“Neste ano, as mulheres são 12,45% dos candidatos a prefeito
e disputam menos de um terço (31%) das prefeituras no Brasil. Estão concorrendo
1.908 mulheres em um universo de 15.323 candidatos. Os números, segundo
especialistas, são acanhados para um País com mais de 50% de população feminina
e uma mulher como presidente da República, mas, curiosamente, significam algum
avanço, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral”.
Essa reportagem de “O
Estado de São Paulo” aponta a ampliação da participação das mulheres nas
eleições. É possível que com a eleição da 1ª presidenta do Brasil, isso tenha
se intensificado e muitas candidatas se apresentaram como uma alternativa para
as mulheres, em muitos casos utilizando o argumento de que as mulheres são mais
habilidosas para determinadas áreas da administração pública e que por isso,
fariam um governo melhor.
Achamos importante
ampliar a participação das mulheres em todas as esferas políticas: na disputa
parlamentar, nos movimentos sociais, nos sindicatos, etc. Entretanto, o fato de
ser mulher não determina um bom governo para todos, nem tampouco para as
mulheres. Apesar de muitas mulheres trabalhadoras confiarem no governo de
Dilma, suas principais medidas caminham no sentido da defesa dos grandes
empresários e banqueiros. Antes de ser mulher, Dilma tem optado por governar
para uma classe social no Brasil, a mais rica e mais poderosa.
Por isso, é
necessário afirmar que não basta ser mulher, para defender as mulheres
trabalhadoras, é necessário governar para a classe trabalhadora. Essa
compreensão deve estar presente na avaliação dos projetos municipais que muitas
candidatas apresentaram, seja como prefeituráveis, seja disputando a Câmara dos
Vereadores. Não basta que uma mulher diga que vai representar as mulheres, é
necessário que ela governe para a maioria do povo, que combata as medidas que
fortalecem os ricos e poderosos.
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