terça-feira, 9 de outubro de 2012

A participação das mulheres nas eleições


“Neste ano, as mulheres são 12,45% dos candidatos a prefeito e disputam menos de um terço (31%) das prefeituras no Brasil. Estão concorrendo 1.908 mulheres em um universo de 15.323 candidatos. Os números, segundo especialistas, são acanhados para um País com mais de 50% de população feminina e uma mulher como presidente da República, mas, curiosamente, significam algum avanço, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral”.

Essa reportagem de “O Estado de São Paulo” aponta a ampliação da participação das mulheres nas eleições. É possível que com a eleição da 1ª presidenta do Brasil, isso tenha se intensificado e muitas candidatas se apresentaram como uma alternativa para as mulheres, em muitos casos utilizando o argumento de que as mulheres são mais habilidosas para determinadas áreas da administração pública e que por isso, fariam um governo melhor.

Achamos importante ampliar a participação das mulheres em todas as esferas políticas: na disputa parlamentar, nos movimentos sociais, nos sindicatos, etc. Entretanto, o fato de ser mulher não determina um bom governo para todos, nem tampouco para as mulheres. Apesar de muitas mulheres trabalhadoras confiarem no governo de Dilma, suas principais medidas caminham no sentido da defesa dos grandes empresários e banqueiros. Antes de ser mulher, Dilma tem optado por governar para uma classe social no Brasil, a mais rica e mais poderosa.

Por isso, é necessário afirmar que não basta ser mulher, para defender as mulheres trabalhadoras, é necessário governar para a classe trabalhadora. Essa compreensão deve estar presente na avaliação dos projetos municipais que muitas candidatas apresentaram, seja como prefeituráveis, seja disputando a Câmara dos Vereadores. Não basta que uma mulher diga que vai representar as mulheres, é necessário que ela governe para a maioria do povo, que combata as medidas que fortalecem os ricos e poderosos.

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