sexta-feira, 31 de março de 2017

NOTA DE REPÚDIO A MORTE DA ESTUDANTE MARIA EDUARDA ALVES DA CONCEIÇÃO! BASTA DE VIOLÊNCIA, PELO FIM DA PM JÁ!

Por MML Rio de Janeiro

Na tarde de quarta feira do dia 30 de março a aluna Maria Eduarda Alves da Conceição que se encontrava dentro da Escola Municipal Jornalista Daniel Piza morreu com "três tiros". O fato ocorreu durante a aula de Educação Física momento do confronto entre PM's e traficantes. Ao longo dos tempos a escola infelizmente passa a ser um espaço que não está livre da violência, o que coloca em risco tanto os alunos como as profissionais existente nas unidades.
O Movimento Mulheres em Luta vem a público expressar o repúdio pela morte da estudante Maria Eduarda Alves da Conceição! A localização da escola retrata a face da criminalização da pobreza, um dos menores índices de desenvolvimento humano (IDH) da capital. Durante a inauguração da escola, o pai do jornalista homenageado afirma que "Uma escola numa área carente como essa é fora de série. Que o colégio possa influenciar na melhora da vida dessas pessoas, através do estudo e da cultura" porém, a realidade aumenta as estatísticas do extermínio da nossa juventude negra . Atualmente a face das escolas municipais do Rio de Janeiro é de total precariedade pois faltam desde materiais de higiene/pedagógico como um quantitativo insuficiente de profissionais o que se torna contraditório mediante a função de um ambiente escolar. O descaso aponta o desinteresse em realizar uma educação pública de fato com qualidade. Sai e entra governo e é o mesmo tipo de administração, a inexistêcia do comprometimento em investimentos na educação pública destinada a crianças e adolescentes.A linha de pensamento dos que servem aos ricos e poderosos é criminalizar a pobreza e assassinar jovens pobres e negras dentro das periferias. A morte de Maria Eduarda indica que a mulher negra sempre é mais penalizada por ter dois tipos de opressões: o machismo e o racismo, banalizando a morte e entrando nas estatísticas onde a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado. Entre o aumento desses dados estão as mulheres negras (média de 2.875 homicídios), representando 45% das mulheres assassinadas anualmente. O extermínio hoje tem números superiores aos países em guerra. Com a segurança falida , é necessário barrar e construir uma segurança que desmilitarize a polícia bem como descriminalize as drogas oferecendo um tratamento a dependentes químicos sendo público e de qualidade. Com a aprovação da PEC 55 que corta investimentos da saúde, educação e serviços básicos, reforma do ensino médio, aprovação das MP's 664/665, terceirização e em curso as reformas da previdência/trabalhistas é não realizar nenhuma perspectiva para o futuro destas jovens. Sendo assim, existe a conivência dos governos do PMDB, PT e demais em não permitir que a população pobre e negra tenha o direito a sonhar com um futuro! Hoje, mais uma vez é a lágrima da mulher negra que escorre na face quando perde uma filha o que não se diferencia do período da escravidão onde estas mulheres eram impedidas de conviver com seus filhos bem como amamentá-los! Não podemos admitir que estes números aumentem e que Marias ou Eduardas não possam realizar seus sonhos! Por isso, o MML exige que o Estado tome medidas efetivas para que assassinatos como este não ocorram mais e expressa toda a sua solidariedade a família de Maria Eduarda Alves da Conceição!

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