Via CSP-Conlutas
Nesta
quinta-feira (8), a greve dos trabalhadores da Volkswagen, em São Bernardo do
Campo, completa três dias. O Sindicato local realizará assembleia pra definir
se a mobilização continua hoje, às 14h. Cerca de 13 mil trabalhadores
estão parados em protesto contra a demissão de 800 metalúrgicos na última
terça-feira (6).
Os trabalhadores
da Volkswagen receberam cartas da empresa com o anúncio de demissão, entre
sábado e segunda-feira, com a orientação de que comparecessem no local de
trabalho nesta terça-feira. Outros 11 mil metalúrgicos também receberam
telegramas, com conteúdo diferenciado, que alertava para “início imediato de
ações de adequação de efetivo” e que a “primeira etapa será anunciada em
6/1/15”.
Greve
de 24 horas na Mercedes Benz
Outra empresa da região, a Mercedes Benz,
também demitiu ontem 244 metalúrgicos que estavam em lay-off (suspensão
temporária de contrato de trabalho). Na quarta-feira (7), 10 mil
trabalhadores Mercedes Benz somaram-se aos trabalhadores da
Volkswagen e fizeram uma greve de 24 horas contra a demissão.
Todo apoio à greve
Nas redes sociais, o membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas, José Maria
de Almeida, repudiou as demissões feitas pelas montadoras que, além de terem
recebido subsídios do governo, enviaram bilhões em lucros para fora do país.
“Apenas nos últimos oito anos as montadoras de veículos remeteram para fora do
país cerca de 10 bilhões de dólares. Agora, na primeira manifestação da crise
da venda de carros, descarregam o problema nas costas dos trabalhadores?”,
questiona Zé Maria. “Só o dinheiro que remeteram para o exterior como remessa
de lucros daria para pagar o salário destes trabalhadores que estão sendo
demitidos por anos a fio. A demissão, portanto, é expressão de pura ganância
destas multinacionais”, alerta o dirigente.
Zé Maria diz ainda que é preciso também cobrar do governo Dilma que barre essas
demissões. “O governo tem a obrigação de atender a demanda dos trabalhadores,
afinal, este mesmo governo não foi prestativo quando foi para atender os
interesses destas empresas?”, compara.
Completa
reafirmando a necessidade de unidade de todos os trabalhadores para combater
essas demissões. “É preciso que as organizações dos trabalhadores e da
juventude busquem formas de unir suas forças para enfrentar esta situação e
fortalecer a luta da nossa classe. Seja para lutar contra as demissões, seja
para enfrentar e buscar reverter os cortes de direitos promovidos pelo governo
no finalzinho do ano passado. Sem luta, sem mobilização social essa situação
não vai mudar, estão bastante claras as escolhas feitas pelo governo da
presidenta Dilma”, orienta.
O dirigente finaliza a nota com destaque para
a reunião do Espaço de Unidade de Ação, impulsionado pela CSP-Conlutas e outras
entidades, que vai acontecer dia 30 de janeiro que será um importante passo
para essa unidade.
Confira abaixo o vídeo do Sindicato de Metalúrgicos de São José dos Campos e Região em solidariedade aos trabalhadores em greve da Volkswagen:
Matéria retirada do site da Central Sindical CSP-Conlutas. Link para acesso: http://cspconlutas.org.br/2015/01/contra-demissao-metalurgicos-da-volkswagen-no-grande-abc-sp-anunciam-greve/
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