terça-feira, 11 de novembro de 2014

FALTAM POUCOS DIAS PARA O SEMINÁRIO NACIONAL DO MML


Faltam poucos dias para o Seminário Nacional do MML, que será realizado dia 22 de Novembro no Sinsprev em São Paulo - SP. Nesse Seminário companheiras de todo o país, representando seus sindicatos, entidades, movimentos e executivas estaduais, vão debater e deliberar sobre os últimos capítulos do estatuto do MML, para avançar na organização do nosso movimento. Durante o Seminário também haverá o lançamento do abaixo assinado nacional Pela aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha”, que vamos levar para as cidades para debater com a população a realidade da violência contra as mulheres,  recolhendo milhares de assinaturas para fortalecer a luta por medidas concretas para combater essa situação. E também discutiremos propostas de alteração na composição da Executiva Nacional do MML.



Nos estados as companheiras que constroem o MML estão debatendo a proposta de estatuto e as iniciativas que cada lugar terá na construção da Campanha Nacional. É muito importante que todas as representantes que participarão do Seminário debatam essas semanas com as companheiras nas suas bases para que esse processo de elaboração seja o mais rico possível, possibilitando que todas opinem e contribuam com essa construção. Qualquer grupo, sindicato, entidade e executiva pode enviar textos de contribuição sobre o tema do estatuto.  O período de envio de textos de contribuição foi prolongado e será até o dia 17 de novembro e deverão ser encaminhados para o e-mail das inscrições.

Para realizar um Seminário bem organizado para que possamos debater e deliberar com qualidade é fundamental que nos preparemos da melhor forma possível. Nesse sentido aqui estão algumas orientações para auxiliar as participantes.


 PRAZO DE INSCRIÇÃO: PRORROGADO ATÉ 17 de Novembro

PAGAMENTO DA TAXA POR DEPÓSITO: C.C: 10930-4, AG: 4223-4 Banco do Brasil (CSP-Conlutas Nacional)

Ficha de inscrição:

Passo a passo da Inscrição:

1) Clicar no link indicado da ficha de inscrição. 
2) Copiar a ficha de inscrição e colar no word ou qualquer outro programa de edição de texto no seu computador. 
3) preencher a ficha de inscrição com os dados e salvar. 
4) pagar a taxa de inscrição. 
5) scanear o comprovante de pagamento ou tirar uma foto legível do comprovante.
6) enviar por anexo a ficha de inscrição devidamente preenchida e o comprovante de pagamento para o e-mail da organização do evento:
 mulheres.emluta.csp.conlutas@gmail.com 

OBS: APRESENTAR COMPROVANTE NO ATO DO CREDENCIAMENTO

CRECHE: Haverá creche para que todas as companheiras que virão com seus filhos, possam participar do Seminário. É necessário indicar isso na ficha de inscrição pois a organização precisa dessas informações para organizar toda a estrutura da creche. É necessário trazer roupinhas, lanchinhos, remédios e toda e qualquer coisa que seja necessária para o cuidado da criança durante as atividades do seminário. A creche inicia junto com o início das atividades do seminário. No horário do almoço a mãe deverá pegar a  criança e alimentá-la e no retorno das atividades novamente deixá-la na creche. Se houver algum brinquedo que seja importante para a criança e ajude a ficar calma e feliz, também é uma boa ideia trazê-lo. Caso alguma companheira que tenha solicitado por creche na sua inscrição não venha pro seminário, é importante comunicar a organização.

ALIMENTAÇÃO E ALOJAMENTO: O evento não disponibilizará alimentação e alojamento. Na região do centro de São Paulo, onde fica o local do Seminário, tem muitos hotéis, pousadas, albergues bem como linhas de trem, metrô, ônibus e lanchonetes e restaurantes.

