido de gritos de guerra em árabe.

fonte: cspconlutas.org.br

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Manifestações pelo país em solidariedade ao povo Guarani-Kaiowá ocorrem nesta sexta (9)

Atos em solidariedade à luta do povo Guarani-Kaiowá estão sendo organizados em pelo menos 19 capitais do Brasil nesta sexta-feira (9). Os protestos, que tem o caráter nacional, exigem medidas imediatas contra a violência desfechada sobre os indígenas em decorrência da ganância dos fazendeiros do agronegócio. Tudo com a conivência do governo federal e estaduais.

Em São Paulo, a concentração do ato será às 13h no vão do Masp, na Avenida Paulista. Os manifestantes irão marchar até o TRF 3ª Região e o destino final será na sede da UNICA, na Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.179.

A CSP-Conlutas aprovou uma resolução de apoio à luta dos Guarani-Kaiowá em sua Coordenação Nacional, realizada no final de outubro. A reunião contou com uma representação desta comunidade, o índio Ladio Veron, que veio buscar a solidariedade dos trabalhadores organizados na Central e denunciou a situação desumana que seu povo está vivendo.

Outra iniciativa promovida pela Central foi o encaminhamento de uma carta ao governo exigindo a demarcação imediata das terras indígenas reivindicadas pelos Guaranis-Kaiowás.

O caso ganhou visibilidade, principalmente nas redes sociais, após a divulgação de uma carta na qual os indígenas denunciam o que estava acontecendo com seu povo, e relatam que resistirão até a morte para defender suas terras.

A pressão popular em todo país fez com que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS), cassasse a liminar (decisão provisória) de um juiz federal de Naviraí (MS) que determinava a desocupação pelos índios de área na Fazenda Cambará, em Iguatemi, a 466 km de Campo Grande.

As manifestações de apoio devem continuar até que sejam definitivamente demarcadas as terras indígenas e garantida a segurança desses índios que vivem sob ameaça de pistoleiros contratados por fazendeiros.

Os atos estão sendo convocados pelo Comitê Internacional de Solidariedade ao Povo Guarani-Kaiowá.

Fonte: cspconlutas.org.br

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Confira o Relatório da reunião da Executiva do MML


Relatório da reunião da Executiva do Movimento Mulheres em Luta
02/11/12





Pauta:

1) Ponto político - Acordo Coletivo Especial
2) 25 de novembro - atividades, Jornal Especial e Boletim Eletrônico
3) Finanças do MML
4) Informes dos estados

Ponto Político – Acordo Coletivo Especial

Encaminhamentos:
- Orientar a reprodução e divulgação do material específico produzido sobre o impacto do ACE sobre as mulheres trabalhadoras, permitindo a reprodução de formatos específicos, adequados a cada realidade de estado, cidade ou local de trabalho.
- Avançar na construção de um documento que aprofunde essa relação, como encaminhado pelo Setorial de Mulheres da CSP Conlutas.
- Relacionar esses ataques aos atrasos históricos existentes em termos de direitos das mulheres trabalhadoras
- Nesta campanha, tentar avançar em debates e lutas como o fim da diferença salarial entre homens e mulheres.
- Ressaltar a importância de o MML entrar nesse debate e nessa campanha, como forma também de se diferenciar dos movimentos de mulheres que constroem a luta de forma desconectada com as organizações da classe trabalhadora.

25 de Novembro

Encaminhamentos:
- aprovada proposta de boneco do jornal especial do MML contendo como discussão central o tema da reforma do Código Penal e os retrocessos na Lei Maria da Penha. Além desse tema, deve se desenvolver também: 20 de novembro no verso do jornal, relacionando mulheres negras e a luta contra a violência, abordando também o tema das cotas raciais. No centro, além da reforma no Código Penal, colocar o tema da do tráfico de mulheres e a campanha contra o ACE, assim como a defesa dos índios Guarani-Kaiowás.
- O Boletim Eletrônico também terá todos esses temas, adequados a um Boletim.
- A orientação sobre os atos e atividades é de que sejam construídas da forma mais unitária possível, incorporando diversos setores dos movimentos de mulheres, para engrossar a luta contra os retrocessos na Lei Maria da Penha, bem como pela sua implementação e ampliação.

