quarta-feira, 7 de março de 2018

NOTA DE REPÚDIO!

Por MML/RS

No dia 23 de fevereiro o dirigente sindical Elias Luiz Tramontin, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leo e Região ofendeu moralmente uma trabalhadora em seu local de trabalho, Juliana de Souza, integrante da Chapa 2 - Oposição Chão de Fábrica, em retaliação a sua participação nas últimas eleições.

Agora em resposta a essa denúncia encaminhada pela companheira, o sindicato disse “que não tem tempo para ficar ouvindo mi, mi, mi, de quem perdeu as eleições do sindicato, oportunistas que só aparecem em época de eleição se dizendo salvadores da pátria”.

Expressamos todo nosso repúdio às ações e declarações da direção desta entidade! Seus atos intimidatórios e antidemocráticos vamos combater e denunciar! Realizaremos as ações necessárias em apoio a Juliana, incluindo de autodefesa! Machismo e covardia não passarão!

No setor metalúrgico em São Leo tem sido assim, é intimidação e perseguição aos trabalhadores descontentes e ameaças aos familiares. Demissões deduradas pelos próprios dirigentes, um grupo que está há mais de 30 anos lá.

As últimas eleições foram antidemocráticas, a inscrição de chapa às vésperas do Natal e campanha no período de férias coletivas!!! A Oposição teve 15 dias para se organizar e não teve acesso à lista de sócios por locais de trabalho.

Essa diretoria de São Leo enfraquece a organização da classe como verdadeiros lacaios de governos e patrões! Certamente não é disto que precisamos frente aos desafios colocados!

Foi uma vitória ter tido Oposição! E mais ainda uma lutadora ter participado dela!

No lar, as mulheres cuidam da casa e educação dos filhos. Na rua enfrentam a violência e no trabalho, as piores condições, exploração e assédio! O machismo as afasta dos espaços sindicais!

Mas resistimos e lutamos! E neste 08 de março com o chamado da greve internacional de mulheres, vamos tomar novamente as ruas em vários países, gritando: NÃO ao machismo e a discriminação! Contra a violência e o sistema capitalista! Somos mulheres, não somos escravas, como diria Juliana!
Saudamos a participação da companheira, mãe e negra, que pela primeira vez ousou se colocar como alternativa de direção à categoria metalúrgica, levantando a bandeira em defesa da saúde da mulher operária!

A Oposição continua, é preciso fortalecer a luta das mulheres, sua participação em todos os espaços com horários flexíveis e creches nas atividades, promovendo a conscientização dos trabalhadores contra a violência e o preconceito, e para isso contem conosco! Nosso futuro depende da nossa luta!

Greve Geral! Nem uma a menos! Nem um direito a menos! Contra as reformas da previdência e a implementação da reforma trabalhista, por emprego, creches e moradia!

Juliana, estamos contigo!

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