ENDEREÇO: O seminário será realizado no Sinsprev, que fica na Rua Antônio Godoy, nº88, 2º andar, próximo a estação São Bento do metrô, no centro de São Paulo - SP. Ponto de referência: fica entre a região da 25 de março e a Santa Ifigênia. É o mesmo local onde aconteceu o seminário realizado em agosto.



Mais informações no boletim nacional disponível nos links: 
Boletim Eletrônico 17:

Vem aí o Seminário Nacional do MML:

E na página nacional do MML no facebook: 






sexta-feira, 7 de novembro de 2014

MML apoia a greve dos trabalhadores da Embraer



Os trabalhadores da Embraer, uma das maiores indústrias de aviação do mundo, atualmente estão em greve por aumento salarial. A greve conta com 100% de adesão da categoria. Uma forte greve desde a privatização da empresa, em 1994. A Embraer possui cerca de 13 mil trabalhadores em São José dos Campos - São Paulo e 100% da produção está parada desde o dia 5 de novembro.
 
Os operários reivindicam 10% de reajuste, enquanto a empresa só oferece 7,4%, índice muito abaixo do que os trabalhadores de outras fábricas da região já conquistaram. Nesta campanha salarial, já foram fechados mais de 80 acordos nas fábricas de São José dos Campos e região, entre 9% e 11%. Não falta dinheiro pois os lucros da Embraer são cada dia mais altos. Segundo balanço divulgado pela própria empresa, a sua carteira de pedidos firmes atingiu recorde histórico no terceiro trimestre de 2014, num total de US$ 22,1 bilhões.

Além de contratos bilionários com clientes em diversos países, a Embraer também recebe dinheiro público vindo de incentivos fiscais e financiamentos bilionários concedidos pelo governo brasileiro. Não é tolerável, portanto, que a Embraer continue com sua política de impor reajustes reduzidos aos salários e se recuse a atender às reivindicações dos trabalhadores. Da mesma forma, o governo brasileiro precisa se manifestar e tomar medidas em defesa dos operários da fabricante de aviões. 

A Embraer e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) se negam a atender a pauta de reivindicação. O Sindicato está convocando todos os trabalhadores da Embraer para uma assembleia unificada, na próxima segunda-feira, dia 10, às 9h, em frente à portaria da fábrica, na avenida Faria Lima para decidir os próximos passos da mobilização.

É muito importante para que a greve continue forte o apoio e a solidariedade dos trabalhadores e da juventude. De vários estados e categorias estão sendo enviadas cartas e moções de apoio. Nas redes sociais também há a iniciativa de apoio à greve. Todas essas demonstrações fortalecem essa luta. Nós do Movimento Mulheres nos somamos a esse apoio.

#TamoJunto trabalhadores da Embraer! 

Todo apoio à greve!


 O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à CSP-Conlutas, pede o envio de moções de apoio à greve dos trabalhadores e contra a postura intransigente da Embraer.

Para mais informações acompanhe o site do Sindmetal de SJC e o site da CSP-Conlutas:






quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Vitória das trabalhadoras e trabalhadores da Contax de Porto Alegre


 
Esta semana comemoramos a vitória das trabalhadoras e trabalhadores da empresa Contax, em Porto Alegre, que protagonizaram a primeira grande greve da história na empresa. Foram 29 dias de luta contra o assédio moral, as humilhações por não cumprir metas, as idas cronometradas ao banheiro, os baixos salários e o famoso “Vale-fome”, que é como ficou conhecido o tíquete refeição de R$ 4,25 pagos pela empresa.

A indignação tomou conta e a pressão sofrida pelos teleoperadores fez com que eles cruzassem os braços e parassem o atendimento da regional. A ação provocou caos na empresa, que tentou vencer os grevistas pelo cansaço, desviando as ligações dos clientes da capital gaúcha para cidades do nordeste, sobrecarregando os trabalhadores de lá.



