quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Boletim Eletrônico nº18 do Movimento Mulheres em Luta.

Chegou o Boletim Eletrônico nº18 do Movimento Mulheres em Luta!
Confira nesta edição: Seminário Nacional do MML lança campanha “1% do PIB para o combate a violência contra a mulher”; Como trabalhar com o abaixo-assinado?; Como vamos concluir essa atividade?; 2015: a previsão é de lutas à vista!

Para ter acesso ao texto on-line  em versão PDF para download e impressão imprimir é só acessar o link:
http://issuu.com/mulheresemluta1/docs/boletim_eletru00f4nico_nu00ba_18


Para acompanhar as informações do MML é só acessar o blog:
http://mulheresemluta.blogspot.com.br/


Ou a página do MML nacional no facebook:

https://www.facebook.com/pages/Movimento-Mulheres-em-Luta/273212596079187?ref=bookmarks











segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

CONVOCATÓRIA PARA REUNIÃO DA EXECUTIVA NACIONAL DO MML


Companheiras, o ano de 2015 começou com muitas preocupações para a classe trabalhadora. A recessão na economia do país é evidente e os patrões e governos já tomaram medidas para transferir aos trabalhadores a conta dessa crise.

As medidas provisórias 664 e 665 do governo Dilma, os cortes no orçamento de pastas sociais, as ameaças de demissões são alguns dos acontecimentos no início do segundo mandato de Dilma do PT na presidência.

Nesse contexto, estamos construindo uma campanha que visa pressionar o governo a inverter as prioridades e investir 1% do PIB nas políticas de combate a violência contra a mulher, bem como estaremos envolvidas na construção dos atos de 08 de Março, levando as mulheres trabalhadoras às ruas para lutar por seus direitos e contra o machismo.

Por isso, convocamos a primeira reunião da Executiva Nacional do Movimento Mulheres em Luta para o dia 01/02, em São Paulo, com o objetivo de discutir o planejamento do movimento para o primeiro semestre, bem como articular nossa participação no calendário de lutas que se dão em todo o país.

Data: Domingo, dia 01/02/2015
Hora : 09 às 18:00
Local : Sindicato dos Metroviários de São Paulo – Rua serra do Japi, 31, Tatuapé, SP.





domingo, 18 de janeiro de 2015

A força das operárias: presença e participação das mulheres na eleição do sindicato da construção civil de Belém.


Marcela Azevedo da Executiva Nacional do MML

Nos dias 08 e 09 de Janeiro, aconteceu a eleição da nova diretoria do sindicato dos trabalhadores da construção civil de Belém. Este é um sindicato de referência para os trabalhadores de diversas categorias em Belém e no país todo. Nos últimos anos vem travando lutas e enfrentamentos importantes com a patronal e a repressão do Estado.



Contudo, outra característica dessa entidade nos faz ter orgulho de atuar conjuntamente e deve servir de exemplo também: o trabalho entre as mulheres e a organização de suas pautas específicas. Em Agosto de 2010, com apenas uma mulher na diretoria, foi realizado o 1º Encontro de Mulheres da categoria, esse foi o marco no início de uma atuação que só faz avançar na presença das mulheres em todas as atividades da categoria, inclusive em sua nova direção sindical.

Na chapa recém-eleita, estão presentes cinco mulheres, um companheiro transexual e muita disposição para fazer da luta contra todas as ideologias opressoras uma tarefa da classe trabalhadora, de fato. Apresentaremos abaixo, um pouco da experiência que foi acompanhar esse processo eleitoral e perceber a participação massiva das mulheres. Com vocês as operárias da construção civil de Belém!

Simone Rodrigues
Simone Rodrigues, está há 08 anos na categoria, faz parte da secretaria de mulheres do sindicato desde 2010, como representante de base. A partir das discussões feitas nesse espaço, se candidatou a CIPA e se tornou referencia de luta para as colegas de seu canteiro.


“O sindicato nos ajuda muito, principalmente através da secretaria de mulheres e das atividades de formação. Espero com a minha entrada e de outras companheiras [no sindicato] poder fazer mais”.
Simone Rodrigues

Márcia Lobato
 Márcia Lobato, está há 4 anos na categoria. Desde 2011 faz parte da direção do sindicato, dirigindo piquetes e acompanhando o cotidiano das obras, em especial os casos de assédio sobre as mulheres.


