quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Creche para todos e com qualidade, só com investimento de verdade: 10% para a Educação Pública Já!

Creches em período integral, públicas, gratuitas e de qualidade!

Em Julho deste ano, o Anuário das Mulheres Brasileiras revelou que a maior dificuldade das mulheres para conseguir emprego, ou para se manter nele, é a falta de creches. Apenas 18% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas em creches. Quase metade delas está em instituições privadas. Assim, não é difícil concluir que a maior parte das crianças fora das creches são filhos e filhas da classe trabalhadora.

A campanha eleitoral de Dilma Roussef prometeu a construção de 6000 novas creches até 2014. No entanto, essa meta já está comprometida, pois o tempo de espera previsto entre a liberação dos recursos e o início da construção das creches é de 18 meses. Em 2010, a mesma demora no projeto Proinfância, fez com que das 2003 creches para as quais foram liberados recursos para construção, apenas 39 foram de fato construídas.

Não é possível que em um país governado por uma mulher, as mulheres trabalhadoras tenham que sofrer com isso. Mas infelizmente, isso é conseqüência de uma opção política do governo Dilma, de encher os bolsos dos patrões e banqueiros, com o Plano Brasil Maior, por exemplo, e de cortar recursos das áreas sociais.

O Movimento Mulheres em Luta está encampando uma luta nacional pela construção de mais creches públicas, porque a Educação Infantil é uma responsabilidade do Estado e um direito da criança e da mulher trabalhadora. Realizamos um Seminário Nacional e agora é hora de organizar essa luta nos estados e regiões. Entre em contato a Diretoria de Mulheres do seu Sindicato, ou procure alguma ativista do Movimento Mulheres em Luta e faça parte dessa campanha!

Trabalhadoras da Educação Infantil também são professoras. Salário Igual para Trabalho Igual!

Acreditamos que na luta por mais creches públicas e de qualidade precisamos unir usuárias e trabalhadoras dessas instituições. Por ser associado a uma tarefa feminina, o trabalho nas creches sofre um grande desprestígio e não é reconhecido como trabalho de professor. A Constituição Federal de 1988 reconhece a Educação Infantil como uma etapa da Educação Básica da criança, por isso, as trabalhadoras das creches devem ser reconhecidas como professoras e por isso, receber salário igual ao dos professores.

Em várias cidades do país, a luta pelo reenquadramento das assistentes das creches está crescendp, como em Taboão da Serra e Jacareí! O Movimento Mulheres em Luta é parte desta batalha!

10% do PIB para a Educação Pública Já!
Não ao novo PNE!

A Educação Pública brasileira sofre um déficit histórico. O baixo acesso à Educação Infantil, assim como a outros níveis de ensino, combinado às péssimas condições de trabalho dos professores e servidores públicos da área educacional e à conseqüente má qualidade do ensino revelam que esse déficit histórico está relacionado ao financiamento da Educação.

O Plano Nacional de Educação de 2001 previa colocar 50% das crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creches. Isso não se efetivou, porque para atingir este objetivo, seria necessário revolucionar o investimento, algo que não chegou nem perto de acontecer sob os 8 anos de governo Lula, que seguiu investindo apenas 3,5% do PIB, sendo estes recursos distribuídos para as esferas públicas e privadas. O novo PNE de 2010 prevê a mesma meta de matrículas em creche, sem fazer um balanço do porque não atingiu a meta anterior e com o “novo” governo mantendo a mesma política econômica, que significou um corte de mais de 3 bilhões na Educação neste ano. O Movimento Mulheres se soma na campanha nacional pelos 10% do PIB para a Educação Pública!

Em Novembro, vote no Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!

O Movimento Mulheres em Luta estará em todo o país, com a CSP Conlutas, os sindicatos da Educação Básica, do Ensino Superior, os Sindicatos do setor privado (metalúrgicos, mineração, construção civil), com a ANEL, colhendo votos e conversando com a população sobre a necessidade de termos mais investimento em Educação.

Participe você também!
  

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