quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Mais um feminicídio em Marília, não aceitaremos! Bete Ribeiro presente!

O ano começa com mais uma perda irreparável de uma companheira em Marília. Na manhã do dia 10 de janeiro, a professora e ex-coordenadora Elisabete Aparecida Ribeiro, de 37 anos, foi brutalmente assassinada a facadas pelo seu namorado, que confessou o crime a sua família e está desaparecido desde então.

Bete, como era conhecida, nasceu em Lins, SP, concluiu seu mestrado em 2006 pela UNESP de Marília e era professora municipal na EMEF Prof. Américo Capelozza, onde havia sido coordenadora substituta e trabalhava desde 2013. Estava na rede municipal de ensino há quase 10 anos e havia acabado de ser efetivada numa escola da zona oeste.

Seu namorado, Jefferson Carlos da Silva, está desaparecido desde que saiu de casa logo após falar para sua genitora o crime que havia cometido. O rapaz de 28 anos apareceu ensanguentado e todo arranhado na casa de sua família, supostamente logo após ter cometido o crime.

Como tantas outras mulheres trabalhadoras, Bete teve seus sonhos mutilados nas mãos do machismo, que leva uma mulher a cada 2 horas no nosso país. Somente no ano de 2016, foram 4.657 mulheres assassinadas, porém apenas 11% dos casos foram classificados como feminicídio pelas delegacias no Brasil a fora.

É triste constatar que o caso de Bete não está isolado, e mais triste ainda saber que os assassinatos de mulheres vêm aumentando ano após ano, por negligência dos governos que atuam a serviço dos patrões. Durante o governo de Dilma vimos os casos de feminicídio crescerem ano após ano, e o orçamento para combate à violência contra mulher diminuir de forma assustadora.

Agora no governo Temer, o descaso com o combate ao machismo está ainda pior. Com a PEC contra o aborto, a PEC do teto dos gastos e outros cortes de políticas públicas, vemos as vidas das mulheres entregadas a própria sorte. Assim, denunciamos que a morte da professora não está somente nas mãos do seu ex-companheiro como também dos governos e dos patrões que lucram com seus cortes.

Exigimos o julgamento e a penalização do assassino de Bete! Assim como verbas municipais para o combate ao machismo e suas consequências. A professora não foi a primeira assassinada em Marília nessas condições e enquanto não derrubarmos a sociedade de classes casos assim continuarão acontecendo. Não aceitaremos nenhuma a menos!


Bete Ribeiro presente!


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