Finanças

Encaminhamentos:
- Garantir um planejamento financeiro para ser enviado à CSP Conlutas o mais rápido possível
- Aproveitar as atividades do 25/11 para fazer finanças e melhorar o caixa do Movimento

Informes dos estados

Foram dados informes do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e São Paulo:
- Rio de Janeiro: realizou uma plenária do MML no dia 27 de outubro, aonde definiu-se uma série de atividades em torno do 25 de novembro e também uma Executiva para tocar as atividades.
- São Paulo: está organizando uma plenária do MML pro dia 24 de novembro com o tema de violência contra as mulheres e também está articulando alguma atividade para o dia.
- Minas Gerais: está organizando atividades para o dia 25 de novembro e mantém a organização da Executiva, reunindo-se periodicamente.
- Paraná: realizou seu Encontro de Curitiba, aonde definiu atividades e também uma Executiva do MML para avançar na organização do movimento na cidade e no estado.

PRÓXIMA REUNIÃO: 26 DE JANEIRO DE 2013

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Ato em solidariedade ao povo Guarani-Kaiowá dia 9 de novembro às 13h no vão do Masp (SP)



Atos em solidariedade a luta do povo Guarani Kaiowá estão sendo organizados em pelo menos 11 capitais do Brasil. Os protestos são em defesa dessa comunidade, que luta contra a liminar expedida pela Justiça Federal para que se retirem de suas terras, no Mato Grosso do Sul.

Em São Paulo, também foi convocado uma manifestação no dia 9 de novembro com concentração às 13h no vão do Masp, na Avenida Paulista. Os manifestantes irão marchar até o TRF 3ª Região e destino final na sede da UNICA, na Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.179.

A CSP-Conlutas participará do ato e convoca todas as entidades filiadas a se integrarem nessa luta. A Central aprovou uma resolução de apoio à luta dos Guarani Kaiowá em sua Coordenação Nacional,  realizada no final de semana passado. A reunião contou também com uma representação desta comunidade, o índio Ladio Veron que veio buscar a solidariedade dos trabalhadores organizados na Central e denunciou a situação desumana que seu povo está vivendo.

O ato está sendo convocado pelo Comitê Internacional de Solidariedade ao Povo Guarani Kaiowá. Levem faixas, cartazes, banners e manifestem a indignação com a justiça brasileira.

Participe!

Fonte: cspconlutas.org.br

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Índia Guarani-kaiowá de Pyelito Kue é violentada por oito homens


Enquanto M.B.R se dirigia do tekoha Pyelito Kue para o centro urbano de Iguatemi, Mato Grosso do Sul, na última quarta, 24, o motoqueiro que a levava mudou de rota, entrou numa fazenda chamada São Luís e lá oito pistoleiros aguardavam a indígena, que passou a ser violentada sexualmente.

A ocorrência foi registrada na delegacia do município e conforme um agente da Polícia Civil, a indígena realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Naviraí. A investigação para descobrir os autores também teve início e os policiais aguardam o laudo da perícia médica.

De acordo com relatos da própria indígena, os pistoleiros a amordaçaram antes do início das sessões de estupro. Enquanto se revezavam, um sempre mantinha a ponta de uma faca no pescoço de M.B.R. Logo após as sucessivas violências, um dos homens apontou a espingarda que trazia para a cabeça da indígena e passou a dirigir perguntas sobre Pyelito Kue e suas lideranças.

“Ela contou que depois disso os homens deixaram ela largada por lá. Outro homem a viu e prestou socorro. Foi toda machucada para o Hospital São Judas Tadeu e recebeu medicação, atendimento”, relata Líder Lopes, de Pyelito Kue. M.B.R já está na comunidade e aguarda nova ida ao hospital.

Conforme Líder Lopes, a indígena encontra-se assustada e pouco consegue falar. A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi acionada e aguarda o laudo pericial para tomar providências, mas uma equipe se deslocará até a comunidade para prestar apoio a indígena.

Suspeitas
Ainda não há informações mais concretas quanto aos autores da barbárie. Porém, M.B.R disse ao parentes Kaiowá e Guarani que o homem da moto foi enviado pelo marido de uma tia, sendo que ambos vivem em Iguatemi.

Durante esta última semana, a questão Kaiowá e Guarani voltou às manchetes nacionais e internacionais, além de mobilizar centenas de pessoas mundo afora, com uma carta da comunidade de Pyelito Kue dizendo que não sairão de suas terras de ocupação tradicional, mesmo que para isso tenham que morrer resistindo.

(Por Renato Santana, para o Jornal Brasil de Fato)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Neste final de semana, Coordenação Nacional debate desafios dos trabalhadores para o próximo período

Nesta Coordenação Nacional, que ocorre de 26 a 28 de outubro, em São Paulo, a Central irá aprofundar a discussão sobre a conjuntura e os desafios da classe trabalhadora para o próximo período.