No início, a greve foi estimulada pelo sindicato, mas, na medida em que a empresa, em conluio com a mídia local, tentou invisibilizar a mobilização, por trabalhador contra trabalhador e até pagar para que os não grevistas votassem em assembleia pelo fim da greve, a categoria se uniu ainda mais e foi à luta. De maneira ativa, eles participaram dos piquetes, elencaram representantes de base para acompanhar as negociações entre o sindicato e a empresa, montaram uma agenda de mobilização e por fim, realizaram uma grande passeata que percorreu as ruas de Porto Alegre, entoando palavras de ordem que remetiam as grandes mobilizações de junho: "Ôôô, call center acordou, call center acordou, call center acordou, ôôô...”

Vídeo de uma passeata da greve no centro de Porto Alegre:

 

Resultado: a empresa, no dia seguinte à passeata, chamou o sindicato para negociação. Da reunião, que durou dois dias, com vigília intensa dos trabalhadores em frente ao local onde ocorria, eclodiram as conquistas dessa luta. As propostas negociadas Detalhadas em seus 12 pontos abaixo) apresentaram avanços econômicos mínimos, se comparadas aos lucros exorbitantes da Contax, bem como se relacionadas às necessidades mais básicas dos trabalhadores. Mas a luta dessas guerreiras e guerreiros, durante quase um mês, enfrentando todos os tipos de dificuldades e intempéries climáticas, foi sem dúvida a maior vitória da categoria!

As operadoras e operadores do setor de telemarketing e call center são tratados dessa forma há anos, mas o Brasil inteiro assistiu a grande mídia noticiando essa dura realidade nas últimas semanas. Atualmente, o país tem mais de um milhão e meio de pessoas que atuam nesse setor e vivenciam condições de trabalho com intenso desgaste e precarização.


  Mais de 70%  dos cargos nessas empresa são ocupados por mulheres que, em geral, são jovens negras e que realizam atividades intensas por seis horas diárias. Essa exploração também atinge um contingente de LGBTs que sofrem ações homofóbicas, mascaradas por uma suposta ausência de preconceito. Todos esses trabalhadores recebem baixos salários como reflexo justamente da sua invisibilidade na sociedade. 


Nós, do Movimento Mulheres em Luta, parabenizamos as trabalhadoras e trabalhadores da Contax que estiveram mobilizados nessa greve justa e necessária. Nos dispomos a estar juntas na batalha por uma vida digna, pois não pode existir tratamento ou salário diferenciado por gênero, cor ou orientação sexual. Como organização feminista e classista que luta contra o machismo e fortalece a organização das mulheres, queremos salário igual para trabalho igual, pois o lucro não pode estar a serviço do sacrifício dos trabalhadores. Vamos dizer NÃO às senzalas modernas! Trabalhadores não são mercadoria!
 
Abaixo segue a proposta negociada com a empresa e aceita por unanimidade pelos trabalhadores da Contax:

1. Piso Salarial no valor de R$ 724,00 a ser adequado às alterações do salário mínimo nacional em janeiro de 2015;

2. Vale-refeição:
a) No valor facial de 12,90 para os trabalhadores de 220 horas;
b) Para os trabalhadores de 180 horas o valor facial será de R$ 4,90 (retroativo) a contar de 1º de maio de 2014, mantida a participação do trabalhador no valor de R$ 6, 00 (seis reais) mensais; a partir de janeiro de 2015 o vale-refeição passa a ser de R$ 5,00 (cinco reais) mantido o mesmo desconto; abono líquido no valor de R$ 120,00 a ser pago em uma única parcela a título de vale-refeição excepcional. O pagamento do abono será no dia 06/11/2014 se a proposta for aprovada pelos trabalhadores até o dia 04/11/2014;

3. A apresentação do atestado médico será agora no prazo de 72 horas após o retorno ao trabalho, ficando garantido que o empregado deve comunicar a sua ausência à empresa através dos meios existentes, ou por qualquer pessoa por ele nomeada;

