quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Petroleiros entram em greve contra a privatização da Bacia de Libra; confira o quadro nacional de hoje


Os petroleiros estão seguindo a orientação de suas federações e estão rejeitando a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da companhia e aprovando por ampla maioria uma greve nacional e unificada da categoria, marcada para começar nesta quinta-feira, 17 de outubro.
   
A estimativa é que esta quinta-feira se transforme em um Dia Nacional de Luta Contra o Leilão de Libra, com a realização (além da greve) de atos e mobilizações nas principais capitais e cidades do país. Diversas entidades sindicais, como federações, sindicatos e centrais, além de representantes de movimentos sociais e estudantis, estão se incorporando na luta pela defesa do petróleo brasileiro.   

A greve da categoria, que está sendo aprovada nacionalmente, tem três eixos: barrar o leilão de Libra, agendado pelo Governo Dilma para 21 de outubro; derrotar o PL 4330, que legaliza as terceirizações em atividades fins; e arrancar da Petrobrás uma proposta que contemple a reivindicação dos trabalhadores. Ou seja, 16,53% de aumento no salário base, sendo 10% de ganho real e 6,53 de reajuste pelo ICV-DIEESE. 

A empresa propõe no salário base reajuste de 6,09% (IPCA), 7,68% na RMNR e um abono equivalente a uma remuneração ou R$ 4 mil, o que for maior. Esta gratificação é quase 50% inferior à de 2012, fechada em R$ 7.200. Fora isso, nas demais cláusulas praticamente tenta renovar o atual ACT, oferecendo como “avanços” pequenas concessões que visam apenas enganar e enrolar a categoria. Demandas como revisão do PCAC, fim da tabela congelada, AMS para os pais e 100% custeada pela companhia foram ignoradas.
   
Veja  quadro nacional de hoje  das paralisações e protestos em diversas cidades      

Raixo-x da Greve nas bases da FNP   
Em Alagoas e Sergipe, o Sindipetro começou as mobilizações antes mesmo do Dia Nacional de Luta Contra o Leilão. No dia 16, FAFEN e Tecarmo já eram alvo de mobilizações. As operações no campo terrestre de Carmópolis pararam com praticamente 100% de adesão. Na desparafinação, onde fica a Estação de Bom Sucesso, não houve rendição de turno e nenhum trabalhador entrou pra trabalhar. Na estação de Jericó também não houve a rendição de turno. A base administrativa de Carmópolis também parou e nas áreas isoladas, como no campo de produção em Jordão, quase todos os trabalhadores aderiram à greve.   

Na FAFEN não teve rendição de turno e a paralisação iniciou por volta das 19h de ontem (16/10). Na Houve rendição de turno de 0 hora e pela manhã, às 7 horas. O quadro operacional que se mantém é uma parte que entrou dia 16 pela manhã e os que entraram às 15h. Todo o pessoal terceirizado e o pessoal próprio aderiram à greve.   

Na Transpetro e complexo de Atalaia a greve teve inicio a partir das 4 horas da madrugada com paralisação parcial. Já na Sede da rua Acre a greve é de 80%, com a solidariedade e participação de diversas entidades como CSP-Conlutas e ANEL. O ato central da greve foi iniciado às 6h30 com a presença de entidades como CGTB, CUT, FUP, ASPENE, MST, MML, PSTU e PL.   

Em São José dos Campos (SP) Na REVAP, base do Sindipetro-SJC, os trabalhadores também deflagraram greve de 24%. A paralisação foi aprovada por 84% da categoria e conta com adesão de 100% do efetivo da refinaria. Estima-se mais de 4 mil operários de braços cruzados em uma mobilização que conta com a solidariedade e apoio efetivo de outras entidades classistas da região do Vale, como os sindicatos dos Correios e dos Metalúrgicos.   
Na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (SP), base do Sindipetro-LP, os trabalhadores de turno iniciaram pela manhã atrasos de 3h, com corte na emissão de PT (Permissão de Trabalho). A adesão é de 100% do turno e o movimento de atraso seguirá por tempo indeterminado até uma nova proposta da companhia.   

O mesmo acontece na UTGCA, em Caraguatatuba (SP), onde o atraso envolveu 100% do turno e 90% do ADM. Os trabalhadores terceirizados também integraram a paralisação, que começou às 7h, por aproximadamente duas horas. No terminal Pilões, em Cubatão, houve atraso de aproximadamente uma hora na entrada do ADM. Na plataforma de Mexilhão, na Bacia de Santos, durante 24h não haverá emissão, planejamento e requisição de PT. A partir de amanhã, 18 de outubro, serão iniciados atrasos de 3h na emissão das PTs.   