“O aumento do número de mulheres na diretoria vai ser fundamental para avançarmos no trabalho da secretaria de mulheres e fortalecer a luta pela classificação profissional!”

Márcia Lobato.


Lilian Santos, 05 anos na categoria. Destacou-se como grande ativista na greve de 2013. Enfrentou a perseguição política no local de trabalho e a demissão como resposta a sua persistência na luta, nada disso a intimidou.


Lilian Santos
“Eu gosto da luta. Essa galera que está no sindicato, já vem atuando na defesa da categoria há muito tempo, por isso decidi me unir a eles”... “A gente percebe que as mulheres [como dirigentes sindicais] estão sendo mais respeitadas nos canteiros e as trabalhadoras contam com a gente para ajudar nas suas demandas. Por isso, é fundamental nossa presença nessa diretoria”.
Lilian Santos


Seu Alex
Seu Alex, 16 anos na categoria. Está na diretoria do sindicato desde 2011. Atua junto com a secretaria de mulheres a fim de fortalecer o combate as opressões e também organizando o setor LGBT da categoria. Tornou-se um dirigente respeitável na base da categoria, enfrentando o preconceito e a falta de informação.

Sobre a participação das mulheres na diretoria Se Alex diz que:

 “A tendência é avançarmos mais, para 30% de representação. Porque isso nos fortalece e ajuda no debate das opressões, tanto dentro do sindicato como na base da categoria”.

Seu Alex


A chapa teve 3.919 votos favoráveis, do total de 4.021 votos da eleição. Uma das principais lutas que serão tocadas, no próximo período, é pela classificação profissional das operárias pois, as mesmas entram na categoria como serventes, o nível mais baixo da categoria e ainda que façam o mesmo trabalho dos homens, não são consideradas como profissionais.




Além disso, o sindicato vai prosseguir com a campanha de combate ao assédio moral e sexual, que afeta diretamente as mulheres; e realizar o segundo Encontro de Mulheres da categoria.



 As trabalhadoras demonstraram seu apoio nas urnas e relataram ter grande expectativa por essas e outras conquistas!






Elizana Neris, há 04 anos na categoria, afirma que ter mais mulheres na diretoria é muito importante porque:

“Se o sindicato já faz tudo que faz pela categoria, imagina com a mulherada fortalecendo a luta pela classificação, que é um direito nosso?”
Eliziana Neris.


Gisele Santos


 Gisele Santos está há apenas 08 meses na categoria, mas já compreendeu que a participação das mulheres nas lutas da categoria é fundamental:

“As companheiras do sindicato estão à frente da nossa luta, nos fortalece ter elas lá”.
Gisele Santos



Marinez Barros tem 30 anos de construção civil, atualmente está desempregada, já participou de muitas greves e mobilizações da categoria e avalia como muito positiva a presença das mulheres na diretoria.

Marinez Barros
Elas vão poder alavancar a secretaria de mulheres e fortalecer as companheiras que estão no canteiro de obras”.

Marinez Barros.



É com essa força e determinação que a mulherada vai construindo junto com os homens de sua classe a luta cotidiana contra a opressão e a exploração capitalista. É com essa garra que ocupam um dos cargos de coordenação geral do sindicato, com a companheira Danielle Schuterschitz, a "Lora":




Danielle Schuterschitz
“O que me fortalece, diante desse desafio de ser coordenadora geral ao lado de um grande companheiro como o Zé Gotinha, é que estarei junta com o MML, as outras diretoras eBarros as companheiras dos canteiros de obra, combatendo as mazelas impostas pela burguesia”.

Danielle S.



Marcela Azevedo




É também com o apoio do Movimento Mulheres em Luta que essas companheiras vão ocupando seu espaço como dirigentes sindicais e referência na organização das trabalhadoras.  Temos orgulho de fazer parte dessa história e nos colocamos a disposição para seguirmos juntas na luta das mulheres trabalhadoras e sua classe!







terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Danilo Gentilli é humorista? Quanta pretensão!

Nota do MML e da ANEL

No último dia 06 de Janeiro, logo na primeira semana do ano, Danilo Gentili, o "humorista" que apresenta o programa “The Noite" no SBT, mais uma vez mostrou que na luta contra a opressão está ao lado dos Felicianos, Malafaias e Bolsonaros de todo tipo. Em seu twitter publicou neste dia duas mensagens extremante machistas, ridicularizando 3 companheiras, dentre elas a Bruna (militante da ANEL/SP) e Lola (Professora da UFC, blogueira e feminista). Essas declarações machistas e criminosa
s não agrediram somente as nossas três companheiras. É uma agressão a todas e todos nós.



