quarta-feira, 8 de abril de 2015

Greves e protestos contra PL 4330 marcam Jornada de Lutas



As atividades contra a PL 4330 da terceirização continuam nesta quarta-feira (8). Ontem foi um dia movimentado em Brasília. Centrais sindicais, entre elas a CSP-Conlutas, servidores públicos federais e outras categorias participaram durante praticamente por todo o dia de protestos contra a votação do Projeto de Lei 4330, das terceirizações.

Durante a tarde, os trabalhadores que tentaram entrar na Câmara Federal, foram recebidos com repressão da força policial. Há relatos de manifestantes feridos, um foi levado para o Hospital de Brasília em estado grave. Também houve uma prisão.

No início da noite, a manifestação continuava em frente ao Anexo 2 da Câmara, aguardando a votação do PL das terceirizações, já que foram distribuídas senhas limitando o número de trabalhadores na galeria. Como se a Câmara não fosse um espaço público e uma de suas características é promover votações abertas para acompanhamento do público.

Segundo o dirigente da CSP-Conlutas, Paulo Barela, que está no local, há possibilidade de adiamento da votação. “Mas nada está garantido, por isso precisamos permanecer aqui”, afirma Barela que também integra o Fórum dos Servidores Públicos Federais, que está em Brasília realizando um dia de lutas contra o ajuste fiscal que retira verbas principalmente da educação e da saúde, além de ser contra o projeto das terceirizações.

Abaixo, as atividades da Jornada de Lutas

Dia 8 de abril

Em São José dos Campos (SP), os metalúrgicos da Parker Filtros iniciaram o dia com assembleia em que repudiaram o projeto de lei que libera a terceirização em todos os setores de empresas públicas e privadas e representará perda de direitos para milhões de trabalhadores.

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Nesta manhã, em Salvador (BA), Estudantes e servidores da Universidade Estadual da Bahia realizam um debate na instituição  contra a privatização  da Educação.

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No segundo dia de manifestações, em Fortaleza (CE)  foi o dia dos vigilantes, servidores do INSS e Servidores da Universidade Federal do Ceará protestarem contra as medidas do Governo Dilma e da Direita.

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Dia 7 de abril

Nesta terça-feira (7), a CSP-Conlutas e diversas entidades e movimentos que compõem o Espaço de Unidade de Ação deram início à Jornada Nacional de Lutas, que seguirá com atividades em todo o país até quinta-feira.

O primeiro dia de protestos tem tido como eixo a luta contra o Projeto de Lei 4330/2004 que amplia as terceirizações e precariza ainda mais o trabalho no Brasil, ameaçando a garantia de direitos trabalhistas importantes como férias, 13º salário, descanso remunerado, horas extras e outros.

 Confira galeria de imagens no facebook da CSP-Conlutas Nacional: https://www.facebook.com/CSPConlutas

No entanto, as bandeiras de luta da Jornada não se reduzem à mobilização contra o PL 4330. Soma-se a essa pauta, protestos, paralisações de categorias e manifestações de rua contra as medidas promovidas pelo governo Dilma Rousseff (PT), os governos estaduais e municipais, assim como pela patronal, que tentam jogar nas costas dos trabalhadores e da população a conta da crise. Seja através das MPs 664 e 665, que atacam e reduzem direitos como seguro-desemprego, pensão por morte e auxílio-doença, seja por das demissões na indústria.


Em Brasília, os servidores públicos federais, a CSP-Conlutas, e diversas entidades, como metroviários de São Paulo, articulam uma séria de atividades para barrar o PL 4330.

Dia 7 de abril - Brasília - Servidores se concentram em frente à Esplanada dos Ministérios

Os metalúrgicos de São José dos Campos (SP), já nas primeiras horas do dia, realizaram protestos nas maiores empresas da região, entre as quais, General Motors e Embraer. Na Chery, em Jacareí, os trabalhadores – em greve há dois dias – também reafirmaram a rejeição à terceirização irregular praticada na fábrica.

Dia 7 de abril - metalúrgicos de São José dos Campos

A CSP-Conlutas do Vale do Paraíba (SP) também realizou um ato contra as medidas de ajuste fiscal promovidas pelo governo e a retirada de direitos trabalhistas. A manifestação aconteceu em frente à Caixa Econômica Federal, no centro de São José dos Campos. “A cada dia, somos mais penalizados pelo desemprego, inflação, retirada de direitos e precarização dos serviços públicos. A saída dos trabalhadores para esta situação não está no atual governo nem na oposição de direita. Precisamos construir uma greve geral que pare o país contra esses ataques”, afirmou Renato Bento Luiz, o Renatão, membro da CSP-Conlutas do Vale. O ato reuniu sindicatos como o dos Metalúrgicos, Alimentação, Trabalhadores dos Correios, da Saúde, Professores Estaduais, Associação dos Aposentados (Admap), além do Movimento Mulheres em Luta (MML) e do PSTU.

7 de abril - vale do paraíba

Os rodoviários de Fortaleza (CE) pararam das 4h às 6h contra as medidas do governo federal. A paralisação ocorreu em todas as garagens de ônibus de Fortaleza, além de duas intermunicipais, em Caucaia (Vitória) e Maracanaú (Via Metro). Também como parte da jornada,  os servidores públicos federais e municipais realizaram um ato praça do  Ferreira, região central.


7 de abril - paralisação dos rodoviários de Fortaleza (CE)

Em Natal (RN), os servidores da saúde realizaram um ato com passeata pelas ruas da capital contra a privatização do setor.

7 de abril - passeata dos servidores da saúde de Natal (RN)

No Rio de Janeiro, os petroleiros iniciaram as atividades logo de manhã com atraso e assembleia na Usina Termelétrica Barbosa Lima Sobrinho. Durante a atividade, foram discutidas propostas de mobilização contra as demissões no setor e a venda de ativos da Petrobras, por meio do plano de desinvestimento. Um Comitê de Luta está impulsionado pelo Sindipetro Rio de Janeiro e outras entidades, para traçar ações contra essas medidas.

7 de abril - atraso na entrada de turno petroleiros do Rio de Janeiro

Em Belém (PA), estudantes da ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre) fizeram um trancaço na porta da Universidade Federal do Pará contra os cortes no orçamento da Educação.

Em Aracajú (SE), técnicos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizam paralisação. As mobilizações começaram a ocorrer hoje em Sergipe com os técnicos da UFS à frente. Foi realizada uma paralisação na universidade e, em mês de páscoa, dois bonecos de Judas, representando o reitor e o vice reitor da universidade foram queimados em protesto. A paralisação continuará até o dia 9.

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Os técnicos protestam pelo cortes de verbas do orçamento federal que atinge com mais força os serviços públicos, em especial a educação. Além de exigir que a reitoria da Universidade Federal de Sergipe implemente a carga horária de 30 horas semanais conquistadas na greve de 2014 e o fim da EBSERH que privatiza o Hospital universitário.

Fique atento à atualização do site. Ao longo do dia postaremos outras atividades. Envie informe da mobilização no seu estado.

Em Curituba (PR), no primeiro dia da jornada de luta, que acontece de 7 a 9 de abril, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest-PR) realizou assembleia que  debateu de maneira aprofundada a regulamentação da jornada de 30 horas sem redução salarial para os servidores técnico-administrativos federais. (saiba mais aqui).

mauricio


Fonte; Site CSP - Conlutas

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