A Carta foi distribuída na estação do Metrô Barra Funda, na zona Oeste de São Paulo, por onde passam milhares de trabalhadores e trabalhadoras e aonde há a Delegacia do Metropolitano (DELPOM) para onde são encaminhadas as vítimas de violência sexual dentro dos trens do metrô.
A panfletagem demonstrou como a violência contra as mulheres no interior dos transportes públicos é uma realidade. A recepção principalmente das mulheres quando a luta contra o assédio era agitada foi impressionante. Desde 2011, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo constrói uma campanha contra o assédio e a violência dentro dos trens. Cerca de 50 casos são registrados por ano. O machismo e a superlotação são os principais motivos que submetem as mulheres a essa situação humilhante.
No final da tarde, na maior estação do Metrô, a Sé, a panfletagem da Carta Aberta foi realizada com uma forte agitação e a presença de vários ativistas metroviários, bancários, professores, estudantes e de algumas entidades e organizações importantes, como o Quilombo Raça e Classe, a ANEL e o Movimento Reviravolta.
O ato no interior da estação ainda contou com a presença de Stephanie Lightfoot Bennett, ativista de uma organização de famílias que lutam contra a repressão racista da polícia inglesa. Stephanie teve um irmão gêmeo assassinado. Ela falou de sua luta e denunciou o racismo, o machismo e a violência.
Muitos trabalhadores e trabalhadoras que frenquentaram a estação durante o Ato saudaram a iniciativa do MML e do Sindicato e muitas mulheres se identificaram com as denúncias que estavam sendo feitas.
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