Na sexta-feira (26), pela manhã, são temas de debate o  ACE (Acordo Coletivo Especial), a regulamentação do direito de greve no funcionalismo público e a Reforma da Previdência, assim como a resistência dos trabalhadores no enfrentamento desses ataques e a criminalização de suas lutas. A mesa será composta pelo  secretário-geral do Condsef, Josemilton Costa, o secretário de Organização da Fenasps, José Manoel de Campos Ferreira, a presidente do Cepers/Sindicato, Rejane S. de Oliveira e o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, José Maria de Almeida. 

À tarde, haverá o informe internacional sobre a preparação do Encontro Internacional que ocorre na Europa em 2013, e a mobilizações que vem acontecendo em diversos países em decorrência da crise e seu agravamento. Ao final, será apresentada uma resolução sobre o tema.

No sábado, pela manhã, entram em pauta o balanço das campanhas salariais já encerradas e os desdobramentos das  que ainda estão em curso.

No início da tarde, a mesa volta recomposta pelo Movimento Popular, Urbano e Rural. Na ocasião, será traçado um panorama sobre os movimentos que se organizam na CSP-Conlutas e suas tarefas na perspectiva de consolidar a Central como sindical e popular.

Serão pautadas as lutas do movimento pelo Brasil e apresentadas as diferentes formas de organização do movimento no campo e na cidade. A atuação do movimento popular nas favelas, a organização de espaços de culturais nesses locais para disputar a consciência dos moradores e as lutas da juventude das periferias, também serão discutidos.

Ao final do dia, os setoriais da CSP-Conlutas se reúnem para discussão das pautas especificas de cada categoria. Uma novidade desta coordenação é a formação do Setorial da Cultura, por iniciativa do CAS (Coletivo de Artistas Socialistas).

No domingo, último dia de coordenação, serão apresentados os informes dos setoriais, as moções e as resoluções para irem a voto. Será discutida também a recomposição da Secretaria Executiva Nacional junto aos movimentos populares filiados à Central, com a perspectiva de recompor as três vagas remanescentes na SEN.

A CSP-Conlutas convoca todas as suas entidades filiadas para esta Coordenação Nacional que deverá preparar a Central e entidades filiadas para os próximos desafios.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

MML participa de Seminário Nacional do SINASEFE


Entre os dias 19, 20 e 21, o SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), entidade filiada à CSP Conlutas, realiza o Seminário do GT de gênero, raça, etnia e trabalho infantil. O objetivo do Seminário é avançar na luta contra o preconceito e a opressão a partir do Sindicato Nacional e dessa forma, fortalecer a organização da categoria e do conjunto da classe trabalhadora.

O Movimento Mulheres em Luta será parte da mesa que vai discutir a situação da mulher trabalhadora brasileira, sua inserção no mercado de trabalho, as medidas dos governos e a luta contra o machismo e a exploração.

O Seminário começou com a mesa sobre a questão racial e a luta LGBT, confira notícia do site do Sindicato:

As discussões sobre a origem história da opressão começam
Após apresentação de vídeos sobre raça e situações exclusivas provocadas pela sociedade, os companheiros apresentam no GT SOBRE RAÇA, GÊNERO, ETNIA E TRABALHO INFANTIL questões opressivas cotidianas nas instituições de ensino e a igualdade de todas as minorias precisam ser revertidas. Pontos são defendidos, situações de exclusão foram polemizadas seguindo a apostila de temas do evento. O primeiro tema tratado fo a origem social e histórica da opressão e a luta de TODOS contra as demandas que excluem mulheres, negros, homossexuais entre outros.

Apresentação sobre o preconceito racial nos institutos de ensino e nos sindicatos
Na mesa de abertura, Flávio Bandeira do setorial LGBT da CSP Conlutas faz apresentação da atualidade do preconceito sexual no Brasil, fazendo convite aos interessados sobre os temas de preconceito e homofobia, poderem participar da discussão do GT na Sede Nacional.

Foi passada a palavra à Maristela Farias do Quilombo Raça e Classe, setorial Negros e Negras da CSP Conlutas.  Maristela explana sobre o histórico do movimento Quilombos nos sindicatos e sobre a defesa do respeito racial, a luta pelo negro no Brasil ressaltando os avanços dos sindicatos afiliados a CSP Conlutas sobre as questões sobre raça e classe. As cotas para a direção de sindicatos também existem, segundo Maristela: 50% da direção deve ser para negros. Proporção de 40% para mulheres.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Uruguai é o primeiro país da América do Sul a descriminalizar o aborto


O senado uruguaio sancionou nesta quarta-feira (17), a lei que descriminaliza o aborto durante as 12 primeiras semanas de gestação e sob certas condições, o que converte o país no segundo a América Latina em permitir o aborto, depois de Cuba.

