Acabou
a Copa do Mundo da FIFA e chega aquele momento de iniciarmos um balanço do
“legado” da Copa no Brasil. Infelizmente a seleção brasileira não foi campeã,
mas pior que o resultado da nossa seleção em campo, foram as denúncias de
turismo sexual que se multiplicaram ao longo do mundial.
Desde o início a Copa do Mundo foi marcada pela exploração sexual do corpo da mulher brasileira. Antes mesmo de iniciar os jogos, a ADIDAS colocou a venda, através do seu site nos Estados Unidos, camisetas com imagens que fazem apologia ao turismo sexual. Em Florianópolis - SC, que não é uma das cidades-sedes da Copa, mas que recebeu um congresso técnico da FIFA em fevereiro desse ano, as representações das 32 seleções foram recebidas com um encartado “Welcome to Brazil”, dentro de um jornal local, onde continha diversas fotos de mulheres de biquíni e embaixo a propaganda de um clube de streap-tease da cidade. Luciano Huck, conhecido apresentador da Rede Globo, foi denunciado ao Ministério Público por crime de exploração sexual pelo seu quadro “Namorada para Gringo”, quadro que convocava mulheres do Rio de Janeiro a mandarem fotos para tentar arranjar um namorado “gringo” aproveitando a Copa do Mundo.
Desde o início a Copa do Mundo foi marcada pela exploração sexual do corpo da mulher brasileira. Antes mesmo de iniciar os jogos, a ADIDAS colocou a venda, através do seu site nos Estados Unidos, camisetas com imagens que fazem apologia ao turismo sexual. Em Florianópolis - SC, que não é uma das cidades-sedes da Copa, mas que recebeu um congresso técnico da FIFA em fevereiro desse ano, as representações das 32 seleções foram recebidas com um encartado “Welcome to Brazil”, dentro de um jornal local, onde continha diversas fotos de mulheres de biquíni e embaixo a propaganda de um clube de streap-tease da cidade. Luciano Huck, conhecido apresentador da Rede Globo, foi denunciado ao Ministério Público por crime de exploração sexual pelo seu quadro “Namorada para Gringo”, quadro que convocava mulheres do Rio de Janeiro a mandarem fotos para tentar arranjar um namorado “gringo” aproveitando a Copa do Mundo.
O
resultado de todo esse incentivo ao turismo sexual não poderia dar em resultado
diferente: redes de prostituição operando ao redor dos estádios e nas “Fan Fest”, crianças e adolescentes
realizando programas nas cidades-sedes a partir de R$ 10,00 e o crescimento dos
casos de violência contra a mulher em dias de jogo.
O
aumento do turismo sexual já é um histórico da Copa do Mundo. Na África do Sul
em 2010, houve um aumento de 63% nos casos de exploração sexual infantil e de 83%
no número de ocorrências de abuso sexual contra mulheres. Na Copa da Alemanha,
em 2008, não foi diferente, os abusos contra crianças aumentaram em 28% e
contra as mulheres em 49%.
No Brasil
não se tem ainda um levantamento oficial do impacto da Copa para o turismo
sexual. Porém, segundo a Folha de São Paulo, a expectativa que a rede de
prostituição aumente seus lucros em 60%. Em Fortaleza – CE, que foi uma das
cidades-sede, nos últimos 3 anos, com o fluxo da construção do Estádio e da
vinda de estrangeiros, houve um aumento de 150% de exploração sexual de
crianças e adolescentes. Cabe-se lembrar
que o Brasil é o 2º país no mundo no ranking
do turismo sexual infanto-juvenil e o 1º da América Latina.
Diante de
todo esse quadro, o Movimento Mulheres em Luta de norte ao sul do país esteve
nos atos contra as injustiças da Copa, nos canteiros de obras, nos locais de
estudo e trabalho com a Campanha “Cartão Vermelho Contra o Turismo Sexual”.
Fomos para as ruas levando o nosso cartão vermelho contra ao turismo sexual e
também contra todas as injustiças da Copa. Cartão vermelho para o machismo e
para o capitalismo, que transforma o corpo da mulher em mercadoria para gerar
lucro.
Damos
também cartão vermelho ao Governo Dilma Rousseff (PT) que foi incapaz de
realizar campanha efetiva contra o turismo sexual, deixando com que milhares de
brasileiras sejam vítimas dessa exploração. Acabou a Copa do Mundo, mas o
Movimento Mulheres em Luta não saíra das ruas em defesa das mulheres
trabalhadoras!
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