O Movimento Mulheres em Luta (MML) é um movimento de mulheres classista,
nascido em 2008, filiado à CSP-CONLUTAS. Nosso objetivo é lutar contra o
machismo e a exploração, para unificar a classe em defesa dos seus interesses.
Lutamos pelo fim do capitalismo e pela
construção de uma sociedade socialista. Nossos aliados estratégicos são as
mulheres e homens da classe trabalhadora.
Desde 2011, temos construído atos unitários de 8 de março em São Paulo,
a partir de eixos de acordo, com liberdade para expressar opiniões divergentes.
Neste ano, o governismo dividiu o ato ao
meio, com duas colunas que marcharam para lados opostos. O ato paralelo,
classista e independente, contou com 2 mil pessoas, com a participação de entidades
filiadas à CSP-CONLUTAS e partidos políticos do campo da esquerda, como PSTU,
PSOL, MRT e PCB
A ruptura se deu porque PT e PCdoB colocaram seus aparatos na rua para
defender o governo e o Lula, transformando o ato num palanque “contra o golpe e
pelo Fica Dilma”. Isso estava totalmente em desacordo com a unidade para lutar,
que se dava em base aos seguintes eixos: contra a reforma da previdência e o
ajuste fiscal, o combate à violência e a defesa da legalização do aborto que ficaram
só no papel.
Somos oposição de esquerda a Dilma do PT, pois consideramos que governa
para os patrões e empresários. Dilma fechou a Secretaria de Promoção às
mulheres, que investiu apenas R$ 0,26 centavos por mulher para combater a
violência, que não avançou na legalização do aborto. E, agora, para jogar a
conta da crise nas costas das trabalhadoras, pretende aumentar a idade da
aposentadoria para as mulheres.
Não confiamos na oposição de direita também. O PSDB, de Aécio e Alckmin,
e o PMDB de Temer e Cunha, nunca atenderam aos interesses das trabalhadoras,
pelo contrário, são agentes de projetos que aumentam a opressão e a exploração
da classe.
O golpe que existe é contra as mulheres trabalhadoras. PT, PMDB e PSDB
disputam o governo, mas estão juntos na hora de colocar a conta da crise nas
costas dos trabalhadores. Não aceitaremos que rasguem nossos direitos. Acreditamos que o gênero nos une na condição
de mulher, mas a classe nos divide, por isso, as mulheres da burguesia, que nos
exploram, e as que estão a seu serviço não são nossas aliadas.
Declaramos esse posicionamento no carro de som, dizendo que era preciso
pôr para fora Dilma, Cunha, Temer, Cunha e Aécio, pela mobilização dos
trabalhadores. A resposta foi a truculência. Desde a organização, que tentou
arrancar o microfone da mão de nossa companheira Silvia Ferraro, da executiva
nacional do MML e filiada ao PSTU, até as agressões físicas de dirigentes
homens da CUT às nossas companheiras embaixo do carro de som.
A declaração da Marcha Mundial de Mulheres (MMM) sobre o ato em São
Paulo nega que tenha existido a usurpação do ato pelas correntes governistas.
Limita-se a dizer que a conjuntura é complexa e que as entidades pró e contra o
governo deveriam se entender em nome da luta das mulheres. Retira-se da
responsabilidade pelo ocorrido, comporta-se como se fosse uma briga entre
diferentes correntes políticas, quando na verdade o que ocorreu foi o sequestro
do ato e um ataque violento a uma mulher trabalhadora, além do cerceamento do
direito à liberdade de expressão. O
curioso é que um dos eixos da marcha era a democracia para lutar!
Condenamos veemente o uso político do ato em favor do governo,
consideramos gravíssimo o silêncio da MMM frente a agressão da companheira. Exigimos que a secretaria de mulheres da CUT
e a MMM se pronunciem: estão de acordo que homens agridam mulheres no ato do 8
de março?
Seguiremos na luta contra a opressão e a exploração. Não iremos ao ato
do dia 13 do PSDB e nem ao 18 ou 31 do PT. Nossa próxima luta é no dia 01 de
abril junto ao Espaço Unidade de Ação. Se a MMM realmente defende as mulheres,
que rompa com o governo e venha ser parte de uma luta classista e independente
dos governos e patrões.
Contra Dilma, Cunha, Temer e Aécio!
Basta das trabalhadoras pagarem pela
crise!
a representante da mulheres em luta disse numa reportagem q os homens q deveriam provar a sua inocencia em uma acusaçao de eatupro e nao a mulher q deveria provar q ele é culpado
ResponderExcluirmas uma pergunta q NUNCA ouvi uma feminista responder.. e se a acusaçao for falsa?? se o homem n conseguir provar sua inocencia vai preso mesmo assim?
Esse posicionamento advém da certeza da mulher em sua superioridade moral, todas nós sabemos que na vida real a probabilidade de a acusação ser falsa é quase nula (e digo quase para ser generosa), e que a mulher é não só insultada como sofre duas vezes ao ter que "provar" (o que nada mais é do que uma chance de livrar o estuprador da culpa). Além disso, mesmo se a acusação for falsa, sempre existe uma motivação, um ato machista, uma agressão por trás. Portanto, não bosteje nessa página, defensor de estuprador e machista.
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