Danilo Gentili é um velho conhecido dos movimentos de combate às opressões no nosso país. Não é a primeira vez que faz declarações dessa natureza, banalizando a violência contra mulheres, negros e Lgbts. É um famigerado seguidor de um tipo de humor que aposta na infeliz fórmula da ridicularização dos oprimidos. Essa forma de fazer rir à custa da dor de outros, dando força a tudo que há de mais atrasado na nossa sociedade não pode ser chamado de humor. Fazer piada com assédio sexual, com estupro, com racismo, com morte de Lgbts é só reforçar a opressão histórica que esses setores já sofrem. Danilo Gentili esquece, ou insiste em não ver, que liberdade de expressão não tem nada a ver com liberdade de opressão. Já foi denunciado inúmeras vezes ao longo dos últimos anos e continua fazendo declarações agressivas e opressoras. E isso têm impacto e cobra um preço caro: corrobora com a violência sofrida todos os dias pelos setores oprimidos.

São vários os casos envolvendo Danilo Gentili. Recentemente ele fez uma piada absurda para humilhar uma trabalhadora, técnica de enfermagem, sobre a doação de leite que a mesma estava fazendo, comparando-a com um ator pornô. Depois da repercussão das declarações, ela começou a ser ofendida e humilhada na rua por estranhos que viram a piada. Em uma outra situação Gentili disse Quantas bananas você quer pra deixar essa história pra lá?” para  Thiago Ribeiro, um redator negro que estava criticando as piadas racistas que o apresentador estava fazendo. E mesmo diante de críticas às suas declarações racistas dizia nas redes sociais “Chicotadas nele pfvr” e “Ele nem é tão negro, ele sabe fazer um Twitter e sabe tirar print”.

Dessa vez Danilo Gentili atacou nossas companheiras. Postou duas fotos em seus perfis de rede sociais, ambas satirizando mulheres que protestavam contra a violência sexual, um problema muito grave enfrentando pelas mulheres e que faz milhares de vítimas todos os anos em nosso país. Essa conduta de Gentili é ainda mais grave pelo fato de que as duas companheiras que aparecem sendo ridicularizadas nas postagens do humorista, sofreram várias ameaças e perseguições nas redes sociais no ultimo período. Uma delas, blogueira e escritora bastante conhecida na rede, chegou a fazer um boletim de ocorrência para tentar garantir sua segurança.

Atitudes como a de Danilo Gentili além de atacar e desmoralizar a difícil luta que travamos todos os dias para combater a violência machista, ainda justifica os assédios a partir de um padrão de beleza e valida perseguições e ameaças, como as que as companheiras vinham sofrendo. Talvez Danilo não saiba, mas em 2007 o Brasil já liderava o ranking mundial de consumo de moderadores de apetite. Sendo as mulheres a maioria entre os consumidores, logicamente como reflexo da ditadura da beleza e da pressão social para que se adequem a padrões estéticos que sequer têm a ver com nossas estruturas físicas e heranças étnicas.

O 8º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em Novembro de 2014, apontou a estimativa de 50.324 casos de estupro ocorridos em 2013. São ainda dados superficiais, já que apenas 35% das vítimas chegam a relatar o acontecimento para a polícia. Se considerarmos ainda os números de tentativas de estupro, acrescentaremos 5.931 casos. O próprio estudo afirma que há uma banalização desse crime no país. Estatísticas apontam que a cada 2 horas uma mulher brasileira é morta pela violência machista; a cada 2 minutos 5 mulheres são espancadas e a cada 10 segundos uma mulher é vítima de estupro.

Quando o apresentador faz piada para ridicularizar  uma mulher que segura um cartaz escrito “Por favor, não me estupre” ele está legitimando a agressão a mais de 50 mil mulheres. Vítimas não só da violência sexual, mas também da falta de segurança, da falta de transporte coletivo de qualidade, da falta de assistência médica e psicológica. Porque essas vítimas são, em sua maioria, mulheres jovens, negras, pobres e das periferias. 