A iniciativa foi aprovada com 17 votos contra 31. A maioria se constituiu com 16 senadores do partido governista Frente Ampla, mais o senador Jorge Saravia, ex integrante do governo que integra o Partido Nacional.

A norma chegou ao Senado após aprovação na Câmara dos Deputados em 25 de setembro passado, em uma vitória apertada de 50 votos a favor e 49 contra. O presidente José Mujica anunciou que não vetará a lei, que entra agora em processo de regulamentação. Uma lei similar foi aprovado pelo Congresso uruguaio, mas foi vetado pelo então presidente Tabaré Vázquez, em 14 de novembro de 2008.

Polêmicas
A lei aprovada nesta quarta-feira (17) pelo Senado uruguaio, e que teve também o aval do presidente José Mujica, estabelece que a interrupção da gravidez não será penalizada se for realizada antes das 12 semanas, mas para fazê-lo, a mulher deverá cumprir uma série de requisitos, como passar por uma consulta médica em uma instituição do Sistema Nacional Integrado de Saúde para que uma equipe interdisciplinar avalie a situação.

Entre os argumentos contra o projeto está o de que ele “não despenaliza o aborto, porque o mantém como delito no Código Penal”, segundo afirmou à Télam Alejandra López, codiretora da ONG uruguaia Mulher e Saúde.

A mulher terá então cinco dias para ratificar sua decisão mediante a assinatura de um consentimento informado. É por isso que tanto López como a Coordenadora Aborto Legal (CAL) consideram que o projeto “não despenaliza a interrupção voluntária do aborto, apenas suspende a pena sempre e quando se cumpram com todos os trâmites e prazos estabelecidos nos artigos”.

Télam - Agencia de Noticias de la República Argentina

(Publicado originalmente em http://www.ebc.com.br/, em 17/10/2012)

Fonte: CFêmea

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Servidores federais lançarão campanha pela anulação da reforma da previdência aprovada sob compra de votos

O julgamento dos envolvidos no chamado Mensalão trouxe novamente um tema de interesse público na política brasileira: as práticas vergonhosas de corrupção em torno da compra de votos de parlamentares para aprovação no Congresso Nacional de projetos de interesse do governo e de empresários. Uma verdadeira teia de práticas ilícitas com o dinheiro do povo brasileiro.
 
O ministro Celso de Mello do STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou em suas considerações de votos que os atos parlamentares contaminados pela corrupção do Mensalão são passíveis de anulação.
 
Se refrescarmos a memória, lembrarmos que em 2003, apesar da resistência dos trabalhadores diante dos ataques do governo acerca das aposentadorias, houve muita negociata para a aprovação da reforma da previdência. Para ser aprovada, a proposta precisava de 308 votos na Câmara. Obteve 357 votos no primeiro turno e 358 no segundo.
 
Diante da possibilidade de invalidação dessas votações no Congresso, já há a articulação de diversas entidades para a elaboração de uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) ou medida judicial cabível pedindo a anulação da reforma da Previdência.
 
Mesmo sem a comprovação de que as bancadas dos partidos dos deputados condenados por corrupção passiva tenham recebido para votar com o governo, os ministros podem considerar que o processo teve um vício formal e pode ser anulado.
 
Fazendo a análise de que parte da campanha em defesa da aposentadoria do trabalhador brasileiro é exigir a anulação da votação da reforma da previdência, os servidores públicos, reunidos no Fórum Nacional de Entidades dos SPF (Servidores Públicos Federais) irão se integrar e já definiram pelo lançamento de uma campanha política nacional pela anulação da reforma da previdência. Essa campanha será desenvolvida com ações políticas com mobilização junto ao funcionalismo federal e na esfera jurídica com ações judiciais.
 
No imediato, o Fórum Nacional aprovou, em sua reunião desta terça-feira (9), a realização de uma reunião com o jurista, Dr. Cezar Britto, para tratarem de iniciativa junto ao STF pela anulação dessa reforma. A ideia é formar um grupo de entidades signatárias de uma ADIN, para dar entrada nesse tribunal logo após o final do julgamento do Mensalão.
 
A CSP-Conlutas se soma a essa iniciativa e vai participar dessa reunião em Brasília para dar encaminhamento à campanha política pela anulação da reforma da previdência e para definir as iniciativas jurídicas a serem tomadas tão logo seja publicado o acórdão do julgamento do Mensalão.

Fonte: cspconlutas.org.br

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

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Chega da violência contra as mulheres!

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