quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Movimento Mulheres em Luta no DF provoca a Justiça contra a falta de vagas nas creches públicas

Nesta quinta-feira o movimento procurou a Defensoria Pública do DF para solicitar uma ação civil pública que obrigue o Governo do Distrito Federal a dar uma solução imediata para as seis mil crianças que ficaram sem creches.

Brasília, 21/02/2014 – Diante da lista de espera com mais de seis mil crianças que ficaram fora das vagas nas creches públicas do Distrito Federal, o Movimento Mulheres em Luta (MML) procurou a Defensoria Pública do DF, nesta quinta-feira (20), para solicitar uma ação coletiva que busque uma solução imediata.

“O ensino fundamental é um direito constitucional, por isso, o MML provocou a Defensoria acerca da possibilidade de uma ação civil pública que obrigue o Governo do Distrito Federal a matricular todas as crianças imediatamente em escolas conveniadas, particulares, ou que realize o ressarcimento das mães que tiveram de pagar creche particular”, esclareceu Maria Rita Aderaldo, uma das diretoras do movimento.

Para Mácia Teixeira, outra das diretoras do Movimento Mulheres em Luta no DF, a falta de providências do Governo do Distrito Federal (GDF) para prestar um serviço obrigatório constitucionalmente e solucionar o problema das crianças que estão fora da escola hoje constitui mais uma forma de violência contra as mulheres, pois retira das mães que não tem um lugar seguro para deixar seus filhos a capacidade de trabalho.
Segundo o defensor público-geral do DF, Jairo Lourenço de Almeida, que recebeu o movimento junto do subdefensor, Hamilton Carvalho dos Santos, e da diretora do departamento psicossocial, Ingrid Quintão, a Defensoria tem a prerrogativa de propor uma ação civil pública nos moldes propostos pelo MML. Ele solicitou que o movimento leve à Defensoria a lista de espera para vagas nas creches do Distrito Federal, comprometeu-se a pesquisar as ações recentes impetradas na Justiça pelo Ministério Público referentes à educação infantil e afirmou que vai procurar a Secretaria de Educação para informar a demanda do movimento e também solicitar cópia da lista de espera.

Embora o GDF, por meio do subsecretário de Planejamento Educacional, Fábio Pereira de Souza, afirme que está empenhado para amenizar o problema, que 112 escolas estão em construção, que seis creches foram inauguradas e que outras 57 já assinaram convênio com o GDF, os problemas das famílias que estão na fila de espera encontram-se sem providência imediata. “Este é um problema que perdura há décadas. É muito triste para mim, como mãe que passou por isso há 20 anos, ver mais amigas e companheiras sofrendo a mesma situação hoje em dia”, lamentou Francinete Silva Manzan, diretora do MML também presente à reunião.

“Das 654 escolas públicas do Distrito Federal, apenas 30 são de educação infantil. O que o MML quer, além do credenciamento de novas creches conveniadas, é a matrícula imediata de todas as crianças que ficaram fora das vagas, ou o ressarcimento financeiro às mães que conseguiram dinheiro para pagar escola particular, até que novas escolas sejam construídas, pois não é justo retirar das trabalhadoras parte de sua escassa renda para pagar por um serviço obrigatório de acordo com a Constituição. Essas mulheres pagam impostos e não estão recebendo o serviço a que têm direito”, afirmou Roberta Fernandes, outra representante do movimento.

As mães e os pais também podem entrar individualmente com ações na Justiça. De acordo com a decisão do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), o o Núcleo de Iniciais de Brasília da Defensoria Pública, na 114 Sul, é o responsável por encaminhar as ações à Vara de Fazenda Pública.

Assessoria de Imprensa
Movimento Mulheres em Luta  (DF)

Todo apoio à Profa. Beatriz Abramides! Contra a perseguição política na PUC!

A Profa. Maria Beatriz Costa Abramides acaba de ser condenada em processo disciplinar e punida com uma advertência pela reitoria da PUC. O processo foi aberto devido a sua participação em uma manifestação de caráter político, durante reunião do Conselho Universitário, contra a posse da reitora Ana Cintra, eleita de forma antidemocrática. 