No Norte e Maranhão também está de braços cruzados durante todo o dia os trabalhadores da base do Sindipetro PA/AM/MA/AP. Lá, estão em greve, em Manaus (AM), os trabalhadores de Urucu e da Sede Manaus. Na Transpetro Belém (PA) e no prédio Alcindo Cacela a categoria também entrou em greve. Ao longo do dia, será avaliado o cenário nacional para definir se haverá a continuidade do movimento. Às 16h, um ato será realizado pelos diversos movimentos sociais e sindicais na Praça Operário, que depois seguirá até o prédio administrativo da Petrobrás.   

No Rio de Janeiro, os trabalhadores do TABG também estão em greve. O corte de rendição foi iniciado às 7h, mas o ADM também integrou a paralisação. Nos prédios administrativos estão sendo realizadas concentrações e, em algumas unidades, trancaços e atrasos. No Edise, os movimentos sociais acampados em frente ao edifício fizeram um protesto, que será repetido ao meio-dia por pescadores afetados pela atividade petrolífera na Bacia de Guanabara.   

Às 17h, na Cinelândia, será realizado um grande ato articulado em conjunto por diversas organizações que constroem a campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso. A passeata no centro do Rio de Janeiro partirá em direção à Cinelândia.   

Nas bases da Federação única dos Petroleiros (FUP), ligada à CUT – Na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, o Sindicato informa que a greve teve adesão de pelo menos 39 plataformas, que foram entregues pelos trabalhadores às equipes de contingência que a Petrobras embarcou. Destas, 15 unidades foram entregues com a produção de petróleo parada. Durante a manhã, foi realizado trancaço no Terminal de Cabiúnas e na sede da UO-Rio, em Macaé.   

Ninguém entrou na Reduc, em Duque de Caxias, Terminal de Campos Elíseos e na Termorio. Agora pela manhã, o sindicato realiza uma grande mobilização na Rodovia Washignton Luiz, que está fechada no sentido Petrópolis.   Nos campos de produção terrestre da Bahia, os petroleiros anteciparam a paralisação para as 20 horas nas estações de Candeias, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passe, Socorro, Marapé e Dom João. Nas refinarias Mataripe (Rlam/BA) e  (fábrica de fertilizantes/BA).    Em Manaus (AM) a refinaria Reman/AM parou.    

Em Minas Gerais, a refinaria  Gabriel Passos a Regap/MG também aderiu à paralisação. Também nesta quarta-feira, o Sindipetro-MG intensifica a luta contra o leilão durante todo o dia, através da realização de panfletagens nas estações do metro de Eldorado, Lagoinha, Central, São Gabriel e Vilarinho. No fim do dia, também será realizado um debate na sede da CUT-MG, com a participação dos petroleiros e integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Hoje, o ato que teve a concentração às 7h, em frente à Regap, prosseguirá até à Praça Sete, no centro de Belo Horizonte.   

Em Araucária (PR) a refinaria  a Repar, além da SIX (unidade de Xisto/PR), da FAFEN aderiram ao movimento. Em Canoas (RS),  a refinaria Alberto Pasqualine a Refap/RS. A refinaria de Abreu e Lima (PE).

Em São Paulo, as refinarias de Paulínia (Replan/SP), Mauá (Recap/SP) pararam. Os atos contra o leilão estão marcados para o dia 17, com a concentração na Praça Oswaldo Cruz. Em Campinas, o Comitê Regional contra o Leilão de Libra e em Defesa do Pré-sal fará uma campanha contra o leilão, no centro da cidade, durante toda a semana.   

Em Recife (PE) , a manifestação será em frente à sede administrativa da Petrobrás, de 7h às 12h.   Em Natal (RN), os petroleiros e movimentos sociais vão se mobilizar no calçadão da Rua João Pessoa, às 16h30.   

A greve também segue forte, segundo nota dos sindicatos da outra federação, nos campos terrestres de produção de petróleo na Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. Na Transpetro, a greve atinge os terminais de Solimões (AM), Suape (PE), Madre de Deus (BA), Campos Elíseos (Duque de Caxias/RJ), Cabiúnas (Macaé/RJ), Guararema (SP), São Caetano (SP), Barueri (SP), Brasília, São Francisco do Sul (SC), Itajaí (SC), Guaramirim (SC), Biguaçu (SC), Paranaguá (PR), Osório (RS), Canoas (RS) e Rio Grande (RS).   

Em Santa Catarina, em Itajaí, parou o campo de Exploração e Produção do Sul (UO-Sul). Haverá também um  ato em conjunto com o Sindipetro-PR/SC, movimentos sociais e demais categorias, acontece hoje, às 16h, em frente à Unidade de Operações de Exploração e Produção do Sul (UO-Sul). Em Curitiba, os sindicalistas também vão protestar em frente à Assembléia Legislativa.
   
Assim que houver novas informações sobre as mobilizações nas bases, atualizaremos esta matéria ao longo do dia.

Fonte: cspconlutas.org.br

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