4. Abono de cinco dias por ano para acompanhamento do filho;

5. Auxílio Creche no valor de R$ 160,00 para os filhos até 48 meses de idade (retroativo) a contar de 1º de maio de 2014;

6. Todas as diferenças salariais e vantagens concedidas retroativas (de 1º de maio de 2014 até outubro do mesmo ano) serão pagas no dia 6 de novembro de 2014;

7. Manutenção de todas as demais cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho;

8. Os dias de greve serão abonados pela metade e a outra metade compensada em até 4 meses não sendo computadas nesse período as férias dos trabalhadores, nem o repouso remunerado no período da greve. A compensação poderá ser realizada antes do início ou após o turno de trabalho e quem tiver interesse poderá compensar os dias de greve abatendo do seu respectivo banco de horas;

9. Não serão descontados os vales-transportes e alimentação durante o período da greve;

10. Na hipótese de extinção do contrato de trabalho por qualquer motivo, os dias de greve pendente por compensação não serão descontados;

11. A empresa assegura que não haverá retaliações, perseguições ou qualquer prejuízo aos trabalhadores por conta da greve;

12. O salário integral dos grevistas será pago no dia 6 de novembro de 2014.

Confira algumas fotos da Greve:






terça-feira, 4 de novembro de 2014

Dia 8 tem a 2ª Marcha das Vadias em Guarapuava, Paraná!

No dia 8 acontecerá a Marcha das Vadias em Guarapuava, no interior do Paraná. Diversas organizações estão engajadas na construção desse ato, inclusive o Movimento Mulheres em Luta de Guarapuava. Reproduzimos abaixo a nota escrita pela organização do ato.

Nota da Organização da Marcha das Vadias em Guarapuava 2014

             Guarapuava está localizada na região centro-sul do estado do Paraná, que por sua vez é uma região com um grande índice de violência contra a mulher. Violação que acontece constantemente, seja em casa, na rua, pelos parentes, parceiros ou desconhecidos. Dados estatísticos divulgados pelo Instituto Sangari (2014) e pelo Ministério da Justiça colocam Guarapuava no ranking do femicídio entre os municípios com os maiores índices nacionais, se encontrando na 98ª colocação.
         
        No Paraná ocupa o 4º lugar com 6,4 homicídios para cada 100 mil mulheres. Isso só considerando os casos que tomam repercussão. Quantas de nossas mulheres tem o seu sofrimento silenciado? Quantas delas morreram sem que ninguém soubesse?

              A partir disso se faz necessária as mobilizações, pelo combate a violência contra a mulher, que todos os dias se resume em apenas um número que só aumenta. E é um grande avanço a possibilidade da organização das mulheres que lutam contra o machismo em uma cidade com forte modelo patriarcal como Guarapuava. Precisamos mostrar unidade na luta por reivindicações, que de uma vez por todas, retire da mulher a culpa pela violência que historicamente a sociedade lhe atribui.

               A primeira Marcha das Vadias ocorreu em Toronto – Canadá (2011), como protesto contra a culpabilização das mulheres pelo estupro. Muitas mulheres além de sofrerem absurda violação de seu corpo, ainda eram obrigadas a suportar o estigma de que pelas roupas que usavam e como se comportavam, eram as responsáveis pelo estupro.

            Por isso em cada Marcha das Vadias que ocorre no mundo todas as pessoas que apoiam o debate marcham se denominando “vadias” para dar um basta na violência contra a mulher e dizer que o corpo dela pertence apenas a ela própria e a mais ninguém, prezando sempre pela sua liberdade a partir da simbologia de que “se ser livre é ser vadia, então somos todas vadias”.