A companheira Beatriz Abramides tem uma reconhecida trajetória na defesa da universidade, da educação e dos direitos sociais e essa punição é uma clara medida de perseguição política. Sua participação na manifestação foi deliberada em assembleia da Associação dos Professores da PUC-SP, da qual a professora é vice-presidente, sendo portanto este um ataque também a essa entidade, e à organização sindical e política na universidade como um todo.

Colocamos todo nosso apoio à companheira Beatriz Abramides que, justamente na luta pela democratização da universidade, enfrenta a repressão e perseguição política, que está se fazendo cada vez mais comum em nosso país nesse momento.

Pela revogação imediata da aplicação de advertência formal à Profa. Beatriz Abramides!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Machismo em horário nobre! E ainda dizem que a culpa é nossa!

A nova novela do horário nobre da rede globo, “Em família”, desde seu primeiro capítulo já deixou claro que seria mais um espaço na mídia a reproduzir o machismo e responsabilizar as mulheres pela opressão que sofrem.

A trama gira em torno de um casal que mesmo sendo muito jovem já refletem todo o peso do ciúme e o namorado defende a idéia de que a mulher é uma propriedade do homem. A jovem, interpretada por Bruna Marquezini, se apresenta como uma pessoa decidida e que não aceita a postura dominadora do namorado.

Porém, o tempo todo o rapaz é colocado como alguém que precisa se tratar e ela como aquela que gosta de provocar, ou seja, aquela que sabe que o namorado é ciumento e ainda assim não obedece as suas ordens, insiste em ter uma relação de amizade com outro homem, fala de seus desejos sexuais, portanto está procurando uma situação de violência.

As mulheres são constantemente responsabilizadas pela violência e pelo machismo que sofrem, seja pela roupa que vestem, pelo comportamento que tem, ou pelo fato de não denunciarem um agressor. Tanto é assim que após o namorado ter agredido fisicamente o outro rapaz da trama, Helena, a personagem, ajoelhou-se e pediu desculpas pelo que tinha acontecido sentindo-se culpada pela atitude de violência machista do namorado. 

A personagem Neidinha, vítima de estupro coletivo, é outra demonstração de como a mídia representa as mulheres e reforça sua opressão. Primeiro ocorre a cena chocante de um estupro coletivo, depois há uma passagem de tempo de 20 anos, sem que se apresente a busca pelos culpados da violência sexual. Ao contrário disso, a personagem engravida, tem a criança e a agora sua filha quer conhecer o pai.

A prática do aborto em casos de estupros é uma das poucas garantidas por lei no Brasil, ainda assim muitas mulheres são questionadas e assediadas a não se valerem desse direito. Nesse sentido é que se discute no congresso nacional o projeto de lei sobre o estatuto do Nascituro.  Esse projeto visa garantir uma bolsa a mulher que decidir ter o filho fruto da violência sexual, propõe procurar o responsável pelo ato e fazê-lo registrar a criança, como punição. Todavia, em nenhum momento são apresentadas soluções para a dor, a humilhação e a violência sofrida pela mulher.


No Brasil, a cada 12 segundos uma mulher é estuprada, sendo as mulheres negras as principais vítimas. A cada 24 segundos uma mulher é espancada ou a cada 1h e meia uma mulher é assassinada por causa do machismo. Diante de dados tão alarmantes é inadmissível que uma novela que atinge centenas de brasileiros trate do tema de maneira irresponsável. Não aceitaremos mais sermos retratadas como tentações, feiticeiras ou pecadoras.  Chega de violência contra as mulheres! Abaixo o machismo midiático! 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Trote opressor não é diversão


Na última semana foram amplamente divulgadas imagens de trotes violentos, machistas e racistas na faculdade Cásper Líbero, em São Paulo. Um calouro foi amarrado a um poste numa óbvia associação com o episódio de racismo que aconteceu no Rio de Janeiro, quando um jovem negro foi vítima da ação de “justiceiros”, sendo espancado, obrigado a ficar nu e preso pelo pescoço com uma trava de bicicleta num poste. As calouras foram humilhadas, assediadas e coagidas pelos veteranos a fazerem simulações de sexo oral com pepinos e bananas. Tudo isso em plena avenida paulista.

