O país está sacudindo. No lugar dos carros, manifestantes ocupam as ruas em inúmeras cidades. A juventude se ergueu, foi às ruas, enfrentou a fúria dos governantes e da polícia, sem baixar a cabeça. Junto a eles, muitos de nós nos somamos e a luta foi tão forte que obrigou os governos a reduzir as tarifas do transporte.
Mas o povo não parou por aí. A mobilização continua e para ser vitoriosa precisa da presença da classe trabalhadora. Nós, mulheres trabalhadoras, precisamos ir às ruas, mostrar que nosso lugar é na luta! Motivos não nos faltam.
Os metrôs, ônibus e trens lotados são espaço para o assédio sexual e estupro. A comida e a vida estão mais caras. O salário permanece o mesmo, mas os preços aumentam. Muitas de nós estamos endividadas e não conseguimos sequer chegar ao fim do mês sem fazer bicos ou horas-extras.
A falta de estrutura dos hospitais públicos é um drama. Não tem aflição maior do que ver um filho doente e não ter onde recorrer. A falta de creches impede o acesso das nossas crianças à educação e é um obstáculo para que possamos trabalhar.
Os deputados querem que aceitemos o bolsa-estupro, um dinheiro para as mulheres que ficam grávidas de estupradores, contra sua vontade, não abortem. Abram mão de um direito garantido em lei. E o Feliciano, que é o responsável pela comissão de direitos humanos, quer transformar o homossexuais em doentes.
Nenhum governo concedeu nossos direitos sem luta. Nem Fernando Henrique (PSDB) nem DILMA (PT). E as lutas só foram vitoriosas porque foram feitas por todos. Nós somos a metade da classe trabalhadora deste país e não podemos nos calar. É hora de nos somarmos e cobramos nossos direitos.
No próximo dia 27 de junho, sindicatos, os movimentos e os partidos da classe trabalhadora organizarão greves, paralisações e atos em todos os cantos do país.
No dia 27, todos e todas às ruas! Construir e fortalecer as manifestações!
- Pelo aumento geral dos salários e congelamento dos preços!
- Chega de violência contra as mulheres nos transportes públicos!
- Mais investimentos públicos para a construção de mais linhas de trens, metrôs e ônibus nas cidades brasileiras!
- Não à Bolsa Estupro! Não ao Estatuto do Nascituro! Veta, Dilma!
- Fora Feliciano! Contra o retrocesso da "Cura Gay"!
- Queremos investimentos nos programas de combate à violência!
- Pela implementação e ampliação da Lei Maria da Penha!
- Queremos creches públicas, gratuitas e de qualidade! 10% do PIB para a Educação Pública Já!
- Queremos hospitais "padrão Fifa"! 6% do PIB para a Saúde Pública Já!
- Pelo fim do machismo, racismo e a homofobia! Pelo fim da exploração!
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