              Além do fato de que o termo “vadia” sempre é ligado a algo negativo se tratando da mulher e sua vida sexual e o nome desta mobilização vem com este objetivo de denunciar toda esta opressão de gênero. A sociedade conservadora precisa ter a consciência que o corpo da mulher não é objeto de uso de estupradores e machistas e que seu corpo pode ser posto a mostra sem querer ser violado. Que pode usar e ser o que quiser. E que nada que faça é “pedir” para ser abusada. Nenhuma mulher “merece” ser estuprada. E esta é a principal pauta de luta da 2º Marcha das Vadias em Guarapuava, que vem sendo construída neste ano de 2014.

            Além da luta pelo combate a violência contra a mulher, vamos reivindicar que a mulher tenha total direito sobre o seu próprio corpo e que o Estado não interfira em suas decisões. Queremos o fim da discriminação de gênero e apoiamos a causa LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis) até porque também são vítimas do machismo todos os dias. Lutamos contra todo tipo de opressão, seja racial, de gênero, machista, sexista, homofóbica, transfóbica etc. Não toleramos nenhuma forma de preconceito, pois não há nada que o justifique.

         Todas as pessoas que apoiam este debate podem construir conosco o evento, entidades, partidos, etc. Além disso não será proibido nenhum tipo de manifestação – que seja a favor da pauta de luta da marcha – durante a Marcha das Vadias e nenhuma bandeira de entidade ou partido será retirada, bem como nenhum cartaz de reivindicação - que seja favorável a pauta.

          Importante ressaltar também que a marcha é apartidária e laica, ou seja, não existe nenhuma entidade/partido em específico encabeçando a discussão, mas sim uma organização composta por várias pessoas que apoiam a construção da luta que é democrática e libertária. Acreditamos nesta luta e por isso vamos as ruas no dia 8 de novembro, realizar a 2º Marcha das Vadias em Guarapuava. Não vamos nos calar diante de tanta violência e banalização da mesma. Queremos o fim desta violação de direitos


Basta de violência contra a mulher! Não vamos tolerar a culpabilização da vítima!


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

ORIENTAÇÕES PARA O SEMINÁRIO NACIONAL DO MML - 22 DE NOVEMBRO


Faltam 19 dias para o Seminário Nacional do MML, que será realizado dia 22 de Novembro no Sinsprev em São Paulo - SP. Nesse Seminário companheiras de todo o país, representando seus sindicatos, entidades, movimentos e executivas estaduais, vão debater e deliberar sobre os últimos capítulos do estatuto do MML, para avançar na organização do nosso movimento. Durante o Seminário também haverá o lançamento do abaixo assinado nacional “Pela aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha”, que vamos levar para as cidades para debater com a população a realidade da violência contra as mulheres,  recolhendo milhares de assinaturas para fortalecer a luta por medidas concretas para combater essa situação. E também discutiremos propostas de alteração na composição da Executiva Nacional do MML.




Nos estados as companheiras que constroem o MML estão debatendo a proposta de estatuto e as iniciativas que cada lugar terá na construção da Campanha Nacional. É muito importante que todas as representantes que participarão do Seminário debatam essas semanas com as companheiras nas suas bases para que esse processo de elaboração seja o mais rico possível, possibilitando que todas opinem e contribuam com essa construção. Qualquer grupo, sindicato, entidade e executiva pode enviar textos de contribuição sobre o tema do estatuto.  O período de envio de textos de contribuição será de 30 de outubro a 10 de novembro e deverão ser encaminhados para o e-mail das inscrições.

Para realizar um Seminário bem organizado para que possamos debater e deliberar com qualidade é fundamental que nos preparemos da melhor forma possível. Nesse sentido aqui estão algumas orientações para auxiliar as participantes.



