Nota do MML - Rio de Janeiro
Uma onda de greves se formou pelo país desde 2013, e em fevereiro de 2014 foi a vez das (os) garis. Protagonizaram uma das maiores lutas da história brasileira, indo as ruas como o apoio da população, mostrando a precarização da COMLURB e a insatisfação com as condições de trabalho, fazendo uma linda greve em pleno carnaval contra a realidade de arrocho salarial e de ataques aos seus direitos básicos. Com sua força e unidade a categoria venceu o prefeito Paes (PMDB) que com o apoio do sindicato pelego ligado a central sindical CGTB, tentou criminalizar e desmobilizar o movimento. A luta dos garis impulsionou paralisações/greves como da educação, rodoviários, COMPERJ e ainda hoje estimula diversas outras categorias nos mostrando a força da classe trabalhadora. Porém, PAES MÃOS DE TESOURA deu início a onda de demissões arbitrárias contra a categoria como punição a este movimento vitorioso.
NÃO
A PRIVATIZAÇÃO DA COMLURB!
Sabemos que a política de
Paes é retribuir com “mimos” aos empresários que investiram em sua campanha
eleitoral e a retribuição é através de privatizações. Testes já foram feitos através
da zona portuária /centro, e a bola da vez é a COMLURB. Uma das evidências foi
a nomeação para presidência da empresa Carlos Vinícius de Sá Roriz um
economista que veio da AMBEV e do grupo de Eike Batista. Não é a toa que vem
uma pessoa do setor privado assumir a companhia. Uma política assim só poderia defender a iniciativa privada. A
privatização para as(os) trabalhadoras (es) só traz demissões e piores
condições de trabalho, e para a população consequências são as piores no
serviço, a exemplo da Light ou da OI e transporte coletivo. Como vemos o
governo municipal segue a cartilha da privatização do governo estadual/federal:
- Alienar, escravizar e detonar a classe trabalhadora! Não aceitaremos a
privatização da COMLURB! Vamos as ruas para denunciar!
BASTA DE VIOLÊNCIA NO
LOCAL DE TRABALHO!
BASTA DE ASSÉDIO MORAL E SEXUAL!
As mulheres são 46% da
classe trabalhadora do país. Sua entrada no mercado de trabalho foi uma
conquista importante, mas não nos protegeu do machismo que toma conta dos
ambientes de trabalho. E isto não é diferente com as mulheres garis na COMLURB
que sofrem com a dupla opressão do machismo e do racismo. A situação se
encontra caótica no dia a dia, elas são colocadas em postos mais precarizados
nas ruas, são mais expostas a ataques sexuais, sofrem com a falta de banheiros,
ameaça de corte de ponto quando seus filhos ficam doentes e precisam
acompanhá-los, são obrigadas a ficarem na rua mesmo quando já cumpriram a sua
função, são perseguidas/humilhadas/pressionadas por seus superiores. O MML sempre apoiou e esteve presente na
luta das (os) garis, não tendo medo de denunciar as arbitrariedades do governo
de Eduardo Paes, e entende que sem a presença das mulheres na luta a categoria
só tem a perder. O assédio moral e o machismo são armas poderosas usadas pelos
patrões para dividir e enfraquecer a categoria!
- Inclusão das pautas
das mulheres nas pautas gerais da categoria!
- Denúncia urgente
dos casos de assédio moral por parte dos superiores!
- Chega de machismo,
racismo, homofobia!
Fortalecer a luta das
mulheres é fortalecer a luta de toda a classe!
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