Esses casos não são os únicos. Já foram denunciados pelo movimento feminista e estudantil o caso do trote na UFMG, onde veteranos faziam saudações nazistas e pintaram uma caloura com tinta preta, acorrentaram-na e penduraram uma placa onde estava escrito “caloura chica da silva”; o “miss bixete” no campus da USP em São Carlos, onde as calouras são humilhadas e objetificadas; o trote “perpétuo” da medicina na PUC Sorocaba, com humilhações sistemáticas com os estudantes e inúmeros outros casos.

Infelizmente não é novidade o trote opressor. O que deveria ser um momento de recepção dos ingressantes nas universidades e de integração entre os estudantes acaba virando um momento de agressões violentíssimas, reproduzindo tudo o que há de mais degenerado da nossa sociedade, marcando profundamente a todos que são submetidos. Quando os estudantes acham que é divertido oprimir o que vemos é uma prática que reforça toda a ideologia racista, machista e homofóbica que violenta historicamente mulheres, negros e lgbt’s.

Muitos defensores do trote opressor alegam a tradição e que a participação é opcional. Ignoram toda a carga histórica da opressão e tratam como se fosse simples o oprimido superar a vergonha, o constrangimento e humilhação e dizer “Não”. Quem se nega a participar desses trotes é isolado socialmente, perseguido e intimidado.

Nós do Movimento Mulheres em Luta nos posicionamos veementemente contra o trote machista, racista e homofóbico bem como todo e qualquer trote que oprima, humilhe e violente. Nenhuma opressão faz parte do mundo que queremos e pelo qual lutamos.

Estamos construindo desde o ano passado uma forte campanha de combate a violência contra a mulher e a luta contra o trote machista em todo o país faz parte dessa campanha.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Violência machista mata dirigente sindical e militante do Movimento Mulheres em Luta

É com extremo pesar que viemos informar que a companheira Sandra Fernandes foi assassinada, junto com seu filho Cauã, de 10 anos,  na madrugada dessa segunda feira, dia 17 de fevereiro. Sandra era professora da rede municipal de Recife.

O namorado de Sandra confessou o crime e já está preso. Mais um triste fato que demonstra as consequências do machismo e da violência na vida das mulheres. Sandra levou nove facadas e Cauã 11.
Sandra militava há 10 anos no PSTU e era dirigente do SIMPERE, Sindicato filiado à CSP Conlutas, que representa sua categoria. Sandra era também militante e construtora do Movimento Mulheres em Luta, e o debate e a luta contra o machismo era parte central de sua história de militância.

Sabemos que a violência machista mata 15 mulheres por dia e que a violência física é a expressão mais bruta e individualizada da ideia de dominação do homem sobre a mulher. Sandra se soma a essa triste estatística, o que não deixar de indignar e entristecer os companheiros e companheiras que militaram ombro a ombro com a companheira.

Soma-se à tristeza da perda, a raiva e a indignação que esses casos geram. Até quando mais mulheres vão morrer em situações bárbaras como essas?

Sandra militava para destruir o capitalismo, o principal responsável por essas barbaridades que todos os dias entristecem e indignam milhares de mulheres, parente, amigos, companheiros, etc.

O capitalismo se apropria da ideologia machista para superexplorar as mulheres trabalhadoras e para sustentar essa ideologia desenvolve outras, vinculadas a essa, como a de que as mulheres são propriedade dos homens e que devem estar sujeitas aos mecanismos da violência física, para que a vontade do homem prevaleça.

A opressão machista sujeita todas as mulheres, inclusive aquelas que lutam contra o machismo. Não é verdade que o fato de ser consciente de sua condição de oprimida tira a possibilidade de viver situações de machismo, porque essa ideologia é a ideologia dominante na sociedade e perpassa a vida das mulheres em todos os seus aspectos.

O assassinato de Sandra nos entristece profundamente e queremos manifestar o carinho sincero com seus companheiros e companheiras de Recife, os que militam no PSTU, os companheiros e companheiras do SIMPERE e as companheiras do MML.

Precisamos transformar a tristeza em raiva contra o machismo e em motor para seguir a luta que Sandra tanto construiu, contra o machismo, a exploração e por uma sociedade realmente sem violência, uma sociedade socialista.

