Nesta quarta-feira, dia 16 de maio, acontece a III Marcha contra a Homofobia, em Brasília/DF.
Os militantes do setorial LGBT da CSP Conlutas já estão na capital federal ajudando na organização da marcha e na preparação da coluna da Central.
A marcha é coordenada pela ABGLT, Associação Brasileira de Gays, Lésbicas Bissexuais e Transexuais, que possui 257 organizações afiliadas. A expectativa dos organizadores é que compareçam 3 mil pessoas.
Atividades – Durante essa semana haverá uma série de eventos de combate a homofobia, pois o dia 17 de maio entrou para o calendário do movimento LGBT como sendo o Dia Internacional de Combate à Homofobia. Dentre elas se destacam uma audiência pública no Senado, o Seminário “Diferentes, mas Iguais”, que também ocorre no Auditório do Senado Federal, neste dia 15, para debate da proposta de substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara 122, que criminaliza a homofobia. A CSP Conlutas está participando deste Seminário também.
O deputado federal pelo PSOL (BA), Jean Willys, organiza um seminário com o tema “Sexualidade, Papéis de Gênero e Educação na Infância e na Adolescência”cujo mote é o “Respeito à diversidade se aprende na infância”.
Os movimentos da CSP Conlutas no movimento LGBT exigem um posicionamento público da presidente Dilma Rousseff sobre as questões LGBT, em especial a regulamentação da união estável aprovada pelo Supremo Tribunal Federal desde o ano passado; a aprovação do PLC 122, que criminaliza a homofobia, e a imediata liberação do kit anti-homofobia nas escolas.
O governo federal deve explicações à comunidade LGBT, dentre elas a falta de posicionamento político de Dilma sobre a decisão pelo STF em regulamentar a união estável para casais homossexuais e as dificuldades na tramitação do PL 122. Essas são duas grandes polêmicas as quais o governo petista tem evitado enfrentar.
Por esses motivos, o Grupo Gay da Bahia (GGB) outorgou o troféu Pau de Sebo à presidente Dilma pela proibição do kit anti-homofobia, do filme de prevenção da AIDS para gays no carnaval e pelo fracasso de suas políticas públicas de erradicação dos crimes homofóbicos em nosso país.
De acordo com o GGB, foram documentados 266 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil no ano passado, 6 a mais que em 2010, um aumento 118% nos últimos seis anos (122 em 2007). Os gays lideram com 162 (60%), seguidos de 98 travestis (37%) e 7 lésbicas (3%).
Com isso, o Brasil confirma a triste posição de líder mundial de assassinatos homofóbicos, concentrando 44% do total de execuções de todo mundo.
São esperados para a Marcha militantes da CSP Conlutas de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. Será distribuído um boletim da Central e da ANEL – Assembleia Nacional de Estudantes Livre.
Está prevista também uma plenária do Setorial Nacional LGBT da CSP Conlutas, na sede da Condsef, às 14 horas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário