A
histórica greve que os trabalhadores da USP vem construindo há100
dias contra 0% de reajuste e em defesa da educação pública e do
Hospital Universitário (HU) é um exemplo para toda a classe
trabalhadora. Enfrentando a reitoria e o governo Alckmin, que desde o
inicio tenta quebrar a greve descontando os salários com um atentado
ao direito de greve através do corte de ponto, os trabalhadores
respondem com seus métodos históricos, como piquetes, atos de rua,
fundo de greve e protagonizaram o maior trancaço (fechamento dos
portões de toda a universidade) dos últimos tempos. Foi feita
também uma grande campanha de fundo de greve para ajudar os
trabalhadores que tiveram o ponto cortado e se mantivessem na luta. O
resultado dessa mobilização histórica foi a retirada do corte de
ponto, com a justiça, através do TRT, determinando que a USP pague
os dias descontados. Sabemos que não podemos confiar na justiça que
está do lado dos patrões e pode até mesmo retirar essa concessão,
portanto essa vitória foi fruto da força da mobilização dos
trabalhadores.
A
greve teve como uma de suas campanhas centrais a luta pela libertação
de Fábio Hideki que foi solto pela força da campanha democrática
impulsionada pelos trabalhadores. Também esteve ao lado dos
metroviários em greve e apóia a luta contra as demissões e fez uma
campanha de doação de sangue, mostrando que defende a educação e
saúde à serviço da população, dando exemplo de uma luta não
corporativa. A organização da greve - comando de greve, assembleias
soberanas, reuniões nos locais de trabalho - tem priorizado que as
mulheres estejam na linha de frente e defendido as demandas da
população e das mulheres como a campanha da realização do exame
de Papa Nicolau de 800 mulheres que estão na fila de espera do HU
devido à falta de funcionários, e a campanha pela contratação de
enfermeiras que será impulsionada pela Secretaria de Mulheres do
Sintusp.
Também foi grande exemplo a 2. passeata de bebês e
crianças, organizada pelas trabalhadoras e trabalhadores da creche,
que reuniu trabalhadores, estudantes e seus filhos, reivindicando
mais creches, mostrando que apenas com a mobilização será possível
garantir os direitos das mulheres trabalhadoras e da classe
trabalhadora.
Foi
organizado também o "Cantinho das Crianças", que contou
ativamente com a participação do grupo de mulheres Pão e Rosas,
que integra o MML, durante assembleias e comando de greve para que
as mulheres possam participar, mostrando que o capitalismo, os
governos e patrões fazem com que as mulheres sejam exploradas no
trabalho e também responsáveis pelas tarefas domésticas, impondo a
dupla jornada de trabalho impedindo que as mulheres vivam a vida
pública e possam se organizar.
O
MML apoia esta greve para que ela triunfe e seja uma lição ao
conjunto da classe trabalhadora! Nos somamos como parte da luta
contra a desvinculação do Hospital Universitário da USP e em
defesa do HRAC (Bauru), e para que as reivindicações sejam atendidas e não haja nenhuma punição aos trabalhadores em greve!
Para
contribuir com a campanha do fundo de greve e solidariedade da USP:
Banco
do Brasil, Agência 7068-8,
Conta Poupança 5057-1 (Variação 51)
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