A morte de Sandra não mostra fraqueza dela, nem das mulheres, nem dos seus instrumentos de luta. Mostra força das ideologias que sustentam esse tipo de conduta bárbara, doentia e agressiva de seu então namorado. E precisamos mostrar que a luta de Sandra nunca foi, nem nunca será em vão.

Neste momento de dor, prestamos toda solidariedade à família, parceiros, amigos. Mas também colocamos toda nossa força política a serviço de lutar por um mundo em que não precisemos mais passar pelo sofrimento que estamos passando agora.

Cauã, presente!

Companheira Sandra, presente!

Nota da CSP-Conlutas sobre reportagem da Revista Veja


A Revista Veja desta semana, em matéria sobre os black blocs, tenta estabelecer uma relação entre a CSP Conlutas e esse grupo, que absolutamente não é verdadeira.   

A matéria afirma que os black blocs são apoiados por uma “organização (…) composta de advogados que ficam a postos, nas ruas e em delegacias, para ajudar manifestantes detidos em confrontos de rua. Em São Paulo, quem faz esse papel são os advogados da CSP-Conlutas, entidade sindical ligada ao PSTU”.

A Veja, mais uma vez, distorce declarações de nossa Central e, dessa forma, se presta ao papel de desinformar.   

A CSP Conlutas é uma central sindical e popular, composta por sindicatos, organizações populares e juvenis. Atua em todo o país e esteve presente nos protestos de junho, nas mobilizações que seguiram e nas paralisações nacionais de 11 de julho e 30 de agosto, convocadas pelas centrais sindicais.   

Não temos nenhuma ligação com os black blocs. Temos outros métodos e formas de atuação. A Central tem, no seu interior, militantes de partidos de diferentes ideologias, mas preserva a sua autonomia frente aos partidos políticos e sua independência frente ao estado e suas instituições.   

É reconhecida a atuação da Central na defesa das reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras por ela representados(as).   

É sabido por todos que a truculência da polícia do governador Alckmin (PSDB- SP) desatou uma onda de solidariedade aos poucos milhares de manifestantes que iniciaram a luta contra o aumento das passagens em São Paulo em 2013. Os militantes da CSP Conlutas estavam nessas manifestações.   

Foi fruto dessa truculência absurda que os atos se massificaram e se espalharam por todo o país, afirmando que a luta não era apenas pelos 20 centavos.   

A CSP-Conlutas teve alguns de seus militantes detidos, junto com algumas dezenas de jovens nessas manifestações. E colocou os advogados ligados à Central à disposição para liberar esses manifestantes.   

Da nossa parte, não houve distinção quanto a esses jovens terem ou não ligação com a Central, ou serem ou não ligados aos black blocs, pois se tratava, naquele momento, da defesa do direito democrático de manifestação, que o governador Alckmin (PSDB) tentava impedir. Trata-se de um gesto de solidariedade que é obrigação de qualquer organização dos trabalhadores.   

A ilação feita pela Revista Veja, em sua reportagem, misturando uma ação de solidariedade da nossa Central com um suposto pagamento a pessoas para tumultuarem manifestações no Rio de Janeiro é muito grave. Tenta criar um ambiente de criminalização das lutas sociais no país, chegando ao cúmulo de transformar em crime até mesmo a atividade dos advogados.   

Em sua sanha por buscar responsáveis pela trágica morte do jornalista Santiago, já condenada por nossa Central em nota oficial, tenta agora atingir partidos políticos de esquerda, sindicatos e advogados, no exercício de suas prerrogativas profissionais.   

A CSP-Conlutas repudia os ataques infundados da Revista Veja. Seguiremos defendendo o direito democrático de manifestação e não aceitaremos que sob a trágica morte do jornalista Santiago e a dor dos amigos, profissionais e familiares, com os quais nos solidarizamos, se abram as portas para ataques às organizações sindicais e populares como a nossa Central, que lutam em defesa dos direitos da população trabalhadora, ao direito de manifestação e às liberdades democráticas.   

São Paulo, 17 de fevereiro de 2014. 
Secretaria Executiva Nacional da CSP CONLUTAS – Central Sindical e Popular  

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Chega de Sufoco e Assédio no Metrô de São Paulo!