 PRAZO DE INSCRIÇÃO: 30 de Outubro a 10 de Novembro

PAGAMENTO DA TAXA POR DEPÓSITO: C.C: 10930-4, AG: 4223-4 Banco do Brasil (CSP-Conlutas Nacional)

Ficha de inscrição:
https://docs.google.com/document/d/1XLRHK_8y0ToOQoeyszezbLNGQzNI_521BkJHka54EpY/edit?pli=1

Passo a passo da Inscrição:

1) Clicar no link indicado da ficha de inscrição. 
2) Copiar a ficha de inscrição e colar no word ou qualquer outro programa de edição de texto no seu computador. 
3) preencher a ficha de inscrição com os dados e salvar. 
4) pagar a taxa de inscrição. 
5) scanear o comprovante de pagamento ou tirar uma foto legível do comprovante.
6) enviar por anexo a ficha de inscrição devidamente preenchida e o comprovante de pagamento para o e-mail da organização do evento:
 mulheres.emluta.csp.conlutas@gmail.com 

OBS: APRESENTAR COMPROVANTE NO ATO DO CREDENCIAMENTO

CRECHE: Haverá creche para que todas as companheiras que virão com seus filhos, possam participar do Seminário. É necessário indicar isso na ficha de inscrição pois a organização precisa dessas informações para organizar toda a estrutura da creche. É necessário trazer roupinhas, lanchinhos, remédios e toda e qualquer coisa que seja necessária para o cuidado da criança durante as atividades do seminário. A creche inicia junto com o início das atividades do seminário. No horário do almoço a mãe deverá pegar a criança e alimentá-la e no retorno das atividades novamente deixá-la na creche. Se houver algum brinquedo que seja importante para a criança e ajude a ficar calma e feliz, também é uma boa ideia trazê-lo. Caso alguma companheira que tenha solicitado por creche na sua inscrição não venha pro seminário, é importante comunicar a organização.

ALIMENTAÇÃO E ALOJAMENTO: O evento não disponibilizará alimentação e alojamento. Na região do centro de São Paulo, onde fica o local do Seminário, tem muitos hotéis, pousadas, albergues bem como linhas de trem, metrô, ônibus e lanchonetes e restaurantes.

ENDEREÇO:  O seminário será realizado no Sinsprev, que fica na Rua Antônio Godoy, nº88, 2º andar, próximo a estação São Bento do metrô, no centro de São Paulo - SP. Ponto de referência: fica entre a região da 25 de março e a Santa Ifigênia. É o mesmo local onde aconteceu o seminário realizado em agosto.



 
 
Mais informações no boletim nacional disponível nos links: 

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Géia Borghi, mais uma mulher transexual assassinada !

