A naturalização do machismo
faz com que na maioria das vezes as pessoas não interfiram em situações de
violência que presenciem. É uma conduta muito comum e reforçada por ditados
como “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Algumas pessoas vão
na contramão disso e interferem sim quando presenciam uma situação de opressão,
esse foi o caso da jovem alemã de origem turca, Tugce Albayrak, de 22 anos.
No dia 15 de novembro ela
estava numa lanchonete do Mc Donalds na cidade de Offenbach quando começou a
ouvir gritos vindos do banheiro feminino. Um grupo de homens estava assediando
duas adolescentes de 13 e 16 anos no banheiro e ninguém no local fez nada para
intervir. Foi diante desse cenário que Tugce se levantou inconformada e foi
ajudar as duas jovens, que conseguiram escapar e se livrar dos agressores. Depois
disso os agressores esperaram do lado de fora, no estacionamento da lanchonete,
a saída de Tugce. Eles a agrediram com
um bastão e um deles deu um soco fazendo com que ela caísse desmaiada no chão e
batesse a cabeça na calçada. Depois dessa violenta sequência de agressões, ela
entrou em coma. Um dos agressores está detido.
Nessa sexta-feira, dia 28 de
novembro, os médicos afirmaram que não havia nenhuma possibilidade de
recuperação e atestaram a morte cerebral de Tugce. Os pais dela decidiram
desligar os aparelhos que a mantinham viva. No dia em que foram desligados os
aparelhos Tugce comemoraria seu aniversário de 23 anos. Mais uma mulher teve
sua vida precocemente interrompida devido à violência machista.
O caso está tendo forte
repercussão na Alemanha, principalmente depois das manifestações, homenagens e
vigílias com milhares de pessoas. Nas redes sociais também está tendo uma forte
repercussão. Isso tudo fez com que as autoridades alemãs tivessem que dar uma
resposta e o debate sobre a violência contra as mulheres, que é uma verdadeira
epidemia mundial, fosse retomado.
O Machismo todos os dias massacra
e mata milhares de mulheres em todo o mundo. O caso da jovem Tugce Albayrak é um exemplo disso. E tanto a nível nacional
como internacional, não vemos respostas para isso. Desde os casos de violência sexual na Índia
até os do Brasil. Para combater a opressão que as mulheres sofrem, é necessário
mudar o mundo. Mais do que nunca é fundamenta nos organizarmos mulheres
trabalhadoras! E nos organizarmos com a classe
trabalhadora de conjunto para enfrentar essa e outras mazelas do capitalismo. Para
que nenhuma mulher passe por essa violência sofrida por Tugce Albayrak.
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