Na última terça feira, dia 4 de fevereiro, as 18h em pleno horário de pico na estação Sé, estação central da cidade, um trem da frota K-07 falhou ocasionando um problema generalizado. A falha se iniciou no fechamento das portas e, enquanto não se resolvesse, o trem da linha vermelha não poderia continuar o seu trajeto, que seria a ligação leste-oeste da capital. Isso desencadeou um verdadeiro efeito em cadeia.

A superlotação dos trens do metrô de São Paulo, o desligamento do ar condicionado, a falta de janelas e o calor sufocante que tem atingido a cidade nesse verão, geraram um caos completo.  Muitos passageiros passaram mal, outros entraram em pânico e muitos desceram e caminharam pelos trilhos. Essa situação durou por aproximadamente cinco horas e 10 estações do metrô foram fechadas. Depois de tanto desespero o governo foi procurado para dar explicações e qual não foi a nossa surpresa quando Geraldo Alckmin insinuou que tudo isso poderia ser fruto de “sabotagem”, ou mesmo as declarações do secretário de transportes de SP, Jurandir Fernandes, que foi mais além e disse que todo o caos poderia ter sido obra de “grupos organizados” e de “vândalos”.

Enquanto os governantes jogam a culpa na população, nós relembramos alguns fatos importantes para compreender o fato dessa terça feira que não foi o primeiro e nomear os verdadeiros culpados. O trem onde houve a falha é da frota K, frota que foi reformada pelas empresas envolvidas no esquema de corrupção e licitações fraudulentas que veio a tona no segundo semestre de 2013 e que ficou conhecido como propinoduto. O propinoduto fraudava as licitações de reforma, aquisição de novos trens e expansão do metrô de SP. Foram milhões desviados por esse cartel que envolvia vários governos do PSDB e também algumas multinacionais, Alston e Siemens.

Esse é mais um caso que evidencia a maneira como os governos tratam uma questão tão cara para os trabalhadores como é o transporte. O caos e sufoco que todos os dias nos atingem no transporte público poderia ser perfeitamente sanado com mais investimentos, mas não é o que estamos vendo. Bilhões são investidos nas obras da copa, bilhões foram desviados no escândalo do propinoduto e a população paga o preço, um alto preço.

Nem todo mundo sofre de maneira igual no sufoco do transporte. É na superlotação que nós mulheres mais sofremos com agressões machistas de toda ordem. São comumente denunciados assédios e estupros. Somos nós mulheres que enfrentamos gigantescas distâncias para levar nossos filhos para a escola, para irmos para o trabalho, para voltarmos e fazermos tudo de novo a fim de garantir a subsistência das nossas famílias. Somos nós que ficamos vulneráveis nos pontos escuros de ônibus à espera do transporte. O caos no transporte público, para nós mulheres, adquire contornos muito violentos. Os governos e empresas ao serem responsáveis por toda essa situação são coniventes com a violência machista que sofremos.

O Movimento Mulheres em Luta está organizando um Ato no dia 13 de fevereiro, junto com o Sindicato dos Metroviários de SP e outras entidades para denunciar  sufoco do Metrô e para exigir investimentos para termos um transporte público, gratuito, estatal e de qualidade.


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

MML Maranhão prepara campanha contra a violência às mulheres



Organizar a Luta para Combater a Violência contra as Mulheres

Nesta quinta-feira, 06, acontecerá uma plenária ampliada do Movimento Mulheres em Luta no Maranhão. Várias entidades sindicais e movimentos feministas locais foram convidados para participar da plenária, que tem como principais objetivos: dar continuidade à campanha Pelo fim da violência à mulher trabalhadora e iniciar a organização das atividades para o Dia Internacional da Mulher.

Nos últimos anos, os índices de violência contra a mulher só aumentam. Milhares de mulheres sofrem agressões físicas, psicológicas e sexuais e são assassinadas todos os dias todos neste país, sem que os governos apresentem soluções eficazes de combate à violência à mulher. Esse contexto demonstra a necessidade real da organização para o combate à violência. Essa é a finalidade da campanha lançada pelo MML em 25 de novembro de 2013, quem tem como eixos: a violência sexual, a violência doméstica, as condições de vida das mulheres nas cidades, o assédio moral e sexual no trabalho e a violência do Estado, que se expressa pela violência de classe e desigualdades sociais. 