Por Jéssica Milaré, MML de Campinas - SP
        Géia, técnica em enfermagem no Hospital Mário Gatti, em Campinas, foi assassinada no dia 9/10, quinta-feira, em Monte Mor, cidade vizinha à Campinas. Depois de ter sido abordada por dois homens em sua casa, Géia foi levada para uma estrada rural, onde foi encontrada amarrada, amordaçada, com um tiro no peito e carbonizada ao lado de um carro em chamas. Não deve restar nenhuma dúvida: é mais um típico crime de ódio contra LGBTs.
       A princípio, entretanto, a polícia suspeitava se tratar de um caso de latrocínio (roubo seguido de morte), o que mostra que esta instituição ignora a transfobia. Como é possível que, no país que concentra 44% dos assassinatos de LGBTs em decorrência de crimes de ódio, a polícia não saiba identificar esses casos?
       Algumas notícias sobre o assassinato diziam tratar-se de um homem e referenciavam-na pelo nome masculino que constava no RG. Isso é um desrespeito, Géia se identificava com o nome feminino e é assim que ela deve ser tratada. Travestis e transexuais são vítimas de várias formas de discriminação e de violência por causa da sua personalidade, das roupas que usam, do gênero com o qual se identificam e do nome com o qual se apresentam, é dever de todo mundo respeitar a identidade de cada pessoa.
        No dia 13, segunda-feira, ocorreu uma manifestação convocada por colegas e amigas(os) de Géia que parou a Avenida Glicério para reivindicar que seja feita justiça nesse assassinato. Acreditamos que esse é o caminho para que possamos conquistar nossos direitos, pois Dilma já nos mostrou que não é nossa aliada nessa luta. Durante seus 12 anos de governo, o PT não criminalizou a LGBTfobia e deixou de defender nossos direitos para fazer acordos com a bancada fundamentalista LGBTfóbica. O PSDB não fez diferente disso em nenhum de seus governos, pelo contrário, hoje a maior parte da bancada fundamentalista e da velha direita está apoiando Aécio Neves no segundo turno.
      No nosso país, 1 LGBT é morta(o) por dia. Em 2013, dos assassinatos de LGBTs, 100 foram com armas brancas (como facas, canivetes e tesouras), 93 com armas de fogo, 44 por espancamento (com paus, pedras ou marretas), 31 por asfixia e 4 foram queimadas(os), além de relatos de afogamentos, atropelamentos, enforcamentos, degolamentos, empalações, estupros e tortura. Quase 40% dos assassinatos são de travestis e transexuais, apesar destas pessoas serem ínfima minoria entre LGBTs.
Assim como Géia, que era trabalhadora, as principais vítimas dessa violência são os LGBT’s da nossa classe, que vivem nas periferias e favelas desse país e não tem condições de aderir ao mercado Pink ou de frequentar espaços caríssimos cujo poder aquisitivo lhe garante respeito acerca de sua orientação sexual. Pelo contrário, estão expostos à violência urbana e policial e sofrem com a falta de assistência de saúde e acesso a educação.  
      Além disso, grande parte é expulsa de suas escolas e de suas próprias casas e passam a viver em situação de prostituição quando ainda são menores de idade. Não é à toa que 90% das travestis se encontram em situação de prostituição, onde são alvo frequente de estupros e agressões, inclusive pela própria polícia. Muitas tentam sobreviver a partir do tráfico de drogas e acabam sendo presas. Apenas para citar um exemplo, no Presídio Central de Porto Alegre, onde existem cerca de 4000 presos (as), em 2011, havia 32 travestis.
      Cara leitora, caro leitor, pense sobre isso: quantas travestis, quantas pessoas transexuais você vê no seu dia-a-dia, no seu local de trabalho, no seu local de estudo, nos espaços públicos, nos locais de lazer que você frequenta? Se nós desconsiderarmos as casas de prostituição, as prisões e alguns poucos espaços onde LGBTs mais pobres costumam se encontrar, é possível encontrar mais de 10 travestis e transexuais em um único lugar?
        Esses são os sintomas de uma sociedade discriminatória que não aceita nossa própria existência!
É necessário que sejam implementadas medidas efetivas para combater toda essa violência. É necessária a criminalização imediata da transfobia, o direito à mudança do nome no registro civil e o acesso desburocratizado às cirurgias de redesignação genital e tratamentos hormonais gratuitamente pelo SUS. Por isso, defendemos a aprovação da PLC 122 original e da Lei João Nery. Mas é necessário muito mais do que isso, é preciso que travestis e transexuais sejam aceitas(os) nos locais de trabalho, de estudo, que sejam tratadas(os) com dignidade e respeito. Isso não é possível se a prioridade do governo for garantir os interesses dos bancos e das empresas, e não os interesses da população pobre e trabalhadora. 
        O Movimento Mulheres em Luta encampa essa luta por entender que as mulheres trabalhadoras precisam dar um basta a todo tipo de violência que sofrem, bem como acha fundamental a unidade entre os setores oprimidos para combater o machismo, o racismo, a LGBTfobia e a exploração capitalista. 
·         Pela criminalização da LGBTfobia! Aprovação do PLC122 e da Lei João Nery!
·         Punição exemplar aos assassinos de Géia!
·         Chega de violência e assassinatos contra  LGBTs!
 
 

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

Campanha Nacional contra a violência à mulher trabalhadora

Chega da violência contra as mulheres!

Chega da violência contra as mulheres!