A violência contra as mulheres é uma verdadeira epidemia no Brasil e no mundo. Por isso é que combatemos declarações como essas de Danilo Gentili e seguimos lutando pra mudar essa realidade de violência contra as mulheres.  Estamos em uma campanha nacional, coletando assinaturas para exigir que 1% do PIB seja investido em políticas de combate a violência contra a mulher, pois sem investimento nada será feito para mudar a opinião publica  e proteger a vida das mulheres. 

Por isso nós, do Movimento Mulheres em Luta - MML e da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre - ANEL repudiamos as postagens feitas por Gentili e exigimos a retirada delas das redes sociais. Assim como também exigimos uma resposta da emissora onde Danilo Gentili é apresentador. É hora de dizer basta, não podemos ser tolerantes com brincadeiras desse tipo. Vamos denunciar até que as medidas cabíveis sejam tomadas. É preciso dar um basta à violência contra as mulheres e a naturalização desse crime!

O machismo não vai nos silenciar!

CHEGA DE OPRESSÃO!



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Greve dos metalúrgicos da Volkswagen no Grande ABC em SP completa três dias

Via CSP-Conlutas
Nesta quinta-feira (8), a greve dos trabalhadores da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, completa três dias. O Sindicato local realizará assembleia pra definir se a mobilização continua hoje, às 14h. Cerca de  13 mil trabalhadores estão parados em protesto contra a demissão de 800 metalúrgicos na última terça-feira (6).
  
Os trabalhadores da Volkswagen receberam cartas da empresa com o anúncio de demissão, entre sábado e segunda-feira, com a orientação de que comparecessem no local de trabalho nesta terça-feira. Outros 11 mil metalúrgicos também receberam telegramas, com conteúdo diferenciado, que alertava para “início imediato de ações de adequação de efetivo” e que a “primeira etapa será anunciada em 6/1/15”.  



Greve de 24 horas na Mercedes Benz
  
 Outra empresa da região, a Mercedes Benz, também demitiu ontem 244 metalúrgicos que estavam em lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho). Na quarta-feira (7), 10 mil  trabalhadores Mercedes Benz  somaram-se aos trabalhadores da Volkswagen e fizeram uma greve de 24 horas contra a demissão.  

Todo apoio à greve 

Nas redes sociais, o membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas, José Maria de Almeida, repudiou as demissões feitas pelas montadoras que, além de terem recebido subsídios do governo, enviaram bilhões em lucros para fora do país. “Apenas nos últimos oito anos as montadoras de veículos remeteram para fora do país cerca de 10 bilhões de dólares. Agora, na primeira manifestação da crise da venda de carros, descarregam o problema nas costas dos trabalhadores?”, questiona Zé Maria. “Só o dinheiro que remeteram para o exterior como remessa de lucros daria para pagar o salário destes trabalhadores que estão sendo demitidos por anos a fio. A demissão, portanto, é expressão de pura ganância destas multinacionais”, alerta o dirigente.

Zé Maria diz ainda que é preciso também cobrar do governo Dilma que barre essas demissões. “O governo tem a obrigação de atender a demanda dos trabalhadores, afinal, este mesmo governo não foi prestativo quando foi para atender os interesses destas empresas?”, compara.
  
Completa reafirmando a necessidade de unidade de todos os trabalhadores para combater essas demissões. “É preciso que as organizações dos trabalhadores e da juventude busquem formas de unir suas forças para enfrentar esta situação e fortalecer a luta da nossa classe. Seja para lutar contra as demissões, seja para enfrentar e buscar reverter os cortes de direitos promovidos pelo governo no finalzinho do ano passado. Sem luta, sem mobilização social essa situação não vai mudar, estão bastante claras as escolhas feitas pelo governo da presidenta Dilma”, orienta.  


O dirigente finaliza a nota com destaque para a reunião do Espaço de Unidade de Ação, impulsionado pela CSP-Conlutas e outras entidades, que vai acontecer dia 30 de janeiro que será um importante passo para essa unidade. 

Confira abaixo o vídeo do Sindicato de Metalúrgicos de São José dos Campos e Região em solidariedade aos trabalhadores em greve da Volkswagen: 



Matéria retirada do site da Central Sindical CSP-Conlutas. Link para acesso: http://cspconlutas.org.br/2015/01/contra-demissao-metalurgicos-da-volkswagen-no-grande-abc-sp-anunciam-greve/

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

Chega da violência contra as mulheres!

Chega da violência contra as mulheres!