Não podemos esquecer que, além de conviver com a violência, a mulher também sofre com a falta de saúde, de transporte público seguro e de qualidade, de educação, de creche, com os postos de trabalho mais precarizados e com os menores salários. Em contrapartida, os governos, que não investem em políticas públicas para melhorar as condições de vida da população, gastam bilhões em obras da copa e implementam medidas cada vez mais repressivas para impedir o direito de livre manifestação e de greve dos trabalhadores e trabalhadoras. No cenário de Copa do Mundo, em que os holofotes do capital estarão voltados para o Brasil, a faxina étnica e social será executada de maneira mais efetiva, e o governo lançará mão de forte repressão para “manter o controle da situação”, sem explicar porque bilhões serão retirados dos investimentos sociais e transferidos para a iniciativa privada, logo é importante e necessário que os movimentos se organizem para lutar.

Tendo a compreensão de que a luta das mulheres não está separada da luta mais geral dos trabalhadores, mas que também tem demandas específicas e urgentes, como o direito de viver sem ser espancada e de ter creche para poder trabalhar,  de ter um salário justo, o Movimento Mulheres em Luta chama atenção para a necessidade desta plenária e de outras, para discutir e nos organizar para a luta contra a violência e pela construção de uma sociedade sem machismo, sem racismo, sem homofobia e sem exploração, isto é, lutar pela construção de uma sociedade socialista.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Servidores públicos federais farão lançamento nacional da Campanha Salarial em Brasília nesta quarta-feira (5)

Os servidores públicos federais preparam para o dia 5 de fevereiro o Lançamento Nacional da Campanha Salarial.  A iniciativa será marcada por um ato público na Esplanada dos Ministérios.   

A categoria também solicitou uma audiência com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, no mesmo dia em que será realizado o ato.   

Na última sexta-feira (24), os servidores protocolaram a pauta de reivindicações com os eixos da Campanha Salarial no Ministério do Planejamento.   

Outra importante atividade será a Reunião Ampliada do Fórum Nacional dos SPF, no dia 7, quando as entidades definirão a data da deflagração da greve unificada.   

Neste ano de Copa do Mundo, a campanha traz o tema “Jogando juntos, a gente conquista-Serviço Público Padrão Fifa!”. Também faz um contraponto aos gastos do governo com esse megaevento, além de exigir o mesmo investimento nos serviços públicos e valorização do servidor.   

Há indignação generalizada diante da abertura dos cofres do governo de Dilma Rousseff (PT) para a construção de estádios padrão FIFA. “O povo trabalhador morre nas filas dos hospitais e nossas crianças têm que estudar em escolas precarizadas, sem a menor condição de funcionamento. Por isso, estamos exigindo serviços públicos e salários de acordo com o “padrão FIFA” de estádios, ou seja, de qualidade e que atenda as necessidades de nosso povo”, diz o dirigente da CSP-Conlutas Paulo Barela.    

Barela resgata ainda a intenção da campanha: “Vamos, na esteira das jornadas de junho de 2013, lutar pelas reivindicações de nossa pauta unificada, mas também por mais verbas para saúde, educação, transporte e moradia”.   

Lançamento nos estados   
No dia 22 de janeiro, os servidores públicos federais fizeram o lançamento da Campanha Salarial estados. Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Alagoas, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraná e Rio Grande do Sul promoveram atividades e deram a largada na campanha.

Reivindicações   
Entre as principais reivindicações dos servidores estão: a luta por uma política salarial permanente; paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; definição de data-base (1º de maio); regulamentação da negociação coletiva; diretrizes de plano de carreira; retirada de projetos no Congresso Nacional que prejudicam os trabalhadores públicos; cumprimento por parte do governo de acordos e protocolos de intenções firmados em processos de negociação, bem como a antecipação da parcela de reajuste prevista para janeiro de 2015 e o reajuste em benefícios. Além dessas reivindicações, os servidores públicos seguem lutando pela revogação da lei que criou a Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) e em defesa da Previdência Pública para todos.   

Materiais de divulgação da Campanha   
O Fórum de entidades dos servidores públicos elaborou diversos materiais de divulgação da Campanha, que vão desde cartaz, jornal, até adesivo de carro e panfletos. 

Fonte: cspconlutas.org.br

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

Chega da violência contra as mulheres!

Chega da violência contra as mulheres!