quarta-feira, 7 de maio de 2014

MOVIMENTO MULHERES EM LUTA APOIA AS GREVES DAS TRABALHADORAS E TRABALHADORES DE TODO O PAÍS.


                O carnaval de 2014 já antecipava um cenário de mobilização das trabalhadoras e trabalhadores de todo o país com a greve histórica dos garis do Rio de Janeiro em pleno carnaval. Segundo o “protestômetro” do site da Folha de São Paulo, nos últimos 30 dias, 33 categorias profissionais entraram em greve no Brasil. São greves operárias como a dos trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) e da Indústria de Materiais Bélicos (Imbel), dos trabalhadores da educação Federal e da educação básica em várias cidades e estados.
                A realidade é que de norte ao sul a classe trabalhadora, homens e mulheres, não tiveram outra alternativa que não a greve para responder a realidade de arrocho salarial e ataque aos direitos a que  estão submetidos. Diante da realização da Copa do Mundo no Brasil, as contradições ficam mais evidentes ainda: Enquanto que para a FIFA o governo investe bilhões e não mede nenhum esforço, para os trabalhadores das universidades federais, por exemplo, recusou-se inclusive a negociar as reivindicações da greve.
                O Movimento Mulheres em Luta apoia as greves que tomam o país, pois acreditamos que é com muita luta e mobilização que iremos conseguir vitórias. Estamos atuando ativamente nessas greves das categorias que estamos inseridas, pois, enquanto mulheres trabalhadoras, operárias, professoras, funcionárias públicas nos somamos a essa indignação que percorre o Brasil. Estamos em luta por melhores condições de trabalho, por salários dignos, pelo direito a creche, entre outras pautas que construímos na luta.
                Para nós é significativo o fato de que parte dessas categorias em luta seja majoritariamente composta por mulheres como a educação e o funcionalismo público federal. Essa realidade apresenta uma combinação entre opressão e exploração que intensifica os ataques e a precarização das condições de trabalho. No caso da educação, por exemplo, a luta pela redução da jornada de hora-aula, afeta diretamente e com maior peso as mulheres, porque são elas que acumulam a dupla jornada de trabalho a partir do cuidado com os filhos e os serviços domésticos e ainda o famoso “dever de casa” como correção de provas e trabalhos que são feitos, na maioria das vezes, fora das escolas. 
                Infelizmente, o governo Dilma (PT) não mudou a vida da classe trabalhadora, por isso a greve segue sendo a única saída. Tão pouco esse governo tem maior sensibilidade com as questões das mulheres trabalhadoras, que além de sofrerem com os baixos salários e péssimas condições de trabalho, enfrentam a dura realidade da violência contra a mulher, que atinge dados alarmantes no país devido ao descaso de Dilma em garantir investimento público para que a Lei Maria da Penha saia do papel e garanta a vida e a integridade das vítimas de violência que, infelizmente, atinge principalmente as trabalhadoras, pois são estas que necessitam de políticas públicas pela falta de recursos.
                O Movimento Mulheres em Luta apoia as greves que estão ocorrendo em todo o país, sobretudo porque entendemos que é só com organização e luta da classe trabalhadora que arrancaremos nossas conquistas, também acreditamos que a luta contra a opressão das mulheres é tarefa da classe de conjunto, por isso esses momentos de mobilização são fundamentais para incorporar as pautas especificas das mulheres e para fortalecer a unidade entre homens e mulheres trabalhadores. Estivemos juntos na construção do 1º de Maio classista por todo o Brasil, também estaremos juntos nos atos contra as injustiças da copa e seguiremos ombro a ombro nas diversas greves e manifestações de trabalhadores que varrem o país!


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